A cerveja do #tbt de hoje é uma cerveja que ganhei do pessoal da Bis Bier quando estive no Uruguai.
Essa é a Blonde Ale deles, muito bem-feita, certinha e gostosa. Tem aroma de malte suave e notas frutadas. No sabor, também sente o maltado, frutado, mais adocicadinha. Tem um leve amargor que equilibra o doce do malte. É uma cerveja bem refrescante, levinha, fácil de tomar.
O prato de hoje é muito típico uruguaio: o Chivito. Ele pode ser comido como lanche, feito com pão, ou no almoço assim, como comemos.
Pedimos com salada. Veio maionese, salada, batata frita e o chivito, que é carne, coberta com presunto, mussarela e ovo.
De entrada, como de costume no Uruguai, nos levaram uma cestinha com mini pães com um molho. É muito gostoso. Dá vontade de comer tudo, mas tem que guardar o estômago para o almoço.
Tudo muito bom.
Comemos isso no Restaurant Don Pedro, que fica no centro histórico de Colonia. Um lugar muito gostoso!
O ponto turístico são as ruínas de Colonia del Sacramento. Ficam bem no Centro Histórico.
Uma parte das ruínas é onde fica do Convento de S. Francisco Xavier e Farol.
O convento franciscano foi construído entre 1683 e 1704, dedicado a S. Francisco Xavier. Sofreu um incêndio no final do século XVIII, quando foi parcialmente destruído. Eles mantêm ainda parte dessas ruínas.
Em 1857, foi levantado nessas ruínas um farol que ainda funciona. Subimos lá no topo dele. Do alto, a vista é linda! Dá para ver boa parte da cidade e do Rio da Prata. E quanta árvore, hein? Que beleza de cidade. Falei sobre ela no post passado. Dê uma olhadinha aqui.
A outra parte das ruínas é conhecida como Fortificações de Colônia.
No século XVIII, os portugueses cercaram a cidade com uma muralha. A fortaleza tinha uma única entrada, o portão de armas, decorado com o brasão português. A muralha foi demolida em meados do século seguinte.
Manter essas ruínas, dá um charme a mais à cidade. Deixa ela com mais cara de cidade histórica.
O último #tbt de Montevideu vai ser com uma cerveja que tomei em um pub da cidade.
Essa é a Dark Beer, uma dunkel da Cervejaria DAB. Ela está dentro do que manda esse tradicional estilo alemão. Uma cerveja encorpada com sabor e aroma maltados e um moderado adocicado. O amargor dos lúpulos é bem baixo, o que me agradou bem.
O ABV é 4,9%, de boa. Dá pra tomar uns 2 latões desse.
A DAB é a abreviação de Dortmunder Actien-Brauerei, ou seja, ela nasceu em Dortmund, na Alemanha. Sua história começa em 1868, quando os empresários Laurenz Fischer e Heinrich e Friedrich Mauritz criaram uma cervejaria a vapor altamente avançada, Bier-Brauerei Herberz & Cie., juntamente com o mestre cervejeiro Heinrich Herberz. Em 1872, a cervejaria torna-se uma sociedade anônima sob o nome de “Dortmunder Actien-Brauerei”.
Daí para cá foi só sucesso. A cervejaria ganhou várias premiações e honrarias. Em 1959, tornou a segunda cervejaria alemã a produzir um milhão de hectolitros por ano. Em 1997, já produzia 4 milhões de hectolitros. A cervejaria não para de crescer e continua investindo e inovando até os dias de hoje.
Hoje eles fabricam, além da Dark, a Dortmunder Export, a Diat-Pils, a Maibock e a Radler.
Essa cerveja nós tomamos em um lugar que vale muito a pena citar aqui: o The Shannon Irish Pub. Como o nome diz, é um pub irlandês em plena Montevidéu.
O lugar é excelente. Eu nunca fui na Irlanda, mas penso que seus pubs devem ser exatamente assim: pequenos, escuros, com pessoas compartilhando o balcão e mesas, com a música no talo, boa comida e muita cerveja especial.
Na época que fomos, estava decorado com enfeites da Zillertal estilo St. Patrick’s Day (uma festa tradicional na Irlanda que comemora-se com muita cerveja verde – já falei desse festejo aqui). Não sei se é uma decoração comum da casa, mas sei que ela lembra o tempo todo seus patrocinadores que é a Zillertal (cerveja tradicional de Montevidéu – que já falei aqui) e a Jameson (whisky tradicional irlandês). Além dessa decoração, lá tem um cantinho irlandês, com várias lembranças da Irlanda.
O pub é um dos mais antigos da cidade. A carta de cerveja de lá é de cair o queixo, com cervejas locais e importadas, industriais e artesanais, além de coquetéis e Whisky. Para comer tem diversidade também como: hambúrgueres gourmet, queijos e frios, pizzas caseiras e sobremesas.
Veja aí o que tomamos:
No dia, estava muito cheio, mas não demorou muito para conseguirmos uma mesa no 1º andar, perto das bandas. Duas bandas se apresentaram: uma de rock e uma de jazz. As duas ótimas, mas confesso me arrependi de ter sentado ali, a altura do som me incomodou. Talvez, as mesas da rua devam ser melhores. Lá tem mesas na rua, no primeiro andar, segundo andar e ouvi dizer que tem um subsolo. Não vi isso.
Ah, e quanto ao público, tem de tudo, todas as idades, casal, turma e solteiros. Eu adorei o clima! Voltaria de novo e sentaria lá fora…rs
Um pouquinho mais de fotos:
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Só para não ficar sem ponto turístico neste #TBT eu escolhi um local que eu tirei foto porque achei bonito, e também é um ponto turístico famoso em Montevidéu, porém, eu estava cansada o suficiente para não querer entrar nele: o Teatro Solís.
O nome é uma homenagem ao descobridor do Rio da Prata, Juan Días de Solís, e foi inaugurado em 1856 com a Ópera de Verdi Ernani, se tornando a sala teatral mais importante do Uruguai onde se realizam os principais eventos culturais do país.
Em 1998, aconteceu um incêndio que fechou o teatro para reformas que duraram até o ano de 2004. A prefeitura de Montevidéu pagou a reforma e transformou o teatro na sala mais moderna do país mantendo a estrutura e estética do edifício original.
Com isso, ele se tornou um ícone de Montevidéu, e um dos principais teatros da América do Sul, incluindo o Uruguai no circuito da ópera, apesar de apresentar programação com variadas orientações estéticas.
Lá tem visitas guiadas em português, mas não tinha perna mais e nem dia para voltar.
O #TBT de hoje é em uma choperia que conheci em Montevidéu.
A La Chopería Mastra 21 pertence à Cerveza Mastra, uma das primeiras cervejas artesanais do Uruguai.
O lugar é muito gostoso. Te faz sentir em outra época com as paredes rústicas, algumas mesas em formato de barril, outras feitas de caixote, que compõem um ambiente alto astral.
São três ambientes, o externo para fumantes e dois internos. Um com os barris e o outro composto de caixotes como mesa e cadeiras, que penso não ser muito confortável. Como os barris não são. Mas, é um ambiente diferente, você acaba se acostumando.
Para entreter, tem uma máquina de fliperama.
O local conta com 12 torneiras com chopes próprios. Sim! Não tem chope repetido e nem de cervejaria convidada. Eita! Experimentamos alguns muitos e todos estavam muito bons! Sem muitos destaques, como todos os artesanais uruguaios que tomamos.
Apesar de ter muitas opções para comer, ficamos somente nas Papas (batatas) Rústicas.
Se pensa em ir para o Uruguai e conhecer diversos estilos de uma cerveja uruguaia, esse é o lugar. Eu gostei bastante.
La Choperia Mastra de 21
21 de Setiembre, 2650 – Punta Carretas
Montevidéu -Uruguai http://www.mastra.com.uy
A Cerveza Mastra surgiu em 2007. Em 2006, um jovem engenheiro, depois de fazer uma viagem para Córdoba, na Argentina, observou que no Uruguai não existiam cervejas artesanais e nem especiais. Depois de estudar o mercado, os fornecedores e o processo, ele cria um projeto que apresenta para um investidor local.
Então no ano seguinte, a Mastra Beer chega ao mercado com três tipos de cervejas (Dorada, Roja e Negra).
A cervejaria dedica-se ao crescimento do mercado de cervejas especiais, ligando-a à alta gastronomia, realizando workshops educativos, harmonizações e eventos para que o público conheça as qualidades desta cerveja.
Hoje, eles fabricam 16 estilos de cerveja. Uau!
Além da La Chopería, a Mastra conta com mais três choperias, onde podemos encontrar seus chopes e garrafas. Também podemos encontrar Mastra em outros restaurantes e bares do Uruguai.
A cerveja do #tbt de hoje é uma cerveja de trigo bem boa!
É a Barbara uma Weiss da Cervejaria Cabesas Bier, uma cervejaria do Uruguai, sobre a qual eu já falei por aqui.
A cor dela é bem turva devido a sua levedura especial e por ela não ser filtrada. O aroma é bem tradicional, conforme manda o estilo, de cravo e banana. Assim como o aroma, seu sabor é tradicional de uma Weiss: doce e frutado. Muito refrescante de tomar, nada enjoativa. Amargor quase não tem, seu IBU é 15 e o teor alcoólico é 4,9%.
O ponto turístico é um dos cartões postais de Montevideo: o Palácio Salvo, um edifício inaugurado no ano de 1928.
O prédio tem 95 metros e 27 pisos, foi a torre mais alta da América do Sul por vários anos.
A sua localização é bem privilegiada, já que fica em frente à principal praça da capital, a Plaza da Independencia, e na esquina da principal avenida, a 18 de Julio.
Fizemos uma visita guiada, que vale muito a pena. Pois o guia conta muitos momentos marcantes e lendas desse prédio.
Uma coisa que achei interessante é que todos os detalhes da construção têm um significado, já que sua estrutura e decoração se basearam nos princípios da alquimia e da maçonaria.
Hoje, o prédio é ocupado por empresas e apartamentos residenciais. Além disso, tem uma sala onde acontecem jogos e campeonatos de sinuca.
Visitamos vários andares, cada um com um pouco de história para contar, até chegar no terraço.
Aí sim. Lá de cima, você tem uma linda vista da Plaza Independecia, do Rio Prata e de boa parte de Montevidéo. Como diz o guia, logo ali atraz daquela linha horizontal, está a Argentina. 🙂
Para quem gosta de história e vista bonita, vale muito a pena esse passeio.
O #tbt de hoje é, também, com uma cervejaria artesanal uruguaia.
Essa é a IPA Atômica, uma IPA da cervejaria Cabesas Bier. Ela tem um aroma cítrico e frutado. Seu sabor tem um amargor equilibrado pela doçura do malte acentuado pelo processo de decocção. Ela não é uma IPA para ipeiros, pois não é tão amarga. Tem um finalzinho amargo super bebível. Seu teor alcoólico é de 6.7% e o IBU é 50.
É uma cerveja bem premiada: Medalia de Bronze em Porto Alegre (2010); Medalia Bronze em Blumenau (2012); Medalia de Prata em Buenos Aires (2013) e Menção Especial em Montevidéu (2016).
Sobre a cervejaria, eu já falei em um post anterior!
O prato é uma comida típica do Uruguai: o Asado de Tiras, um corte nobre da costela do boi, macio e suculento. Ele vem com um molho para temperar, lembrando que as carnes do uruguai vem sem sal nenhum. E pedimos uma batata frita (que veio com casca).
Comemos no El Palenque, que fica no Mercado do Porto, que vai ser o Ponto Turístico desse TBT.
O Mercado del Puerto como o nome diz, fica próximo ao porto de Montevidéu. Ele não é como os mercados centrais daqui que estamos acostumados, com muita coisa, muita gente, aquela bagunça organizada. Esse é mais arrumadinho, com vários restaurantes servindo as típicas parrilladas. O que achei bem chato são os garçons abordando a gente o tempo inteiro igual na Passarela do Álcool, em Porto Seguro.
O mercado não é grande. Vale a pena parar lá para almoçar.
Além dos restaurantes, tem bares com cervejas artesanais e importadas, lojinhas de artesanatos, lembranças da cidade e doces e chocolates locais.
Aliás, foi lá que eu comi o melhor alfajor dessa viagem que fiz Uruguai-Argentina.
Se for em Montevidéu, não deixe de fazer esse passeio! 😉
Esta é a Harry Breakfast Stout – uma Oatmeal da Birra Bizarra. É um verdadeiro café da manhã já que seus principais ingredientes são chocolate belga, café Burundi e aveia. Deixa qualquer um bem disposto!
É uma cerveja densa, com sabores torrados e aroma de café.
Os rótulos da Bizarra são inspirados em antigos cartazes de circo, com um personagem fictício com uma personalidade combinando com essa cerveja.
O da stout é o enigmático Harry Black, “o bruxo sombrio, capaz de adivinhar seus pensamentos apenas com seu olhar penetrante. Misterioso e escuro, como esta poderosa e densa cerveja escura de intenso sabor torrado.”
A ideia da Birra Bizarra surgiu em 2010 como parte dos negócios de vinho da família Deicas, quando seu importador do Brasil pediu para que fabricassem cerveja artesanal uruguaia para exportarem para o país. O conceito “Bizarra” não foi bem aceito pelos brasileiros, mas agradou os Deicas.
Em 2014, foi colocado em prática o planejamento da cervejaria. Até hoje ela não chegou no Brasil. Porém, a Bizarra está em todo território Uruguai e chegou ao Peru.
Cada cerveja tem um toque bizarro como a Harry Black que tem chocolate e café envelhecido com carvalho francês.
Hoje, eles têm seis rótulos. Além da Stout (Harry), tem a IPA (Igor), Blonde Ale (Tania), Edward (Weissbier), Amber Ale (Ámbar Ale), Amercian Pale Ale (Gina).
O prato deste #tbt vai ser do local onde bebemos essa cerveja: Parrillada y Restaurante El Fogón, que fica no Punta Carretas Shopping em Montevideu.
Pedimos uma salada de entrada, bife, fritas e esse arroz temperado. Estava tudo ótimo, tirando esse arroz, que não lembro o nome, que achamos azedo. Não sei se era normal do tempero deles, mas, trocamos por purê. A comunicação nossa com a garçonete estava impossível. Aí pedimos para trocar pelo que deu para enteder no cardápio…rs. Purê com batata frita ficou ótimo!
No ponto turístico de hoje vou falar de dois monumentos que ficam bem próximos. Fáceis de serem visitados em Montevideu.
Em frente ao Estádio Centenário (aqui falei sobre esse passeio) tem um monumento chamado de “Monumento Campeones de 1950 Maracaná”. O monumento representa a vitória da seleção do Uruguai contra o Brasil, em 1950, na final da Copa do Mundo no estádio do Maracanã. A seleção brasileira era a favorita e perdeu por 2 a 1. O jogo ficou conhecido como Maracanaço.
O monumento também relembra algumas seleções campeãs do mundo. E também tem a marca dos pés de Edgardo Ghigga. O jogador foi o responsável pelo segundo gol, que deu o título ao Uruguai.
Por ali perto, fica mais o Parque bem cuidado de Montevidéu, o Parque Batlle.
Nele fica o monumento La Carreta, muito bem vigiado por guardas para evitar vandalismo etc. O monumento foi inaugurado em 1934, do escultor uruguaio Jose Belloni, que espalhou várias de suas criações por outros espaços públicos da cidade.
La Carreta é uma homenagem aos desbravadores do território uruguaio que tinham como principal meio de transporte as carretas. A imagem é de uma carroça semi-atolada em um lago, puxada e acompanhada por bois. A escultura é feita de bronze, com uma base de bronze e granito rosa.
Para quem gosta de apreciar monumentos, ficam aí essas dicas. Os dois ficam bem pertinhos.
O #tbt de hoje é com a Sabotage, uma Oatmeal Stout, medalhista da Cabesas Bier. O estilo oatmeal stout tem origem nas Ilhas Britânicas. É caracterizada pelo uso de aveia para aumentar o corpo, a complexidade do sabor e conseguir uma espuma espessa e persistente. Essa é exatamente como manda o “figurino, com aromas de café, aveia e chocolate do malte tostado. O sabor amargo contrasta com o doce, sente um gostinho de café e chocolate meio amargo. Mas o torrado não ‘é tão intenso, como deve ser uma Oatmeal Stout. Maravilha!
ABV: 6,1% e o IBU: 23
A Cabesas Bier, é de Tacuarembó, Uruguai. Foi fundada em 2008 e, em sua curta história, já foi premiada em diversos concursos cervejeiros na Argentina e Brasil.
A cervejaria começou com uma produção de 1.000 litros mensais. Com a alta demanda, tiveram que aumentar a produção. Em 2014, inauguraram uma fábrica com capacidade de 40.000 litros por mês, podendo, assim, distribuir seus barris para todo o Uruguai.
Em 2017, passaram a engarrafar suas cervejas e ter um depósito em Montevidéu. Já em 2018, passaram a exportar as garrafas, sendo que 30.000 garrafas viajaram para fora do país. Chegou aqui no Brasil!
Hoje, eles fabricam 10 estilos diferentes: Oatmeal Stout, Scotthish Ale, Brown Porter, Weizen, IPA, Double IPA, American Pale Ale, Blonde Ale, Pumpkin Ale e Wee Heavy.
O ponto turístico é o letreiro Montevideo, que não pode faltar em álbum nenhum!
O letreiro foi instalado em Montevidéu em 2012, quando foi sede da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Interamenicana de Investimentos.
Em princípio, ele era de madeira e provisório, mas, devido à grande aceitação dos moradores e turistas, decidiram, em 2014, construir um com letras de concreto sobre uma base de cimento. Desde então é o mesmo, é o mesmo.
Algumas pessoas se aventuram subindo no letreiro para tirar fotos. Não tive coragem, achei alto e meio escorregadio.
Ele tem 15 metros de comprimento por 2 de altura e, para dar uma iluminada, foi instalado um conjunto de iluminação e pintado com tinta especial branca para resistir a ação do tempo. De vez em quando, ele é pintado como para o carnaval ou para ações de conscientização social. Mas, sempre volta a sua cor de origem, branca.
Ele está sempre cheio, então, você tem que contar com a educação dos que estão ali ou com a sorte de estar vazio, para poder tirar foto sem aparecer outras pessoas.
O letreiro fica no bairro Pocitos, um ótimo lugar para apreciar o pôr do sol e a vista da “praia”. Tem até uns banquinhos para sentar e esperar o tempo passar. Claro que não perdemos a oportunidade.
Depois que o sol se pôs, fomos caminhar pela Rambla, que é outra coisa gostosa de se fazer em Montevidéu. A Rambla fica lotada, jovens conversando, casais namorando, grupos de adultos passando o tempo, crianças brincando.
E uma coisa que reparei é que todos, sem exceção, estão com sua garrafinha de mate debaixo do braço e uma cuia na mão, independente do calor que estiver. É como se fosse água para eles. Muito interessante esse costume.
Recomendo demais esse passeio, que é simples, mas é ótimo e relaxante!
O #TBT de hoje é com mais uma cria de Montevideo (Uruguai): a Chela Brandon
Essa é a Blond Ale deles. Uma cerveja que segue as características belgas. Apresentou uma coloração clara e o aroma acompanha o sabor: frutados. Sente-se também um leve dulçor do malte. Bem suave, achei uma delícia para tomar várias. Adorei!
A Cerveza Chela Brandon é uma cervejaria familiar que começou em 2011 com o seu primeiro trabalho experimental. Consolidou-se em 2013, com o objetivo de recuperar a tradição artesanal e produtos naturais das diversas gerações da família. Todos os envolvidos primam pela qualidade dos produtos que entregam.
Hoje eles produzem 6 rótulos, porém a família ainda quer ampliar ainda mais esse leque. Os estilos são: Blonde Ale, English Pale Ale, Honey Ale, Porter, Belgian Brown Ale e Belgian Blonde Ale.
Adoro os rótulos deles.
O ponto turístico é um lugar conhecido pelos amantes do futebol mundial: O Estádio Centanário.
Localizado em Montevideu, no Uruguai, ele foi construído, em 1930, para sediar a primeira Copa do Mundo de Futebol. Devido às chuvas de julho, foi inaugurado com atraso. O nome deve-se à celebração do 100º Aniversário da Primeira Constituição do Uruguai.
O estádio tem capacidade para 65 mil pessoas. Naquele ano, a final da copa foi entre o Uruguai e a favorita Argentina e o estádio recebeu 93 mil torcedores, quando o Uruguai ganhou por 4×2 e se sagrou o 1º campeão do mundo.
O estádio parece que não teve muita mudança desde 1930. Ele é um estádio raiz, com muito cimento e as cadeiras das antigas. Se bem que os torcedores de hoje merecem essas cadeiras antigas, pode subir à vontade que não quebram por nada.
Ele é pintado de azul para lembrar a seleção uruguai, conhecida como Celeste devido à cor do uniforme.
Foi eleito patrimônio cultural da humanidade. Um estádio velho que lembra o passado do futebol mundial. Achei ele bem abandonado, é capaz de ser esquecido com o tempo. Tanto que, quando fomos, eram poucos os visitantes. Diferente de quando fomos no La Bombonera, que também não é tão moderno, mas tem como atrativo o valor que o Boca o fez ter.
Veja mais detalhes nas fotos:
Dentro do estádio há um Museu do Futebol, com histórias sobre sua construção e grandes clássicos realizados. Lá encontramos camisas de seleções, artigos usados em cada época no futebol, réplicas de salas de reunião, troféus, algumas lembranças de libertadores ganhadas por times do Uruguai, lembranças de partidas históricas como o inesquecível Maracanazo…aff.
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O Maracanazo, quando o Uruguai foi campeão mundial no Maracanã em cima do Brasil, em 1950, é muito valorizado até hoje, inclusive tem um quadro gigante desse dia no meio do museu.
Lá você entra em um túnel do tempo. Em alguns momentos, cheguei a arrepiar com narrações e reprises de lances históricos.
Ah. Tem até lembrança do Cruzeirão Cabuloso (o único time brasileiro por ali)! Kkkk. O marketing do Cruzeiro está de parabéns! No cantinho do Cruzeiro, tem a campanha que o time fez quando foi campeão da Taça Brasil de 1966 (Campeonato Brasileiro da época), porém com um uniforme de um ano que não serviu de nada para gente, 2012, e uma mini taça da Libertadores, com menção às duas taças conquistadas pelo Cruzeiro, em 1976 e 1997. Mistureba!
Para quem gosta de futebol, recomendo a visita. É um mergulho na história do futebol mundial!
O #TBT de hoje vai ser com uma cervejaria artesanal que está começando no mercado uruguaio e que me ganhou pela receptividade e atenção de seus donos, além da cerveja de qualidade.
Essa daí é a Irish Red Ale. Uma cerveja bem saborosa. Com aroma e sabor caramelizados, tem um leve sabor de maltes tostados no final que a deixam um pouco seca no fim. Seu amargor é bem discreto. Adorei a cerveja. ABV: 5,2%
——————————————– A Bis Bier, surgiu na cidade de Salinas, no Uruguai, em dezembro de 2017. Seu início, foi um desejo do casal Carlos e Laura e seus sobrinhos Matías e Eduardo (e esposa Ana) de fabricarem a própria cerveja.
No começo, eles contaram com a ajuda de cervejarias que já estavam no mercado como Cerveza Quican e a Piwo Cerveceria. Depois de alguns experimentos, enfim o sonho virou realidade.
Hoje, a Bis Bier produz quatro estilos de cerveja 100% artesanais: Blonde Ale, American IPA, Amber Ale e Sweet Stout. Não tem a Irish mais.
Senti muita força de vontade deles em fazer uma cerveja de qualidade para esse público tão exigente. Pude tomar a Blond e a Irish, as duas estavam excelentes. Eles vão longe!
O prato de hoje, foi um almoço que comemos no restaurante La Passiva, que fica no centro de Montevideo.
Um churrasco de cuadril (alcatra) com purê e salada caprichado e delicioso!
Pagamos $330 pesos.
O ponto turístico é a Plaza Independencia, o cartão postal e a principal praça da capital do Uruguai, Montevideo, projetada pelo arquiteto Carlo Zucchi, em 1837. Foi o primeiro lugar que visitamos. Ali, você já “mata”, vários cartões postais em uma visita só.
No entrono da praça, ficam: a Porta da Cidadela (Puerta de la Ciudadela), uma porta que restou da fortaleza que protegia Montevidéu anos atrás. Encontramos, também, diversos edifícios antigos e importantes para a cidade, como o Palácio Salvo (falarei sobre ele em outro post), Teatro Solís (também falarei em outro post), a Torre Executiva, atual sede do Poder Executivo, e o Palácio Estévez que foi utilizado como sede da presidência. Depois virou Museu da Casa do Governo, expondo trajes, objetos, móveis, quadros e outros artigos que fizeram parte do dia a dia de presidentes uruguaios. Não visitei porque já estava cansada.
Porta da Cidadela Palácio Salvo
Museu da Casa do Governo
Além de todos esses edifícios, no meio da praça fica um dos monumentos mais fotografados de Montevideo, uma estátua dedicada ao libertador José Artigas. No subterraneo da praça, encontra-se um mausoléu que abriga a urna de restos mortais de José Gervasio Artigas, militar e herói nacional da independência uruguaia apelidado de “pai da pátria oriental”.
Datado de 1977, o ponto turístico preserva parte da história do país, com inscrições nas paredes internas que relembram as conquistas do General. A visitação é gratuita e em silêncio, em respeito ao general. Achei muito legal como eles preservam e respeitam a memória de uma pessoa que teve importância para o país. O espaço é guardado permanentemente por soldados de honra do Regimento Blandengues de Artigas e, se você tiver sorte (como tivemos), você consegue ver a troca de guardas. Tudo feito com muito silêncio e respeito.
Saindo de lá, fomos para a Avenida 18 de julho, a mais famosa da cidade. Tem de tudo na avenida, é muito movimentada. E o principal, tem wi-fi QUE FUNCIONA por toda a Avenida! Alô, Brasil, estamos ficando muito pra trás.
O #TBT de hoje é com a primeira cerveja artesanal que conheci em Motevideo – Uruguai, a Davok. Ela é uma das primeiras cervejarias artesanais do país e tem sua fábrica instalada na capital.
Depois de muitos TBT pela Alemanha e Itália, onde as cervejarias são milenares, vamos perceber, a partir deste TBT, que o surgimento da cerveja artesanal no Uruguai é bem recente.
A cervejaria Davok – Cervecería del Sur – surgiu quando Mariana López estava estudando para um exame de bioengenharia e viu no livro um exemplo de usos industriais da levedura. A partir de então, a curiosidade para tentar fazer cerveja levou Mariana e Alejandro Baldenegro entrar em contato com os fabricantes de cerveja do Uruguai para começar a fazer a própria cerveja.
Em 2009, começaram a produzir cervejas para vender em bares de Montevideo. Devido seu processo de desenvolvimento e o alcance de padrões muito elevados para produtos de qualidade, a Davok ganhou medalhas em competições internacionais.
Hoje eles produzem a American Blond Ale, American IPA e Oatmeal Stout.
Aproveitamos nossa passagem por lá e fomos visitar a fábrica da Davok. Quem nos recepcionou foi o próprio Alejandro. Pessoa super simpática que, com toda paciência do mundo, nos explicou como surgiu a cervejaria, nos mostrou todo o procedimento e maquinário usado para a fabricação. Respondeu as nossas mil perguntas sobre as cervejas artesanais no Uruguai, o mercado por lá etc. Que legal a gente conhecer e conversar com uma pessoa tão entendida e com conhecimentos de outro país.
Além de todo conhecimento que nos passou, ele nos contou um pouco de sua história. Depois que ele já fabricava cerveja, teve uma doença (não lembro o nome) que, hoje, não o permite tomar cerveja mais L. Mas, mesmo assim, continuou com o sonho de fazer boas cervejas. Diz ele, já acostumou com a ideia e não sente falta mais, porém a vontade de fazer cerveja é a mesma. Interessante, né?!
Alejandro nos deu dica de lugares para tomar cerveja artesanal na cidade e nos presenteou com essa Oatmeal Stout que já estava maturando há alguns anos. Deliciosa, com aromas de grãos tostados e um sabor intenso e bem característico de café. Amei o presente, amei conhecer a história do Alejandro, da cervejaria Davok e das cervejas artesanais no Uruguai.
Que dia! Que oportunidade! Obrigada, Alejandro. Obrigada, Davok, pela experiência!
Não achei a cerveja deles para comprar em lata ou garrafa. Apenas nos brew pubs.