Terroir Brasil: nossa identidade na cerveja brasileira

Com o objetivo de fortalecer a identidade do terroir brasileiro e valorizar o que é nosso, o sommelier de cerveja, Jefferson Brandão, criou o projeto Terroir Brasil: nossa identidade na cerveja brasileira – Edição Cervejeiros Caseiros, do qual eu tenho o prazer de ter recebido o convite para ser uma das embaixadoras.

O que é Terroir?

Terroir (lê-se Terroá) é um termo da língua francesa que se refere a um senso de lugar. No universo das bebidas, essa expressão indica que as características do ambiente irão impactar diretamente na qualidade na bebida. Ou seja, o arranjo proporcionado pela combinação do clima, características do solo, altitude e microrganismos disponíveis localmente, de forma única na região, vai trazer atributos singulares à bebida daquele local.

Assim como as cervejas bem lupulada, lembrando frutas cítricas remetem aos lúpulos americanos; uma Lager de fermentação limpa, onde o maltado e o lúpulo floral se destacam se associa à escola alemã, o Brasil está em busca dessa identidade, ou seja, o Terroir Brasileiro. (Fonte: Clube do Malte)]

Voltando ao projeto

Para que o projeto fosse capaz de ser realizado, o Jefferson conseguiu o apoio de 19 empresas do seguimento que doaram insumos nacionais para a produção das cervejas. Ou seja, os maltes, os lúpulos, leveduras e nutrientes usados na produção são 100% brasileiros.

Esses insumos foram entregues a 32 cervejeiros para que eles pudessem produzir uma cerveja tendo como base uma BR Ale. Um estilo de cerveja com baixos teor alcoólico e baixo amargor, para que no momento da degustação seja possível sentir o sabor e a explosão de aromas de lúpulo com uso de adjuntos e algum ingrediente tipicamente brasileiros.

Os cervejeiros tiveram orientação de especialistas através de encontros virtuais com temas como água cervejeira, lupulagem, fermentação, para auxiliar na produção.

Foram 30 dias para acompanhar as brasagens.

Para avaliar a cerveja, foi realizada uma Confraria com especialistas. Nessa confraria, foram escolhidas as três melhores cervejas

Vencedores do Projeto

1º Porto Cervejaria – Thiago Porto
2º Cão de Rua Cerveja Solidária – Ricardo Fonseca
3º Cerveja feita por Vinícius de Paula

Os três vencedores vão produzir uma receita collab na planta piloto da Cervejaria Verace e o campeão do projeto ganhou uma panela Single Vessel automatizada de 10 litros fornecido pela pela Cerveja da Casa.

As cervejas produzidas durante o projeto serão vendidas e o valor arrecadado será doado para a instituição social Casa da Criança. Além disso, durante todo o projeto, foi possível ajudar fazendo doação de alimentos não perecíveis para a instituição @samaritanas_sabara.

Mais um projeto muito importante do Jefferson Brandão com o intuito de fortalecer e disseminar a cultura cervejeira em BH, além de ter um caráter solidário que o torna ainda mais especial.

O projeto em números e apoiadores

– 225 kg de malte de 4 maltarias: Agraria, Blumenau, Br malte
e Catarinense
– 9 kg de lúpulo de 4 fazendas: Brava terra, Irahops, Dalcin e
Mundo Hop
– Leveduras de 2 laboratórios: Laboratório da cerveja e Levteck
Coadjuvantes da Prodooze

Confira mais sobre o projeto e os demais apoiadores aqui: @solarbrandao

#TBTemRoma: A “máquina da verdade” da antiguidade com uma legítima cerveja italiana

O ponto turístico deste #TBT é mais uma lenda italiana: Bocca della Verità (Boca da Verdade).

É uma imagem esculpida em mármore que fica no pórtico de Santa Maria in Cosmedin, em Roma. Essa escultura tem diversas lendas.

1- Acredita-se que a escultura tenha sido parte de uma fonte romana antiga;

2- Acredita-se também que não passa de um tampão de bueiro, e que retrate um entre vários possíveis deuses romanos, provavelmente Oceano.

3- A melhor lenda é que para saber se uma pessoa estava dizendo a verdade ou não, era necessário que ela colocasse a mão dentro da boca. Se ela estivesse mentindo, a boca devoraria a sua mão. Os homens levavam suas esposas, principalmente para desvendar assuntos obre a (in)fidelidade conjugal.

Para tirar uma foto com a mão dentro da boca, é preciso enfrentar uma fila gigante. Fica um guardião organizando e acelerando o povo. Você tira foto até com pressa, porque ele fica gritando e fazendo gracinha com você. É divertido, para quem não está sendo o motivo da piada..hehe.

Uma observação interessante é que a Igreja, onde fica a Bocca é uma igreja católica de rito grego, que até hoje tem uma missa celebrada nessa língua. Lá dentro você pode visitar algumas catacumbas.

Como eu não sabia que, neste dia, eu entraria na igreja, fui com trajes não adequados (como eles dizem). O guardião da Bocca, que também é responsável pela entrada da igreja, olhou pra mim, começou a rir e tacou 1 km de pano (sei lá como isso chama), falando que eu precisava de muito. Kkkk. Veja o resultado disso na foto! Será que eu estava à vontade?

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Mais fotos do entorno da Igreja:

Ah. Próximo dali, haveria uma missa do Papa Francisco. Veja a estrutura montada! Ao fundo o Fórum Romano e Paladino.

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ichnusa

Cerveja da vez

A cerveja que escolhi para esse #tbt tem um nome bem diferente: Ichnusa. Encontrei ela num mercadinho. É uma Premium American Lager. Achei ela comum. Com o sabor equilibrado, com o final levemente amargo. É o que se espera de um Premium Lager. Sem muito destaque e leve para se tomar aos montes! Seu teor alcoólico também é de boa: 4,7%.

A Ichnusa, é uma cervejaria que surgiu em 1912, em Cagliari,  Sardenha – uma ilha italiana. O nome é uma homenagem ao primeiro nome que a ilha teve.

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Desde 1986, a cervejaria faz parte do grupo Heineken da Itália, que ainda produz a cerveja na mesma fábrica de fundação e, segundo eles, produzem com a mesma qualidade de sempre.

Ouvi dizer que esta cerveja é um orgulho para os moradores da Ilha. E, pelo que li no site da cervejaria, eles morrem de orgulho de representar a ilha no cenário cervejeiro e morrem de orgulho do local de onde vêm. Tanto que na garrafa da cerveja vem escrito “Anima sarda”, traduzindo: Alma Sardenha. Bacana!

Interessante: Segundo eles, para tomar a cerveja existe um rito: A tampa tem que ser aberta com um guardanapo, para que a qualidade da cerveja se mantenha intacta. 🙂


Prato do Dia

O prato desse #tbt é de salivar!

Pizza italiana!

As pizzas que comi na Itália achei bem gostosas. Elas têm pouco recheio e são bem fininhas e individuais. Mesmo sendo um pouco grande para uma pessoa, eles entregam no prato com um garfo e faca. Cada um com a sua. Claro que você pode pedir uma e depois um prato para compartilhar. Mas eles torcem o nariz. Como o recheio é pouco, entramos nessa onda, e pedíamos sempre uma pra cada. Aí estão as pizzas que pedimos em um restaurante em Roma: Pizza de Parma e de Pepperoni (leia o texto abaiaxo para entender cadê o Pepperoni).

O Thiago havia pedido uma Pizza de Pepperoni e veio essa cheia de beringela e abobrinha.

Chamamos o garçom e perguntamos se aquilo ali seria o pepperoni mesmo, ele disse que sim!!!! Quase procurei no Google berinjela e abobrinha em italiano! Kkkkkkk.

E não foi a primeira. Pedimos em outro local, para ter certeza e vieram as abobrinhas de novo. Mas, a fome falava mais alto, e foi para dentro pizza de abobrinha.

Termos cervejeiros que você precisa saber!

cervejeiro

A gente que acompanha perfis de Instagram e blogs especializados em cerveja sempre se depara com algumas palavras específicas do meio cervejeiro. Algumas são tão usadas que a gente acaba acostumando, assimilando e entendendo o que significa. Mas, outras, a gente tem que “dar um Google”, não é mesmo?

Para te dar uma ajudinha, trago aqui alguns termos cervejeiros e seus significados para que você possa se familiarizar e saber um pouco mais sobre cada um. Bora aprender mais um pouquinho!

ABV: sigla de Alcohol by Volume, “Álcool por Volume” em inglês. A grosso modo é o percentual de álcool que tem na cerveja. Nosso famoso Teor Alcoólico. Seu cálculo é definido como o volume em ml de álcool puro em 100 ml. Ou seja, uma cerveja com 10% de ABV contém 10 ml de álcool a cada 100 ml de cerveja. Eita!
Leia mais sobre ABV nesse post que fiz.

ADSTRINGÊNCIA – É a sensação de contração e repuxamento na boca, em especial na língua. É a mesma sensação de quando você come uma banana verde. Isso ocorre quando acontece algum erro durante a produção da cerveja.

ANTIOXIDANTE – Substância colocada na cerveja para protegê-la contra a ação do oxigênio, evitando sua oxidação.

BUQUÊ – Sensação que traduz a complexidade dos aromas de cerveja produzidos por seus ingredientes e seu processo.

BJCP – Abreviatura de Beer Judge Certification Program. É uma associação americana que padroniza os parâmetros de julgamento de cervejas nos concursos. Essa associação desenvolveu um Guia de Estilos de Cerveja, usado no mundo inteiro, para produzir e julgar as cervejas.

BRASSAGEM – É uma das fases da fabricação da cerveja. É a etapa em que macera os maltes. Momento em que que os açúcares são extraídos dos grãos através da atuação de diferentes enzimas ativadas pelo aquecimento da água em diferentes temperaturas.

No meio cervejeiro, costuma-se usar a palavra “Brassagem” para falar que vai fazer cerveja. “Vou fazer uma brasagem hoje” = “Vou fazer cerveja hoje”.

CARBONATAÇÃO – É o teor de gás carbônico (dióxido de carbono – CO²) presente na cerveja. São bolhinhas que ajudam na formação da espuma. Se a cerveja estiver com muita espuma, ela estará muito carbonatada. Leia mais sobre a Espuma aqui.

CERVEJARIA CIGANA – Cervejaria que não tem fábrica própria, ou seja, terceiriza sua produção na fábrica de outra cervejaria.

CORPO – É a sensação que temos da cerveja na boca quando bebemos, ou seja, é o peso que a bebida faz na língua. Quando sente ela leve na língua, tem um corpo baixo. Quando sente pesada, tem um corpo alto.
Saiba mais sobre o corpo da cerveja aqui.

DRINKABILITY – É um conceito subjetivo que mede o quanto a cerveja é bebível ou agradável. Uma cerveja com alta drinkability é uma cerveja fácil e leve de beber. Cervejas com baixa drinkability, são cervejas pesadas que não se consegue beber muito.

EBC ou SRM – São escalas utilizadas para medir a cor das cervejas. Quanto maior o número, mais escura é a cerveja. Leis mais sobre EBC aqui.

FERMENTAÇÃO – Processo gerado pela levedura, no qual ocorre a conversão de açúcares do mosto em álcool e CO², transformando o líquido em cerveja.

GROWLER – Garrafa avulsa para transporte de cerveja. Pode ser feita de cerâmica, de vidro, de inox ou de plástico e ter diversas capacidades, normalmente, entre 1 a 3 litros.

IBU: Abreviatura de International Bitterness Units (IBU) é a Escala Internacional de Unidade de Amargor. Essa medida aponta o nível de amargor de uma cerveja. Quanto maior o número, mais alto é o amargor dessa cerveja. Leia mais IBU aqui.

LÚPULO – É uma flor responsável por fornecer o amargor para a cerveja. Também oferece sabores e aromas variados, dependendo do perfil do lúpulo. Além disso, ele tem a função de conservar a cerveja por mais tempo. Leia mais Lúpulo aqui

LEVEDURA – Grupos de micro-organismos usados para realizar a fermentação a partir do açúcar e produzir álcool e CO² (dióxido de carbono). Na verdade, é ela quem faz a cerveja! Leia mais sobre Levedura aqui.

LEI DA PUREZA – Em alemão, Reinheitsgebot. Lei estabelecida em 1516, pelos duques Wilhelm IV e Ludwing X, para regular a produção de cerveja na época. A partir de então, só foi permitida a fabricação de cervejas que utilizassem malte de cevada, água e lúpulo (fermento e fermentação eram desconhecidos). Em 1906, a Lei foi modificada para acrescentar o fermento (levedura) e admitir o trigo como adjunto. Mesmo ela não estando em vigor mais, seguir a Lei da Pureza é ter uma referência de qualidade em todo o mundo. Leia mais sobre Lei da Pureza aqui.

MALTE – Cereal que passou pelo processo de germinação e secagem para transformação do amido em açúcar fermentável. Ele que dá o aroma e o sabor às cervejas. Leia mais sobre malte aqui.

MOSTO/MOSTURA – Caldo resultante da mistura fervida de malte e água, rico em açúcares fermentáveis. Esse caldo será filtrado, para receber o lúpulo e o fermento e ser transformado em álcool e gás carbônico. Enfim, em cerveja.

PINT – modelo de copo tradicionalmente utilizado em pubs ingleses e, posteriormente, bares norte-americanos. Os pints ingleses, chamados de Nonic Pint, tem capacidade de 568 ml, enquanto os pints americanos, chamados de Shaker Pint, tem capacidade de 473 ml. Leia mais sobre Tipos Copos aqui.

OFF-FLAVOR – Qualquer aroma desagradável ou indesejado percebido na cerveja. Pode ser causado por problemas de oxidação, falta de higiene, ingredientes deteriorados ou transporte/ armazenagem inadequados. Leia mais sobre off-flavor aqui.

PICÂNCIA – Sabor como o da pimenta, que estimula, excita ou irrita o paladar.

RETROGOSTO – Sensação que permanece após a degustação e a ingestão da cerveja. Por exemplo: Uma IPA costuma ter um retrogosto amargo.

TURBIDEZ – Redução da transparência de um líquido. Quando a cerveja fica turva, opaca. Nas cervejas é comum encontrar turbidez devido a presença de leveduras (por não serem filtradas) e partículas de lúpulo (geralmente quando emprega-se a técnica de dry hopping) em suspensão.

Cerveja de Guarda: Você sabe o que é?

E se eu te contar que algumas cervejas podem ser guardadas por anos assim como o vinho?

Isso mesmo! São conhecidas como Cerveja de Guarda.

Cerveja de Guarda são algumas cervejas que podem ser guardadas por um período mais longo que o normal. O fato de ela ficar algum tempo guardada potencializa algumas de suas características ou desenvolvem outras. Com isso, tornam cervejas ainda mais complexas e, na minha opinião, ficam boa demais, digna de tomar de joelhos!

Mas, atenção! Não são todas as cervejas que podem ser envelhecidas. A maior parte dos estilos de cerveja foram feitos para se consumir frescos, ou seja, próximo da data de fabricação. Porém, os estilos mais complexos, alcoólicos e encorpados como Imperial Stout, Doppelbock, Barley Wine , Belgian Dark Strong Ale, Tripel e Lambic, se adaptam bem a esse processo de guarda e podem ficar por um bom tempo guardadas mesmo depois do vencimento.

As características que devem ser consideradas para guardar uma cerveja:


– Teor alcoólico: A cerveja precisa ter um alto teor alcoólico, acima de 8%;
– Cor da cerveja: Tem que ser escura. Existem exceção como algumas belgas tipo Dubbel e a Tripel;
– Pausteurização: As cervejas não-pasteurizadas são as ideais para guardar, pois os microrganismos continuam produzindo aromas e sabores. Já as cervejas pasteurizadas perdem praticamente todas as características que são realçadas no envelhecimento. Segundo estudos, esse tipo de cerveja não é o ideal para ser usado no processo de guarda. Porém, já fiz com cervejas pasteurizadas e rolou.

Para que a cerveja envelheça de maneira adequada ela deve ser armazenada em pé, em um local escuro e climatizado, com uma temperatura entre 12°C e 18°C (é o ideal). Como não é comum ter um local climatizado, ou porão, algumas pessoas optam por guardar em guarda-roupas.

Como não existe muitos estudos e teorias para essa prática, não é possível falar o tempo ideal para guardar cada estilo. O tempo pode variar de 6 meses a 20 anos.

No livro Tasting Beer, Randy Mosher cita alguns exemplos (citação do blog da Pri Colares): ​

  • Belgian Dubbel: 1 a 3 anos;
  • Belgian Trippel/ Strong Gold Ales: 1 a 4 anos;
  • Strong Ale/ Old Ale: 1 a 5 anos; 
  • Belgian Dark Strong Ale: 2 a 12 anos;
  • Barley wine, Imperial Stout: 3 a 20 anos;
  • Cervejas com ABV superior a 15%: indefinidamente

Como nosso paladar é individual, cada um vai sentir algo diferente que a guarda proporciona para a cerveja. No geral, as notas de toffee, mel, caramelo, baunilha e frutas vermelhas crescem, o corpo tende a diminuir, o álcool fica mais acentuado e o amargor diminui.

O negócio é você mesmo testar guardando a mesma cerveja e ir abrindo com o tempo. Abre uma com x meses, depois, abre a outra com x meses e vai anotando as percepções. E para comparar, vale abrir aquela que estava guardada junto com uma recém fabricada.

E aí? Animou escolher uma e guardar por algum tempo?

A dica que dou é esconder mesmo as cervejas. Que aí você não cai na tentação de abri-las antes do esperado.

Posso tomar cerveja vencida?

Já ouvi muitas perguntas como essa já que muitos ficam com o pé atrás quando o assunto são produtos vencidos.

Sabemos que todos os produtos alimentares, seja comida ou bebida, precisam obrigatoriamente ter uma data de validade. Alguns, realmente, não são aconselháveis comer depois da validade pois causam intoxicação alimentar. Mas, e a cerveja?

Antes de responder, vamos entender como é feito o cálculo da validade da cerveja.

Calculando a validade da cerveja

A validade da cerveja e de qualquer outro alimento ou bebida perecível é calculada sob o critério chamado “shelf life”. Esse termo representa o tempo de vida útil da bebida em prateleira, sendo contado a partir da data de produção do produto.

No caso da cerveja, essa contagem começa a ser feita a partir da maturação e fermentação do líquido.

Os produtos, em geral, têm uma validade de 12 meses, mas, no caso da maioria das cervejas especiais, esse tempo geralmente é menor e vai ser estipulado por cada produtor.

Validade de uma cerveja

Normalmente, a cerveja ainda está apta para o consumo e com as características sensoriais preservadas até 4 meses após o envase. Depois desse período, ainda continua sendo seguro consumir, mas sua qualidade sensorial pode começar a decair. Esse tempo de degradação vai depender de diversos fatores, como o estilo de cerveja produzido, a temperatura e forma de armazenamento e se ela passou por algum processo para diminuir a carga microbiana, como filtração ou pasteurização.

Algumas cervejas mais alcoólicas e complexas, que tenham ABV, por exemplo, acima de 9% de álcool, podem, normalmente, ser armazenadas além da sua data de validade. Elas são conhecidas como “Cervejas de Guarda”, pois podem ficar guardadas por períodos superiores a um ano e, após esse período de maturação na garrafa, elas passam a ter sabores e aromas ainda melhores.

Já as cervejas mais leves e menos complexas, são mais sensíveis e, com o tempo e forma de armazenamento, passam pelo processo de oxidação. Assim, quando estão mais perto de vencer, essas cervejas podem ficar com aromas que remetem a papelão, com percepção de maior dulçor, amargor desagradável e também trazem notas que remetem a algo metálico. Essas cervejas não vão fazer mal, mas provavelmente a experiência da degustação será comprometida, pois elas não estarão mais com os componentes de aroma e sabor frescos.

Por isso, a validade de uma cerveja depende de vários fatores.

O que acontece se tomar cerveja vencida?

Nada!

Até o momento não existe registro de intoxicação alimentar causado pelo consumido de cerveja vencida.

Há uma explicação científica para a bebida fora do prazo não fazer mal. As propriedades químicas da cerveja ajudam. É um meio que possui proteção microbiológica natural pois contém álcool, tem pH ácido, possui gás carbônico, tem o lúpulo que confere proteção bacteriostática e ainda possui baixo teor de açúcares disponíveis para microorganismos patogênicos consumirem e se proliferarem. Além disso, o próprio processo de fabricação, como a fervura do mosto, acaba por esterilizar o meio.

Porém, existe a possibilidade de proliferar bactérias caso a cerveja não tenha sido vedada corretamente, por isso, não podemos dizer que é impossível acontecer uma intoxicação alimentar com cerveja vencida. Impossível não é, mas, como já disse, não existe registro de ter ocorrido isso.

Até então, o máximo que pode acontecer se você tomar cerveja vencida é você tomar uma cerveja bem diferente de quando ela foi fabricada.

Aquele prazo de validade ali é a garantia que o produtor nos dá a respeito da qualidade do produto, se responsabilizando por apresentar um produto adequado para o consumo dentro daquele prazo.

De forma geral, beber uma cerveja vencida não vai fazer mal, mas também não será a melhor experiência vivida. Nesse caso, quanto mais fresca a cerveja, melhor o seu sabor – com exceção das cervejas de guarda, é claro!

Fontes: Site Cervejaria Sapatista / Blog Pão e Cerveja / Coluna Papo Fermentado

Vai começar o 23º Comida de Buteco

O concurso mais aguardado de Belo Horizonte será realizado de 7 de abril a 7 de maio

Atenção butequeiros e butequeiras da capital mineira: Acabou a espera! Já está disponível no site oficial www.comidadibuteco.com.br a relação dos 95 estabelecimentos participantes e dos petiscos especialmente elaborados para o 23º Comida di Buteco (CDB)!

Em sua 23ª edição, o concurso vai movimentar Belo Horizonte entre os dias 7 de abril e 7 de maio. Essa edição trouxe como tema Ervas e Especiarias. E os petiscos participantes 2023 terão o preço fixo de R$ 30,00.

Durante o período do evento, o público e os jurados visitam os estabelecimentos para votar em: atendimento, temperatura da bebida, higiene e petisco. O petisco leva 70% do peso da nota e as demais categorias 10% cada uma. O voto do público vale 50% do peso total e dos jurados 50%.  No dia 22 de maio, serão anunciados os vencedores desta edição do concurso e revelado o Melhor Buteco de Belo Horizonte.

Neste ano, o concurso vai contar com 25 circuitos, abrangendo mais de 40 cidades. Os 25 campeões de cada circuito local serão visitados por um júri extra e, em julho, numa festa realizada em São Paulo, será anunciado o Campeão Nacionalo Melhor Buteco do Brasil. Uma eleição de um ícone afetivo da cultura local, envolvendo o público e abrangendo todo o país é inédita em todo o mundo!

Sobre o Comida di Buteco

Primeiro concurso do gênero no país, o Comida di Buteco nasceu no ano 2000, em Belo Horizonte. Hoje cobre todo o território nacional, sendo realizado simultaneamente em 24 circuitos e desde 2016 elege também o Melhor Boteco do Brasil. Em 2022, o Comida di Buteco atingiu marcas históricas em sua performance:

  • +9 milhões de pessoas impactadas diretamente nos butecos
  • 900 mil votos
  • 730 mil fãs e 82 milhões de impressões nas redes sociais do concurso
  • 10 milhões de alcance nas redes sociais
  • 9 milhões de pageviews no site
  • Mais de R$ 300 milhões de impacto na cadeia de valor do nosso ecossistema
  • 100 mil turistas presentes nos circuitos
  • + de 8 mil empregos gerados

Acompanhe o Comida di Buteco 2023

Na web: comidadibuteco.com.br 
No Facebook: /comidadibuteco 
No Instagram: _comidadibuteco 
No Twitter: @_comidadibuteco 

A lista completa dos estabelecimentos participantes do 23º Comida di Buteco, em ordem alfabética, esta disponível no link https://bit.ly/ComidadiButeco2023.

Fotos dos petiscos estão disponíveis no link  – https://bit.ly/23ComidadiButeco_Fotos_petiscos

Mitos e Verdades sobre a cerveja

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A gente sempre escuta muitas informações sobre a cerveja e fica na dúvida se é verdade ou se é mito.

Vamos desvendá-los?

– A cerveja tem uma Deusa da mitologia: Verdade

Ninkasi é o nome da Deusa da Cerveja da Mitologia Suméria. Dizem que ela forneceu ao mundo o segredo para fazer cerveja. Na cultura sumeriana, ela também é conhecida por seu poder para satisfazer o desejo humano e saciar o coração. Além disso, ela é a Deusa do álcool e responsável pela “água espumante”. Ninkasi produzia a própria cerveja e a consumia diariamente. Esta história é de 10.000 a.C.

– Não existe copo específico para tomar cerveja: Mito

Para que os diferentes sabores e aromas da cerveja sejam ressaltados, cada estilo de cerveja pede um tipo de copo adequado. A Pilsen, por exemplo, pode ser apreciada em uma tulipa, por ter um formato fino em sua base e mais largo na boca, mantém a espuma constante e faz com que o aroma do lúpulo seja melhor sentido. Já a Weissbier, cerveja de trigo, será melhor apreciada em um copo Weizen. Esse tipo de copo é alto, possibilitando colocar todo o líquido da garrafa, incluindo o resto de levedura que fica depositada no fundo. Veja o post sobre “Tipos de copos”.

– A validade da cerveja especial pode ser maior que a indicada no rótulo: Verdade

As obrigações sanitárias no Brasil não permitem uma flexibilização em relação às validades nas cervejas artesanais. Depende muito do tipo de cerveja, da concentração de malte e da graduação alcoólica. Normalmente, uma cerveja artesanal dura mais do que sua validade e mesmo assim a deterioração é gradativa e não de um dia para o outro. Porém, como já disse, depende de cada cerveja. Algumas ficam até melhores depois da validade, como as Russian Imperial Stout. Outras, ficam ruins até mesmo antes de vencer, como algumas IPAs, que quanto mais perto da fabricação forem consumidas, melhor. Tudo depende do estilo, da forma como foi produzida, ingredientes usados e como foi armazenada.

– Cerveja artesanal é mais forte e mais amarga: Mito

Existem centenas de estilos de cerveja artesanal, alguns mais leves, outros mais potentes, alguns com o amargor quase que imperceptível outros com o amargor muito alto. Tudo vai depender do seu paladar e do que você está acostumado a beber. Uma coisa é certa: existem estilos de cerveja para todos os gostos. Seja você do time das levinhas, do time das alcoólicas, do time das adocicadas ou do time das lupuladas. Veja esta página que fiz dedicada somente aos estilos.  

–  O Lúpulo é um poderoso conservante natural: Verdade

A função do lúpulo vai muito além de conferir o amargor e aroma característicos de uma cerveja. Além dessas características dele que já sabemos, ele também tem a função de conservante natural da bebida, ajudando a prolongar a vida de prateleira da cerveja. Além disso, ele pode ser utilizado na culinária e na cosmetologia para clarear a pele e prevenir manchas e inflamações do tecido dérmico. Veja este post sobre “O lúpulo na cerveja”.

– Cerveja engorda: Mito

A cerveja tem menos calorias do que a maioria das bebidas alcoólicas. Por exemplo, a cachaça, a vodka e o vinho são bem mais calóricos que a cerveja, pois, a caloria está presente no álcool. Portanto, quanto menor o teor alcoólico, menos caloria a bebida vai ter. O que engorda é beber em excesso e optar por petiscos mais gordurosos para acompanhar a cerveja. Se quer manter a dieta, beba com moderação e opte pelas cervejas menos alcoólicas. Aqui, eu falo sobre as cervejas de baixa caloria.

– Existe diferença entre armazenar cerveja em lata ou garrafa translúcida, ou garrafa verde ou garrafa marrom: Verdade

O recipiente em que a bebida é guardada e a cor dele interfere no sabor, no aroma e na durabilidade de uma cerveja. Por exemplo, quanto mais clara for uma garrafa (garrafa transparente), maior é a exposição do líquido aos raios solares. Com isso, maior será o impacto negativo nos aromas e sabores da cerveja e menor será sua durabilidade. Na garrafa marrom, esse impacto é menor. Porém, o recipiente ideal para armazenar a cerveja é a lata. Nela não entra raio solar nenhum, isso faz com que o líquido se mantenha intacto. Por isso, algumas vezes, é possível sentir diferença em uma mesma cerveja na lata ou na garrafa. Veja o post sobre “O recipiente pode influenciar no aroma e saGarrafa x Lata: O recipiente influencia na cervejabor da cerveja”.

– Cerveja e saúde não combinam: Mito

Os ingredientes que compõe a cerveja (água, malte e lúpulo) são todos naturais e cada um traz um benefício para saúde. Se o consumo da bebida for moderado e responsável, é possível obter os benefícios do consumo da cerveja. Um exemplo são os polifenóis, compostos orgânicos presentes na cerveja, que desempenham importante função antioxidante no organismo. Veja esse post que falo sobre “Os benefícios da cerveja para a saúde”.

– Ingredientes naturais da cerveja têm potencialidades que merecem ser exploradas: Verdade

Os ingredientes naturais da cerveja fazem bem à saúde dentro e fora da garrafa. A cevada, por exemplo, é considerada pelos especialistas como um ‘superalimento’, ou seja, um alimento bastante completo, nutricionalmente muito rico e que pode ser ‘coringa’ em qualquer dieta balanceada. O grão pode ser consumido em substituição ao arroz, à farinha de trigo e na preparação de saladas, risotos e até chá.

– Há diferença nos ingredientes do chope (que fica no barril) e da cerveja de garrafa: Mito

Os insumos utilizados na fabricação do chope e da cerveja são os mesmos. Portanto, não há diferença. Por exemplo, o chope Pilsen de uma marca X, que está dentro do barril, tem os mesmos ingredientes da cerveja Pilsen dessa mesma marca que está na garrafa. O que difere é que temos o costume de chamar de chope o líquido colocado dentro do barril que, normalmente, não é pasteurizado. Por ele não ser pasteurizado, acaba ficando mais fresco, com sabores e aromas mais presentes e com um prazo de validade menor. Além disso, a forma como o chope é retirado das torneiras fazem com que ele receba oxigênio tornando-o mais cremoso. Porém, hoje em dia, algumas cervejarias engarrafam ou enlatam cervejas não pasteurizadas. E acaba ficando difícil sustentar que chope e cerveja são produtos diferentes. Leia o post Chope x Cerveja

– A espuma tem uma função específica na cerveja: Verdade

A espuma protege a bebida da oxidação, ou seja, impede que ela entre em contato direto com o oxigênio e oxide. Além disso, ela mantém o sabor, o amargor que está presente na cerveja e mantém a temperatura da bebida no copo. O ideal são dois dedos de espuma. Portanto, sem essa de pedir ou servir cerveja sem colarinho! Veja este post sobre “A espuma e sua importância para a cerveja”.

– A cerveja deve ser sempre servida muito gelada: Mito

Cervejas muito geladas tendem a diminuir a percepção do sabor e da complexidade das cervejas. Isso significa que, ao beber a cerveja trincando, como costumamos falar, poderá perder parte da experiência que determinadas cervejas podem proporcionar. Cada estilo de cerveja tem uma temperatura ideal para ser servida.

Em caso de dúvida há uma regra básica que pode seguir: quanto mais escura, menos fria. Não é uma regra perfeita e para a qual existem muitas exceções, mas há boas possibilidades de acertar se a seguir. As cervejas mais escuras muitas vezes são mais complexas e a temperatura a menos fria realça esses sabores. As mais claras, especialmente as de menor grau alcoólico, tendem a ser menos complexas e mais refrescantes, por isso poderão ser tomadas em temperaturas mais baixas. Mas, como já disse, em se tratando de cerveja, não é uma regra. Veja este post sobre “Como armazenar a cerveja artesanal“.

Falando em cervejas escuras, elas têm muitos mitos. Vai aí um bloco inteiro sobre eles:

cerveja escura

– Toda cerveja escura é muito alcoólica: Mito 

O responsável pela cor da cerveja é o malte. No processo de malteação, os cereais são germinados e o procedimento é interrompido no momento ideal por diferentes maneiras de secagem, como tosta, torrefação e defumagem. De acordo com esse processo as cervejas ganham cores e sabores diferentes. Portanto, a cor da cerveja não tem ligação com seu teor alcoólico. Um exemplo é a Dry Stout, que é uma cerveja bem escura, porém com o teor alcoólico entre 4% e 5%.  Veja este post sobre “Como é colocado o álcool na cerveja“.

– Cerveja escura é sempre doce: Mito

A coloração escura de uma cerveja definitivamente não é um indicador de dulçor. A Guinness, cerveja escura mais famosa do mundo, não é nada doce, assim como a Black IPA, que traz um sabor mais amargo. Existem, sim, cervejas escuras doces, mas não é uma regra.

Cervejas escuras são muito encorpadas: Mito

Mais uma vez, a cor da cerveja nada tem a ver com corpo. Existem cervejas claras encorpadas, escuras leves, claras leves e escuras encorpadas.

O corpo não é definido pela cor do malte, mas sim pela quantidade. A grosso modo, quanto mais malte for utilizado em sua receita, mais a cerveja será encorpada. Veja aqui o post “O malte e sua múltipla função”.

– Cervejas escuras não podem ser refrescantes: Mito

Apesar de muitas cervejas escuras serem menos refrescantes, existem sim cervejas escuras refrescantes. Exemplo são as Schwazbier e as American Brown Ale que são bem refrescantes!

Acho que com esses mitos desvendados e as verdades confirmadas deu para aprender um pouco mais sobre a cerveja artesanal, né?!

Aproveite esses links que coloquei em cada tópico para aprender mais ainda.

Quer saber mais? Siga @cervejeirauai

Pröst!!

#TBTemRoma: Fórum Romano e Palatino com Menabrea

E o ponto turístico traz mais um pouco de história.

Eu stou falando do Fórum Romano, um local onde os romanos, que viveram antes de Cristo, usavam para ostentar. Hoje, são ruínas carregadas de histórias.

Ali, funcionava o principal centro comercial da Roma Imperial. Era no Fórum que aconteciam as cerimônias triunfais e de eleições, onde eram realizados discursos públicos, os processos criminais, os confrontos entre gladiadores, e o centro dos assuntos comerciais. Muitas decisões tomadas ali afetam até hoje a vida de milhões de pessoas.

O Fórum é enorme, tem que ter muita “perna” para poder conhecer tudo. Nós não demos conta de ir em tudo. Mesmo porque era bem confuso. Alguns lugares não tinham placas. Então, fomos no que deu para ir.

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A história do local começou aproximadamente em 600 a.C. Vários Imperadores passaram por ali, e cada um mandava construir Templos, Basílicas, Arcos para marcar sua passagem. Em 608 d.C. foi construído o último monumento do Fórum Romano. Ou seja, foram 10 séculos de construções.

Os monumentos construídos pelos imperadores se decaíram junto com o Império Romano e se tornaram ruínas. Os mármores e pedras preciosas que restaram foram extraídos, destruindo quase que completamente o local. O Fórum ficou completamente abandonado por muitos anos e, grande parte dos monumentos, ficaram soterrados, que acabou por preservá-los. A grama tomou conta, e acabou virando pasto por alguns anos.

No início do século XIX, foi dado início aos primeiros trabalhos de escavação. Até hoje, arqueólogos ainda descobrem algo por lá. Veja mais algumas fotos.

Perto dali fica o Palatino, 40 metros acima do Fórum Romano. Lá do alto existem seis mirantes que tornam possível ver vários pontos turísticos de Roma, da para ver do Fórum à parte do Vaticano e Coliseu. Muito legal!

O Palatino deu origem à cidade de Roma. Segundo a mitologia romana, foi aqui que os irmãos Rômulo e Remo foram encontrados e amamentados por uma loba. A lenda diz que quando os irmãos decidiram construir uma cidade às margens do rio, como não conseguiam chegar a um acordo, Rômulo assassinou Remo e fundou a cidade de Roma.

Escavações recentes mostraram que já havia habitantes no monte em 1.000 a.C. O lugar onde se concentravam os palácios da aristocracia de Roma, cujas construções foram estimuladas pelo Imperador Augusto, transformando o monte na sede oficial do poder do Império Romano, que foi o maior da antiguidade.

Hoje em dia, o local possui apenas as ruínas dos tempos da grande ostentação romana. Veja algumas fotos!

Cerveja da vez

A cerveja escolhida para este #TBT foi a Menabrea.

Mais precisamente a Birra Bionda (Cerveja Loira) da Birra Menabrea. Uma Premium American Lager, que leva, sim, o famigerado milho. É uma cerveja bem comum. Com aroma e sabor maltados e o amargor bem discreto. No geral, é uma cerveja leve e fácil de tomar! Seu ABV é 4,8%

A Birra Menabrea surgiu em 1846, na cidade de Biella (próxima a Milão e Turim), na Itália. Seu nome é inspirado no sobrenome dos seus criadores. São produzidos anualmente cerca de 100 mil hectolitros de cerveja, parte para exportação em vinte países.

Além da Bionda, eles fabricam também a Ambrata (Premium Amber); a Strong (Premium Strong); a Rossa (Double Malt); a Weiss (Unfiltered); a 1846; e as comemorativas de 150 anos da cervejaria.

Prato do dia

Os pratos escolhidos para esse #tbt são mais dois típicos italiano: Talharim à bolonhesa e Ravioli ao pomodoro. Eu amo!

Chocolate e Cerveja: Saiba como a cerveja pode estar presente na Páscoa

Se você não abre mão da cerveja nem mesmo quando o assunto da vez é o chocolate você vai gostar dessas dicas que darei.

Tem duas formas de você incluir a cerveja na Páscoa. Uma é harmonizando a cerveja com o chocolate. Com as combinações certas, você pode aproveitar as texturas e a intensidade da cerveja e do chocolate para criar novos sabores e sensações ou apenas para completar o sabor um do outro.

A outra forma é “substituindo” o chocolate por cervejas que trazem o mesmo prazer que um chocolate é capaz. Eu iria gostar bem se ganhasse uma Russian Imperial Stout no lugar de um chocolate.

Então, primeiro, vamos às dicas de cervejas que harmonizam com o chocolate.

Chocolate branco

Primeiro, vamos começar com o mais doce deles: o chocolate branco. A textura dele é mais pastosa, mais macia e é bem adocicado, por isso, cervejas mais frutadas e ácidas vão combinar muito bem com ele. E como é bem gorduroso, pode combinar com cervejas com teor alcoólico mais elevado para fazer o corte e a limpeza da boca, removendo a sensação pegajosa e amanteigada.

Exemplos: Fruit Beer (especialmente se for uma cerveja com adição de frutas vermelhas), Strong Golden Ale e Belgian Tripel.

Chocolate ao leite

O chocolate ao leite também é mais adocicado por isso ele harmoniza melhor com cervejas que tenham um perfil torrado, com médio corpo e médio amargor.

Exemplo: Stout, Porter, Bock e Dubbel

Chocolate Amargo

Como o nome já diz, este tipo de chocolate tem amargor mais pronunciado. Para combinar com chocolates amargos, nada melhor que cervejas mais intensas, que sejam mais escuras, mais maltadas, de teor alcoólico mais alto e mais amargas.

Exemplo: Russian Imperial Stout, Belgian Dark Strong Ale, Wood-Aged Beer

Chocolate meio amargo

Como ele não é tão amargo, o equilíbrio entre o doce e o amargor permite harmonizar com cervejas não tão intensas quanto as que combinam com o chocolate amargo.

Exemplo: Dunkel e Dry Stout

Dica extra: Cervejas muito claras, leves e refrescantes, de teor alcoólico baixo, costumam não harmonizar bem com chocolates em geral.

Cervejas para substituir o chocolate

Algumas pessoas trocam o chocolate facilmente por uma cerveja, já que algumas delas trazem a mesma sensação de estar comendo o chocolate.  Para trazer essa sensação, algumas cervejas usam maltes tostado, outras utilizam o nibs de cacau, que são amêndoas de cacau torradas, trituradas e descascadas. Eles trazem notas de chocolate para o sabor e aroma da cerveja. Parece m chocolate líquido. Eu amo cervejas assim!

Se você é desse time também, anota aí essas dicas também!

Schwarzbier, Bock, Russian Imperial Stout, Cacau IPA, Porter, Stouts, Dubbel, Quadruppel, Doppelbock, Belgian Dark Strong Ale e Barleywine.

Clique aqui para ver um reels que criei com cerveja e ovo de Páscoa

Clique aqui para ver o reels com dicas de 3 cervejas que combina com chocolate

Boa Páscoa!

#TBTemRoma: Piazza del Popolo e Altare della Patria (Roma): dois monumentos com cerveja dinamarquesa

Que tal mais uma voltinha, desta vez, em dois pontos turísticos de Roma com muita história. Aliás, Roma é uma aula em cada esquina que se passa!

O Altare della Patria é mais um ponto turístico gigante. Além de lindo e imponente, é um importante monumento que representa uma parte da história da Itália.

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É também conhecido como Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II ou ainda Il Vittoriano, pois foi construído em homenagem a Vítor Emanuel II da Itália, primeiro rei da Itália unificada e considerado o pai da pátria italiana.

Inaugurado em 1911 e finalizado em 1935, o monumento foi feito de puro mármore branco. Ele se destaca na cidade, podendo ser visto de vários pontos de Roma, além de ser o único prédio branco em meio aos diversos prédios marrons e clássicos que o rodeiam. Foi apelidado pelos turistas como “Bolo de Casamento” e pelos romanos como “Máquina de Escrever”.

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Além da linda escadaria, o monumento tem fontes, uma enorme estátua de Vítor Emanuel e duas estátuas da deusa Vitória que guiam duas quadrigas. Do lado de fora, ficam dois soldados o tempo inteiro protegendo uma chama eterna que fica exatamente na tumba do soldado desconhecido.

Do lado de dentro, fica um museu dedicado à unificação da Itália e há um elevador panorâmico que dá acesso ao topo do monumento, onde se pode ter uma visão panorâmica da cidade de Roma.  Não subimos, pois estamos muito cansados, mas, dizem que é linda a vista.

O outro ponto turístico é a Piazza del Popolo (Praça do Povo), uma praça bem grande e diferente. Para entrar nela, temos que passar por um portal onde, conforme a história, o imperador Nero morreu e foi sepultado.

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O obelisco Flamínio, que fica no centro da praça, veio do Egito, em 1589. Tem 24 metros de altura

Na entrada da praça, está a Basílica Santa Maria del Popolo (ou Basílica de Santa Maria do Povo), que abriga várias obras de artes. E, para quem gosta de filme, dentro dessa igreja fica a Capela Chig, onde foram filmadas cenas de Anjos e Demônios. Nessa capela tem uma pirâmide (símbolo pagão dentro de uma Igreja Católica) e o Anjo (estátua de Habacuque, de Bernini) que aponta para o chão da capela, que tem a pintura que chamam de Morte Alada.

Além da Basílica Santa Maria del Popolo, na praça tem as duas igrejas gêmeas, como são chamadas por serem bem parecidas: a Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli ou dos Milagres. Em uma delas tinha uma arte bem no centro, que era uma cabeça pendurada, não entendi o que era aquilo.

Subindo uma escadaria de 135 degraus por ali, tem-se acesso à Piazza di Spagna, onde dá para ver a Piazza del Popolo pelo alto.


Cerveja da vez

O #tbt de hoje é com esta Pilsner dinamarquesa, a Green Tuborg que eu tomei em Roma. Uma cerveja comum, normal para os padrões internacionais. Feita com água, levedura, lúpulo e malte. Seu sabor é adocicado, super suave. No final, tem um leve amargor. ABV: 4,6%

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A Tuborg foi fundada em 1873 por Carl Frederik Tietgen, com sede em Hellerup, um distrito do norte de Copenhagen. O nome Tuborg está relacionado ao nome da rua onde foi fundada a cervejaria. Essa cervejaria produziu a primeira cerveja tipo Pilsner da Dinamarca, em 1880, e a embalou em garrafas com um rótulo verde distinto. Tornou-se instantaneamente popular entre os dinamarqueses.

Em 1969, foi comprada pela empresa Carlsberg. Hoje, a Tuborg se tornou uma marca internacional, presente em 70 países.


Prato do dia

Hoje, vão ser dois pratos: Penne a Carbonara e Lasanha do Restaurante Il Nuovo Faro di Angelo e Pierangelo. Deliciosos! Esse dia optei por um vinho da casa e Thiago pela cerveja.

Os pratos na Itália são todos maravilhosos. Eu amei tudo!