Cerveja de Guarda: Você sabe o que é?

E se eu te contar que algumas cervejas podem ser guardadas por anos assim como o vinho?

Isso mesmo! São conhecidas como Cerveja de Guarda.

Cerveja de Guarda são algumas cervejas que podem ser guardadas por um período mais longo que o normal. O fato de ela ficar algum tempo guardada potencializa algumas de suas características ou desenvolvem outras. Com isso, tornam cervejas ainda mais complexas e, na minha opinião, ficam boa demais, digna de tomar de joelhos!

Mas, atenção! Não são todas as cervejas que podem ser envelhecidas. A maior parte dos estilos de cerveja foram feitos para se consumir frescos, ou seja, próximo da data de fabricação. Porém, os estilos mais complexos, alcoólicos e encorpados como Imperial Stout, Doppelbock, Barley Wine , Belgian Dark Strong Ale, Tripel e Lambic, se adaptam bem a esse processo de guarda e podem ficar por um bom tempo guardadas mesmo depois do vencimento.

As características que devem ser consideradas para guardar uma cerveja:


– Teor alcoólico: A cerveja precisa ter um alto teor alcoólico, acima de 8%;
– Cor da cerveja: Tem que ser escura. Existem exceção como algumas belgas tipo Dubbel e a Tripel;
– Pausteurização: As cervejas não-pasteurizadas são as ideais para guardar, pois os microrganismos continuam produzindo aromas e sabores. Já as cervejas pasteurizadas perdem praticamente todas as características que são realçadas no envelhecimento. Segundo estudos, esse tipo de cerveja não é o ideal para ser usado no processo de guarda. Porém, já fiz com cervejas pasteurizadas e rolou.

Para que a cerveja envelheça de maneira adequada ela deve ser armazenada em pé, em um local escuro e climatizado, com uma temperatura entre 12°C e 18°C (é o ideal). Como não é comum ter um local climatizado, ou porão, algumas pessoas optam por guardar em guarda-roupas.

Como não existe muitos estudos e teorias para essa prática, não é possível falar o tempo ideal para guardar cada estilo. O tempo pode variar de 6 meses a 20 anos.

No livro Tasting Beer, Randy Mosher cita alguns exemplos (citação do blog da Pri Colares): ​

  • Belgian Dubbel: 1 a 3 anos;
  • Belgian Trippel/ Strong Gold Ales: 1 a 4 anos;
  • Strong Ale/ Old Ale: 1 a 5 anos; 
  • Belgian Dark Strong Ale: 2 a 12 anos;
  • Barley wine, Imperial Stout: 3 a 20 anos;
  • Cervejas com ABV superior a 15%: indefinidamente

Como nosso paladar é individual, cada um vai sentir algo diferente que a guarda proporciona para a cerveja. No geral, as notas de toffee, mel, caramelo, baunilha e frutas vermelhas crescem, o corpo tende a diminuir, o álcool fica mais acentuado e o amargor diminui.

O negócio é você mesmo testar guardando a mesma cerveja e ir abrindo com o tempo. Abre uma com x meses, depois, abre a outra com x meses e vai anotando as percepções. E para comparar, vale abrir aquela que estava guardada junto com uma recém fabricada.

E aí? Animou escolher uma e guardar por algum tempo?

A dica que dou é esconder mesmo as cervejas. Que aí você não cai na tentação de abri-las antes do esperado.

#TBTemRoma: Vaticano à Carbonara

O ponto turístico deste #TBTEmRoma desta vez é um mundo à parte dentro de Roma: o estado do Vaticano.

Confesso que antes de ir, eu nunca havia lido ou estudado nada sobre o Vaticano. A única coisa que sabia que era a “cidade” do Papa, na Itália, onde ele fazia umas missas e que lotava de fiéis da Igreja Católica. Nada mais!

Quando cheguei lá, fiquei super curiosa pela história que gira em torno daquele Estado. Quando cheguei no hotel, não consegui dormir. Passei a noite no Google, lendo sobre aquele lugar e seus mitos e verdades.

Não vou falar tudo aqui, porque precisaria de um livro para isso. Mas falarei sobre curiosidade e o que achei interessante por lá. Não, o Papa Francisco não estava na janelinha quando fui. A famosa janelinha é essa do meio!

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Curiosidades:

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– Vaticano tornou-se um Estado em 1929;

– o Vaticano é um Estado independente, com selos e moeda própria e que tem como chefe de governo o Papa.  Os poderes executivo, legislativo e judiciário são comandados por ele;

– O local tem cerca de 800 habitantes, a maioria funcionários da igreja, de diversas nacionalidades. Aproximadamente 450 pessoas têm cidadania do Vaticano. Não é qualquer um que pode morar lá. Para ser habitante do Vaticano é preciso autorização.

– A segurança é constituída pela Guarda Suíça Pontifícia, composta por oficiais/guardas de nacionalidade suíça.

– Os soldados da Guarda Suíça, que são as Forças Armadas do Vaticano, devem ser celibatários, cumprir rituais litúrgicos e não podem dormir fora do Vaticano. Achei muito bonitinha a roupa deles (foto ao lado)…rs

– Por questões de ordem religiosa, solteiras de até 22 anos de idade de famílias constituídas residentes no Vaticano não podem morar nos limites do Estado.

– O Estado é cercado por um muro. Na foto abaixo o muro está no nosso lado esquerdo.

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Basilica di San Pietro

A fila para entrar, tanto na Basilica di San Pietro (São Pedro) quanto no Museu do Vaticano,  é gigantesca. A da Basílica anda rápido. A do museu não, por isso é importante comprar antes a entrada pro Museu.

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Em frente à Basílica, fica a Piazza di San Pietro, onde os fiéis aglomeram em dia de missa. A gente vê a Basílica assim de frente e não imagina o quanto ela é gi-gan-tes-ca! E tem uma verdadeira multidão dentro dela (fotos abaixo). Você vai reparar que lá dentro eu estou com outra camisa. Pois, não pode entrar com o ombros nem joelhos à mostra. Ah, e não sei porque, mas não podia pisar nessa faixa do meio que está aí nessa foto abaixo.

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Foto: Mattis (Wikipedia)

Dentro da Basílica, fica também a famosa estátua Pietà, de Michelangelo, feita em mármore. Ela fica protegida por vidros blindados depois da tentativa de depredação por um homem. É difícil demais tirar uma foto dela. Muita gente com o mesmo objetivo, fica difícil!

Tem também a estátua de bronze de São Pedro, feita por Arnolfo de Cambio. A fila por ali é gigante, formada por fiéis que andam e passam a mão, beijam o pé da estátua e pedem uma bênção quando visitam a igreja. Essa tradição é tão antiga que ao longo dos séculos, milhões e milhões de pessoas devem ter beijado e tocado a estátua, somente no pé direito o deixando desgastado. Não dá nem dá pra ver a divisão dos dedos mais. Não tirei foto de perto pois não estava afim de enfretr a tal fila.

Outro monumento gigantesco é Baldaquino, feito por Bernini, de bronze dourado, com quase 30 metros de altura. É o altar papal. Somente o Papa pode celebrar missa ali. Ele está exatamente sobre o suposto Túmulo de São Pedro, que fica ali debaixo, na Necrópole.

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Você já ouviu falar em Necrópole? É uma cidade que fica embaixo do Vaticano, onde ficam túmulos e mausoléus de famílias romanas ricas e de alguns papas. É possível visitá-la, mas eles não divulgam muito isso. Não consegui agendar minha visita,  pois tem que ser com muitos meses de antecedência. Dentro da Basílica tem uns “bueiros” que dá pra ver que existe algo passando pelo subsolo.

Em uma das dezenas de capelas lá de dentro, está o túmulo do Papa João Paulo II. Nas capelas você pode entrar e rezar à vontade. Algumas podemos tirar foto, outras não. Os confessionários e as capelas com missa não podemos tirar fotos.

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Subi na cúpula, onde dá pra ver o Vaticano lá do alto. Quem tem claustrofobia, não é muito legal de ir. Pois o espaço vai se estreitando a medida que você sobe. É terrível, passa morcego. Se você cansar ou passar mal, nem o Papa te tira de lá. Imagina você ter um mal estar nessa escada de caracol e tem uma fila gigantesca na sua frente e atrás de você? Eu sou claustrofóbica, concentrei, subi e valeu a pena pela vista. Fotos abaixo. A primeira foto é a casa do Papa.

Museu do Vaticano

É outro lugar a ser visitado no Vaticano. É gigante também.

Com esculturas, sarcófagos e pinturas dos mais conhecidos artistas. Aí depende do seu interesse para parar nas que tem mais interesse. São centenas, não dá pra ficar parando em todas.

Lá tem uma janela que dá pra ver o jardim da casa do Papa.

No final do museu, tem a famosa Cappella Sistina, decorada com pinturas dos maiores mestres italianos, como Perugino, Botticelli, Cosimo Rosselli, Domenico Ghirlandaio, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Luca Signorelli e Michelangelo, que pintou no teto o imenso e famoso Juízo Universal, obra que demorou cinco anos para ser terminada. É linda, realmente.

Antes de entrar, tem uma placa falando que é proibido tirar foto e falar lá dentro. Mas o que você mais vê é uns “João sem braço” fingindo que não estão tirando foto mas com a câmara , discretamente, apontada pra cima, e um bando de sem educação que não para de falar. É um lugar fechado, abafado e tem uma multidão lá dentro olhando pro teto. E essa falta de educação chega a irritar, porque agita o lugar e os seguranças ficam o TEMPO TODO GRITANDO: “NO FOTO, NO FOTO”. “SILENCE, PLEASE”; “SILENCIO”; “XIIIIU”; “É UM LOCAL SAGRADO”; “SACRO”.

Afinal, é lá na Capela Sistina que se realiza o conclave, processo de escolha do novo Papa. Lá você vê a chaminé de onde sai a fumacinha preta ou a branca: Habemus papam.

A foto abaixo não é minha peguei no google.

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É muita informação. Não tem como fazer um post pequeno sobre o Vaticano. Mi scusi! Sorry! Desculpe me!

Mais umas fotos do lado de fora.

Sugestão: Passar a manhã na Basílica (dá para ver tudo e almoçar) e agendar a visita ao museu do Vaticano à tarde.


Cerveja da vez

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Depois desse testamento, você ainda tem folego para ler sobre a cerveja da vez?

A Cerveja da vez eu achei no supermercado e levei para o hotel. Mais uma cerveja original da Itália: a Tre Luppoli da Birrificio Angelo Poretti. Uma cerveja fabricada com três variedades de lúpulo. Mesmo assim, é leve, sem muito amargor, com um sabor bem equilibrado e refrescante. É uma lager perfeita para o dia-a-dia. ABV: 4,8%

A Birrificio Angelo Poretti é uma cervejaria italiana, fundada em 1877, por Angelo Poretti, em Valganna, na Itália.  Em 1982, o Grupo Carlsberg comprou 50% das ações da empresa, seguido em 1998 por mais 25%. Em 2002, o grupo dinamarquês adquiriu os 25% restantes, assim, obteve a propriedade total da Angelo Poretti.

Suas cervejas são baseadas em diferentes combinações de lúpulo. E o nome delas tem relação com a quantidade de lúpulos usados como a Tre Luppoli (3), 4 Luppoli, 5, 6…tem até 10.

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Aí vão elas: 3 Luppoli (Lager – 4.8%); 4 Luppoli L’Originale (Lager com 4 lúpulos colhidos na Itália – 5.5%); 4 Luppoli Non Filtrata (Lager – 5%); 4 Luppoli Zero;  5 Luppoli Bock Chiara (Bock Clara -6.5%); 6 Luppoli Bock Rossa (Bock Vermelha- 7.0%); – 7 Luppoli La Fiorita  (Sazonal – 5,3%); 7 Luppoli La Mielizia (Sazonal com  ervas e especiarias – 6,3%); 8 Luppoli Profumi del mediterrâneo (Saison – 5,5%); 9 Luppoli Belgian Blanche (Witbier – 5.2%); 9 Luppoli  – (IPA – 5.9%); 9 Luppoli Bohemian Pils (Bohemian Pils – 4.6%); e 10 Luppoli Le Bollicine (Champagne – 6%).


Prato do dia

O prato do dia é o Spaghetti à Carbonara. De tudo que comi no país das massas, essa foi a melhor. Ô trem delícia!

Não lembro o nome do restaurante. Só lembro que ele ficava no Vaticano.

Mitos e Verdades sobre a cerveja

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A gente sempre escuta muitas informações sobre a cerveja e fica na dúvida se é verdade ou se é mito.

Vamos desvendá-los?

– A cerveja tem uma Deusa da mitologia: Verdade

Ninkasi é o nome da Deusa da Cerveja da Mitologia Suméria. Dizem que ela forneceu ao mundo o segredo para fazer cerveja. Na cultura sumeriana, ela também é conhecida por seu poder para satisfazer o desejo humano e saciar o coração. Além disso, ela é a Deusa do álcool e responsável pela “água espumante”. Ninkasi produzia a própria cerveja e a consumia diariamente. Esta história é de 10.000 a.C.

– Não existe copo específico para tomar cerveja: Mito

Para que os diferentes sabores e aromas da cerveja sejam ressaltados, cada estilo de cerveja pede um tipo de copo adequado. A Pilsen, por exemplo, pode ser apreciada em uma tulipa, por ter um formato fino em sua base e mais largo na boca, mantém a espuma constante e faz com que o aroma do lúpulo seja melhor sentido. Já a Weissbier, cerveja de trigo, será melhor apreciada em um copo Weizen. Esse tipo de copo é alto, possibilitando colocar todo o líquido da garrafa, incluindo o resto de levedura que fica depositada no fundo. Veja o post sobre “Tipos de copos”.

– A validade da cerveja especial pode ser maior que a indicada no rótulo: Verdade

As obrigações sanitárias no Brasil não permitem uma flexibilização em relação às validades nas cervejas artesanais. Depende muito do tipo de cerveja, da concentração de malte e da graduação alcoólica. Normalmente, uma cerveja artesanal dura mais do que sua validade e mesmo assim a deterioração é gradativa e não de um dia para o outro. Porém, como já disse, depende de cada cerveja. Algumas ficam até melhores depois da validade, como as Russian Imperial Stout. Outras, ficam ruins até mesmo antes de vencer, como algumas IPAs, que quanto mais perto da fabricação forem consumidas, melhor. Tudo depende do estilo, da forma como foi produzida, ingredientes usados e como foi armazenada.

– Cerveja artesanal é mais forte e mais amarga: Mito

Existem centenas de estilos de cerveja artesanal, alguns mais leves, outros mais potentes, alguns com o amargor quase que imperceptível outros com o amargor muito alto. Tudo vai depender do seu paladar e do que você está acostumado a beber. Uma coisa é certa: existem estilos de cerveja para todos os gostos. Seja você do time das levinhas, do time das alcoólicas, do time das adocicadas ou do time das lupuladas. Veja esta página que fiz dedicada somente aos estilos.  

–  O Lúpulo é um poderoso conservante natural: Verdade

A função do lúpulo vai muito além de conferir o amargor e aroma característicos de uma cerveja. Além dessas características dele que já sabemos, ele também tem a função de conservante natural da bebida, ajudando a prolongar a vida de prateleira da cerveja. Além disso, ele pode ser utilizado na culinária e na cosmetologia para clarear a pele e prevenir manchas e inflamações do tecido dérmico. Veja este post sobre “O lúpulo na cerveja”.

– Cerveja engorda: Mito

A cerveja tem menos calorias do que a maioria das bebidas alcoólicas. Por exemplo, a cachaça, a vodka e o vinho são bem mais calóricos que a cerveja, pois, a caloria está presente no álcool. Portanto, quanto menor o teor alcoólico, menos caloria a bebida vai ter. O que engorda é beber em excesso e optar por petiscos mais gordurosos para acompanhar a cerveja. Se quer manter a dieta, beba com moderação e opte pelas cervejas menos alcoólicas. Aqui, eu falo sobre as cervejas de baixa caloria.

– Existe diferença entre armazenar cerveja em lata ou garrafa translúcida, ou garrafa verde ou garrafa marrom: Verdade

O recipiente em que a bebida é guardada e a cor dele interfere no sabor, no aroma e na durabilidade de uma cerveja. Por exemplo, quanto mais clara for uma garrafa (garrafa transparente), maior é a exposição do líquido aos raios solares. Com isso, maior será o impacto negativo nos aromas e sabores da cerveja e menor será sua durabilidade. Na garrafa marrom, esse impacto é menor. Porém, o recipiente ideal para armazenar a cerveja é a lata. Nela não entra raio solar nenhum, isso faz com que o líquido se mantenha intacto. Por isso, algumas vezes, é possível sentir diferença em uma mesma cerveja na lata ou na garrafa. Veja o post sobre “O recipiente pode influenciar no aroma e saGarrafa x Lata: O recipiente influencia na cervejabor da cerveja”.

– Cerveja e saúde não combinam: Mito

Os ingredientes que compõe a cerveja (água, malte e lúpulo) são todos naturais e cada um traz um benefício para saúde. Se o consumo da bebida for moderado e responsável, é possível obter os benefícios do consumo da cerveja. Um exemplo são os polifenóis, compostos orgânicos presentes na cerveja, que desempenham importante função antioxidante no organismo. Veja esse post que falo sobre “Os benefícios da cerveja para a saúde”.

– Ingredientes naturais da cerveja têm potencialidades que merecem ser exploradas: Verdade

Os ingredientes naturais da cerveja fazem bem à saúde dentro e fora da garrafa. A cevada, por exemplo, é considerada pelos especialistas como um ‘superalimento’, ou seja, um alimento bastante completo, nutricionalmente muito rico e que pode ser ‘coringa’ em qualquer dieta balanceada. O grão pode ser consumido em substituição ao arroz, à farinha de trigo e na preparação de saladas, risotos e até chá.

– Há diferença nos ingredientes do chope (que fica no barril) e da cerveja de garrafa: Mito

Os insumos utilizados na fabricação do chope e da cerveja são os mesmos. Portanto, não há diferença. Por exemplo, o chope Pilsen de uma marca X, que está dentro do barril, tem os mesmos ingredientes da cerveja Pilsen dessa mesma marca que está na garrafa. O que difere é que temos o costume de chamar de chope o líquido colocado dentro do barril que, normalmente, não é pasteurizado. Por ele não ser pasteurizado, acaba ficando mais fresco, com sabores e aromas mais presentes e com um prazo de validade menor. Além disso, a forma como o chope é retirado das torneiras fazem com que ele receba oxigênio tornando-o mais cremoso. Porém, hoje em dia, algumas cervejarias engarrafam ou enlatam cervejas não pasteurizadas. E acaba ficando difícil sustentar que chope e cerveja são produtos diferentes. Leia o post Chope x Cerveja

– A espuma tem uma função específica na cerveja: Verdade

A espuma protege a bebida da oxidação, ou seja, impede que ela entre em contato direto com o oxigênio e oxide. Além disso, ela mantém o sabor, o amargor que está presente na cerveja e mantém a temperatura da bebida no copo. O ideal são dois dedos de espuma. Portanto, sem essa de pedir ou servir cerveja sem colarinho! Veja este post sobre “A espuma e sua importância para a cerveja”.

– A cerveja deve ser sempre servida muito gelada: Mito

Cervejas muito geladas tendem a diminuir a percepção do sabor e da complexidade das cervejas. Isso significa que, ao beber a cerveja trincando, como costumamos falar, poderá perder parte da experiência que determinadas cervejas podem proporcionar. Cada estilo de cerveja tem uma temperatura ideal para ser servida.

Em caso de dúvida há uma regra básica que pode seguir: quanto mais escura, menos fria. Não é uma regra perfeita e para a qual existem muitas exceções, mas há boas possibilidades de acertar se a seguir. As cervejas mais escuras muitas vezes são mais complexas e a temperatura a menos fria realça esses sabores. As mais claras, especialmente as de menor grau alcoólico, tendem a ser menos complexas e mais refrescantes, por isso poderão ser tomadas em temperaturas mais baixas. Mas, como já disse, em se tratando de cerveja, não é uma regra. Veja este post sobre “Como armazenar a cerveja artesanal“.

Falando em cervejas escuras, elas têm muitos mitos. Vai aí um bloco inteiro sobre eles:

cerveja escura

– Toda cerveja escura é muito alcoólica: Mito 

O responsável pela cor da cerveja é o malte. No processo de malteação, os cereais são germinados e o procedimento é interrompido no momento ideal por diferentes maneiras de secagem, como tosta, torrefação e defumagem. De acordo com esse processo as cervejas ganham cores e sabores diferentes. Portanto, a cor da cerveja não tem ligação com seu teor alcoólico. Um exemplo é a Dry Stout, que é uma cerveja bem escura, porém com o teor alcoólico entre 4% e 5%.  Veja este post sobre “Como é colocado o álcool na cerveja“.

– Cerveja escura é sempre doce: Mito

A coloração escura de uma cerveja definitivamente não é um indicador de dulçor. A Guinness, cerveja escura mais famosa do mundo, não é nada doce, assim como a Black IPA, que traz um sabor mais amargo. Existem, sim, cervejas escuras doces, mas não é uma regra.

Cervejas escuras são muito encorpadas: Mito

Mais uma vez, a cor da cerveja nada tem a ver com corpo. Existem cervejas claras encorpadas, escuras leves, claras leves e escuras encorpadas.

O corpo não é definido pela cor do malte, mas sim pela quantidade. A grosso modo, quanto mais malte for utilizado em sua receita, mais a cerveja será encorpada. Veja aqui o post “O malte e sua múltipla função”.

– Cervejas escuras não podem ser refrescantes: Mito

Apesar de muitas cervejas escuras serem menos refrescantes, existem sim cervejas escuras refrescantes. Exemplo são as Schwazbier e as American Brown Ale que são bem refrescantes!

Acho que com esses mitos desvendados e as verdades confirmadas deu para aprender um pouco mais sobre a cerveja artesanal, né?!

Aproveite esses links que coloquei em cada tópico para aprender mais ainda.

Quer saber mais? Siga @cervejeirauai

Pröst!!

#TBTemRoma: Uma das Sete Maravilhas do mundo com Birra Moretti

Hoje, a gente para em mais um dos pontos turísticos mais visitados de Roma e mais um sonho realizado meu.

Símbolo do Império Romano, enfim conheci o Coliseu (Colosseo), que significa colossal devido sua estrutura gigantesca.

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O Coliseu é o maior anfiteatro já construído. Ele foi erguido no centro de Roma, em 70 e 90 d.C. Estimasse que ele poderia abrigar entre 50 a 80 mil espectadores. O local recebia combates de gladiadores que lutavam entre si e com animais, além de receber espetáculos públicos.

Estima-se que o Coliseu poderia abrigar entre 50 mil e 80 mil espectadores, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas. O edifício era usado para combates de gladiadores e espetáculos públicos, caças de animais selvagens, execuções, encenações de batalhas famosas e dramas baseados na mitologia clássica. O prédio deixou de ser usado para entretenimento na era medieval. Mais tarde foi reutilizado para vários fins, tais como habitação, oficinas, sede de uma ordem religiosa, uma fortaleza, uma pedreira e um santuário cristão.

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Uma curiosidade é que ali também eram feitas encenação de batalhas navais. A arena era inundada parcialmente, através da água vinda de aquedutos, para que as embarcações pudessem flutuar. Depois, a água era rapidamente escoada por canais.

Embora parcialmente arruinado por causa de danos causados ​​por terremotos e saques, o Coliseu é ainda um símbolo da Roma Imperial. É uma das atrações turísticas mais populares da capital italiana e tem também conexões com a Igreja Católica Romana, pois a cada Sexta-feira Santa, o Papa guia a Via Crúcis que começa na área em torno do Coliseu. O Coliseu também é retratado na versão italiana da moeda de 5 cêntimos de euro.

E como é a visita?

Lá você pode alugar um áudio guia que conta muitas histórias a cada ponto sinalizado.

Ao entrar, você fica imaginando “como eles conseguiram, naquela época, construir algo tão complexo e imponente?”. Apesar de ter perseverado bastante coisa, lá você tem que trabalhar com a imaginação. Imaginei aquelas arquibancadas lotadas e, lá no centro, as batalhas “comendo soltas”. Embaixo da arena, tem uns labirintos, onde ficavam os animais e os gladiadores para entrar em cena.

Abaixo tem as fotos das ruínas dos labirintos e depois das arquibancadas. Use a imaginação!

Em 1990, o Coliseu foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Em 2007, o Coliseu foi inserido entre as novas Sete Maravilhas do Mundo.

Amei conhecer! Amo ver de perto esses lugares que só vemos na TV. É tudo muito incrível!

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Cerveja da vez: Birra Moretti

De um clássico para outro. A Birra Moretti é uma das cervejas mais tradicionais da Itália e é uma das cervejas mais vendidas também. A Premium American Lager dela você encontra em qualquer esquina de Roma, além de ser fácil de achar ela é uma das mais acessíveis. É uma cerveja super fácil de tomar. Leve e de excelente qualidade. Refrescante, bem equilibrada, com um leve amargor. De boa com seus 4.6% de ABV.

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A Birra Moretti teve sua primeira cerveja fabricada para venda, por Luigi Moretti, em 1860, na cidade de Udine na Itália. Somente em 1990, a cerveja deixou de ser local e passou a ser distribuída em toda Itália. Em 1996, foi comprada pela Heineken. Depois disso, a Birra Moretti passou a ser exportada para mais de 40 países em todo o mundo. Já achei muitas vezes dela aqui em BH. Mas, não acha mais.

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Curiosidade sobre a logomarca: O original bigode de Birra Moretti. “Um dia, em 1942, o sobrinho de Luigi Moretti, o fundador da cervejaria, saindo para o almoço viu um homem de aparência agradável sentado a uma mesa na Trattoria Boschetti em Udine. Havia algo único naquele homem. Ele de alguma forma estava incorporando os valores reais de sua cerveja: autenticidade, tradição, genuinidade. Eventualmente, o Sr. Moretti foi até ele e perguntou se ele poderia tirar uma foto dele. Quando perguntaram ao homem o que ele queria em troca, a única coisa que ele pediu foi outra cerveja Moretti. Desde aquele dia, a imagem desse homem está em todos os rótulos da Moretti, lembrando-nos de onde viemos e para quem nós preparamos nossa cerveja.” – Birra Moretti. Desde então, eles usam a palavra e a imagem do bigode (baffo em italiano) como marca registrada da Moretti.


Prato do dia

O prato deste TBT foi a primeira massa que comi em Roma: o Nhoque com aspargos e parmesão (Gnocchi con asparagi e grana). Uma delícia que comemos no Eden Barberini Bistrot.

St. Patrick’s Day: curiosidades sobre o festejo

Afinal, quem é Patrick?

Apesar de muitos acharem que São Patrício era irlandês, ele era britânico e seu nome original é Maewyn Succat. Ele nasceu de pais romanos no País de Gales.

Não se sabe muitos detalhes da vida do inglês St. Patrick ou São Patrício (para nós). O que sabemos é que nasceu em 377 e que seu pai era cristão e seu avô era padre (nesse tempo, os padres ainda podiam se casar). Porém, ele foi se interessar pela religião somente na adolescência.

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Aos 16 anos, enquanto viajava pela Grã-Bretanha para espalhar o cristianismo, Patrício foi sequestrado e escravizado por piratas irlandeses. Foi submetido a trabalhos forçados num ambiente terrível, entre pessoas rudes, brutas e pagãs. Tentou fugir duas vezes, sem sucesso. Somente na terceira vez, após 6 anos de sofrimento, ele conseguiu escapar.

Foi para a França onde partilhou a vida em vários mosteiros e conseguiu se habilitar para a vida religiosa, que unia o estilo de vida monástico, pela disciplina e oração, e também missionário, caracterizando-se pelo desejo de anunciar o Evangelho aos pagãos.

Em 432, alegou ter recebido um chamado para regressar à Irlanda, porém como bispo, para a evangelização dos irlandeses. Deixou para traz tudo que sofreu naquela terra e aceitou.

Embarcou para aquele país, que tinha uma sociedade 100% pagã, e trabalhou na evangelização de novos cristãos. Com isso, tornou-se responsável por trazer os irlandeses para a religião católica. Séculos depois, tornou-se padroeiro do país. Hoje, o catolicismo é a maior religião da Irlanda e um dos responsáveis foi Patrício, Saint Patrick.

São Patrício faleceu no dia 17 de março do ano 461, na cidade de Down. Hoje, a cidade se chama Downpatrick (Cidade de Patrício) em sua homenagem.  Há alguns séculos, essa data é feriado nacional para celebrar São Patrício.

Como surgiu o festejo?

Em 1760, os imigrantes irlandeses que moravam nos Estados Unidos começaram a celebrar o 17 de março, dia de seu padroeiro, para lembrar o país de origem. Por décadas, era uma festa mais religiosa e, acima de tudo, essencialmente local. Somente cidades com grandes comunidades irlandesas comemoravam e, mesmo assim, era algo restrito aos bairros de imigrantes.

Foi só no fim do século 20 que a festa ganhou ares mais nacionais, espalhando-se por pubs e paradas nas ruas de costa a costa. A partir de então, a festa não parou de crescer, cruzou as fronteiras, passou a marcar os calendários de outros países, assim como aqui no Brasil, que adora uma desculpa para festejar.

Hoje, a Irlanda não só reconhece como promove a festa originalmente americana. O 17 de março passou a ser a data nacional mais famosa do mundo. Algumas cidades iluminam pontos turísticos de verde e até mesmo colorem seus rios com essa cor.

Nas festas maiores, encontramos um festejo cheio de atividades como desfiles, festivais de música celta, culinária irlandesa, apresentações de teatro, cinema ao ar livre e é claro, muita cerveja. A maioria dos lugares, fazem chopes verdes para a festa ficar ainda mais caracterizada. É o verdadeiro carnaval irlandês!

Mais Curiosidades

  • O Dia de São Patrício é a única data em que se pode beber nas ruas da Irlanda! O consumo de bebida alcoólica nas ruas do país é terminantemente proibido e a infração é punida com multa; contudo, essa proibição é suspensa no St. Patrick’s Day, único dia do ano em que os irlandeses podem beber sua cerveja a vontade pelas ruas das cidades.
  • Corned-beef boil é o prato do St. Patrick’s Day. Trata-se de um prato clássico de carne salmorada com repolho que combina muito bem com cerveja, inventado por imigrantes irlandeses em Nova Iorque.
  • O maior desfile de St. Patrick’s Day não é na Irlanda e sim em Nova Iorque! Nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, onde existem muitos imigrantes irlandeses, a data é comemorada oficialmente com desfiles

Simbologia

O festejo carrega alguns símbolos cheios de indentidade com a Irlanda. Com certeza você já deve ter visto alguns deles nas divulgações das festas, porém, você sabe o que significa? Vamos lá!

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O trevo – O folclore irlandês alega que um dos métodos de evangelização do St. Patrick incluía o uso de um trevo de três folhas para explicar a doutrina da Santíssima Trindade para os irlandeses, com isso, o uso de trevos de três folhas e similares estão intimamente ligados aos festejos. Outra explicação é que no século XVII, o trevo tornou-se símbolo do nacionalismo irlandês emergente, visto que, como os ingleses começaram a confiscar terras irlandesas e a criar leis contra o idioma irlandês e a prática do Catolicismo, muitos irlandeses começaram a usar o trevo como um símbolo do orgulho de suas origens e para demonstrar seu desgosto ao domínio inglês.

A cor verde – Durante a rebelião irlandesa de 1798, na esperança de propagar seus ideais políticos, soldados irlandeses vestiram uniformes verdes no dia 17 de março na esperança de chamar a atenção pública para a rebelião. A expressão irlandesa “the wearing of the green” (vestindo o verde), significa usar um trevo ou então outra peça de roupa que seja verde em referência aos soldados rebeldes.

Beliscão e roupa verde – Entre as crianças, há a tradição de beliscar os amigos que não vestem verde neste dia.

Duende, arco-íris e o pote de ouro – No folclore irlandês, os Leprechauns (pronuncia-se Leprecáuns), são guardiões de tesouros que moram no país desde muito antes dos celtas e vivem escondidos com seus potes de ouro no final do arco-íris.

Muito travessos, adoram pregar peças e são muito ágeis, quase impossíveis de serem alcançados. Por isso, há uma lenda que quem capturar um poderá fazer três pedidos. Os celtas acreditam muito em fadas e duendes.

Agora que você já sabe o significado do festejo, bora tomar um chope verde?!

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Dicas do festejo em BH neste ano de 2023:

St. Patrick’s Day BH 2023: @saintpatricksbh

St. Patrick’s Rock Station: @jangalbh

Odorico St. Patrick’s Day with Cash: @odoricocervejaria

 Semana de São Patrício HB: @hofbrauhausbh

St. Patrick’s Day Stadt Jever: @stadtjever

St. Patrick’s Week: @forjataverna

St. Patrick’s Santo Growler: @santogrowler

 St. Patrick’s Porks: @porks_savassi

Cervejaria mineira cria cerveja com uso de Inteligência Artificial

Para a produção de uma Black IPA, Prussia Bier utilizou o ChatGPT

A cervejaria mineira Prussia Bier lançou sua primeira cerveja feita com a ajuda da Inteligência Artificial. Foram utilizados dois tipos de robôs um para fazer a cerveja e outro para criar o rótulo.

O ChatGPT é um chatbot (robô) voltado para desenvolver diálogos reais com os humanos e solucionar dúvidas. Além disso, a plataforma contesta premissas incorretas, desenvolve histórias, descreve imagens e muito mais.

Essa nova tecnologia é um tema que está sendo muito discutido na atualidade e a Prussia Bier, como está sempre ligada nas novidades do mercado, largou na frente: É a primeira cervejaria do Brasil a usar o ChatGPT na produção de uma cerveja comercial.

Segundo Fernando Cota Carvalho, sócio da cervejaria, foi uma experiência incrível e inédita. “Buscamos a inteligência do robô para criar uma receita de cerveja e além disso, usamos outra IA, o Midjourney,  para criar o rótulo dessa cerveja. E o resultado foi fantástico.”, conta Fernando.

A cerveja criada é uma Black IPA. Uma cerveja de cor escura, bem equilibrada, com espuma esbranquiçada e cremosa. Apresenta um forte sabor e aroma de lúpulo, enquanto apresenta um baixo caráter de malte torrado, contrariando o sentido visual. É uma cerveja cremosa de amargor moderado que a tornará uma cerveja refrescante e satisfatória para beber. Seu teor alcoólico (ABV) é de 6,5% e o índice de amargor (IBU) é 61.

O processo foi todo acompanhado pelo mestre cervejeiro da Prussia, já que precisou sofrer adaptações. De acordo com Maycon e Sildênio, mestres cervejeiros da cervejaria, a criação de uma receita de cerveja precisa levar em consideração também os equipamentos que estão disponíveis na cervejaria e qual é o resultado que consegue gerar em cada etapa do processo. “Alguns ajustes tiveram que ser feitos, como adequar a proporção de grãos de malte e lúpulo, por exemplo, para os parâmetros do equipamento que temos na fábrica.”, contam eles.

Segundo os cervejeiros o ChatGPT funciona muito bem para criar os parâmetros básicos da receita, como ABV, IBU, extrato final, escolhas de maltes e, além disso, consegue acatar sugestões e sugere melhorias pra receita dependendo da demanda de quem opera o sistema. “Por exemplo, ao falar com ele que gostaríamos de uma cerveja com menos sabor de malte torrado, ele sugeriu uma troca de maltes para a nossa Black IPA, de forma que ela deixaria de ser uma cerveja preta e se tornar uma cerveja acobreada. Esse ajuste, tivemos que fazer na fábrica.”, explicam os cervejeiros.

A experiência mostrou que apesar da I.A. ajudar na elaboração da receita, a presença efetiva no mestre cervejeiro é imprescindível para a produção final, pois, em vários momentos precisou da adequação do profissional. 

Sinta o sabor da colaboração entre homem e máquina: a A.I. Black IPA é uma cerveja que une o melhor dos dois mundos. Para adquirir a sua, clique aqui.

Confira a descrição da cerveja criada pelo próprio robô:


A cerveja vai apresentar uma cor escura a intensa, com tons rubi e marrom escuro, chegando ao preto. A espuma deve ser de cor bege clara e consistente, com boa formação e retenção. O aroma será dominado pelos lúpulos Since, Centennial e Cascade, apresentando notas cítricas, florais e resinosas. Também um leve aroma de malte tostado e chocolate amargo.

No paladar, a cerveja apresenta um amargor alto e assertivo, com notas de grapefruit, laranja e pinho vindas dos lúpulos. O malte tostado deve contribuir com um leve sabor de café e chocolate amargo, mas sem ser muito dominante.

Qual a melhor cerveja puro malte do mercado?

Júri especializado avaliou 13 marcas de cerveja puro malte vendidas nas redes de supermercado, confira o ranking

As cervejas degustadas em pequenas doses pelo time de jurados convidados por Paladar
As cervejas degustadas em pequenas doses pelo time de jurados convidados por Paladar Foto: Daniel Teixeira

Todo brasileiro se acha um pouco sommelier de cerveja, não é mesmo? Cada um tem a sua favorita da vida ou, ao menos, a queridinha de uma temporada de verão. Se há alguns anos contavam-se nos dedos das mãos as marcas disponíveis nas prateleiras, hoje temos cerveja de sobra para escolher. De procedência, tipo, cor e teor alcóolico variados.

De acordo com o SINDICERV (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores fabricantes de cerveja do mundo, com a marca de 15,4 bilhões de litros produzidos anualmente com base em cálculos realizados em 2022. Os dois primeiros lugares ficam com a China e com os EUA.

PURO MALTE

Foram avaliados quesitos como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e sabor
Foram avaliados quesitos como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e sabor Foto: Daniel Teixeira

No teste de Paladar, foram escolhidas 13 marcas de cerveja puro malte vendidas nas redes de supermercado. Na definição do sommelier de cervejas Guto Procópio, um dos jurados convidados por Paladar para esta degustação, uma cerveja com o “selo” de puro malte no rótulo é aquela que leva malte de cevada em sua composição. Trata-se de uma cerveja que não substitui o malte de cevada por outro tipo de açúcar, como o açúcar cervejeiro, o arroz ou o milho. “Isso define qualidade?”, questiona Guto. “Não, ela pode ser uma puro malte ruim ou boa, mas sempre esperamos mais intensidade em uma bebida com essa denominação”.

Confira aqui o post “O que é cerveja Puro Malte”

QUEM É QUEM?

O nosso time de jurados, a partir da esquerda: Junior Bottura, Guto Procópio, Edu Passarelli, Julia Leme e Bia Amorim
O nosso time de jurados, a partir da esquerda: Junior Bottura, Guto Procópio, Edu Passarelli, Julia Leme e Bia Amorim Foto: Daniel Teixeira

Todo teste de Paladar começa com a escolha dos experts que irão avaliar alimentos, bebidas ou equipamentos de uso culinário. Para avaliar 13 das marcas mais populares de cerveja puro malte do mercado, convidamos um time de cinco sommeliers de cerveja: Edu Passarelli, professor do Instituto da Cerveja Brasil e dono do Escarcéu Bar; Bia Amorim, editora da @farofamagazine; Junior Bottura, mestre cervejeiro, fundador da @cervejaavos; Guto Procópio, sócio da @cervejariavaia e do @letsbeer, locação escolhida para este teste de Paladar, e Julia Leme, consultora de hospitalidade e gestão de restaurantes e bares.

Reunimos os cinco em uma tarde de segunda-feira para provar e avaliar às cegas cada uma das marcas (o vídeo dos bastidores da degustação já está no nosso canal no YouTube). O teste foi realizado marca por marca. Ou seja, cada jurado experimentava, em pequenas doses, uma marca de cerveja por vez. A bebida chegava gelada à mesa e depois era reservada para ser provada em temperatura ambiente, o que evidencia eventuais “defeitos” da cerveja.

TESTE DE RESISTÊNCIA

“As marcas de cerveja testadas foram feitas para serem consumidas muito geladas”, explica Edu Passareli. “Quando a prova é feita com a bebida em temperatura ambiente, temos indicativos mais claros das características de cada uma delas”.

Um dos jurados avalia o aroma da cerveja durante a degustação
Um dos jurados avalia o aroma da cerveja durante a degustação Foto: Daniel Teixeira

A sommelier Bia Amorim explicou durante o teste que os jurados procuram os defeitos para que o consumidor, posteriormente, só encontre coisa boa no mercado. O mestre cervejeiro Junior Bottura completa dizendo que a data de validade do produto também é fator de qualidade que vale ser levado em conta: quanto mais nova a cerveja, melhor.

Foram avaliadas características como cor, estabilidade de espuma, brilho, aroma e, claro, sabor. Os jurados davam notas de 0 a 10 para cada categoria avaliada. A nota média das cervejas avaliadas ficou entre 6,44, a cerveja menos desejada da avaliação, e 8,96, média da cerveja eleita como a melhor pelo time de jurados.

AS MELHORES CERVEJAS PURO MALTE DO MERCADO

PRIMEIRO LUGAR – SPATEN

SEGUNDO LUGAR – AMSTEL

TERCEIRO LUGAR – IMPÉRIO

AS 13 MARCAS NA AVALIAÇÃO DOS JURADOS

AMSTEL (R$ 3,72, 350ml) – A segunda colocada no ranking foi avaliada como uma bebida com notas aparentes de malte e nota floral de lúpulo bem presente. Uma cerveja com leve oxidação, sabor equilibrado que remete a pão. Amargor presente, delicado e muito agradável.

BOHEMIA (R$ 3,29, 350ml) – Uma bebida de baixo amargor. Aroma agradável e levemente floral, indicando a presença do lúpulo. Uma cerveja equilibrada, com leve oxidação e final doce.

BRAHMA (R$ 3,36/ 350ml)- Uma bebida com defeitos perceptíveis no aroma, com sinais de oxidação e sabor desagradável. Na boca, sabor tem amargor prolongado.

CERPA PRIME (R$ 5,79, 350ml) – No quesito sabor, a cerveja foi avaliada como doce e sem grandes defeitos. Presença de malte bem marcante, lembrando casca de pão. A coloração foi avaliada como dourada e bastante translúcida. Faltou lúpulo para ficar perfeita. Espuma branca com boa retenção

EISENBAHN (R$ 5,21/ 350ml)- Cerveja levemente frutada, de amargor agradável. Aroma que remete a biscoito. Sabor levemente metalizado, oxidação presente, final seco e agradável. A presença do malte é evidente na bebida. Uma cerveja boa, mas não excelente.

HEINEKEN (R$ 5,00/ 350ml) – Para o nosso time de jurados, a cerveja apresentou leve oxidação, baixo teor alcoólico e final adstringente. Uma bebida visualmente quase perfeita. Sabor de malte muito suave e amargor prolongado e indesejado no retrogosto.

IMPERIO (R$ 2,70/ 269ml) – A terceira colocada no ranking apresenta, na opinião dos jurados, aroma de lúpulo e malte adequados. Aroma agradável, que remete a fermento de pão e biscoito cream-cracker. Uma bebida leve e equilibrada. Uma leve acidez que deixa a cerveja mais fácil de beber. Final limpo.

ITAIPAVA (R$ 3,25/ 350ml)- Cerveja muito leve e bem carbonatada. Leve aroma de manteiga. Na boca, sensação de cereal tostado agradável, falta um pouco de amargor, mas ele é presente.

ORIGINAL (R$ 3,75/ 350ml)- Os jurados identificaram um aroma leve de grãos, sabor muito leve e pouco atraente. Uma cerveja leve, com final limpo e agradável. Na boca, apresenta bastante oxidação. Alguns ainda identificaram a falta de um amargor desejável.

PETRA (R$ 3,19, 350ml) – A bebida foi avaliada como bastante leve, com um leve toque de maçã, proveniente da fermentação. Retrogosto quase doce, aroma que lembra maçã verde. Para os jurados, faltou amargor e sabor de malte. Espuma com alta formatação, mas baixa retenção.

STELLA ARTOIS (R$ 4,38/ 350ml)- Cerveja de amargor agradável e bem balanceada. Alguns jurados identificaram aroma desagradável, porém volátil. Sabor leve, para ser consumida bem gelada.

SPATEN (R$ 4,65/ 355ml) – A campeã entre as cervejas avaliadas pelos jurados convidados por Paladar apresentou sensação agradável de biscoito. Uma bebida leve, fácil de beber, com boa estabilidade de espuma; amargor baixo, mas aparente. Uma cerveja mais fresca do que o esperado para um produto comercial. Equilibrada, com notas de cereais e levemente frutada. Ótima formatação e retenção.

SKOL (R$ 3,23/ 350ml) – Os jurados avaliaram a cerveja como bastante oxidada no paladar. Falta frescor, cor deixa a desejar. Baixa sensação de amargor aparente. Apesar de bastante translúcida e clara, uma bebida suave demais, vazia.

Fonte: Portal Estadão

Cientistas brasileiros criam cerveja especial para quem tem diabetes

O produto tem a possibilidade de consumo diário por pessoas pré-diabéticas (uma unidade) e diabéticas (duas unidades)

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) assinou um contrato de licenciamento para comercializar uma cerveja com efeitos medicinais para pessoas com diabetes.

cerveja - diabéticos - Rosemary

Foto: AEN

O produto considerado inovador é resultado de uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Ciências Biomédicas (Biomed), do campus do Centro de Desenvolvimento Educacional e Tecnológico de Guarapuava (Cedeteg).

Cerveja com benefícios

Depois de cinco anos de estudos, os resultados demonstram benefícios para a saúde humana.

Na composição da cerveja estão presentes bioativos do alecrim-do-campo, tipo de planta nativa da América do Sul. A planta se encontra geralmente em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Esses bioativos auxiliam na redução da glicemia (nível de açúcar no sangue) e do nível de gordura no sangue. Além disso promove a diminuição de danos renais e hepáticos.

A bebida terá produção e distribuição em larga escala pela Cervejaria Heimdall. A fabricante de bebidas artesanais atua principalmente no mercado cervejeiro da região Centro-Sul do Paraná.

O licenciamento consiste na transferência de tecnologia para a empresa e envolve, ainda, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Unicentro (FAU).

Reconhecimento

De acordo com o professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, biomédico responsável pela pesquisa, o licenciamento é uma forma de incentivo à ciência.

“Essa ação reforça a importância da tríplice hélice entre academia, governo e mercado. Nesse cenário, as universidades desenvolvem as pesquisas, o setor público promove o fomento às pesquisas e o empresário contribui para o desenvolvimento econômico”, afirma o professor.

Doutor em Bioquímica, ele destaca o potencial de retorno financeiro para a universidade, a partir do direito de uso e comercialização de produtos e serviços que resultam de pesquisas científicas. “Quando o mercado comercializa os resultados de estudos acadêmicos, as instituições de ensino superior conquistam mais recursos para produzir novas tecnologias e inovações”, diz Malfatti.

A equipe responsável pela pesquisa é composta por estudantes de graduação e pós-graduação, entre alunos de iniciação científica e dos cursos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas e em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação da Unicentro; além do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário Guairacá (UniGuairacá), de Guarapuava.

A cerveja

A cerveja será comercializada com o nome de Rosemary, tradução do inglês para alecrim.

Ela segue o estilo herbal beer, com um sabor levemente frutado e com graduação alcoólica de 4.3%, a mistura do extrato de alecrim com as cascas de limão deixam essa Witbier ainda mais refrescante.

A recomendação de consumo para clientes pré-diabéticos é de uma unidade ao dia, enquanto para os já diabéticos é um pouco maior, podendo serem consumidas duas unidades do produto diariamente para o combate à diabetes.

Por fim, além dos benefícios para a saúde, a cerveja possui aroma e sabor agradáveis.

Fonte: http://www.canalrural.com.br e @heimdallcervejaria

A Forja: uma experiência medieval em BH

A dica de hoje vai para você que gosta de viver experiências diferentes. E, se você sempre teve vontade de viajar no tempo e sentir um pouco como viviam os povos medievais, prega o olho aí e anota essa dica.

Eu estou falando do mais novo bar e restaurante de BH: A Forja Taverna Medieval.

A casa é diferente de tudo o que já se viu por aqui. Idealizada pelos chefes Igor Escobar e Kiki Ferrari, o local é uma autêntica taverna medieval. O nome foi escolhido pelo fato de uma forja ser o lugar onde os ferreiros fabricavam armas, armaduras, ferraduras, entre outros e era um ofício comum e característico por toda era medieval.

O local

A casa está toda decorada para fazer o cliente viajar no passado. Desde as paredes aos artefatos feito sob encomenda. Tudo para deixar o espaço o mais histórico possível. A luz baixa e velas na mesa também dão um charme.

Alguns dias, a casa conta com apresentações que remetem àquela época para deixar o ambiente ainda mais próximo do medieval. Quando estivemos lá, um músico com gaita de fole estava se apresentando pelas mesas.

Para beber

Com as bebidas não é diferente. Elas também passeiam pela história. A casa conta com 4 torneiras de chope artesanal, que “saem da pedra”. Segundo um dos sócios, a ideia é que pelo menos um dos chopes seja especial da casa, que remeta aos chopes tomados antigamente. Os demais são chopes convidados.

Além disso, o cardápio conta com diversos drinks como a Sangria Romana (Conditum Paradoxum), que leva o Vinho Rosé, Mel, Açafrão, Louro e Xarope de Tâmara. Experimentei dois drinks e adorei. Tem também, vinhos, sidra, absinto nacional e outros destilados.

E para a experiência ser completa, não poderia faltar o Hidromel, uma das bebidas alcoólicas mais antigas do mundo, consumida desde a Antiguidade. Basicamente, trata-se de uma bebida fermentada, feita a partir do uso do mel. Pudemos experimentar três estilos. Todos excelentes.

Para comer

Como o restaurante propõe uma volta ao passado, a gastronomia também leva a essa viagem de cores, sabores e texturas do passado, sempre tentando ser o mais fidedigno historicamente com o período. Insumos, temperos, tudo foi pesquisado conforme os costumes da época.

Uma das peculiaridades do local é que o cliente poderá encomendar um banquete medieval para levar para casa: o Porco Real. Outro destaque é a Bisteca de Apicius (Ofellae), que é: a Bisteca Bovina Marinada à Moda Romana

Com todas essas peculiaridades, a Forja vem para ser diferente de tudo o que existe e levar as pessoas para uma verdadeira viagem no tempo.

Eu adorei o convite para viver essa experiência medieval. Já havia ido em alguns bares medievais em viagens que fiz e esse me impressionou bastante. Vida longa à Forja!

Clique aqui para ver o vídeo (reels) que fiz do local.

Clique aqui para ver o post que fiz e não deixe de me seguir no insta para mais dicas como essa: @cervejeirauai

A Forja – Taverna Medieval

Endereço: Cláudio Manoel, 500
Bairro Savassi – Belo Horizonte/MG
Horário de Funcionamento:18h às 00h de terça a quinta  e 18h à 1h, sexta e sábado
Instagram: @forjataverna

  • Cardápio

Retrato dos consumidores de cervejas 2022

Resultados da 3ª edição da pesquisa, organizada pelo podcast Surra de Lúpulo, já podem ser baixados gratuitamente

O quão valioso é para um mercado conhecer o hábito de consumo de seu público? Sem a pretensão de achar respostas definitivas, mas com o objetivo de colaborar com as tomadas de decisão do setor cervejeiro nacional e provocar reflexões, os criadores do podcast Surra de Lúpulo, Ludmyla Almeida (do perfil @IPAcondriaca) e Leandro Bulkool, promovem desde 2020 a pesquisa Retrato dos consumidores de cervejas. A 3ª edição, que acaba de ser divulgada, quebrou recordes e recebeu 4.388 respostas, mais do que o dobro das 2023 do ano anterior, de todos os estados do Brasil.

A pesquisa aconteceu durante o mês de agosto e contou com dois questionários — um para as pessoas que bebem exclusivamente cervejas populares (como Brahma e Heineken) e outro para quem também bebe as artesanais —, que abordaram temas como perfil demográfico, ocasiões de consumo, local de compra e gasto mensal.

No geral, entre as pessoas que bebem tanto cervejas comuns quanto artesanais, a pesquisa aponta que a decisão de compra é principalmente motivada pelo estilo, seguido pela relação custo-benefício, pelo preço e por indicações de amigos.

Em relação ao estilo, o que me chamou atenção nessa pesquisa é que a IPA virou de vez a queridinha dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, a IPA aparece em primeiro lugar com folga entre os estilos mais bebidos, com 71,70%. O segundo estilo mais consumido, a Pilsen, vem bem depois com 32,60%, seguido da APA com 29,79%.

A pesquisa confirma que a cerveja é conhecida por ser uma bebida social. O maior percentual de consumo é entre amigos, independentemente do sexo do respondente, chegando a 85%. Os homens tendem a tomar mais cerveja sozinhos (61%) do que as mulheres (50%).

Sobre a ocasião de consumo, quanto mais “especial”, mais pessoas optam por beber cerveja artesanal, assim como em aniversários e jantares românticos. Porém, em eventos esportivos, shows, boates e churrascos, a opção mais marcada foi “tanto faz”. 

Para a compra, os locais preferidos são bares ou lojas especializadas, seguidos pelos supermercados. Os brewpubs e fábricas aparecem como a terceira opção. Aqui, há uma inversão com relação à pesquisa de 2021, onde os supermercados apareciam em primeiro lugar, seguidos dos bares e lojas. Os brewpubs seguiam em terceiro.

Para Ludmyla Almeida, além de tentar entender quem são os consumidores de cerveja, a pesquisa procurou mapear quais são os gargalos que merecem investimento do mercado para ampliar a base de consumo das artesanais. “Nós investimos muitos esforços para alcançar um espectro mais amplo de pessoas. Como resultado, trouxemos alguns insights, como o principal motivo apontado para o não consumo de artesanais ser a falta de informação sobre o produto (39,72%), e não o preço (24,82%); o fato de homens e mulheres preferirem os mesmo elevada do público, já que 58,13% dos consumidores têm entre 36 e 55 anos; e o alto nível de escolaridade deste consumidor (68,01% têm superior completo, sendo que 31,69% dessas pessoas também são pós-graduadas)”, explica Ludmyla, que desde 2017 produz conteúdo digital focado em cerveja no perfil do Instagram @IPAcondrica.

Já Leandro Bulkool ressalta a importância de analisar os dados apresentados pela pesquisa, mas principalmente debatê-los em busca de uma função prática para o crescimento do mercado. “Os dados mostram que temos avanços consideráveis, porém a cerveja artesanal ainda constitui um universo majoritariamente masculino (73,56%), branco (77,98%) e cada vez menos jovem. A longo prazo isso pode ser preocupante. Existe muita margem de crescimento se usarem estratégias mais inclusivas”, conclui Leandro.

Além dos dois idealizadores, a pesquisa Retrato dos consumidores de cervejas 2022 teve em seu corpo técnico Lucas Fernandes, mestre em estatística pela UnB (2013) e sommelier de cervejas pelo Science of Beer (2022); Guilherme Oliveira, bacharel em sistemas de informação; e Roberto “Bob” Fonseca, jornalista, idealizador e realizador da pesquisa Melhores do Ano na Cerveja por 10 anos. Além disso, a pesquisa contou com os seguintes apoios: MyTapp, Bier Held, Fermenta Pessoas e Lamas Brewshop.

Os resultados podem ser baixados pelo link: https://bit.ly/3FiTZsY