A cerveja deste #TBT em Munique é mais uma clássica dessa cidade. A Lagerbier Hell é uma Munich Helles da Augustinerbräu München.
Seu aroma é bem suave, sem característica marcante. O sabor também é leve, trazendo um equilíbrio perfeito entre o dulçor e amargor, com um final levemente lupulado, tornando a cerveja ainda mais refrescante. ABV: 5,2%
Para nosso passeio, hoje, eu trago dois pontos turísticos: um lembra o passado e o outro, é totalmente o futuro.
O Olympiapark – o Parque Olímpico de Munique, construído para os jogos olímpicos de 1972, que é preservado em excelentes condições até os dias de hoje e se transformou em uma opção gratuita de lazer para os moradores de Munique, além de locais para esportes e entretenimento.
Ali, foram construídos o aquário Sea Life, a Torre Olímpica (de onde dá pra ver Munique de cima, quando fomos estava reformando), o parque aquático e o Olympiastadion – Estádio Olímpico de Munique que, quando da sua inauguração, cabiam 80 mil espectadores.
O estádio já foi palco de diversas competições como: Copa do Mundo de 1974, final da Eurocopa e final da Liga dos Campeões. Sua principal característica é o teto retrátil.
Antes da construção da Allianz Arena, ele era a casa dos times da cidade: o Bayern de Munique e o Munique 1860. Hoje, além de alguns jogos, é palco de grandes shows e outros espetáculos como o Cirque du Soleil.
Tirando o lago, bem sujo, o restante era tudo bem limpo e conservado. Subimos no topo de uma montanha artificial. Haja perna. Lá vimos todo parque olímpico do alto, dizem que de lá se vê o mais bonito pôr do sol de Munique. Mas, quando chegamos lá em cima, começou a chuviscar. Nós somos desses, levamos chuva para onde vamos. Precisando, entre em contato…rs
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No caminho para o Parque Olímpico, nos deparamos com o enorme prédio da BMW que nada mais é que a sede mundial da marca. Ali, fica a BMW Welt , que traduzindo seria Mundo BMW, e o BMW Museum.
Ali, está a fábrica da BMW, o prédio da administração e o museu da marca, conhecido como prédio “Quatro Cilindros”. No mesmo espaço tem exposição de carros e motos, entrega de carro aos compradores, espaço para jogar em simuladores, loja de souvenir concessionária e fica em frente à sede da BMW em Munique.
Os visitantes podem entrar nos carros e tirar dúvidas sobre os modelos. Por lá, a gente vê carros da BMW, Mini, e da Rolls-Royce, que também pertence à marca.
No amplo edifício, ainda se encontram restaurante, lanchonete, lounge e espaço para eventos.
Entramos para babar um pouco. Diferente das dezenas de árabes que ali estavam, rindo à toa, com cara de “quantos desses eu vou mandar entregar lá em casa?”.
Uma palhinha para quem gosta de carros e motos. Lembrando que fomos em 2017. Então, esses carros, que na época eram lançamentos, já devem estar ultrapassados.
O #tbt de hoje é com uma German Pilsner de personalidade: A Pilsner da Veltins. Seguindo a lei da pureza alemã: água , malte e lúpulo, essa cerveja tem o aroma predominantemente lupulado. O sabor tem um amargor floral e cítrico mais forte que as demais german pilsner e o adocicado do malte é bem discreto. Seu final é seco. Bem acima da média das alemãs que tomei. Seu teor alcoólico é de 4,8%. E o IBU: 21.
A Brauerei C & A Veltins é uma cervejaria da cidade de Grevenstein, no oeste da Alemanha. A cervejaria fabrica o produto de acordo com a lei da pureza alemã desde 1824.
Clemens Veltins assumiu a cervejaria em 1852. O nome, Brauerei C & A Veltins, veio dos gêmeos Carl e Anton Veltins que assumiram a empresa de seu pai em 1893, e deram continuidade à produção em alto padrão de qualidade. Não é à toa que, em 2015, a Veltins ficou em quarto lugar entre as cervejas mais vendidas da Alemanha.
Hoje, além da Pilsener, eles fabricam a sem álcool, a Grevensteiner Original e a Hell e as V+, que são cervejas misturadas (existem três: uma misturada com Limão, outra com Cola e outra com Tequila). Sei se isso é bom não, mas lá na Alemanha eles têm essa mania de fazer essas misturas para “inovar”.
Uma curiosidade sobre a cervejaria é que, além de co-patrocinadora principal do do clube de futebol alemão o FC Schalke 04, o Schalke 04, ela também é a principal patrocinadora do estádio do time, possuindo os direitos de nomeação, o naming rights, do estádio de futebol do time em Gelsenkirchen. O estádio chama Arena Veltins e é um dos estádios mais modernos da Europa.
Aliás, abrindo um parênteses aqui, existe um mito que o Shalke 04 seria o time do Hitler. Os que acreditam nisso, tem como base os títulos do time. O clube tem sete títulos na sua história, sendo que seis deles conquistados na época do nazismo: 1934, 1935, 1939, 1940 e 1942. Depois, ainda conquistaria o título em 1958 – sua última taça da liga alemã. Acreditavam que o time e os jogadores apoiavam o nazismo, por isso, eram beneficiados.
Porém, o Schalke 04 se incomoda muito com a associação que fazem do sucesso que o time fez em campo naquela época a um suposto apoio ao nazismo. Sempre que podem, desmentem esse fato.
O ponto turístico é uma ostentação sem fim da família real da Baviera: o palácio chamado Residência de Munique (Münchner Residenz). Ele foi moradia oficial da família real e de políticos alemães entre 1508 a 1918. É considerado o maior palácio urbano da Alemanha. É gigante mesmo, tanto que não conseguimos conhecê-lo todo e, no final, estávamos exaustos.
Além do museu, o local abriga uma sala de concertos, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés.
O complexo é composto por dez pátios e o museu com 130 salas. É tudo muito grande, muito dourado. Saí de lá com o pescoço doendo. Mas, valeu a pena. Você consegue ver como a realeza vivia naquela época. Tem móveis, talhares e outros objetos. O áudio guia em espanhol foi contando a história de muitos personagens que ali passaram.
Outro detalhe é o jardim Hofgarten, que fica em frente ao palácio. Foi mandado construir em 1.613, a pedido do rei Maximiliano I. É lindo e super bem cuidado.
O #tbtEmBerlim de hoje é no bar da Franziskaner, o Zum Franziskaner, que fica no centro de Munique. Como a Franziskaner e a Löwenbräu são da Ambev, a casa vendia as duas marcas. Ambas tradicionalíssimas por lá.
Já que a Franziskaner era mais fácil de encontrar na cidade, resolvemos experimentar as cervejas da Löwe. Escolhemos a Original, que é uma Munich Helles, e a Munich Dunkel.
A Munich Dunkel deles, não diferente das outras, é uma delícia. Uma cerveja mais escura, com sabor de malte e encorpada. É bem equilibrada, em que o amargor do lúpulo dá pra sentir bem pouco e o doce é ligeiramente sentido também, com notas de caramelo. Em sua fabricação são usados como base maltes torrados especiais.
O teor alcoólico é 5,5%. Interessante que divulgam seu valor calórico que é 48 kcal/a cada 100ml. De boa!
Um detalhe que tem em alguns bares por lá é esse cobertor. Alguns bares deixam cobertores individuais nas cadeiras. Como estava ventando muito frio, logo dei um jeito de enrolar no meu.
E o tira gosto? Hummm…esse sim, foi diferente e gostoso: o Bayerische Freilandente. Traduzindo na prática… Pato assado com bolinhos de batatas e repolho roxo cozido com molho de maçã. Eitaaa!
A Löwenbräu é mais uma das tradicionais da Bavaria. Foi produzida pela primeira vez em 1383. Porém, somente em 1524, em Munique, num lugar conhecido como “Löwengrube” (cova dos leões), que foi construída uma fábrica de uma cervejaria que mais tarde ficaria famosa no mundo: a Löwenbräu, que significa “cervejaria do leão”, animal que também faz parte da logomarca.
Como eu disse anteriormente, em 1997, com o objetivo de manter a presença e crescer, ela se fundiu com a Spaten. Em 2003, a marca foi adquirida pela Inbev (atual Anheuser-Busch InBev), iniciando um forte período de expansão internacional.
A cervejaria também é uma das 6 cervejas oficias da Oktoberfest de Munique. Junto com a Augustiner, Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Paulaner e Spaten-Franziskaner. E a Löwe participa desde a primeira edição, que aconteceu em 1810. Leia mais sobre a Oktoberfest Original.
O ponto turístico desse post é a Chinesischer Turm (Torre Chinesa), que fica no Englischer Garten, um imenso jardim, onde você vê de tudo. Gente fazendo piquenique, passeando, andando de bicicleta, fazendo nudes ao vivo…rs. Sim, vimos um peladão por lá, pegando energia do sol.
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Adentramos no jardim para achar a tal torre e tomar umas. Andamos muito, pois não conseguíamos achá-la. O parque é imenso mesmo. Enfim, achamos a torre que foi construída em 1790, com 5 andares e 25 metros de altura. Como muitos monumentos em Munique, foi bombardeado na 2ª Guerra e reconstruído.
No pé da torre tem um grande biergarten com comidas típicas alemãs e muita cerveja da Hofbräuhaus para tomar. Quando fomos não estava muito cheio. Vimos turistas orientais, americanos e nativos que estavam ali para almoçar e beber (sim, lá é costume beber caneca de 1 litro durante o almoço. Devem ser curtidos. Não dá grau).
É um lugar bem gostoso para descansar um pouco da bateção de perna turística.
A lembrança de hoje é um dos lugares que fui e fiquei de boca aberto. Estou falando do castelo Neuschwanstein, que fica perto da cidade de Füssen, a 2 horas de Munique, próximo também à fronteira da Áustria. Foram duas horas de trem que valeram a pena. Além do destino ser maravilhoso, o caminho para a cidade é lindo, bem interior europeu.
O idealizador do castelo era Luís II, Rei da Baviera. Fanático pela idade média, ele queria um castelo que homenageasse a época mais brilhante da história, segundo ele. Luís cresceu no outro castelo, o Hohenschwagau, que fica ali do lado. Ele foi coroado rei em 1864. Só que, dois anos depois, a Prússia tomou conta do país e Luís começou a viver num universo paralelo, como se ele fosse ainda o Rei da Baviera. O castelo começou a ser construído em 1869. Ele gastou as fortunas da família e se endividou muito para concluir o projeto, mas o projeto jamais acabava. Com o tempo, e com os seus credores já bem furiosos, o “rei” foi declarado louco e ele foi internado.
Luis, foi encontrado morto em 1886. Sem seu principal morador, o castelo foi aberto ao público para visitação alguns meses depois. Hoje, recebe 1.300.000 visitantes por ano.
Ao chegar na cidade, você já vê lá no topo aquele gigantesco castelo. Lindo, dá vontade de correr para chegar nele. Mas, calma, muita calma, que o caminho até lá é longo. Achamos mais aventureiro subir toda montanha a pé. Senti frio, calor, tudo no mesmo caminho. Pois tem muitas árvores. Quando as árvores sumiam, o sol queimava. Antes de chegar no castelo, tem um lago grande, parecendo cena de filme, com cisnes dentro e, ao fundo, os alpes austríacos com um restinho de neve. Olha que estávamos no final da primavera.
Ao chegar perto do castelo, você não acredita, parece um conto de fadas. É um dos cartões-postais da Alemanha. Ele foi a inspiração para a criação do castelo da Cinderela na Disney, símbolo do Walt Disney.
Dentro dele, ficaram alguns móveis e utensílios da época. Mas, infelizmente, não pode tirar nenhuma foto. Está tudo guardado na memória, inclusive um quarto que imita uma gruta. O guia, em português, explicava tudo e contava toda a história que passou ali dentro. Você viaja, literalmente.
A vista lá de cima é outra maravilha à parte. Com os alpes, montanhas e lagos. É surreal pensar como conseguiram construir um monumento desse tamanho, naquele local, naquela época!
Além desse castelo, tem um outro castelo, construído antes desse pela mesma família. O Castelo de Hohenschwangau, que também é gigantesco. Demoramos o dia inteiro na visita dos dois. Valeu a pena cada dor na perna. No inverno, deve ser lindo. Mas, não deve ser fácil chegar lá no topo com frio.
O outro castelo visto de baixo
“Varanda”
Antes de ir embora, passamos na ponte, onde tem a melhor vista do castelo Neuschwanstein. Embaixo, passa um rio. Dá muito medo, porque venta muito, pro celular voar, pouco custa. Para quem tem fobia de altura, é melhor nem chegar perto. A sensação não é nada boa. Tiramos umas fotos e saímos logo. Descemos por umas trilhas, sinalizadas com placas.
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Pra minha surpresa, quando finalizamos o passeio, passei numa lanchonete já lá embaixo, o que achei? A cerveja do castelo. Sim, até o castelo lá tem cerveja em homenagem. Ah, tive que comprar e tomar ali mesmo, fresquinha (olha a foto ao lado como comprei ela, olha que foi tirada do freezer, nem suar ela suava…rs). Agora sim, estava pronta para voltar para Munique. Ufa!
Surra de fotos:
O lago
A cidade
Castelo visto lá de baixo
Caminho para quem escolhe ir a pé como nós
A ponte com a melhor visão do castelo
De dentro do castelo
O outro castelo visto de baixo
Charretes que levam até o castelo
Pretzel com queijo que comi antes de subir a montanha.
Entrada do castelo 2
As águas embaixo da ponte
Vista lá de cima
Vista lá de cima
“Varanda”
Ventania que falei da ponte
Visão da ponte
A cervejaria escolhida para esse #tbt é a Augustiner Bräu, uma cervejaria tradicionalíssima de Munique. Em minhas pesquisas sobre essa cervejaria, li que é a mais antiga de Munique em funcionamento até os dias de hoje. Mas sempre aparecem outras falando que é a mais antiga.
Augustiner Edestoff
Tomando umas e comemorando o niver
Vou falar sobre a primeira que tomamos no restaurante da própria cervejaria, em Munique (Augustiner am Dom), a casa parece ser bem antiga. É bem escura, por isso as fotos não ficaram muito boas. Aliás, foi onde eu comemorei meu aniversário. 🙂
A Edelstoff – Exportbier, é uma Munich Helles, ou seja, uma cerveja leve, com alta drinkability. No aroma, sente-se o floral e herbal dos lúpulos utilizados, que equilibram muito bem com os maltes com características de caramelo. Um pouquinho cítrica e final pouco seco, além do leve amargor. Uma cerveja deliciosa como não poderia deixar de ser essas cervejas populares alemãs.
Além dela, nós tomamos uma Weiss e uma Dunkel, que dispensam comentários.
Para acompanhar essas delícias, pedimos um prato tipicamente alemão: Würstel Plate – Salsichas com repolho e salada de batata alemã.
A Augustiner-Bräu Wagner KG, como já disse, foi criada em Munique, na Alemanha. Por ordem do arcebispado de Freising e do duque de Baviera, os monges da Ordem de Santo Agostinho (Augustinianos ou Augustiners), fabricavam cervejas. Isso, lá em 1328.
Os monges agostinianos forneceram cerveja para a família real bávara Wittelsbach até 1589, época em que a cervejaria Hofbräu foi fundada.
Em 1829, a família Wagner adquiriu a cervejaria Augustiner. As iniciais “J. W.” que estão no logotipo da cervejaria refere-se a Josef Wagner, que assumiu o papel de gerenciamento após a morte de sua mãe.
A Augustiner é vendida principalmente em Munique e seus arredores. No exterior do sul da Baviera, ela é vendida, por exemplo, em restaurantes da Saxônia, como o Palácio da Caça de Augustusburg ou o Palácio de Lichtenwalde. Além disso, eles são encontrados em restaurantes selecionados em Wertheim, Berlim e Bregenz. Não é tão fácil achá-la fora de Munique.
Ela é umas das 6 cervejarias que podem participar do Oktoberfest original. Fazendo o tradicional desfile dos cavalos levando os barris de chopp para a Oktoberfest, mantendo assim uma característica da época em que a festa foi criada.
Depois de tanto bater perna por Munique, que é não é nada pequena, uma pausa é sempre merecida.
Aliás, andamos mais do que precisávamos pois as ruas são bem confusas. Com isso ficávamos rodando igual um peru perdido, passando pela mesma rua mais de uma vez. Mas no final, a gente riu de tudo isso.
Para dar uma pausa na andança, escolhemos estacionar no Viktualienmarkt, o mercado de alimentos mais famoso de Munique, que fica numa enorme praça, no centro da cidade. Com mais de 200 anos de existência, é lá que os moradores da cidade vão para “fazer a feira” e os turistas vão para fazer uma pausa, comer e beber. Lá possui tendas que vendem pães, queijos, peixes, flores, temperos, vinhos, linguiças, salsichas e frutas exóticas. Mas, o que nos atraiu mesmo foi o biergarten da feira, bem típico alemão: um jardim grande, aberto, cheio de gente, com as mesas de madeira compartilhadas e restaurantes ao seu redor no estilo self-service.
Como em todos os Biergarten, lá você se serve e compartilha a mesa com as demais pessoas. Os garçons apenas retiram o lixo e os canecões das mesas. Lá, você encontra todas as principais cervejas de Munique, tanto em garrafa quanto em chope. Fomos dois dias. O primeiro dias estava supertranquilo, mais vazio. Já o segundo dia…
Além tomarmos a Paulaner Hefe-Weissbier tradicional e a Hefe-Weiss Dunkel, comemos as comidas mais típicas que tinham por lá: Cachorro Quente e salsichão com ketchup, curry e batata frita.
No outro dia, que estava lotado, custamos para achar lugar para sentar. Muita gente, todos se divertindo, falando alto, uma alegria só!
Aí você precisa estar de coração aberto. Pois, os bancos são tão colados que a pessoa sentada atrás de você praticamente escora as costas na suas costas. Fora os fumantes. Trocamos de lugar duas vezes porque os fumantes não importam se você fuma ou não. E fica aquela fumaça subindo embaixo do seu nariz (super alérgica detectada). Mesmo depois que trocamos, tinha mais fumante do lado, aí desistimos e tentamos conviver com aquele incômodo.
Tirando isso e os atendentes que não têm paciência de entender pessoas que não falam alemão, as pessoas que frequentam ali são supersimpáticas, conversam com você (mesmo você não entendendo nada). Quando chegamos na mesa com nossos copos, o moço do lado nos desejou saúde (isso eu entendi: Pröst) e disparou a falar em alemão, eu só olhei e falei “eu não anderstende”. Ele entendeu, deu uma risadinha e continuou conversando com o pessoal que estava com ele.
Quando fomos, o Maibaum (Árvore de Maio ou Mastro em alemão), de 2017, estava decorando o meio da praça. Maibaum é esse mastro gigante (foto) pintado de azul e branco (as cores da Baviera) que é trocado e erguido todo ano, no dia 1º de maio, para celebrar a chegada da primavera. Nesse dia, é feita uma grande festa na praça!
Pela tradição, o Maibaum precisa ser erguido sem máquinas, os homens da cidade fazem esse serviço. Porém, algumas cidades, com essa tradição, utilizam guindastes para essa tarefa.
O mastro é feito pelos moradores locais. E o interessante é que há uma tradição em que o Maibaum, enquanto fica esperando o dia 1º para ser erguido, pode ser “roubado” por moradores das vilas vizinhas. Por isso, são organizados turnos para vigiar o mastro. E, por outro lado, algumas pessoas se organizam para roubar o mastro alheio. Às vezes, os “ladrões” conseguem roubá-lo. Quando isso acontece, o Maibaum precisa ser resgatado e, normalmente, o preço do resgate é uma grande mesa com comidas e cervejas. Tudo não passa de uma brincadeira tradicional não só de Munique, mas de outras cidades do interior da Alemanha. Ah, depois de erguido e abençoado pelo reverendo, o mastro não pode mais ser roubado.
Após o Maibaum ser levantado inicia-se a solenidade onde é hasteada a bandeira ou flâmula que é acompanhado pelo hino da cidade, a plateia comemora com cervejas e salsichas, enquanto jovens rapazes da comunidade fixam no Maibaum os símbolos de várias profissões manuais e artesanais existentes na comunidade ou vila. Tudo isso é acompanhado pela música e por danças em torno do Maibaum.
É muita cultura minha gente.
Foto: angelinawittmann.blogspot.com
É claro que nesse #tbt não pode faltar o review de uma das cervejas que bebi nessa parada. E a cerveja escolhida é o ícone de Munique, que você acha em qualquer bar ou restaurante dessa cidade, a Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, uma cerveja de trigo não filtrada, que eu salivo só de pensar nela.
Apesar de ser de trigo, é uma cerveja que não desce muito pesada. Em seu aroma e sabor, é possível sentir as clássicas notas de banana e cravo vindas das leveduras. No sabor, ela tem um suave adocicado, notas frutadas e amargor quase imperceptível. Por não ser filtrada, ela tem essa cor turva.
É uma delícia!!! Por ser fácil de beber, ela é conhecida na região da Bavaria como “cerveja para o café da manhã”. Seu teor alcoólico é de 5,5%. De boa!
A Paulaner Brauerei München produz cervejas desde 1634, em Neudeck ob der Au (Munique). A cerveka era feita pelos monges da Ordem dos Mínimos, conhecidos como os “Paulaners” por ser uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula. Os monges produziam a Paulaner Salvator para consumo próprio durante a quaresma. Somente em 1780, eles conseguiram autorização para vender a cerveja. Ainda hoje, a marca carrega o nome e a tradição da ordem sendo que o monge retratado na logomarca da cervejaria é o próprio São Francisco de Paula.
Atualmente, a Paulaner conta com seis rótulos de linha em sua produção. É considerada a maior cervejaria de Munique, a sua cerveja do estilo Münchner Hell é a mais vendida do mundo no estilo. Além disso, a cervejaria é uma das seis que podem oferecer suas cervejas na maior festa cervejeira do mundo, a Oktoberfest!
Outra curiosidade é que a Paulaner, desde 2003, patrocina o time de futebol Bayern de Munique. Em final de campeonato, é distribuído Paulaner para os torcedores e jogadores (que ruim!). A comemoração de títulos do time é feita com o tradicional copo gigante da marca e o banho de cerveja dos jogadores.
O #tbt de hoje é com essa tradicional cerveja da Alemanha, a Bitburger. Tomamos essa Premium Pils, uma german pilsner fabricada a partir de selecionadas cevadas de março e lúpulos igualmente selecionados. Uma cerveja leve, fácil de tomar, em que o amargor equilibra muito bem com o malte, não tendo um que se destaca mais. Uma autentica cerveja alemã. Essa mata sede!
Álcool: 4,8%
A Bitburger é uma grande cervejaria alemã, fundada em 1817, na cidade de Bitburg. É a terceira cerveja mais vendida no país. Em 2015, produziram cerca de 710 milhões de litros de cerveja e bebidas sem álcool.
Hoje, eles têm diversos estilos tradicionais na Alemanha como Pilsen, Bock, Radler, 0,0%, além de refrigerantes e cidra.
Curiosidade: A Bitburger, patrocinadora oficial da Seleção Alemã de Futebol
Nós bebemos essa em um restaurante chamado Gambrinus Deutsche Küche ( Gabrinus Culinária alemã). É um restaurante de comidas típicas alemãs. O local é bem aconchegante, meio escuro (como todos que fomos). Mas se preferir, tem mesas do lado de fora. Era um dos poucos que estavam abertos e que serviam comida naquele nosso horário de sempre: 22h – 23h.
Fomos atendidos parece que pelo dono, um homem asiático (rs), que ironia. Aí você pensa: um lugar cujo dono tem os olhos puxadinhos vai nos servir comida tradicional alemã?!
O dono agarrado na janela para caso algum cliente de fora chamasse.
Diversidade de bebidas
Escolhemos um prato de sopa de carne com legumes. Meu Deus, que delícia! Eu queria ter lambido o prato :), mas… E não dava pra pedir outro, estava mais do que satisfeita. Foi uma das melhores e mais diferente comida típica que comi por lá.
Dizem que os asiáticos compraram o restaurante de um alemão mas não mantiveram a qualidade. Mas, com eu não entendo de culinária alemã, para mim estava ótimo!
O lugar fica numa pracinha na Krausnickstr. 1, 10115, Mitte, Berlim. Recomendo demais.
Cara de alegria
Não lambi 🙂
O ponto turístico é o Museu de Cera Madame Tussauds. É um famoso museu que possui a maior coleção de figuras de cera de celebridades. A sede principal do museu está em Londres, mas também existem 13 filiais e uma delas está em Berlim.
Anne Frank
Nele, encontramos personalidades de diversas áreas como política, religião, esportes, música, personagens de filmes e as estrelas de Hollywood. Além da perfeição dos detalhes e rostos, o que me chamou a atenção foi o boneco de Hitler. Ele é o único que fica isolado, dá pra vê-lo apenas através de uma janela. É bem protegido com câmeras em volta pois é proibido tirar foto. Li que, na inauguração, ele era protegido apenas por uma corda. E, um dos primeiros visitantes, ao entrar, pulou na estátua e decapitou Hitler. Não em protesto, foi uma aposta que o homem fez com seus amigos, em um bar, na noite anterior. Depois disso, resolveram blindá-lo.
E como estamos em Berlim, nada mais justo que encontrarmos com figuras de diversas personalidades alemãs: como a chanceler Angela Merkel, o físico Albert Einstein, os compositores Bach e Beethoven (no local toca músicas deles), Anne Frank (sobrevivente do Holocaustro), Karl Marx, jogadores de futebol da seleção. Além dessas personalidades, o muro de Berlim também está lá. Nele, você pode simular que está derrubando o muro. Ao entrar na cabine, começa um barulho de marreta, assim como o que os moradores de Berlim ouviram por muito tempo, durante a queda do muro.
É muito interessante ver essas personalidades e o quanto são parecidos. Quando fomos estava tendo um especial do filme Stars Wars. Divertimos bastante.
O #tbt de hoje é com a Hell – estilo Munich Helles da Bayreuther Brauhaus. Ela é uma cerveja mais leve, um pouco doce e com médio amargor. É uma cerveja deliciosa para se tomar no dia a dia.
O estilo Munich Helles ou apenas Helles foi criado em Munique, em 1895, na cervejaria Spaten, para competir com as cervejas estilo Pilsner que começou a dominar o território mundial. Ela é uma cerveja lager com bastante presença de malte, mas não é doce demais.
A Bayreuther Brauhaus é fabricada pela Bayreuther Bierbrauerei AG, uma cervejaria da cidade de Bayreuth, situada no norte do estado da Baviera, na Alemanha. Começou sua produção em 1857.
Desde aquela época, até os dias de hoje, suas cervejas são fabricadas de acordo com a Lei da Pureza da Baviera, com os quatro ingredientes permitidos: água, malte, lúpulo e fermento, criando cervejas saborosas e honestas.
Essa, nós tomamos no FC Magnet Bar, em Berlim. É um bar bacana, com tema esportivo.
A parte de dentro não é muito confortável, pois as cadeiras são de plástico duro, parecendo de estádio e as mesas batem no joelho. Além do balcão, tem uma pequena arquibancada para as pessoas sentarem e interagirem, quando não tem jogo. Mas, quando tem jogo, fica lotada de gente sentada/em pé assistindo. Não se preocupam muito com mesa, já que lá não tem nada para comer. Em compensação há uma grande variedade de cervejas.
Eu iria comentar sobre a forma como eles lavam o copo, mas…deixa pra lá! 🙂
Abaixo, coloquei algumas fotos que vocês vão perceber como o lugar é bem escuro, assim como a maioria dos que fomos na Alemanha.
Sentar do lado de fora parece ser mais confortável.
Enfim, é um lugar com gente jovem, turmas que vão para beber e conversar. Lá transmite jogos das ligas e da seleção alemã. Em dias de jogos, eles viram todas as cadeiras para o telão, fica parecendo um mini estádio mesmo, além da arquibancada que já falei.
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O ponto turístico é a Coluna Vitória ou Siegessäule ou Obelisco da Vitória, localizada em Berlim, no meio do parque Tiergarten, numa rotatória que se chama Grosser Stern, que significa Estrela Grande, por ela dar acesso a cinco ruas.
Ela foi concluída em 1873 para comemorar as vitórias militares do Reino da Prússia sobre o Império Austríaco, Reino da Dinamarca e França entre 1864 e 1871.
A coluna foi erguida no Reichstag e, em 1937, ela foi transportada para o seu local atual.
Hoje ela tem 66,89 metros de altura. Em seu topo foi colocada uma estátua de Vitória, de bronze, com 5 metros e 35 toneladas, que simboliza a deusa da vitória militar. Em 2010 e 11, a estátua e outras partes da construção foram cobertas com folhas de ouro. 😊
Para aqueles que têm fôlego e não têm fobia, em seu interior, além de um museu com miniaturas de vários monumentos de outros países, há uma escadaria estreita de 285 degraus que leva ao seu topo. O ingresso é barato. Chegando lá, tem uma plataforma de observação que tem uma vista impressionante de Berlim, com muito verde (veja as fotos abaixo).
No dia em que estivemos lá, estava tendo uma corrida feminina da Avon.
Fomos ao bar da cervejaria onde fica a fábrica para tomar direto da fonte. Ao pedir a cerveja, houve um mal-entendido. Eu pedi uma Weiss e Thiago uma Dunkel. Quando a gente olha para o lado, vem o garçom com uma jarra de 1,5L de cada!! E como lá só serve chope fresco, não filtrado, direto do tanque, não tinha como voltar atrás e bebemos como os alemães. As cervejas estavam ótimas, mas não deu para experimentar outras por motivos óbvios
O copo era tão pesado que eu precisei segurar com as duas mãos, e olha a força que eu faço. O aroma e sabor não precisa de comentários. Padrão alemão de qualidade.
Weiss e Dunkel
O bar/fábrica da Brauhaus Südstern fica um pouco afastada do centro turístico, num bairro tranquilo. É uma cervejaria, biergarten e restaurante. O biergarten fica de frente para um parque do bairro. Mas, como estava frio este dia, optamos por ficar na parte de dentro.
Dentro é um lugar bem rústico, todo de tijolinho a mostra e mesas de madeira. Você se sente no interior, e é bem escuro. Precisei da luz do celular para olhar o cardápio. Falando em cardápio, para variar, chegamos tarde (22h!!) e a cozinha já estava fechada. Mas eu estava de boa, já que eu comi uma padaria inteira tomando 1,5L de cerveja de trigo.
Lá também tem uma pequena área com um chão de vidro, onde é possível observar os tanques de produção de cerveja no porão. Há visita guiada durante o dia.
Super recomendo sair um pouco da área turística para visitar um lugar frequentado pelos nativos. Pröst!
O ponto turístico é o Muro de Berlim, que dispensa apresentações. Mas não custa fazer um breve resumo: Construído pela Alemanha Oriental para separar a Berlim Ocidental, não comunista, da Berlim Oriental (consequentemente separar as Alemanhas), começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, passou por modificações até os anos 1980, e foi derrubado em 1989.
Homens vestidos de soldados, no posto, para tirar fotos
Em 1945, quando termina a Segunda Guerra Mundial, Berlim se divide entre domínio soviético do lado oriental e domínio americano, inglês e francês do lado ocidental. Com a divisão, decidem construir o muro, em 61.
Ainda existe uma réplica da cabine “Checkpoint Charlie”, no mesmo lugar da original. É um posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental, na época em que existia o muro e a cidade era dividida. As autoridades da Alemanha Ocidental construíram este posto para controlar a passagem de membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental.
Na mesma rua encontra-se o Checkpoint Charlie Museu, que exibe fotos e documentos sobre fugas e tentativas de fugas da época.
Em novembro de 1989, alemães armados com pás, picaretas, marretas e até tratores derrubavam aquela cortina de ferro. Alguns relatam que ouviram por muito tempo o barulho “tec-tec” das marretas batendo. Inclusive, no Museu Madame Tussauds, de Berlim (foto ao lado), tem uma parte que você pode simular que está derrubando o muro. E quando você entra na cabine, começa aquele mesmo barulho, que dizem ser o que ouviam durante a queda! Lá também tem o “boneco” de Hitler, blindado, e é proibido tirar foto dele.
Por onde passou o muro, ainda existem as marcas por todo o chão, seja nas calçadas ou asfalto.
Em alguns pontos da cidade ainda existem partes do muro. Alguns com algumas artes, outros com a cor original.
O trecho do muro de Berlim na Potsdamer Platz têm partes cobertas de chicletes, que são pregadas por quem passa por ali. Situação polêmica, pois alguns acham desrespeito com o patrimônio e outros acham que é uma forma de protesto contra o muro. Não deixam limpar para não danificar a pintura dele. Fotos abaixo.
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Onde fica o muro original com a maior extensão, também fica a Topografia do Terror, que é um museu (parte a céu aberto, parte fechado) que mostra os horrores praticados pelos nazistas. Através de fotos, jornais, documentos e áudios é contada a história desde a chegada ao poder pelos nazistas até sua queda. Inclusive como ficou a cidade depois.
A parte aberta foi feita no meio de ruínas demolidas após a guerra, para termos noção de como realmente ficou a cidade.
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Na verdade, eram dois muros, uma barreira de 150 quilômetros e outra com mais de 1.350 quilômetros, separando as duas Alemanhas. Tudo para impedir a circulação da população de um território ao outro. Entre as barreiras tinha outra grande estrutura, chamada de “Faixa da morte”. Nessa parte, havia torres de observação munidas de militares armados, soldados fazendo a segurança pelo chão, com ordem para atirar, cercas elétricas, explosivos, piso com espinhos, armadilhas anti-veículos e cães ferozes.
Infográfico: ocaisdamemoria.com
Números daqueles que tentaram passar para o lado capitalista: 5000 conseguiram passar / 136 morreram / 200 feridos / 300 presos
Mesmo 30 anos depois da reunificação do país, o Leste e o Oeste não têm o mesmo padrão de desenvolvimento econômico e o mesmo nível de renda. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Berlim para População e Desenvolvimento, em 2015, aponta que há diferenças nos salários, nas convicções religiosas, na estrutura (até no valor dos imóveis), no nível de educação e no comportamento da população.
O estilo de vida imposto pelo antigo regime comunista prejudicaram uma verdadeira integração do país. O leste continua ultrapassado. Segundo os autores do estudo, ainda deverá levar mais uma geração para que a Alemanha possa crescer em conjunto.
No #tbt de hoje eu não vou falar de uma cerveja mas de uma cervejaria em Buenos Aires muito descolada e com chope artesanal para mais de metro!
É a On Tap Craft Beer, uma cervejaria que oferece 20 rótulos de cervejas artesanais a maioria da argentina e uma ou outra de fora. A On Tap tem dez, eu disse 10, unidades espalhadas por Buenos Aires. É coisa demais. Eu fui na de Palermo.
O local é pequeno, tem mesas dentro, cadeiras no balcão e mesas do lado de fora. Além de um mesão central compartilhada, onde tem um telão com futebol passando.
O público é bem jovem e animado. E, como na maioria dos pubs de Buenos Aires, eles têm o esquema de Happy Hour. Em um intervalo de tempo, os chopes ficam mais baratos. Assim, a casa fica lotada!
O esquema lá é pagou, pegou a ficha e retirou no balcão. Talvez para não perderem o controle já que a casa fica cheia e muita gente em pé do lado de dentro e de fora.
Quando chegamos não tinha mais mesa, sentamos no balcão mesmo, por isso é bom chegar cedo.
Com esse tanto de torneira, ficamos perdidos sem saber qual pedir. Todos têm o mesmo valor, só varia se é uma pint (pinta como eles dizem) ou meia pint. Experimentamos diversos chopes. Eu dou um destaque para a Red Daniel’s, da cervejaria Duke, uma Irish Red Ale feita com Jack Daniel’s. Uma delícia superalcoólica. Gostosa demais! Eu não sou fã de whisky, mas o aroma e o gostinho amadeirado desse chope me conquistou. Queria trazer, mas só tinha on tap. Ah, lá tem drinks também, mas não experimentei nenhum.
Para comer, nós pedimos frango frito com molho de cerveja e de ervas. Estava gostoso, mas, uma coisa que me incomodou em Buenos Aires é a falta de sal na comida. Tive que tacar sal no frango, porque nem o molho o salgava. Fora isso, estava bom. Além de petiscos, eles servem hambúrgueres com batata frita.
Se tiver indo para Buenos Aires, essa casa é uma parada obrigatória. Coloca aí no roteiro e conheça mais das cervejas locais!
O Ponto Turístico que escolhi é só uma passada para tirar foto mesmo.
Quem passa em frente, nem imagina que ali seja uma escola. Mas é sim, nesse templo grego habita uma escola pública primária. A Escuela Presidente Roca foi inaugurada em 1903, como parte de uma ação estatal contra o analfabetismo.
Ela fica ao lado do Teatro Colón. Então é quase uma passagem obrigatória. Vale a pena parar para tirar uma foto.
E os uniformes “a la Chiquititas” que por ali transitam? 🙂
O #TBT de hoje é com uma cerveja que tomei em Punta delEste. A Patagônia Küné.
Ela é uma American Pale Ale. Tem um aroma gostoso e o amargor é bem suave. Ela é feita com uma variedade de maltes especiais que fazem com que ela fique com essa cor bonita, dourada, além de dar um dulçor para ela. Cerveja muito equilibrada e fácil de beber. Pra quem é fã das APA’s originais, que têm um amargor mais acentuado, essa não vai agradar.
Já experimentei quase todas da Patagônia. Essa, foi a melhor que tomei. Seu teor alcoólico é de 5% e o IBU de 22.
A Patagônia Cerveza é uma cervejaria de Bariloche, Argentina, que foi comprada pela Ambev.
Na época de sua criação, a primeira cerveja foi a Amber Lager. Em 2010, além de renovar a imagem publicitária, a Patagonia lançou dois novos estilos: a Bohemian Pilsener e a Weisse.
Hoje, eles fabricam, além desses três estilos, a Küné, a Porter, a IPA e a 24.7 uma Session IPA.
Essa, nós tomamos numa churrascaria de Punta del Este: a El Nuevo Tonel.
Por isso, o prato deste #TBT é de lá. Pedimos picanha, que veio acompanhada de arroz, vinagrete, molho chimmichuri e batata frita. A cesta de pão é um costume dos uruguaios. Sempre vem antes de pedirmos qualquer prato.
O ponto turístico é o nosso motivo de estar ali: o Monumento Los Dedos, ou La Mano.
O monumento é uma mão que sai da areia na Praia Brava, em Punta del Este. Ela foi feita, em 1982, pelo artista plástico chileno Mario Irrazábal. Tem até unha…rs
Ela foi construída pelo artista enquanto participava do primeiro Encontro Anual Internacional de Escultura Moderna ao Ar Livre, em Punta del Este. Havia nove escultores e Mario era o mais jovem. Na ocasião, os presente disputaram praças públicas para fazerem suas artes, e ele decidiu então fazer sua escultura na praia.
Apesar de Irarrázabal ter todo o verão para completar o projeto, ele conseguiu concluí-lo nos seis primeiros dias, mesmo com todos os obstáculos de se fazer algo na areia, com ventos etc.
Apenas a sua escultura permaneceu. Inclusive ela está no local de origem.
A obra significa a presença do homem na natureza, como o homem surgindo à vida.
É impossível tirar foto no local sem mil turistas atrás, afinal, é o cartão postal mais famoso do Uruguai.
Por ficar na areia, para chegar até nela, foi construído um caminho de madeira até ela e em seu entorno. Lá venta muito. Além de ser impossível tirar foto sozinha na mão, é impossível tirar foto com cabelo penteado. Percebe-se, né?! 🙂
Outro ponto turístico que fica bem perto de Punta del Este, em Punta Ballena. É a Casapueblo, que vale a pena a visita.
A casa fica num penhasco rochoso junto ao mar. A ideia foi do artista plástico e arquiteto Carlos Páez Vilaró, que, em 1958, se encantou com o lugar e decidiu estabelecer ali seu ateliê.
A casa foi ampliada aos poucos, à medida que foi surgindo a necessidade, seja para suas atividades, seja para acomodar os amigos que vinham de longe. Durante o passeio, percebe-se que a casa foi feita sem projeto nenhum, com corredores estreitos, quartos de tamanhos diferentes, teto baixo, teto alto, paredes onduladas. É bem estranha a casa.
Vinicius de Moraes passou temporadas por ali, já que era amigo de Vilaró. E foi essa casa que o inspirou a escrever a música “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…”.
A construção foi modelada à mão por Vilaró e os habitantes locais durante quatro décadas. Atualmente, a casa abriga galeria de arte, museu, restaurante e hotel.
Apesar de estranha, ela é bem bonita e tem uma vista linda para o mar. Vale a pena visitar este lugar bonito e intrigante.