#TBT: Uma pausa no principal biergarten de Munique para tomar uma cerveja

Depois de tanto bater perna por Munique, que é não é nada pequena, uma pausa é sempre merecida.

Aliás, andamos mais do que precisávamos pois as ruas são bem confusas.  Com isso ficávamos rodando igual um peru perdido, passando pela mesma rua mais de uma vez. Mas no final, a gente riu de tudo isso.

Para dar uma pausa na andança, escolhemos estacionar no Viktualienmarkt, o mercado de alimentos mais famoso de Munique, que fica numa enorme praça, no centro da cidade. Com mais de 200 anos de existência, é lá que os moradores da cidade vão para “fazer a feira” e os turistas vão para fazer uma pausa, comer e beber. Lá possui tendas que vendem pães, queijos, peixes, flores, temperos, vinhos, linguiças, salsichas e frutas exóticas. Mas, o que nos atraiu mesmo foi o biergarten da feira, bem típico alemão: um jardim grande, aberto, cheio de gente, com as mesas de madeira compartilhadas e restaurantes ao seu redor no estilo self-service.

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Como em todos os Biergarten, lá você se serve e compartilha a mesa com as demais pessoas. Os garçons apenas retiram o lixo e os canecões das mesas. Lá, você encontra todas as principais cervejas de Munique, tanto em garrafa quanto em chope. Fomos dois dias. O primeiro dias estava supertranquilo, mais vazio. Já o segundo dia…

Além tomarmos a Paulaner Hefe-Weissbier tradicional e a Hefe-Weiss Dunkel, comemos as comidas mais típicas que tinham por lá: Cachorro Quente e salsichão com ketchup, curry e batata frita. 

No outro dia, que estava lotado, custamos para achar lugar para sentar. Muita gente, todos se divertindo, falando alto, uma alegria só!

Aí você precisa estar de coração aberto. Pois, os bancos são tão colados que a pessoa sentada atrás de você praticamente escora as costas na suas costas. Fora os fumantes. Trocamos de lugar duas vezes porque os fumantes não importam se você fuma ou não. E fica aquela fumaça subindo embaixo do seu nariz (super alérgica detectada). Mesmo depois que trocamos, tinha mais fumante do lado, aí desistimos e tentamos conviver com aquele incômodo. 

Tirando isso e os atendentes que não têm paciência de entender pessoas que não falam alemão, as pessoas que frequentam ali são supersimpáticas, conversam com você (mesmo você não entendendo nada). Quando chegamos na mesa com nossos copos, o moço do lado nos desejou saúde (isso eu entendi: Pröst) e disparou a falar em alemão, eu só olhei e falei “eu não anderstende”. Ele entendeu, deu uma risadinha e continuou conversando com o pessoal que estava com ele. 

20170521_174900Quando fomos, o Maibaum (Árvore de Maio ou Mastro em alemão), de 2017, estava decorando o meio da praça. Maibaum é esse mastro gigante (foto) pintado de azul e branco (as cores da Baviera) que é trocado e erguido todo ano, no dia 1º de maio, para celebrar a chegada da primavera. Nesse dia, é feita uma grande festa na praça!

Pela tradição, o Maibaum precisa ser erguido sem máquinas, os homens da cidade fazem esse serviço. Porém, algumas cidades, com essa tradição, utilizam guindastes para essa tarefa.

O mastro é feito pelos moradores locais. E o interessante é que há uma tradição em que o Maibaum, enquanto fica esperando o dia 1º para ser erguido, pode ser “roubado” por moradores das vilas vizinhas. Por isso, são organizados turnos para vigiar o mastro. E, por outro lado, algumas pessoas se organizam para roubar o mastro alheio. Às vezes, os “ladrões” conseguem roubá-lo. Quando isso acontece, o Maibaum precisa ser resgatado e,  normalmente, o preço do resgate é uma grande mesa com comidas e cervejas. Tudo não passa de uma brincadeira tradicional não só de Munique, mas de outras cidades do interior da Alemanha. Ah, depois de erguido e abençoado pelo reverendo, o mastro não pode mais ser roubado.

Após o Maibaum ser levantado inicia-se a solenidade onde é hasteada a bandeira ou flâmula que é acompanhado pelo hino da cidade, a plateia comemora com cervejas e salsichas, enquanto jovens rapazes da comunidade fixam no Maibaum os símbolos de várias profissões manuais e artesanais existentes na comunidade ou vila. Tudo isso é acompanhado pela música e por danças em torno do Maibaum. 
 

É muita cultura minha gente.

Foto: angelinawittmann.blogspot.com

É claro que nesse #tbt não pode faltar o review de uma das cervejas que bebi nessa parada. E a cerveja escolhida é o ícone de Munique, que você acha em qualquer 20170521_185709.jpgbar ou restaurante dessa cidade, a Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, uma cerveja de trigo não filtrada, que eu salivo só de pensar nela.

Apesar de ser de trigo, é uma cerveja que não desce muito pesada. Em seu aroma e sabor, é possível sentir as clássicas notas de banana e cravo vindas das leveduras. No sabor, ela tem um suave adocicado, notas frutadas e amargor quase imperceptível. Por não ser filtrada, ela tem essa cor turva. 

É uma delícia!!! Por ser fácil de beber, ela é conhecida na região da Bavaria como “cerveja para o café da manhã”. Seu teor alcoólico é de 5,5%. De boa!

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A Paulaner Brauerei München produz cervejas desde 1634, em Neudeck ob der Au (Munique). A cerveka era feita pelos monges da Ordem dos Mínimos, conhecidos como os “Paulaners” por ser uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula. Os monges produziam a Paulaner Salvator para consumo próprio durante a quaresma. Somente em 1780, eles conseguiram autorização para vender a cerveja. Ainda hoje, a marca carrega o nome e a tradição da ordem sendo que o monge retratado na logomarca da cervejaria é o próprio São Francisco de Paula.

Atualmente, a Paulaner conta com seis rótulos de linha em sua produção. É considerada a maior cervejaria de Munique, a sua cerveja do estilo Münchner Hell é a mais vendida do mundo no estilo. Além disso, a cervejaria é uma das seis que podem oferecer suas cervejas na maior festa cervejeira do mundo, a Oktoberfest!

Outra curiosidade é que a Paulaner, desde 2003, patrocina o time de futebol Bayern de Munique.  Em final de campeonato, é distribuído Paulaner para os torcedores e jogadores (que ruim!). A comemoração de títulos do time é feita com o tradicional copo gigante da marca e o banho de cerveja dos jogadores.

Aqui, eu conto como foi minha visita na Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique.

Espero que tenha gostado de mais esse passeio carregado de informações e curiosidades!

#TBT: Stiftungsbräu – Berliner Dom (Berlim)

O #TBT desta semana é com essa Helles Vollbier – da Stiftungsbräu. Cerveja suave e refrescante, fabricada na Alemanha, com maltes e lúpulo de qualidade e, claro, de acordo com a Lei de Pureza da Baviera de 1516 (apenas água, malte, lúpulos e levedura). O sabor das cervejas alemãs são bem parecidas, o que muda é uma ser mais amarga que a outra no final.

Essa cerveja é fabricada há 32logo5 anos, na cidade Erding, localizada na Baviera, na Alemanha. Foi comprada pela cervejaria ERDINGER Weißbräu, em 1991, para garantir a arte centenária de fabricação de cerveja em Bierstadt Erding.

Essa nós tomamos em um pub/restaurante Käse König que achamos ao rodar por Mitte. Fica próximo à Torre de TV. O local é muito gostoso, e optamos por sentar no biergarten deles e tomar uma observando o movimento.

Falando nisso, lembrei que todos os biergartens que fomos, em Berlim, eram muito empoeirados (mesas, bancos…). Mas não parecia ser falta de limpeza, pois colocava meu celular em cima da mesa, não dava 10 minutos ele já estava coberto de poeira também. Não sei se estava tendo algo diferente por lá ou se era poluição mesmo, sei que durante nossa estadia por lá meu nariz ficava muito seco. 😦


O ponto turístico do #tbt é a maravilhosa catedral de Berlim: a Berliner Dom (Catedral de Berlim).

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O que mais chama atenção nela, além do tamanho (114 metros de comprimento e 116 metros de altura), são suas cúpulas coloridas verdes, deixando a paisagem ainda mais linda. Ela se localiza às margens do rio Spree, na Ilha dos Museus.

A Berliner Dom foi construída entre 1894 e 1905. Teve uma parte destruída na Segunda Guerra e foi reconstruída.

Dentro dela, é um espetáculo à parte. É maravilhosa com tudo muito decorado. Nela encontra-se o maior órgão de tubos da Alemanha, com mais de 7.200 tubos. Além disso, lá está mais de noventa tumbas e sarcófagos, incluindo as do rei Friedrich I e da rainha Sophie Charlotte, que são super trabalhadas.

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Se você tiver fôlego, pode subir na cúpula da catedral. São 270 degraus. Mas, compensa! A vista lá de cima é linda.

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Walfänger: Um pedacinho da Alemanha em Ribeirão Preto

A dica do Onde Beber Artesanal vai para Ribeirão Preto novamente.

Quer se sentir um pouquinho na Alemanha? Entre no brewpub da Cervejaria Walfänger e sinta-se à vontade!

cervejaria walfanger

A cervejaria é mais uma que entra no cenário das artesanais de Ribeirão Preto que só tem crescido na quantidade e na qualidade.

O local: O brewpub tem um espaço bacana, com uma decoração voltada para cultura alemã e cervejeira. Tudo muito bem pensado e bonito.

walfanger

São três ambientes: o interno, onde têm mesas para casal ou turma. Tem a varanda e também um espaço do outro lado da rua onde montaram um Biergarten, que é um jardim com mesas compartilhadas para reunir e divertir com os amigos e a família. É como se fosse um pedacinho da Alemanha mesmo, já que as cervejarias de lá tem muito espaço assim.

brewpub

biergarten

Na parte interna, também se encontra a fábrica da cervejaria, que dá para ser vista, já que a parede é de vidro.

fabrica de cerveja

A capacidade de produção da fábrica, hoje, é para até 60 mil litros/mês.

O atendimento é ótimo. Serviço rápido. Garçons atenciosos, que estão sempre dispostos a te indicar uma boa cerveja ou comida.

cervejaria walfanger

Para beber: São servidas somente autênticas cervejas de estilos alemães, claro, todas seguindo a Lei da Pureza e de fabricação própria.

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São 6 tipos de cervejas, que são divididas em duas linhas: a Linha Clássica – com Doppel Bock, Weizen e a Helles –  e a Linha Trigênios – composta pela Albert (German IPA), Sebastian (Viena Lager) e Sigmund (Düsseldorf Altbier).

Elas são servidas em chope fresquinho direto da fábrica ou tem em garrafas. Os valores variam de acordo com o estilo. Os chopes de 500ml vão de R$11,90 a R$16,90 e as garrafas de 500ml vão de R$14,60 a R$23.

Pedimos a régua primeiro, para podermos ver qual escolher. Achamos todas muito bem-feitas e gostosas.regua walfanger

Vejam aí as nossas escolhidas para comermos com os tira-gostos.

chop walfanger

Para comer: Falando em tira-gosto, o cardápio é bem vasto. Com opções da culinária alemã, porém, com um toque bem brasileiro. Tem entrada, petiscos, saladas, pratos quentes, sobremesa e almoço nos finais de semana.

Quando você pede a cerveja, já vem com um pote de amendoim, inclusive tem uma máquina de self-service de amendoim para harmonizar com a sua cerveja.

amendoins - amindus

Como entrada pedimos o Pão de malte da casa. Muito macio e gostoso, servido com creme de queijo com ervas. Muito bom!

pão de malte

Depois, pedimos o Pilous de Porco, que são bolinhos de lombo de porco no espeto, temperado com mel, limão e gengibre. E vem com repolho roxo. O sabor é delicioso, porém, achei que passou um pouco do ponto, então ficou um pouco seco. Talvez, por isso, nem conseguimos comer tudo. Chega uma hora que não desce mais.

Tirando isso estava tudo muito bom e bonito! Muito bem servido.

pilous de porco

 

Para quem gosta de lembranças, a casa conta com uma lojinha com growlers, garrafas, copos, bonés da cervejaria para serem adquiridos.

Falando em growler, lá também funciona como growleria para que você encha o seu com seu chope preferido e leve para a casa.

Recomendo demais a casa. Adorei tudo por lá. E ainda daria uma sugestão, colocar músicas alemãs. Ia ficar excelente!

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Cervejaria Walfänger 
Rua Carlos Ribeiro de Souza, 115 -Bonfim Paulista
Ribeirão Preto  – SP
Instagram: @walfanger
Site: www.walfanger.com.br