Cervejarias argentinas são destaques na Copa Libertadores da Cerveja

No dia 10 de setembro, foram divulgadas as cervejarias vencedoras da 10ª Edição do South Beer Cup, conhecida também como a Copa Libertadores da Cerveja. A edição, que foi realizada em Ribeirão Preto (SP), contou com a participação de diversas cervejarias da América do Sul, sendo que somente cervejas premiadas podem ser inscritas. Ou seja, é uma premiação para a melhor entre as melhores.

A argentina Charlone Cervecería foi o principal destaque desta edição. Foi a única marca a conquistar duas medalhas de ouro na premiação, sendo considerada a principal cervejaria do evento, ganhando a medalha de ouro. O segundo lugar ficou com a também argentina, Jabalina Brewing Company, que faturou um ouro e uma prata.

Mas, o Brasil não ficou de fora desse pódio. A medalha de bronze ficou com a Walfänger, uma marca de Ribeirão Preto que faturou um ouro e uma prata.

Além da Walfänger, outras cinco cervejarias brasileiras conquistaram medalhas de ouro nesta edição da South Beer Cup. Foram elas: Bierbaum, Libertastes, Alright Brewery Co, Narcose e Louvada.

A Libertastes é a única mineira medalhista entre as cinco. Já tomei as duas medalhistas deles, excelentes cervejas. A DediProsa (Strong Scoth Ale) ganhou bronze e a Oncotô (Wheatwine) ganhou ouro. Para saber mais sobre elas, clique ai e veja minha análise: Oncotô e DediProsa

As cervejarias argentinas superaram as brasileiras no número de ouros conquistados na competição sul-americana, foram 8 a 6. E o Equador faturou outros dois ouros.

Em função da pandemia do coronavirus, a South Beer Cup não acontecia desde 2019. Nessa retomada, a competição sul-americana fez parte da programação do Craft Beer Ribeirão, organizado pelo Polo Cervejeiro de Ribeirão Preto.

A programação, além da disputa sul americana, também contou com a realização de um festival de cervejas artesanais, do 1º Meeting da Cerveja Artesanal e da 1ª edição da Copa Paulista de Cerveja Artesanal.

Confira quais foram a cervejas medalhistas de ouro na South Beer Cup:

Wood And Barrel Aged Beer: Celebration Barrel Aged #7, Juguetes Perdidos (Argentina)

Stout Family: Imperial Stout, Drakkar Brewpub (Argentina)

Celebration Sour Ale, Gose, Berliner Weisse: Que Gose!, Two Barrel Brewery (Equador)

Smoked Beer and Historical Beer: Bierbaum Doppelbock Defumada, Cervejaria Bierbaum (SC)

Session IPA and IPL: Sativa Session IPA, Brewhousemdp (Argentina)

Other Strong Beers: Dediprosa, Cervejaria Libertastes (MG)

Fruit, Fieldd, Chocolate, Coffee, Chili, Herb and Spice and Honey: Mangobiche, Jabalina Brewing Company (Argentina)

European Lagers and International Pilsener/Light Lager: Walfänger Helles, Walfänger (SP)

British Dark Beers and Porter Family: Over the Moon: Alright Brewery CO (PR)

Bitter, Irish Red Ale and Scottish Ale: La Gordo, Charlone Cervecería (Argentina)

Belgin and French Origin Ale Styles: Cervejaria Narcose Belgian Nr. 10, Cervejaria Narcose (RS)

APA, Hazy Pale Ale, Int. Pale Ale and Summer Ale: Cwrw haf, Jones/Jenkins (Argentina)

American Lagers, Cream Ale, American Wheat and Blond Ale: Louvada HoLager, Cervejaria Louvada (MT)

American Hoppy Beers (Red, Black, Imperial, Experimental), and International IPA: Terrorista, Charlone Cerveceria (Argentina)

American and European Ambeer and Dark Lager: Thor, Wir Konnen (Argentina)

All Origin Hybrid/Mixed Lagers and Ales: Fandango (Chicha), Quiteña (Equador)

Fonte: Guia da Cerveja

#TBT: Otro Mundo Brewing – San Telmo (Buenos Aires)

outro mundo

O #tbt de hoje é com a Nut Brown Ale da Otro Mundo Brewing Company, uma cervejaria artesanal da Argentina.

É uma autentica Brown Ale, com aroma de chocolate amargo e tons de caramelo. Seu sabor é leve, adocicado. Sente a presença dos de maltes tostados e frutas secas, dai vem o “nut”. O final, tem um toque amadeirado e pouco amarga, o suficiente para deixá-la equilibrada. Achei uma cerveja artesanal boa.

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A Otro Mundo foi fundada em 2004. Hoje, sua produção está concentrada na província de Santa Fe, Argentina. Seu propósito é fabricar cervejas com as melhores matérias-primas e com os métodos mais cuidadosos e naturais, para proporcionar uma experiência única de cerveja. Um universo de bebidas complexas, cheias de aromas, cores e sabores.

O nome Otro Mundo tem a intenção de passar para os consumidores que existe outro mundo da cerveja, que a cerveja não é o que elas estão acostumadas a beber.

Hoje, eles fabricam diversos estilos: Golden Ale, Strong Red Ale, Nut Brown Ale e IPA.

CERVEZA OTROMUNDO


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O prato do dia é um clássico argentino: o alfajor. Nada mais justo que comer o mais famoso, o que encontra em quase toda esquina de Buenos Aires: o Havanna.

Experimentei diversos sabores na cafeteria da própria Havanna, acompanhados de um bom café. A cafeteira, independentemente de onde esteja, está sempre lotada. Mas vale a pena esperar. É tudo muito gostoso. Apesar que comi alfajores melhores em Montevidéu.

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O ponto turístico de hoje é San Telmo, um dos bairros mais antigos de Buenos Aires, com ruas de pedras com ares de cidade do interior.

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Por ali a gente acha a famosa estátua da Mafalda, que está lá desde agosto de 2009. Ela foi feita em homenagem ao criador do quadrinho, Joaquín Salvador Lavado Tejón, o célebre Quino, que viveu no bairro por algum tempo. Em 2014, quando Mafalda completou 50 anos de existência, ela ganhou a companhia de dois de seus melhores amigos: Susanita e Manolito.

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Dependendo do dia, tem fila para tirar foto com ela. Quando fui, estava tranquilo.

No caminho, também tem a estátua de Isidoro Cañones, criado por Dante Quinterno em 1935. Típico representante do “playboy” portenho, esperto e picareta, mas também carismático.

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Além dessas e outras estátuas espalhadas, têm algumas cervejarias artesanais (que estavam fechadas quando fui), e se tiver com tempo, pare na praça, sente e esqueça que existe relógio.

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Se preferir, entre no Mercado Central que dá para comer algumas coisinhas e tomar umas cervejas fresquinhas. O lugar tem mais de 120 anos e vende de tudo.

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Tem muita opção no bairro. Basta escolher o que mais lhe agrada e relaxe!

 

 

#TBT: Quilmes – El Sanjuanino – Casa Rosada

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O #tbt de hoje não é com uma artesanal, mas é o símbolo da cerveja argentina, a cerveja Quilmes, já que é a cerveja mais popular do país.

Ela é uma Standard American Lager, que tem o lúpulo e o malte bem equilibrados e aroma suave de cereais, que fazem dela uma cerveja fácil de beber. Possui coloração clara e sabor refrescante. Para mim, ela é um pouquinho melhor que a nossa Brahma. Mas nada que se dica “Nossa, que cerveja deliciosa!”. Totalmente industrializada e nada de puro malte. Seus ingredientes são: Água, malte, cereais não malteados, carboidratos e lúpulo.

quilmes-1.jpgA Quilmes foi criada em 1888, pelo alemão Otto Bemberg e fabricada pela Cervecería y Maltería Quilmes. Hoje, a Ambev tem 97% das ações da cervejaria. Depois da compra de quase toda a cervejaria, a Ambev passou a distribui-la fora do país, tornando a conhecida também fora da Argentina.

Na Argentina, ela é uma das mais vendidas. Seu nome foi inspirado numa antiga tribo indígena que habitava a região onde foi instalada sua fábrica e que dá nome à cidade.

Detalhe que só tem ela de 970ml ou 330ml. Haja litrão!


Essa, nós tomamos num restaurante super indicado para quem quer comer pratos típicos argentinos: o El Sanjuanino.

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Indicado por diversos guias internacionais, o local já foi até destaque no The New York Times. Claro que eu não ia deixar essa oportunidade passar.

O ambiente é bem simples, apertado, parece estar dentro da casa de alguém. A decoração é peculiar, com uns barris e garrafas de vinho espalhados, quadros, bandeiras da argentina e até cabeça de um viado…rs. É bem confuso, tumultuado, tudo parecendo bem antigo. Mas nada que atrapalhe.

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A casa estava lotada, gringos falando alto, mas, tivemos a sorte de achar uma mesa.

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Pedimos o prato mais famoso de entrada: as empanadas! Dizem que é a melhor de Buenos Aires. Não sei se é a melhor. Sei que a de carne estava ótima!

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Depois pedimos o prato principal: Bife completo.

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Nossa Senhora! E que prato. Vem uma carne bem gostosa e suculenta, com batata frita, ovo e um pedação de bacon. Ainda bem que pedimos um só. Olha isso! Apesar da gordurada, o prato estava maravilhoso. Saímos satisfeitíssimo.

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O ponto turístico é mais um clássico argentino: a Casa Rosada.

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Infelizmente, a praça que fica em frente à casa “Plaza di Mayo” estava em reforma. Então, as fotos do entorno e da entrada da casa não ficaram muito bonitas.

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A Casa Rosada é a sede do Poder Executivo, onde o Presidente da República exerce as suas funções. Foi declarada Patrimônio Histórico Nacional.

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A casa foi construída logo após a fundação de Buenos Aires, em 1580. Ali, foi construída a Fortaleza Real de San Juan Baltasar da Áustria no lugar onde hoje existe a Casa Rosada.

Com a independência da Argentina, a fortaleza perdeu a razão de existir. Na metade do século XIX, foi ordenada a demolição do prédio e a construção de outro. 

Durante o governo de Domingo F. Sarmiento, decidiram pintar o prédio de rosa, a cor característica que permanece até hoje na Casa Rosada.

Existem várias histórias que tentam explicar a origem da cor da fachada. Uma delas é que a cor rosa foi o resultado da mistura de cal com sangue de boi, muito usado na época para acabamentos externos por conta da durabilidade.

Fizemos a visita guiada que vale muito a pena e é gratuita. E tome história para ouvir!praça

Por dentro a Casa Rosada é AMARELA. Quem diria…

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É claro que não seria diferente, ela é pura ostentação. Um verdadeiro palácio!

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O passeio inclui os principais setores da Casa do Governo, afinal a casa é gigante. Alguns dos cômodos que fomos: Salão de Patriotas Latinoamericanos; Pátio das Palmeiras; Salão das Mulheres Argentinas; Varanda onde Evita Perón fez seu discurso; Salão Eva Perón, onde ela realizava suas reuniões. A sala ainda está decorada como na época em que era usada por Evita; Escritório Presidencial; o Salão branco, que sempre aparece quando os presidentes vão fazer pronunciamento ou quando tomam posse; e o famoso elevador presidencial.

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O elevador mais chique que já vi na minha vida! Tem até poltrona de veludo. Somente o presidente pode entrar nele.

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Eu adorei conhecer um pouco mais da história da Argentina e conhecer esse palácio, um símbolo nacional, onde eu jamais imaginei entrar.

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#TBT: La Serrana – Obelisco (Buenos Aires)

O #tbt, enfim, pousa em terras hermanas: Buenos Airesla serrana

Nada mais justo que começar com uma artesanal bem raiz da Argentina.

Essa é a Roja da cervejaria La Serrana. Ela é uma Red Ale, porém não tem uma coloração âmbar, mas sim mais dourada. Achei uma cerveja gostosa e bem leve. Com aroma e sabor frutado.

A Cevecería La Serrana tem sua fábrica em Carpintería, uma vila da província de San Luis, na região central da Argentina.

Hoje, eles contêm 16 estilos diferentes, que trazem espécies nativas daquela região para dar um toque especial em seus sabores e aromas.


O prato do dia foi a primeira coisa que comemos em Buenos Aires. Poderia ter sido uma Parrilla? Poderia! Poderia ter sido um Alfajor? Poderia. Mas onde entramos? No Burger King.

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Sim. A gente gosta de entrar nessas redes internacionais para comparar com as daqui do Brasil.

Não lembro qual sanduíche pedi. Só sei que veio bem mixuruca. Meio seco. A batata é igual. O refrigerante lá não é refil. Além do katchup, eles dão maionese. Não cobram como aqui no Brasil…rs . Ah, e lá não tem, ou não tinha mostarda. É um parecido diferente.

A casquinha de lá tem a opção de caramelo. Hum…


O ponto turístico é um local clássico de Buenos Aires, onde todos que vão, obrigatoriamente, tiram uma foto por lá.

O Obelisco! Ou o pirulito da Praça Sete, para nós de BH…rs

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O Obelisco foi inaugurado em 1936, em celebração aos 400 anos de Buenos Aires.

Ali, a bandeira argentina foi hasteada pela primeira vez, em 1812. Ele fica na Praça da República, no cruzamento de duas importantes avenidas da cidade a Corrientes e a 9 de julio, por isso, seu entorno é muito movimentado.

Com 67,5 m de altura, o monumento traz diferentes inscrições em seu entorno, que são homenagens a importantes momentos históricos da cidade e do país. Em seu interior tem uma escada que leva ao topo com quatro janelas. A vista deve ser linda, mas, hoje em dia, é proibido subir lá.

O Obelisco faz parte de manifestações e comemorações dos portenhos. Além disso, ele aparece colorido em determinadas datas comemorativas ou em algumas campanhas da cidade.

Quando fomos, Buenos Aires iria sediar os Jogos Olímpicos da Juventude, por isso esse símbolo aí.

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#TBT: Patagonia Küné – Los Dedos (Punta del Este)

O #TBT de hoje é com uma cerveja que tomei em Punta delEste. A Patagônia Küné.patagonia kune

Ela é uma American Pale Ale. Tem um aroma gostoso e o amargor é bem suave. Ela é feita com uma variedade de maltes especiais que fazem com que ela fique com essa cor bonita, dourada, além de dar um dulçor para ela. Cerveja muito equilibrada e fácil de beber. Pra quem é fã das APA’s originais, que têm um amargor mais acentuado, essa não vai agradar.

Já experimentei quase todas da Patagônia. Essa, foi a melhor que tomei. Seu teor alcoólico é de 5% e o IBU de 22.

logo_patagoniaA Patagônia Cerveza é uma cervejaria de Bariloche, Argentina, que foi comprada pela Ambev.

Na época de sua criação, a primeira cerveja foi a Amber Lager. Em 2010, além de renovar a imagem publicitária, a Patagonia lançou dois novos estilos: a Bohemian Pilsener e a Weisse.

Hoje, eles fabricam, além desses três estilos, a Küné, a Porter, a IPA e a 24.7 uma Session IPA.

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Essa, nós tomamos numa churrascaria de Punta del Este: a El Nuevo Tonel.

Por isso, o prato deste #TBT é de lá. Pedimos picanha, que veio acompanhada de arroz, vinagrete, molho chimmichuri e batata frita. A cesta de pão é um costume dos uruguaios. Sempre vem antes de pedirmos qualquer prato.

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O ponto turístico é o nosso motivo de estar ali: o Monumento Los Dedos, ou La Mano.

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O monumento é uma mão que sai da areia na Praia Brava, em Punta del Este. Ela foi feita, em 1982, pelo artista plástico chileno Mario Irrazábal. Tem até unha…rs

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Ela foi construída pelo artista enquanto participava do primeiro Encontro Anual Internacional de Escultura Moderna ao Ar Livre, em Punta del Este. Havia nove escultores e Mario era o mais jovem. Na ocasião, os presente disputaram praças públicas para fazerem suas artes, e ele decidiu então fazer sua escultura na praia.

Apesar de Irarrázabal ter todo o verão para completar o projeto, ele conseguiu concluí-lo nos seis primeiros dias, mesmo com todos os obstáculos de se fazer algo na areia, com ventos etc.

Apenas a sua escultura permaneceu. Inclusive ela está no local de origem.

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A obra significa a presença do homem na natureza, como o homem surgindo à vida.

É impossível tirar foto no local sem mil turistas atrás, afinal, é o cartão postal mais famoso do Uruguai.

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Por ficar na areia, para chegar até nela, foi construído um caminho de madeira até ela e em seu entorno. Lá venta muito. Além de ser impossível tirar foto sozinha na mão, é impossível tirar foto com cabelo penteado. Percebe-se, né?! 🙂

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Outro ponto turístico que fica bem perto de Punta del Este, em Punta Ballena. É a Casapueblo, que vale a pena a visita.

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A casa fica num penhasco rochoso junto ao mar. A ideia foi do artista plástico e arquiteto Carlos Páez Vilaró, que, em 1958, se encantou com o lugar e decidiu estabelecer ali seu ateliê.

A casa foi ampliada aos poucos, à medida que foi surgindo a necessidade, seja para suas atividades, seja para acomodar os amigos que vinham de longe. Durante o passeio, percebe-se que a casa foi feita sem projeto nenhum, com corredores estreitos, quartos de tamanhos diferentes, teto baixo, teto alto, paredes onduladas. É bem estranha a casa.

Vinicius de Moraes passou temporadas por ali, já que era amigo de Vilaró. E foi essa casa que o inspirou a escrever a música “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…”.20180408_165316

A construção foi modelada à mão por Vilaró e os habitantes locais durante quatro décadas. Atualmente, a casa abriga galeria de arte, museu, restaurante e hotel.

Apesar de estranha, ela é bem bonita e tem uma vista linda para o mar. Vale a pena visitar este lugar bonito e intrigante.

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