#TBT em Munique: Olimpíadas, carro e cerveja: De volta para o passado com um salto para o futuro

A cerveja deste #TBT em Munique é mais uma clássica dessa cidade. A Lagerbier Hell é uma Munich Helles da Augustinerbräu München.

Seu aroma é bem suave, sem característica marcante. O sabor também é leve, trazendo um equilíbrio perfeito entre o dulçor e amargor, com um final levemente lupulado, tornando a cerveja ainda mais refrescante. ABV: 5,2%

Sobre a Augustinerbräu eu falei aqui. 

Um extra sobre a cerveja Tegernseer Hell, uma Munich Helles da Cervejaria Herzogliches Bräustüberl Tegernsee  


Para nosso passeio, hoje, eu trago dois pontos turísticos: um lembra o passado e o outro, é totalmente o futuro.

O Olympiapark – o Parque Olímpico de Munique, construído para os jogos olímpicos de 1972, que é preservado em excelentes condições até os dias de hoje e se transformou em uma opção gratuita de lazer para os moradores de Munique, além de locais para esportes e entretenimento.

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Ali, foram construídos o aquário Sea Life, a Torre Olímpica (de onde dá pra ver Munique de cima, quando fomos estava reformando), o parque aquático e o Olympiastadion – Estádio Olímpico de Munique que, quando da sua inauguração, cabiam 80 mil espectadores.

O estádio já foi palco de diversas competições como: Copa do Mundo de 1974, final da Eurocopa e final da Liga dos Campeões. Sua principal característica é o teto retrátil.

Antes da construção da Allianz Arena, ele era a casa dos times da cidade: o Bayern de Munique e o Munique 1860. Hoje, além de alguns jogos, é palco de grandes shows e outros espetáculos como o Cirque du Soleil.

Aqui, eu contei sobre minha visita na Allianz Arena.

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Tirando o lago, bem sujo, o restante era tudo bem limpo e conservado. Subimos no topo de uma montanha artificial. Haja perna. Lá vimos todo parque olímpico do alto, dizem que de lá se vê o mais bonito pôr do sol de Munique. Mas, quando chegamos lá em cima, começou a chuviscar. Nós somos desses, levamos chuva para onde vamos. Precisando, entre em contato…rs

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No caminho para o Parque Olímpico, nos deparamos com o enorme prédio da BMW que nada mais é que a sede mundial da marca. Ali, fica a BMW Welt , que traduzindo seria Mundo BMW, e o BMW Museum.

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Ali, está a fábrica da BMW, o prédio da administração e o museu da marca, conhecido como prédio “Quatro Cilindros”. No mesmo espaço tem exposição de carros e motos, entrega de carro aos compradores, espaço para jogar em simuladores, loja de souvenir concessionária e fica em frente à sede da BMW em Munique.

Os visitantes podem entrar nos carros e tirar dúvidas sobre os modelos. Por lá, a gente vê carros da BMW, Mini, e da Rolls-Royce, que também pertence à marca.

No amplo edifício, ainda se encontram restaurante, lanchonete, lounge e espaço para eventos.

Entramos para babar um pouco. Diferente das dezenas de árabes que ali estavam, rindo à toa, com cara de “quantos desses eu vou mandar entregar lá em casa?”.

Uma palhinha para quem gosta de carros e motos. Lembrando que fomos em 2017. Então, esses carros, que na época eram lançamentos, já devem estar ultrapassados.

#TBT: Um palácio de doer o pescoço e uma cerveja acima da média

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O #tbt de hoje é com uma German Pilsner de personalidade: A Pilsner da Veltins. Seguindo a lei da pureza alemã: água , malte e lúpulo, essa cerveja tem o aroma predominantemente lupulado. O sabor tem um amargor floral e cítrico mais forte que as demais german pilsner e o adocicado do malte é bem discreto. Seu final é seco. Bem acima da média das alemãs que tomei. Seu teor alcoólico é de 4,8%. E o IBU: 21.

veltinsA Brauerei C & A Veltins  é uma cervejaria da cidade de Grevenstein, no oeste da Alemanha. A cervejaria fabrica o produto de acordo com a lei da pureza alemã desde 1824.

Clemens Veltins assumiu a cervejaria em 1852. O nome, Brauerei C & A Veltins, veio dos gêmeos Carl e Anton Veltins que assumiram a empresa de seu pai em 1893, e deram continuidade à produção em alto padrão de qualidade. Não é à toa que, em 2015, a Veltins ficou em quarto lugar entre as cervejas mais vendidas da Alemanha.

Hoje, além da Pilsener, eles fabricam a sem álcool, a Grevensteiner Original e a Hell e as V+, que são cervejas misturadas (existem três: uma misturada com Limão, outra com Cola e outra com Tequila). Sei se isso é bom não, mas lá na Alemanha eles têm essa mania de fazer essas misturas para “inovar”.

Schalke_04_Stadium_Veltins_Arena_002.jpgUma curiosidade sobre a cervejaria é que, além de co-patrocinadora principal do do clube de futebol alemão o FC Schalke 04, o Schalke 04, ela também é a principal patrocinadora do estádio do time, possuindo os direitos de nomeação, o naming rights, do estádio de futebol do time em Gelsenkirchen.  O estádio chama Arena Veltins e é um dos estádios mais modernos da Europa.

Aliás, abrindo um parênteses aqui, existe um mito que o Shalke 04 seria o time do Hitler. Os que acreditam nisso, tem como base os títulos do time. O clube tem sete títulos na sua história, sendo que seis deles conquistados na época do nazismo: 1934, 1935, 1939, 1940 e 1942. Depois, ainda conquistaria o título em 1958 – sua última taça da liga alemã. Acreditavam que o time e os jogadores apoiavam o nazismo, por isso, eram beneficiados.

Porém, o Schalke 04 se incomoda muito com a associação que fazem do sucesso que o time fez em campo naquela época a um suposto apoio ao nazismo. Sempre que podem, desmentem esse fato.


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O ponto turístico é uma ostentação sem fim da família real da Baviera: o palácio chamado Residência de Munique (Münchner Residenz). Ele foi moradia oficial da família real e de políticos alemães entre 1508 a 1918. É considerado o maior palácio urbano da Alemanha. É gigante mesmo, tanto que não conseguimos conhecê-lo todo e, no final, estávamos exaustos.

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Além do museu, o local abriga uma sala de concertos, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés.

O complexo é composto por dez pátios e o museu com 130 salas. É tudo muito grande, muito dourado. Saí de lá com o pescoço doendo. Mas, valeu a pena. Você consegue ver como a realeza vivia naquela época. Tem móveis, talhares e outros objetos. O áudio guia em espanhol foi contando a história de muitos personagens que ali passaram.

Outro detalhe é o jardim Hofgarten, que fica em frente ao palácio. Foi mandado construir em 1.613, a pedido do rei Maximiliano I. É lindo e super bem cuidado.

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Aqui, as fotos dirão mais que o texto.

Futebol e Cerveja em Munique: Allianz Arena com Paulaner

O #tbt de hoje junta duas coisas que eu gosto: futebol e cerveja.

Claro que eu não poderia deixar de visitar o estádio do Bayern de Munique, o Allianz Arena.

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É um estádio supermoderno, inaugurado em 2005. Na época de sua construção, o contrato constava que ele seria dividido em 50% para os dois grandes rivais de Munique: o Bayern de Munique e o TSV 1860 München ou Munique 1860 (em português) . Porém, como o Munique 1860 estava mergulhado em dívidas indo à falência, em 2006, o Bayern de Munique, para ajudar o rival, comprou a outra metade de forma simbólica. Mesmo sendo rival, o Bayern colocou no contrato de compra uma cláusula que permitia a recompra dos 50% a qualquer momento. Bacana, né?!

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Mesmo depois de perder os 50%, o Munique continuou jogando no Allianz, mas pagando aluguel. Mas, nem mesmo com essa camaradagem, a rivalidade diminuiu entre os times e torcidas. As torcidas se odeiam.  Durante nossa visita, a guia, que era torcedora do Bayern, disse que não podia falar o nome do outro time. Por isso, quando se referia a ele, falava “o outro” ou “o rival”.

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Para finalizar a história do Munique, ele foi um dos clubes fundadores da Bundesliga em 1963 e o primeiro a ganhar a liga. Em 2017-18, o time caiu para a terceira divisão e, como não pagou a licença para disputar a competição, teve de ir para a liga regional, uma amadora, considerada a quarta divisão!! Com isso, a diretoria decidiu não jogar mais no Allianz. Os jogos agora acontecem em um estádio que comporta cerca de 13mil torcedores. Hoje, em 2022, eles voltaram para a 3a divisão. Quanto à história do Bayern, a gente dispensa, né?!

Em 2015, a Allianz Arena passou por uma reforma para troca do gramado e ampliação de sua capacidade, que passou para 75.000.

Outra curiosidade é que aqueles gomos mudam de cor. Quando o mandante dos jogos é o Bayern, ele fica vermelho, quando era o Munique, ele ficava azul e da Seleção Alemã, ele fica branco.

O estádio fica aberto durante o ano todo para visitação.

O que tem no estádio?

O museu do Bayern: O museu conta a história campeã do time, com troféus, camisas e chuteiras de jogadores que participaram de algum momento histórico; áudios de momentos marcantes; salas que simulam salas de reuniões, inclusive com áudios de alguns momentos; uma sala onde mostra o que os jogadores comem antes.

O mais legal que achei foi um espaço onde você senta e coloca aqueles óculos de realidade aumentada e fone. Ele simula como se estivesse em dia de jogo, sentado na arquibancada, ouvindo gritos da torcida. Simula entrando no estádio cheio e outros momentos. Você escolhe. É muita coisa, como chegamos atrasados, porque pegamos o metro errado, não conseguimos ver muitos detalhes. Uma hora só não foi o suficiente.

A loja oficial do Bayern: Entramos felizões achando que as camisas e etc do Bayern seria mais em conta por estar dentro do estádio. Naaada. Saímos de mãos abanando. As camisas e outros acessórios estavam mais caros que aqui no Brasil.

O estádio por fora: é gigantesco. Você fica se imaginando em dia de jogo, deve ser muito legal. Quando fomos não ia ter jogo lá. Ainda bem, porque os ingressos são caríssimos.

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Dependências do estádio:  já com a guia passamos pela parte dos bares (tudo super organizado), como teve jogo de algum time lá no dia anterior, o chão estava pregando por causa da cerveja. Passamos pelas cabines onde fica a imprensa e fomos sentar nas arquibancadas para escutar toda a história que a guia nos contava. De lá fomos para o túnel, onde saem os jogadores.

O túnel é a parte mais emocionante da visita, é de arrepiar. A gente fez duas filas como se fôssemos jogadores. Quando começamos a andar em direção ao gramado, começou a tocar a música da Champions League. Legal demais! Paramos numa parte cercada do gramado, que dá pra ter a visão dos jogadores e ver o banco de reservas que é super chique. É o mais perto que chegamos do campo.

Tive a impressão que lá dentro é pequeno!

Depois visitamos a sala de coletiva de imprensa e os vestiários. Têm dois tipos de vestiários. O que os jogadores ficam antes do jogo e o que eles vão depois do jogo, que tem piscina de gelo, espaço para massagens e confraternização entre os times. Muito legal ver tudo isso!

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Biergarten da Paulaner: Depois de muita história, fomos ao restaurante da Paulaner que fica dentro do estádio, e funciona também em dia de jogos. Tomamos uma Hefe-weissbier da Paulaner com carne de porco e salada de batata.

O que chamou nossa atenção foram os Playstations no restaurante. Ficamos sabendo que fica ligado sempre, inclusive em dia de jogos e é tudo 0800. Outra coisa que assustei foi com o banheiro. Além de limpo e lindo, tinha ESPELHO!!!!! Kkkk. Não sei se é assim em todos os estádios, mas, no Mineirão, não existe espelho já que pode virar uma arma.

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Curiosidade:

O Bayern de Munique fez uma parceria com uma rede de hotéis e vai disponibilizar uma suíte dentro do Allianz, onde torcedores do time terão a oportunidade de acompanhar partidas hospedados lá dentro. Com vista privilegiada, a suíte terá cama e acesso a um bar exclusivo.

Ufa! Hoje o texto foi grande. Mas, assim como a cerveja, o futebol também é minha outra paixão.

Ah! Além do Allianz, nós fomos também no Olympiapark, o Parque Olímpico de Munique, construído para os jogos olímpicos de 1972. Clique aqui para ver mais.

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claro.jpgE para não falar que eu não falei de cerveja. Dessa vez, vou falar sobre a Hefe-Weissbier Dunkel da Paulaner, que é uma cerveja de trigo, turva, com cor de chocolate, com sutil aroma floral e sabor maltado, bem frutado. É uma cerveja super cremosa e refrescante. E, pra variar, segue rigorosamente os padrões alemães de qualidade. É uma delícia, com a drinkability lá em cima. O final é bem equilibrado sendo levemente amargo e com algumas notas de banana e café.

A Hefe-Weissbier Dunkel é uma cerveja de trigo escura pois é feita com malte de trigo tostado. Ela não é filtrada antes do envasamento, as leveduras utilizadas em sua fermentação estão contidas na garrafa, deixando a cerveja saborosa. Contém 60% de malte de trigo e 40% de malte de cevada.

Quanto à breve história da cervejaria, eu falei no post “#TBT: Paulaner – Viktualienmarkt (Munique)”.

Esta nós tomamos em um dos diversos restaurantes da Paulaner que estão espalhados por Munique, na Paulaner zum Spöckmeier. Um lugar super agradável. Dentro, é bem grande, mas, como a temperatura estava agradável, ficamos no espaço de fora.

Garçons bem simpáticos. Além da Dunkel, tomamos a Helles também.

E como dá pra ver no fundo, o restaurante fica próximo a um dos pontos turísticos mais visitados de Munique: a Nova Prefeitura (Neues Rathaus ), que fica linda à noite. Pena que meu celular não ajudava em fotos noturnas. Para saber mais sobre o prédio, clique aqui.

Uma parada no bar que te empresta cobertor e na Torre Chinesa de Munique

O #tbtEmBerlim de hoje é no bar da Franziskaner, o Zum Franziskaner, que fica no centro de Munique. Como a Franziskaner e a Löwenbräu são da Ambev, a casa vendia as duas marcas. Ambas tradicionalíssimas por lá.

loowembrauJá que a Franziskaner era mais fácil de encontrar na cidade, resolvemos experimentar as cervejas da Löwe. Escolhemos a Original, que é uma Munich Helles, e a Munich Dunkel.

A Munich Dunkel deles, não diferente das outras, é uma delícia. Uma cerveja mais escura, com sabor de malte e encorpada. É bem equilibrada, em que o amargor do lúpulo dá pra sentir bem pouco e o doce é ligeiramente sentido também, com notas de caramelo. Em sua fabricação são usados como base maltes torrados especiais.

O teor alcoólico é 5,5%. Interessante que divulgam seu valor calórico que é 48 kcal/a cada 100ml. De boa!

Um detalhe que tem em alguns bares por lá é esse cobertor. Alguns bares deixam cobertores individuais nas cadeiras. Como estava ventando muito frio, logo dei um jeito de enrolar no meu.

20170524_171558E o tira gosto? Hummm…esse sim, foi diferente e gostoso: o Bayerische Freilandente. Traduzindo na prática… Pato assado com bolinhos de batatas e repolho roxo cozido com molho de maçã. Eitaaa!

lowenbrau sloganA Löwenbräu  é mais uma das tradicionais da Bavaria. Foi produzida pela primeira vez em 1383. Porém, somente em 1524, em Munique, num lugar conhecido como “Löwengrube” (cova dos leões), que foi construída uma fábrica de uma cervejaria que mais tarde ficaria famosa no mundo: a Löwenbräu, que significa “cervejaria do leão”, animal que também faz parte da logomarca.

Como eu disse anteriormente, em 1997, com o objetivo de manter a presença e crescer, ela se fundiu com a Spaten. Em 2003, a marca foi adquirida pela Inbev (atual Anheuser-Busch InBev), iniciando um forte período de expansão internacional.

A cervejaria também  é uma das 6 cervejas oficias da Oktoberfest de Munique. Junto com a Augustiner, Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Paulaner e Spaten-Franziskaner. E a Löwe participa desde a primeira edição, que aconteceu em 1810. Leia mais sobre a Oktoberfest Original.

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O ponto turístico desse post é a Chinesischer Turm (Torre Chinesa), que fica no Englischer Garten, um imenso jardim, onde você vê de tudo. Gente fazendo piquenique, passeando, andando de bicicleta, fazendo nudes ao vivo…rs. Sim, vimos um peladão por lá, pegando energia do sol.

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Adentramos no jardim para achar a tal torre e tomar umas. Andamos muito, pois não conseguíamos achá-la. O parque é imenso mesmo. Enfim, achamos a torre que foi construída em 1790, com 5 andares e 25 metros de altura. Como muitos monumentos em Munique, foi bombardeado na 2ª Guerra e reconstruído.

No pé da torre tem um grande biergarten com comidas típicas alemãs e muita cerveja da Hofbräuhaus para tomar. Quando fomos não estava muito cheio. Vimos turistas orientais, americanos e nativos que estavam ali para almoçar e beber (sim, lá é costume beber caneca de 1 litro durante o almoço. Devem ser curtidos. Não dá grau).

É um lugar bem gostoso para descansar um pouco da bateção de perna turística.

Veja mais fotos:

Uma parada no castelo inspiração para o Walt Disney com direito a cerveja própria

20170522_104741.jpgA lembrança de hoje é um dos lugares que fui e fiquei de boca aberto. Estou falando do castelo Neuschwanstein, que fica perto da cidade de Füssen, a 2 horas de Munique, próximo também à fronteira da Áustria. Foram duas horas de trem que valeram a pena. Além do destino ser maravilhoso, o caminho para a cidade é lindo, bem interior europeu.

O idealizador do castelo era Luís II, Rei da Baviera. Fanático pela idade média, ele queria um castelo que homenageasse a época mais brilhante da história, segundo ele. Luís cresceu no outro castelo, o Hohenschwagau, que fica ali do lado. Ele foi coroado rei em 1864. Só que, dois anos depois, a Prússia tomou conta do país e Luís começou a viver num universo paralelo, como se ele fosse ainda o Rei da Baviera. O castelo começou a ser construído em 1869. Ele gastou as fortunas da família e se endividou muito para concluir o projeto, mas o projeto jamais acabava. Com o tempo, e com os seus credores já bem furiosos, o “rei” foi declarado louco e ele foi internado.

Luis, foi encontrado morto em 1886. Sem seu principal morador, o castelo foi aberto ao público para visitação alguns meses depois. Hoje, recebe 1.300.000 visitantes por ano.

Ao chegar na cidade, você já vê lá no topo aquele gigantesco castelo. Lindo, dá vontade de correr para chegar nele. Mas, calma, muita calma, que o caminho até lá é longo. Achamos mais aventureiro subir toda montanha a pé. Senti frio, calor, tudo no mesmo caminho. Pois tem muitas árvores. Quando as árvores sumiam, o sol queimava. Antes de chegar no castelo, tem um lago grande, parecendo cena de filme, com cisnes dentro e, ao fundo, os alpes austríacos com um restinho de neve. Olha que estávamos no final da primavera.

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Ao chegar perto do castelo, você não acredita, parece um conto de fadas. É um dos cartões-postais da Alemanha. Ele foi a inspiração para a criação do castelo da Cinderela na Disney, símbolo do Walt Disney.

Dentro dele, ficaram alguns móveis e utensílios da época. Mas, infelizmente, não pode tirar nenhuma foto. Está tudo guardado na memória, inclusive um quarto que imita uma gruta. O guia, em português, explicava tudo e contava toda a história que passou ali dentro. Você viaja, literalmente.

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A vista lá de cima é outra maravilha à parte. Com os alpes, montanhas e lagos. É surreal pensar como conseguiram construir um monumento desse tamanho, naquele local, naquela época!

Além desse castelo, tem um outro castelo, construído antes desse pela mesma família. O Castelo de Hohenschwangau, que também é gigantesco. Demoramos o dia inteiro na visita dos dois. Valeu a pena cada dor na perna. No inverno, deve ser lindo. Mas, não deve ser fácil chegar lá no topo com frio.

Antes de ir embora, passamos na ponte, onde tem a melhor vista do castelo Neuschwanstein. Embaixo, passa um rio. Dá muito medo, porque venta muito, pro celular voar, pouco custa.  Para quem tem fobia de altura, é melhor nem chegar perto. A sensação não é nada boa. Tiramos umas fotos e saímos logo. Descemos por umas trilhas, sinalizadas com placas.

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Pra minha surpresa, quando finalizamos o passeio, passei numa lanchonete já lá embaixo, o que achei? A cerveja do castelo. Sim, até o castelo lá tem cerveja em homenagem. Ah, tive que comprar e tomar ali mesmo, fresquinha (olha a foto ao lado como comprei ela, olha que foi tirada do freezer, nem suar ela suava…rs). Agora sim, estava pronta para voltar para Munique. Ufa!

Surra de fotos:


A cervejaria escolhida para esse #tbt é a Augustiner Bräu, uma cervejaria tradicionalíssima de Munique. Em minhas pesquisas sobre essa cervejaria, li que é a mais antiga de Munique em funcionamento até os dias de hoje. Mas sempre aparecem outras falando que é a mais antiga.

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Vou falar sobre a primeira que tomamos no restaurante da própria cervejaria, em Munique (Augustiner am Dom), a casa parece ser bem antiga. É bem escura, por isso as fotos não ficaram muito boas. Aliás, foi onde eu comemorei meu aniversário. 🙂

A Edelstoff – Exportbier, é uma Munich Helles, ou seja, uma cerveja leve, com alta drinkability. No aroma, sente-se o floral e herbal dos lúpulos utilizados, que equilibram muito bem com os maltes com características de caramelo. Um pouquinho cítrica e final pouco seco, além do leve amargor. Uma cerveja deliciosa como não poderia deixar de ser essas cervejas populares alemãs.

Além dela, nós tomamos uma Weiss e uma Dunkel, que dispensam comentários.

Para acompanhar essas delícias, pedimos um prato tipicamente alemão: Würstel Plate – Salsichas com repolho e salada de batata alemã.

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A Augustiner-Bräu Wagner KG, como já disse, foi criada em Munique, na Alemanha. Por ordem do arcebispado de Freising e do duque de Baviera, os monges da Ordem de Santo Agostinho (Augustinianos ou Augustiners), fabricavam cervejas. Isso, lá em 1328.

Os monges agostinianos forneceram cerveja para a família real bávara Wittelsbach até 1589, época em que a cervejaria Hofbräu foi fundada.

Em 1829, a família Wagner adquiriu a cervejaria Augustiner. As iniciais “J. W.” que estão no logotipo da cervejaria refere-se a Josef Wagner, que assumiu o papel de gerenciamento após a morte de sua mãe.

A Augustiner é vendida principalmente em Munique e seus  arredores. No exterior do sul da Baviera, ela é vendida, por exemplo, em restaurantes da Saxônia, como o Palácio da Caça de Augustusburg ou o Palácio de Lichtenwalde. Além disso, eles são encontrados em restaurantes selecionados em Wertheim, Berlim e Bregenz. Não é tão fácil achá-la fora de Munique.

Ela é umas das 6 cervejarias que podem participar do Oktoberfest original. Fazendo o tradicional desfile dos cavalos levando os barris de chopp para a Oktoberfest, mantendo assim uma característica da época em que a festa foi criada.

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#TBT: Uma pausa no principal biergarten de Munique para tomar uma cerveja

Depois de tanto bater perna por Munique, que é não é nada pequena, uma pausa é sempre merecida.

Aliás, andamos mais do que precisávamos pois as ruas são bem confusas.  Com isso ficávamos rodando igual um peru perdido, passando pela mesma rua mais de uma vez. Mas no final, a gente riu de tudo isso.

Para dar uma pausa na andança, escolhemos estacionar no Viktualienmarkt, o mercado de alimentos mais famoso de Munique, que fica numa enorme praça, no centro da cidade. Com mais de 200 anos de existência, é lá que os moradores da cidade vão para “fazer a feira” e os turistas vão para fazer uma pausa, comer e beber. Lá possui tendas que vendem pães, queijos, peixes, flores, temperos, vinhos, linguiças, salsichas e frutas exóticas. Mas, o que nos atraiu mesmo foi o biergarten da feira, bem típico alemão: um jardim grande, aberto, cheio de gente, com as mesas de madeira compartilhadas e restaurantes ao seu redor no estilo self-service.

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Como em todos os Biergarten, lá você se serve e compartilha a mesa com as demais pessoas. Os garçons apenas retiram o lixo e os canecões das mesas. Lá, você encontra todas as principais cervejas de Munique, tanto em garrafa quanto em chope. Fomos dois dias. O primeiro dias estava supertranquilo, mais vazio. Já o segundo dia…

Além tomarmos a Paulaner Hefe-Weissbier tradicional e a Hefe-Weiss Dunkel, comemos as comidas mais típicas que tinham por lá: Cachorro Quente e salsichão com ketchup, curry e batata frita. 

No outro dia, que estava lotado, custamos para achar lugar para sentar. Muita gente, todos se divertindo, falando alto, uma alegria só!

Aí você precisa estar de coração aberto. Pois, os bancos são tão colados que a pessoa sentada atrás de você praticamente escora as costas na suas costas. Fora os fumantes. Trocamos de lugar duas vezes porque os fumantes não importam se você fuma ou não. E fica aquela fumaça subindo embaixo do seu nariz (super alérgica detectada). Mesmo depois que trocamos, tinha mais fumante do lado, aí desistimos e tentamos conviver com aquele incômodo. 

Tirando isso e os atendentes que não têm paciência de entender pessoas que não falam alemão, as pessoas que frequentam ali são supersimpáticas, conversam com você (mesmo você não entendendo nada). Quando chegamos na mesa com nossos copos, o moço do lado nos desejou saúde (isso eu entendi: Pröst) e disparou a falar em alemão, eu só olhei e falei “eu não anderstende”. Ele entendeu, deu uma risadinha e continuou conversando com o pessoal que estava com ele. 

20170521_174900Quando fomos, o Maibaum (Árvore de Maio ou Mastro em alemão), de 2017, estava decorando o meio da praça. Maibaum é esse mastro gigante (foto) pintado de azul e branco (as cores da Baviera) que é trocado e erguido todo ano, no dia 1º de maio, para celebrar a chegada da primavera. Nesse dia, é feita uma grande festa na praça!

Pela tradição, o Maibaum precisa ser erguido sem máquinas, os homens da cidade fazem esse serviço. Porém, algumas cidades, com essa tradição, utilizam guindastes para essa tarefa.

O mastro é feito pelos moradores locais. E o interessante é que há uma tradição em que o Maibaum, enquanto fica esperando o dia 1º para ser erguido, pode ser “roubado” por moradores das vilas vizinhas. Por isso, são organizados turnos para vigiar o mastro. E, por outro lado, algumas pessoas se organizam para roubar o mastro alheio. Às vezes, os “ladrões” conseguem roubá-lo. Quando isso acontece, o Maibaum precisa ser resgatado e,  normalmente, o preço do resgate é uma grande mesa com comidas e cervejas. Tudo não passa de uma brincadeira tradicional não só de Munique, mas de outras cidades do interior da Alemanha. Ah, depois de erguido e abençoado pelo reverendo, o mastro não pode mais ser roubado.

Após o Maibaum ser levantado inicia-se a solenidade onde é hasteada a bandeira ou flâmula que é acompanhado pelo hino da cidade, a plateia comemora com cervejas e salsichas, enquanto jovens rapazes da comunidade fixam no Maibaum os símbolos de várias profissões manuais e artesanais existentes na comunidade ou vila. Tudo isso é acompanhado pela música e por danças em torno do Maibaum. 
 

É muita cultura minha gente.

Foto: angelinawittmann.blogspot.com

É claro que nesse #tbt não pode faltar o review de uma das cervejas que bebi nessa parada. E a cerveja escolhida é o ícone de Munique, que você acha em qualquer 20170521_185709.jpgbar ou restaurante dessa cidade, a Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, uma cerveja de trigo não filtrada, que eu salivo só de pensar nela.

Apesar de ser de trigo, é uma cerveja que não desce muito pesada. Em seu aroma e sabor, é possível sentir as clássicas notas de banana e cravo vindas das leveduras. No sabor, ela tem um suave adocicado, notas frutadas e amargor quase imperceptível. Por não ser filtrada, ela tem essa cor turva. 

É uma delícia!!! Por ser fácil de beber, ela é conhecida na região da Bavaria como “cerveja para o café da manhã”. Seu teor alcoólico é de 5,5%. De boa!

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A Paulaner Brauerei München produz cervejas desde 1634, em Neudeck ob der Au (Munique). A cerveka era feita pelos monges da Ordem dos Mínimos, conhecidos como os “Paulaners” por ser uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula. Os monges produziam a Paulaner Salvator para consumo próprio durante a quaresma. Somente em 1780, eles conseguiram autorização para vender a cerveja. Ainda hoje, a marca carrega o nome e a tradição da ordem sendo que o monge retratado na logomarca da cervejaria é o próprio São Francisco de Paula.

Atualmente, a Paulaner conta com seis rótulos de linha em sua produção. É considerada a maior cervejaria de Munique, a sua cerveja do estilo Münchner Hell é a mais vendida do mundo no estilo. Além disso, a cervejaria é uma das seis que podem oferecer suas cervejas na maior festa cervejeira do mundo, a Oktoberfest!

Outra curiosidade é que a Paulaner, desde 2003, patrocina o time de futebol Bayern de Munique.  Em final de campeonato, é distribuído Paulaner para os torcedores e jogadores (que ruim!). A comemoração de títulos do time é feita com o tradicional copo gigante da marca e o banho de cerveja dos jogadores.

Aqui, eu conto como foi minha visita na Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique.

Espero que tenha gostado de mais esse passeio carregado de informações e curiosidades!

#TBT: Hofbräuhaus Munique com parada na Prefeitura

O retorno do #TBT é em alto estilo. Aterrizando na Hofbräuhaus de Munique, onde tudo começou.

A Hofbräuhaus original de Munique, a primeira, foi fundada em 1589 pelo Duque William V da Baviera para evitar ter que comprar cerveja da baixa Saxônia. A cervejaria era exclusiva do Duque. Apenas em 1828, a cervejaria foi aberta ao público. Durante a Segunda Guerra Mundial, toda a estrutura da cervejaria foi destruída num bombardeio, porém foi reconstruída em 1958.

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Na cervejaria é servido pratos típicos da Alemanha como joelho de porco, salsichas, saladas de batata e chucrutes. Não tenho nenhuma foto de pratos porque chegamos depois das 22h. Em todos os lugares que fomos em Munique eram assim, param de servir comida neste horário. E, às 23h, não servem mais cerveja. Para quem fica batendo perna até 21h (quando começa a escurecer por lá no horário de verão), 22h está cedo demais. Tivemos que ir adaptando e passamos a voltar mais cedo dos passeios.  Nossa sorte é que passaram umas vendedoras de pretzel (pão tradicional por lá), igual passa por aqui os vendedores de amendoim. Salvou a noite!

As cervejas não são tão variadas: Helles, Dunkel, Weiss, Radler (cerveja com limão), uma sazonal e uma sem álcool.

Tomei a Hofbräu Dunkel – cerveja escura com sabores de malte, com notas de chocolate e um toque de café. Tem um aroma leve. Álcool: 5,4%. Típica alemã. Tomei no Mass Krug, esse canecão de 1 litro.

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Cara de alegria

E para nos sentirmos ainda mais na Alemanha, rola uma banda que toca músicas tradicionais alemãs. E é uma verdadeira festa. Todos dançando e cantando, alguns em cima da mesa, pulando. E, quando tocam a famosa “Ein Prosit, ein Prosit der Gemütlichkeit” é o ápice. Todos levantam os seus canecões, cantando, brindam com os que estão a sua volta. É muito legal ver esse momento!

Do lado de dentro tem aqueles mesas e bancos imensos de madeira, compartilhados, onde você senta com outras pessoas. Já no quintal, ficam mesas mais individuais. Mas lá, os garçons custam para chegar. Ô luta!

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Outra coisa que achei interessante: As pessoas levantam da mesa, deixam o prato e a caneca de chope cheios e sozinhos, e nenhum garçom vai retirar. Deixam lá. Lá você tem essa liberdade, nenhum garçom querendo tirar seu chope para trazer mais.

Todo mundo deveria ter a oportunidade de passar um dia nesse lugar. Lá a gente mergulha na cultura alemã. Dá vontade de a noite não acabar nunca mais.

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O Ponto turístico escolhido para esse #tbt é o gigante e maravilhoso prédio da Prefeitura de Munique chamado de Neue Rathaus (Nova Prefeitura), construído entre 1867 e 1908 em estilo Neogótico. Sua cor é bem sóbria, parece aqueles castelos de filme de vampiro. Se quiser, pode subir em sua torre, de onde dá para ver boa parte de Munique.

Prefeitura

Sua atração principal é um relógio, conhecido como Glokenspiel.  Em determinadas horas do dia, esse relógio começa a tocar uma música e bonecos de madeira saem de dentro da construção dançando, deixando eufóricas centenas de turistas que por ali ficam só na expectativa de ver o espetáculo. As danças representam dois momentos históricos da cidade. Por sorte, chegamos juntos com os bonecos.

Bonecos

A Nova Prefeitura fica na Marienplatz, o ponto turístico mais famoso de Munique. Ali passam milhares de pessoas por dia. E tem de tudo, lojas de souvenires, de roupas, “camelôs”, restaurantes, cervejarias. Mistura o antigo com o moderno, o que acontece em toda Munique. Dá vontade de ficar ali por horas!

Prefeitura

Prefeitura

Espero que tenha gostado de aterrizar em Munique comigo!

#TBT: Franziskaner – Tiergarten (Berlim)

Franziskaner

Hoje, é o último #TbtEmBerlim e, é claro, não poderia ser diferente. Tudo que representa muito bem a cidade: biergarten + weissbier

E para fechar com chave de ouro, eu escolhi a minha queridinha das de trigo alemã (weissbier), a Franziskaner Hefe-Weissbier Naturtrüb (não-filtrada), fabricada pela Franziskaner-Brauerei.

Essa cerveja dispensa comentários ou apresentações. Mas, vamos lá. Ela é superrefrescante e leve. Seu aroma é predominantemente frutado devido a fermentação que continua dentro da garrafa. Seu sabor também é frutado, levemente doce. Nele, é possível sentir a presença da banana, do trigo e do cravo. Mas nada de exagerado!

Feita com água, malte de trigo, malte de cevada, extrato de lúpulo e fermento, ela tem 5% de teor alcoólico.

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Essa cervejaria é considerada a mais antiga de Munique, Alemanha. Surgiu em 1363. O nome ‘Franziskaner’ deve-se ao mosteiro franciscano que ficava ao lado da cervejaria. Em 2005, se fundiu com o grupo Ab-Inbev para conquistar novos territórios, como aqui no Brasil.

Hoje, ela possui 12 rótulos, todos seguindo a Lei da Pureza Alemã, utilizando apenas os 4 ingredientes principais. Ah, e para servir as cervejas de trigo é preciso usar o copo correto e seguir um rigoroso procedimento. Vale a pena fazê-lo para se ter uma melhor experiência durante a degustação.

Franziskaner-Weissbier

A Ambev importa para o Brasil somente três desses rótulos: a Dunkel, a Hell e a Kristall-Klar.


O ponto turístico escolhido é o Parque Tiergarten. Onde nós tomamos essa cerveja. É o lugar mais alemão que achamos em Berlim. Com 2,1 Km² de extensão, é o segundo maior parque da cidade. Ele é tão gigante, que tem várias atrações. Ótimo para relaxar, passear, porém, como estávamos só de passagem, optamos ficar na parte onde tinha uma cervejaria a céu aberto, ou seja uma biergärten.

Biergärten siginifica Jardim de Cerveja em português. São áreas comuns, onde há grandes mesas, usadas para Stammtischs (o happy hours, reuniões de amigos dos alemães), para almoços, conversas, piqueniques, sempre regado a cerveja. São como praças de alimentação ao ar livre, com árvores, bares e restaurantes no entorno.

O biergarten que fomos chama-se Café am Neuen See. Lá tem diversos mesões de madeira espalhados e um espaço self-service, onde você pega sua cerveja (tinha Frankiskaner e Lowenbräu), sua comida (típica alemã), coloca no bandejão, paga e procura uma mesa compartilhada para comer.

O espaço conta com muitas árvores, que ajudam a esconder o sol, por isso é bem fresco. E tem um lago, onde pode alugar canoas e passear.

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Pra variar, comemos pretzel (pão típico alemão, com uma casquinha salgadinha delícia), além de umas carnes processadas com salada de batata cozida e molho. A sobremesa foi outra comida a cara da Alemanha: Apfelstrudel, a torta de maçã.

Se eu pudesse, ficaria o dia todo lá. Mas tinha muita coisa pra conhecer ainda. Comemos, descansamos um pouco e continuamos nosso passeio.

Veja mais fotos desse lugar que adoramos ir.

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#TBT: Tomando cerveja orgânica em Berlim e dando uma passadinha no Parlamento

Neumarkter

O #tbt de hoje é com a Edel Hell da Neumarkter Lammsbräu. É uma cerveja de estilo helles. Leve e refrescante, com o amargor do lúpulo suave e um pouco maltada, com sabor frutado.

A Edel Hell é feita com água mineral natural, malte de cevada e lúpulo cultivado organicamente. Em alemão, Edel significa nobre e geralmente é usado para se referir a uma cerveja que foi preparada com os melhores ingredientes. Hell singnifica brilhante em alemão.

Essa cerveja tem 5% de teor alcoólico.

logoA Cervejaria Neumarkter Lammsbräu foi fundada em 1628, em Neumarkt, um distrito da Baviera, na Alemanha. Desde 1986, ela fabrica cervejas orgânicas. São cerca de 20 variedades de cervejas orgânicas, a maior variedade do mercado, além de cerveja orgânica Lammsbräu, mais de 100 funcionários também produzem limonada, refrigeranted a água mineral todos orgânicos.

Além de ser fabricante de bebidas orgânicas ela também planta seu malte orgânico, estando totalmente comprometida com as questões de sustentabilidade, dando grande importância à sustentabilidade, proteção da água, regionalidade e o tratamento justo de todos os envolvidos. Para promover o desenvolvimento social sustentável, a empresa concede um prêmio anual de sustentabilidade em cinco categorias desde 2002 : pessoas físicas , organizações sem fins lucrativos , profissionais da mídia , empresas e funcionários . Os vencedores devem ter alcançado melhorias ecológicas e sociais e promover uma cultura econômica sustentável.

A cervejaria criou a “Lei da Pureza Orgânica” que se destina a expandir o requisito de pureza e os critérios orgânicos com regulamentos adicionais para a produção de cerveja. Excluem-se os pesticidas, plantas geneticamente modificadas, fertilizantes químico-sintéticos e adjuvantes artificiais.

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As cervejas orgânicas: Pilsner, Edelpils, Dunkel, Schankbier, Festbier, Urstoff, Dinkel, Leichte Weiße, Weiße (helles Hefeweizen), Schwarze (dunkles Hefeweizen), EdelHell (a que tomei), Radler, Neumarkt, Parsberg)

Sem ácool orgânicas: Alkoholfrei, Weiße, Dunkle Weiße, Radler, Aktivmalz (Malzbier)

Sem glúten: Glutenfrei e Glutenfrei Alkoholfrei

Muito interssante!


O ponto turístico desse #tbt é Reichstag ou Prédio do Parlamento.20170520_183750

Inaugurado em 1894, em Berlim, este é o prédio onde o parlamento federal da Alemanha (Bundestag) exerce suas funções.

Reishtag velhoEle participou de alguns momentos históricos como: Foi de sua sacada, depois da Segunda Guerra Mundial, em 9 de novembro de 1918, que foi proclamada a república na Alemanha. Além disso, o prédio já passou por incêndio, foi danificado na Segunda Guerra e já pertenceu a outra cidade, depois da criação do muro de Berlim.

Hoje, restaurado, o prédio é aberto para visitação gratuita na cúpula e no terraço. Em sua cúpula de vidro, que tem 23,5 metros de altura, é possível ver a sala do plenário, além da vista da cidade. Peguei algumas fotos na internet para termos ideia de como é.

É necessário fazer a reserva com antecedência pelo site. Quando tentei, não tinha mais vagas. Mas, para quem não consegue fazer a reserva, há um container nas imediações onde pode ser feito um agendamento de última hora. A fila é gigante. Então, não fomos. Por isso tenho foto somente do lado de fora.

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Em frente ao Reichstag, há um espaço verde gigante! Muitas pessoas aproveitam para descansar, fazer encontros, jogar bola, fazer pique-nique. É bem legal o ambiente, vale a pena dar uma passada por lá, mesmo sem poder entrar.

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Um passeio pela Igreja Memorial com a Schöfferhofer Dunkel

Hoje, tem lembrança com essa Hefeweizen Dunkel,  fabricada pela Schöfferhofer Weizenbier GmbH. Uma cerveja de trigo de cor escura devido o uso dos maltes tostados. É suave com aroma tostado e condimentado. O sabor tem o caráter mais maltado, com a presença do caramelado, frutado, banana, cravo, chocolate e um amargor leve no final. Eu adoro Dunkel, juntou com Hefeweizen, fechou!

A cervejaria Schöfferhofer Weizen foi a logo schoffeprimeira cerveja de trigo na Alemanha a ser fabricada fora da Baviera. Localizada em Frankfurt, hoje, ela é a principal cervejaria de lá. Fundada em 1870, seu nome é uma homenagem à Peter Schöffer, alemão que ao lado de Johannes Gutenberg foi o inventor da moderna tipografia.


O ponto turístico é a igreja Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche (Igreja Memorial Imperador Guilherme), conhecida como Gedächtniskirche, localizada em Berlim, no Kurfürstendamm. Construída entre 1891 a 95 e destruída após um incêndio provocado por um ataque aéreo durante a Segunda Guerra Mundial.

Depois do ataque, sobrou somente o hall de entrada e uma torre danificada, que foram mantidos para lembrar a destruição causada pela guerra (a prefeitura queria derrubá-la, mas a população, sob protesto, não permitiu).

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Em seu interior, existe um memorial da guerra. Além de fotos e maquetes mostrando como a igreja era e objetos da própria igreja, como a imagem de Cristo sem os braços (danificada por uma bomba).

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Entre 1957 e 1963, foi construída uma nova igreja ao lado da ruína. Ela foi construída em formato octogonal e com uma torre para o sino. Nós não entramos nela porque havia uma fila bem grande. Dizem que é muito bonita, com paredes feitas com vidro azul, a luz externa passa pelos vidros, dando um ar azulado lá dentro (tirei uma foto da internet).

Além da nova igreja, em seu entorno, tem alguns monumentos, uma fonte e esse espaço (fotos abaixo), que penso ser uma homenagem aos mortos neste bombardeio.

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