Bruxas e Cerveja: entenda a conexão entre elas!

A cerveja é uma das bebidas mais antigas e apreciadas do mundo, com uma rica história que se entrelaça com a vida cotidiana de muitas comunidades. Em várias culturas, as mulheres desempenharam um papel fundamental na fabricação de cerveja e, em determinada época, seu papel de cervejeira foi associado com a figura da bruxa. E eu vou te contar um pouco como isso aconteceu.

Até o século 16, a cerveja era um alimento comum para as famílias da Europa, e quem as fabricavam eram as mulheres, já que eram as responsáveis por preparar os alimentos domésticos. Como era um alimento muito requisitado para as pessoas, passaram a comercializar o produto.

Imagem: Wellcome Collection

Naquela época havia muitas doenças e guerras, existiam muitas mulheres viúvas. Elas se juntavam com as solteiras e aproveitavam de suas habilidade na cozinha, para ganhar um dinheiro, enquanto as casadas comercializavam cerveja em parceria com seus maridos.

Porém, naquela época, as mulheres eram proibidas por lei de possuir propriedade ou ter seu próprio negócio. A maneira que encontraram foi improvisar tavernas em suas casas e adotar símbolos indicando que, ali, vendia-se cerveja.

Agora, você vai ver como as cervejeiras daquela época tinha costumes que se confundiam com a figura que conhecemos de uma bruxa hoje.

Caldeirões, vassouras, gatos e chapéus pontiagudos

As mulheres colocavam seus grandes caldeirões de cobre do lado de fora das casas, onde ferviam o mosto (líquido antes de virar cerveja), espalhando o aroma da bebida no ar para atrair clientes. Além disso, sinalizavam o comércio doméstico pendurando uma vassoura sobre a porta. Outro detalhe é que sempre tinham muitos gatos para manter os ratos longe dos grãos

Já para que pudessem ser identificadas nos mercados lotados, as fabricantes e vendedoras de cerveja usavam chapéus grandes e pontudos

É ou não é uma semelhança com as imagens de bruxa que temos?

(Hulton Deutsch/Getty Images)

Caça às bruxas

Nessa mesma época, acontecia a Inquisição na Europa, um movimento religioso fundamentalista que se originou no início do século 16 e pregava normas de gênero mais rígidas e condenava as bruxa, que eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças. Assim, criou-se uma espécie de caça às bruxas fomentada pelo Vaticano e pelo patriarcado.

Com isso, os homens cervejeiros viram uma oportunidade para reduzir a competição no comércio de cerveja e passaram a acusar as mulheres cervejeiras de serem bruxas e usarem seus caldeirões para preparar poções mágicas e até mesmo de voarem em suas vassouras. Tudo por medo da independência econômica das mulheres cervejeiras, por seu conhecimento de botânica em uma época que a química era desconhecida, ou por simples ignorância.

Com o passar dos anos, ficou cada vez mais perigoso para as mulheres fazerem cerveja ou tentar vendê-la, pois corriam o risco de serem identificadas como bruxas. Na época, uma identificação como bruxa podia render uma condenação ao ostracismo, prisão ou morte na fogueira.

No decorrer de um século e meio, quase 100 mil mulheres foram perseguidas, levadas à fogueira ou à forca e, já no século XVII, mulheres cervejeiras eram coisa do passado.

Mesmo que a ligação da bruxa com a cerveja tenha sido mera coincidência, foi o último prego no caixão daquelas mulheres independentes, que ousaram destoar de seus papéis e expectativas socialmente aceitos.

Ao brindar com uma cerveja, não podemos esquecer e celebrar as histórias e contribuições dessas mulheres que moldaram a cultura cervejeira.

Sobre bruxas

As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades eram julgadas como pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Elas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus.  Essa prática começou a ser associada a pactos com o diabo, e tanto a figura do demônio quanto a da bruxa passou a ganhar poder no imaginário popular.

As bruxas são um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo.

Fonte: History Channel Superinteressante Blog Garfo e Faca

O que as bruxas têm a ver com cerveja?

Até o século 16, a cerveja era um alimento comum para as famílias da Europa, e quem as fabricavam eram as mulheres, já que eram as responsáveis por preparar os alimentos domésticos. Como era um alimento muito requisitado para as pessoas, passaram a comercializar o produto.

Imagem: Wellcome Collection

Naquela época havia muitas doenças e guerras, existiam muitas mulheres viúvas. Elas se juntavam com as solteiras, aproveitavam a habilidade na cozinha, para ganhar um dinheiro, enquanto as casadas comercializavam cerveja em parceria com seus maridos.

Porém, naquela época, as mulheres eram proibidas por lei de possuir propriedade ou ter seu próprio negócio. A maneira que encontraram foi improvisar tavernas em suas casas e adotar símbolos indicando que, ali, vendia-se cerveja.

As mulheres colocavam seus grandes caldeirões de cobre do lado de fora das casas, onde ferviam o mosto (líquido antes de virar cerveja), espalhando o aroma da bebida no ar para atrair clientes, e sinalizavam o comércio doméstico pendurando uma vassoura sobre a porta. Outro detalhe é que sempre tinham muitos gatos para manter os ratos longe dos grãos

Para que pudessem ser identificadas nos mercados lotados, as fabricantes e vendedoras de cerveja usavam chapéus grandes e pontudos

Ao mesmo tempo, acontecia a Inquisição na Europa, um movimento religioso fundamentalista que se originou no início do século 16 e pregava normas de gênero mais rígidas e condenava as bruxa. Era uma espécie de caça às bruxas fomentada pelo Vaticano e pelo patriarcado. Fosse por medo da independência econômica das mulheres cervejeiras, por seu conhecimento de botânica em uma época que a química era desconhecida, ou por simples ignorância.

(Hulton Deutsch/Getty Images)

Com isso, os homens cervejeiros viram uma oportunidade para reduzir a competição no comércio de cerveja e passaram a acusar as mulheres cervejeiras de serem bruxas e usarem seus caldeirões para preparar poções mágicas e até mesmo de voarem em suas vassouras.

Com o passar dos anos, ficou cada vez mais perigoso para as mulheres fazerem cerveja ou tentar vendê-la, pois corriam o risco de serem identificadas como bruxas. Na época, uma identificação como bruxa podia render uma condenação ao ostracismo, prisão ou morte na fogueira.

No decorrer de um século e meio, quase 100 mil mulheres foram perseguidas, levadas à fogueira ou à forca e, já no século XVII, mulheres cervejeiras eram coisa do passado.

Mesmo que a ligação da bruxa com a cerveja tenha sido mera coincidência, foi o último prego no caixão daquelas mulheres independentes, que ousaram destoar de seus papéis e expectativas socialmente aceitos.

Sobre bruxas

As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades eram julgadas como pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Elas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus.  Essa prática começou a ser associada a pactos com o diabo, e tanto a figura do demônio quanto a da bruxa passou a ganhar poder no imaginário popular.

As bruxas são um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo.

Fonte: History Channel Superinteressante Blog Garfo e Faca

#TBT: Tyskie Gronie – Campo de Concentração de Sachsenhausen

O #tbt de hoje é com essa cerveja polonesa, a Tyskie Gronie. Sim!! Nem só de vodka vivem os poloneses. Para termos uma ideia, a Polônia é o terceiro maior produtor em hectolitros de cerveja da Europa, atrás apenas da Alemanha e do Reino Unido. Quanto ao consumo médio per capita, ela está na 18ª posição do ranking mundial.

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A Tyskie Gronie é uma Premium American Lager,  feita com água, malte, lúpulo e leveduras. É uma cerveja clara, bem gostosa e equilibrada, com um leve amargor no final. Teor alcoólico: 5.6%

Ela é produzida pela Tyskie Brewery, uma das mais antigas cervejarias polonesas. Fundada em 1629 pela família Promnice em Tychy, sul da Polônia. Hoje, é a maior cervejaria do país, e é 100% controlada pela gigante SAB Miller.


Essa, nós tomamos em uma lanchonete turca chamada Café Handana, que tem de tudo, desde café, cerveja até prato feito e pizza. Para comer, nós escolhemos um enorme e delicioso Dürüm Döner. Vem com salada e muita carne no recheio, tipo kebab. A carne é tirada daquele espeto grande, giratório, vertical, com um montão de carnes ‘amontoadas’ assando de fora para dentro.

O lugar é bem sossegado, com mesas na rua o no interior. E o lanche, que é feito na hora, saiu bem rápido.


IMG_4805E o ponto turístico deste #tbt é um tanto quanto pesado: o Campo de Concentração Sachsenhausen. Construído na cidade de Oranienburg, em Brandemburgo, a 35 km de Berlim. Você gosta de história como eu? Está preparado para o textão? Senta ai e vambora!

O campo entrou em operação em 1936, três anos depois da chegada de Hitler ao poder e funcionou até 1945 sob o regime nazista. Ele é um dos mais antigos campos de concentração da Alemanha nazista. O maior é o campo de Auschwitz, que fica na Polônia (estima-se que 1,6 milhão de pessoas morreram nele).

O campo de concentração de Sachsenhausen (lê saquisenrrauzen) era usado para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, professores universitários (contra o nazismo) e, posteriormente, milhares de prisioneiros de guerra.

Todo mundo deveria um dia ter a oportunidade de ir em um campo de concentração. É um aprendizado para a vida, é muito mais do que aquilo que a gente estuda no colégio. Aprendemos onde o preconceito pode chegar. Enfim, é de arrepiar!

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Ele fica perto de Berlim, é bem acessível.

Pegamos um metrô e, uma hora depois, estávamos na cidade de Oranienburg, cidadezinha gostosa. De lá pegamos um ônibus que passa na porta da estação e deixa na porta do campo. O ônibus demorou para chegar, po20170518_115107r isso, é bom saber os horários de partida dele. E leva uns 10 minutos para chegar no campo. Ao chegar, vamos em uma casa onde paga pelo guia (baratinho), tinha o presencial e o áudio-guia. Optamos pelo último, que além de te deixar livre, tinha em português!!! Ufa! \0/

A entrada é gratuita.

Logo no início, tem uma maquete gigante mostrando todos os locais do campo.

Em seguida, fomos para a entrada do campo. O caminho é de arrepiar, pois o áudio vai falando que por ali passavam os caminhões com centenas de prisioneiros, alguns, ficavam pelo caminho. Ai, você já tenta imaginar o que passava na cabeça daquelas pessoas durante este trajeto. Que triste!

Antes de entrar na área do campo, eu comecei a me sentir mal, e olha que eu não sou desse tipo, que passa mal e nem tinha visto nada ainda. É uma sensação ruim, parece que todo aquele sentimento de sofrimento, mesmo depois de 70 anos, continua ali. A respiração começou a ficar curta, comecei a arrepiar, ter calafrios e ficar estranha. Sentei num banco que tem antes do portão e esperei aquele “trem” ruim passar.

Depois desse portão, tem um espaço grande com alguns monumentos em homenagens aos mortos que são cuidados pelos seus familiares e, durante esse percurso, o áudio-guia apresenta depoimentos de sobreviventes, cartas lidas de pessoas que morreram. Foi o passeio mais realista que já fui na vida. É de arrepiar. Como existem pessoas para fazer aquilo tudo?!  Pra que isso? Arrepio só de lembrar.

Além desse espaço, antes de entrar no campo, têm museus que contam a história do lugar e mostram a forma como viviam os prisioneiros. Pra mim, umas das piores sensações foi uma sala que tem a imagem de alguns prisioneiros, em um tecido transparente, que movimenta enquanto você passa, por causa do vento que você mesmo faz. Você anda entre eles e eles ficam olhando no seu olho. Fora os livros com fotos de algumas covardias que eram feitas e de alguns milhares de corpos. Não dá pra ficar olhando tudo. É muito pesado.

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Enfim, passamos pelo portão principal, com o escrito  “Arbeit Macht Frei” (o trabalho te fará livre).  Aí, nos deparamos com aquele gigantesco espaço de tortura. Era tudo muito bem montado, bem pensado, parece um fábrica de torturar e matar pessoas. Os muros tinha cercas elétricas com placas falando para não ultrapassar. O áudio conta que muitos, por não aguentar tanto sofrimento, acabavam se jogando contra as cercas elétricas e morrendo.

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Cerca de 200 mil pessoas passaram por ali e 100 mil morreram de fome, por doenças adquiridas, trabalhos forçados, resultados de experiências médicas ou executadas a tiros ou nas câmaras de gás. E não eram só homens, tinham milhares de mulheres e crianças. Todos que ali entravam, perdiam suas identidades, eram chamados por números e tinham que usar o famoso uniforme listrado.

Uniformes
Uniforme dos prisioneiros

A minha vontade é de contar sobre cada espaço que vi, cada sala que entrei. Mas, é muito grande mesmo.

Teve lugar que nem fomos, pois não aguentávamos mais andar e não tem nenhum lugar para sentar. Durante todo o percurso, cada lugar que entrávamos passava um filme na minha cabeça, como se eu estivesse vendo tudo aquilo acontecer, pois o áudio conta detalhes de cada local. E eu tentava reconstruir tudo na cabeça. Eu cheguei a ter a sensação de um guarda na torre me olhando. Credo!

Enfim, saí de lá cansada, arrasada, triste, não querendo nem olhar para trás. Sem vontade de fazer mais nada no dia. Mas, Berlim nos aguardava. De lá fomos visitar partes do muro de Berlim e o Memorial do Muro, que contei aqui: Muro de Berlim.

Fiquem aí com mais fotos, que acho que dá para ter uma ideia do quanto eu saí horrorizada deste lugar de atrocidades.

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A propósito, o campo comandado pelos nazistas acabou quando os soviéticos invadiram a Alemanha, derrotando os nazistas.

Sem esperanças, os nazistas ordenaram a evacuação dos prisioneiros na famosa Marcha da Morte, onde os incapacitados de caminhar foram mortos a tiros.

O restante dos prisioneiros foram liberados pelos soviéticos e então, Sachsenhausen tornou-se prisão para os nazistas sob o comando dos soviéticos.

Sobre estilos: IPA

taça-ipa Então, hoje, vamos falar da queridinha de muitos e que tomou conta do gosto e dos eventos cervejeiros? Sim, estou falando dela: A IPA. Os lupulomaníacos até choram! Primeiro, vou começar com a história dela, que alguns dizem não ser verídica, mas… Eu não estava aqui pra ver, vamos ao que nos contaram. Segundo historiadores, lá no século XVIII, quando os ingleses colonizaram a Índia, haviam oficiais britânicos que moravam na Índia. Naquela época, o calor era muito bravo e a água potável era bem escassa. Para resolver esse problema, os ingleses começaram a levar cervejas da Inglaterra para a Índia. Como o caminho era longo e as cervejarias não usavam conservantes artificiais, assim, as cervejas estragavam. ipa-cerveja O que eles pensaram? “Vamos colocar uma dose extra de lúpulo, que é um conservante natural (já falei sobre ele aqui), assim a cerveja resistirá alguns meses de viagem.”. Assim, eles passaram a colocar na tradicional Pale Ale (que também já falei aqui) uma quantidade maior de lúpulo. Com isso, a cerveja que era Pale Ale mudou sua característica, ficando com o aroma mais definido e fresco, mais amarga e com o teor alcoólico mais alto. Para diferenciá-la da outra, passaram a chamá-la de Índia Pale Ale, a famosa IPA. Principais características lúpulo-640x340O amargor marcante é sua principal característica. Nela, os maltes ficam bem discretos, mas têm aqui a função de contrabalancear com o lúpulo para a cerveja não ficar super amarga. Mas o lúpulo não vai dar somente o amargor, ele dita o aroma também. Uma boa IPA tem que ser aromática. Algumas, só de abrir a garrafa, já vem aquele aroma gostoso. Os mais encontrados são os cítricos. São cervejas super refrescantes. Sua cor deve ser de dourado a acobreado. Apresentam um teor alcoólico que normalmente vai de 5,5 a 7,5%. Seu IBU padrão vai de 40 a 70. Já uma Imperial IPA pode ir até 120. Vamos falar então desses sub estilos? Alguns sub estilos de IPA: