#TBT: Amber Lager Patagonia – La Bombonera (Buenos Aires)

tbt patagoniaO #tbt de hoje é com uma cerveja que tomei na casa do Boca Juniors, em Buenos Aires: a Patagônia Amber Lager, fácil de achar no Brasil, já que é da Ambev.

Seu sabor é equilibrado entre o malte e lúpulo. Os maltes tostados a deixam com um aroma sutil de caramelo. É uma cerveja bem leve de tomar, com um amargor bem suave no final. Mas, atenção, contém cereais não maltados (famigerados milhos).

Sobre a Patagônia eu já falei nesse post.


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Prato do dia não poderia ser diferente. Uma empanada que comi no mesmo estádio. Legítima empanada argentina, deliciosa e bem recheada. Lá, o bar fica aberto para comer e beber cerveja sem frescura.

 


O ponto turístico é claro que é um dos principais e mais visitados de Buenos Aires a La Bombonera, estádio onde um dos principais times da Argentina, o Boca Junior, joga e onde a sua torcida faz seu espetáculo à parte.

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Por fora não dá para ter ideia do que é o estádio. Realmente, como o apelido carinhoso diz: é uma caixa de bombom a “La Bombonera”.

la bomboneraÉ claro que fui com meu manto lindo e sagrado do Cruzeiro!

O Estádio do Boca Juniors foi inaugurado em 1940, no bairro La Boca, daí vem o nome do time. Foi construído em uma área pequena, com isso, o projeto foi feito para que o estádio crescesse pra cima, com arquibancadas bem altas e íngremes, que fazem um D em volta do campo.

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Esse formato faz com que, em dias de jogos, o estádio vire um caldeirão. Jogadores que passam por lá dizem ser ensurdecedor. Não dá para ouvir nada a não ser a torcida deles, que viram a camisa 12, um jogador a mais. Por isso, é muito difícil ganhar do Boca lá. A capacidade é para 49.000 torcedores.

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Durante a visita a gente tem acesso às arquibancadas que ficam embaixo, pertinho do campo. Creio que eu não ia querer ir nas de cima. Olha a altura!

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O guia nos leva, também, onde fica a ‘geral’ e a famosa “La 12”, uma das mais temidas torcidas organizadas do mundo.

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Quando sai um gol, todos da torcida correm em direção ao campo, formando a famosa avalanche. Essa parte fica bem colada no gramado. Jogadores adversários devem sofrer nesse estádio.

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Enquanto caminhamos, o guia vai contado, com muito orgulho, a história do time e mostra o camarote do Maradona. Sim, ele é torcedor fanático do time e é proprietário vitalício de um camarote. Por isso, nem vem com essa história de Maradona x Pelé que lá não cola.

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Depois de visitar o campo e a arquibancada, a gente passa pelos vestiários.

A parte dos donos da casa é puro luxo. Grama sintética para aquecimento, salsa de massagem, Gatorade à vontade etc

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Já o vestiário dos visitantes, não tem nada.

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E eles ainda são obrigados a passarem por um corredor cheio de frases de impacto, de jogadores como: Pelé, Zico, Romário, Messi e Iniesta.

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Detalhe que o vestiário fica exatamente em baixo daquela parte onde falei que fica a “geral”, que pula e grita o tempo todo. A acústica do estádio dobra o volume. Imagina o inferno. Eu nem entraria em campo. “Cagada”! Bem inteligente da parte deles colocar torcida mais barulhenta em cima da cabeça do time adversário. Já a torcida visitante fica lá no alto, bem distante do campo, para que suas vozes não cheguem lá embaixo. Eita, povo esperto!

Amo futebol, se deixar, falarei sobre esse passeio por horas.

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Depois desse tour, você pode se dirigir para a lanchonete do estádio.

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Ou pode voltar para o Museu da Paixão Boquense, onde conta a vitoriosa história de mais de 100 anos do time, com destaque para seus títulos e principais jogadores, taças e exposição de peças e vestuários antigos.

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O que mais gostei do museu foi a sala de cinema de 360 graus. Ele simula como se você fosse um jogador do Boca. A câmera faz você se sentir entrando em campo, aparecem vários fotógrafos, e te coloca dentro do campo. A torcida começa a cantar, na mesma altura de um dia de jogo. É ensurdecedor mesmo. Mostra a torcida enlouquecida, depois conta um pouco sobre o que é ser boquense ou xeneize (como se apelidaram). É de arrepiar e encher os olhos d’água vendo aquilo tudo. É muito bom!

Amei cada canto. Só pedem para ter cuidado no entorno do estádio, pois o bairro é de periferia. Então câmeras e celulares devem estar sempre guardados. Não vi nada diferente. Mas tomei cuidado!

20180413_135439Eles têm tanto orgulho de suas origens que tem uma maquete em miniatura do bairro.

Lá fora tem uma loja de souvenir do Boca e, na porta, têm estátuas do Maradona (já falei da ligação dele com o Boca) com Palermo (maior goleador da história xeneize com 235 gol. Aposentou em 2010).

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Além de Tevez e Riquelme, que têm o Boca como time do coração e são ídolos por lá – o 1º ainda joga pelo Boca, o 2º aposentou em 2015 no Argentinos Jr., clube onde começou.  E tem a estátua do Messi (que não tem ligação nenhuma com o Boca. Mas é ídolo na Argentina.

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Experiência incrível do início ao fim. Goste ou não de futebol, conheça essa história e essa paixão dos hermanos. É muito interessante e apaixonante. Porém, eu continuo Cruzeiro. 🙂

#TBT: Quilmes – El Sanjuanino – Casa Rosada

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O #tbt de hoje não é com uma artesanal, mas é o símbolo da cerveja argentina, a cerveja Quilmes, já que é a cerveja mais popular do país.

Ela é uma Standard American Lager, que tem o lúpulo e o malte bem equilibrados e aroma suave de cereais, que fazem dela uma cerveja fácil de beber. Possui coloração clara e sabor refrescante. Para mim, ela é um pouquinho melhor que a nossa Brahma. Mas nada que se dica “Nossa, que cerveja deliciosa!”. Totalmente industrializada e nada de puro malte. Seus ingredientes são: Água, malte, cereais não malteados, carboidratos e lúpulo.

quilmes-1.jpgA Quilmes foi criada em 1888, pelo alemão Otto Bemberg e fabricada pela Cervecería y Maltería Quilmes. Hoje, a Ambev tem 97% das ações da cervejaria. Depois da compra de quase toda a cervejaria, a Ambev passou a distribui-la fora do país, tornando a conhecida também fora da Argentina.

Na Argentina, ela é uma das mais vendidas. Seu nome foi inspirado numa antiga tribo indígena que habitava a região onde foi instalada sua fábrica e que dá nome à cidade.

Detalhe que só tem ela de 970ml ou 330ml. Haja litrão!


Essa, nós tomamos num restaurante super indicado para quem quer comer pratos típicos argentinos: o El Sanjuanino.

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Indicado por diversos guias internacionais, o local já foi até destaque no The New York Times. Claro que eu não ia deixar essa oportunidade passar.

O ambiente é bem simples, apertado, parece estar dentro da casa de alguém. A decoração é peculiar, com uns barris e garrafas de vinho espalhados, quadros, bandeiras da argentina e até cabeça de um viado…rs. É bem confuso, tumultuado, tudo parecendo bem antigo. Mas nada que atrapalhe.

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A casa estava lotada, gringos falando alto, mas, tivemos a sorte de achar uma mesa.

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Pedimos o prato mais famoso de entrada: as empanadas! Dizem que é a melhor de Buenos Aires. Não sei se é a melhor. Sei que a de carne estava ótima!

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Depois pedimos o prato principal: Bife completo.

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Nossa Senhora! E que prato. Vem uma carne bem gostosa e suculenta, com batata frita, ovo e um pedação de bacon. Ainda bem que pedimos um só. Olha isso! Apesar da gordurada, o prato estava maravilhoso. Saímos satisfeitíssimo.

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O ponto turístico é mais um clássico argentino: a Casa Rosada.

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Infelizmente, a praça que fica em frente à casa “Plaza di Mayo” estava em reforma. Então, as fotos do entorno e da entrada da casa não ficaram muito bonitas.

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A Casa Rosada é a sede do Poder Executivo, onde o Presidente da República exerce as suas funções. Foi declarada Patrimônio Histórico Nacional.

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A casa foi construída logo após a fundação de Buenos Aires, em 1580. Ali, foi construída a Fortaleza Real de San Juan Baltasar da Áustria no lugar onde hoje existe a Casa Rosada.

Com a independência da Argentina, a fortaleza perdeu a razão de existir. Na metade do século XIX, foi ordenada a demolição do prédio e a construção de outro. 

Durante o governo de Domingo F. Sarmiento, decidiram pintar o prédio de rosa, a cor característica que permanece até hoje na Casa Rosada.

Existem várias histórias que tentam explicar a origem da cor da fachada. Uma delas é que a cor rosa foi o resultado da mistura de cal com sangue de boi, muito usado na época para acabamentos externos por conta da durabilidade.

Fizemos a visita guiada que vale muito a pena e é gratuita. E tome história para ouvir!praça

Por dentro a Casa Rosada é AMARELA. Quem diria…

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É claro que não seria diferente, ela é pura ostentação. Um verdadeiro palácio!

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O passeio inclui os principais setores da Casa do Governo, afinal a casa é gigante. Alguns dos cômodos que fomos: Salão de Patriotas Latinoamericanos; Pátio das Palmeiras; Salão das Mulheres Argentinas; Varanda onde Evita Perón fez seu discurso; Salão Eva Perón, onde ela realizava suas reuniões. A sala ainda está decorada como na época em que era usada por Evita; Escritório Presidencial; o Salão branco, que sempre aparece quando os presidentes vão fazer pronunciamento ou quando tomam posse; e o famoso elevador presidencial.

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O elevador mais chique que já vi na minha vida! Tem até poltrona de veludo. Somente o presidente pode entrar nele.

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Eu adorei conhecer um pouco mais da história da Argentina e conhecer esse palácio, um símbolo nacional, onde eu jamais imaginei entrar.

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