Gosta de bater perna e conhecer muitos pontos turístico?
Ouro Preto é o lugar certo. É a cidade histórica mineira que mais tem lugares para se conhecer. Em cada esquina é um aprendizado. Então, se planeje, prepare-se e se perca na cidade.

Quantos dias ficar: Para conseguir visitar tudo, eu diria que três dias é o ideal. Mas, caso você tenha menos tempo, como eu fui (fiquei por 2 dias), foque nos principais que não vai se arrepender.

A antiga capital do estado é riquíssima em história, com isso, atrai muitos turistas. Então, prepare-se, em qualquer ponto turístico que for vai ter muitos turistas curiosos como você querendo saber de tudo e tirar foto de tudo. A cidade é mega movimentada, muito carro, muita gente, afinal, além de turística, Ouro Preto também é uma cidade universitária.
Então, prepare uma roupa bem leve e o TÊNIS, pois os morros da cidade são bem caprichado e mata qualquer atleta de plantão. E, se está pensando em rodar de carro, sem chance, não é fácil achar lugar para parar em todos os locais. Então, deixe o carro em um lugar central e fé na sua canela. Bora!
Espera ai! Antes, não posso deixar de falar que, no caminho para Ouro Preto já tem uma parada obrigatória. O Museu Jeca Tatu, que fica na estrada, em Itabirito. É um museu de quinquilharia. Tem tudo que imagina, desde latinha antiga de cerveja à máquina de escrever.

Além da atração cultural, conta também com uma lanchonete com o famoso pastel de angu, em vários sabores, e um delicioso cafezinho mineiro. Não deixe de comer o pastel. É delicioso.

Ainda tem uma área externa coberta, onde podem ser realizados eventos e um cinema (que foi reformado pelo Luciano Huck, através do quadro Quinquilharia, do Caldeirão do Huck). Além disso, na porta do museu, fica uma Jardineira Biblioteca, o monumento do Cristo Redentor, entre muitas curiosidades. As placas na estrada indicam o Pastel de Angu.
Voltando para Ouro Preto… seus conjuntos arquitetônicos do estilo barroco bem preservados é de ficar paralisado. Não à toa, foi a primeira cidade declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1980, pela UNESCO.

O que fazer:
– Praça Tiradentes. Comece por ela, já que, aqui, concentram restaurantes, cafés e alguns pontos turísticos de Ouro Preto. Também há diversos guias se oferecendo para fazer os passeios. Eu fiz o meu próprio roteiro, então não precisei de nenhum guia.

No centro da praça, fica o monumento a Tiradentes, instalado em 1894. Trata-se de uma homenagem ao sacrifício do alferes na Inconfidência Mineira.
Ali, também fica o Museu da Inconfidência, antiga sede da Casa da Câmara e a Cadeia de Vila Rica. No museu, encontra diversos artigos referentes à Inconfidência Mineira, importante movimento para Minas Gerais e o Brasil.


Observação: Todos os pontos turísticos (museus, igrejas) cobram para entrar. Mas, o valor é bem simbólico.
– Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fica atrás do museu. É uma das obras do arquiteto Aleijadinho. Anexo ao terreno, fica o Museu do Oratório, que expõe grande variedade de peças religiosas.


– Feira do Largo de Coimbra. Descendo, próximo à praça e em frente para a Igreja de São Francisco de Assis, está essa famosa feirinha. Por lá, você encontrará grande variedade de peças de artesanato local, especialmente em pedra sabão.

– Igreja de São Francisco de Assis. Uma das obras mais importantes de Aleijadinho, essa Igreja está entre as mais visitadas de Ouro Preto e é um grande símbolo do barroco e rococó mineiro. Além de Aleijadinho, a Igreja conta também com trabalhos de Mestre Ataíde. Não entrei. Mas, dizem que é linda. Já estava cansada, tanto que, aqui, encerrei meus passeios desse dia (começamos as visitas à tarde).

– Mina do Chico Rei. Começamos a manhã nessa Mina. Tem algumas Minas em Ouro Preto. Como as visitas são muito semelhantes, escolhi ir nessa. A visita é guiada por uma escavação subterrânea onde o personagem real conhecido como Chico Rei, trazido do Congo como escravo trabalhou explorando-a até comprar sua carta de alforria e, depois, comprou a própria mina, durante o ciclo do ouro no Brasil Colonial.




Durante a visita, é contada muita história daquela época. Muito interessante. Só não indico para quem tem fobia de lugar fechado. Chega uma parte que é bem estreita e dá uma agonia.
Aqui, eu falei sobre a Mina Jeje.
– Casa do Aleijadinho. Perto da Mina Chico Rei, fica uma casa escrito “Casa do Aleijadinho”. É uma casa feita em pau a pique bem antiga, que está quase toda preservada na originalidade. A certeza que se tem até hoje é que o sobrado serviu de moradia aos pais do artista. Não existe nada que comprove que ele nasceu ou viveu ali.




Não tem muito atrativo, mas, destaco a cachaça que vendem lá: a Cachaça Safra Barroca. A melhor cachaça que já tomei na minha vida. Tem fama internacional. É uma cachaça com sabor, vendida em diversas garrafas, inclusive de pedra. Pode experimentar, é servida geladinha, muito boa. Trouxemos uma garrafinha de 330ml, pois é bem cara! Mas, compensa.

– Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Muito grande. Erguida no início dos anos 1700, é uma das mais luxuosas da cidade. A ornamentação da igreja leva mais de 400 kg de ouro e 400 kg de prata, fora as centenas de anjos esculpidos. Ao entrar, o ouro já reluz! Estima-se que a igreja esteja entre as que mais receberam ouro em sua decoração em Minas Gerais e no Brasil.



– Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Escravos adeptos ao catolicismo construíram essa igreja no final dos anos 1700 e inícios dos 1800. Por isso, também é conhecida como Rosário dos Pretos. O destaque dela é pela fachada que é curva.

Onde beber: À noite, a cidade acalma. Os bares ficam espalhados entre o centro e os bairros. Claro que só escolhi lugar com cerveja artesanal e já falei sobre esses lugares aqui na minha coluna “Onde Beber Artesanal”. Detalhe que você encontra a Ouropretana por toda cidade, em vários bares, lojas e restaurantes. Então é super fácil achá-la.



Vamos para as minhas dicas.
– Armazém Rural: Está na Praça Tiradentes? O armazém é parada obrigatória. Lá você encontra oito torneiras de chope da Cervejaria Ouropretana para pegar e apreciar o vai-vem dos turistas. Além disso, lá tem um espaço com lembranças da cidade. Clique aqui para ler mais sobre o Armazém Rural.
– Bar da Ouropretana: É um bar com um espaço aconchegante e confortável. Além de muitos tira-gostos gostosos a casa conta com diversos estilos de cerveja própria e algumas convidadas. E agora eles também estão com gin próprio. Eu já falei tudo sobre o Bar da Ouropretana aqui.
– Galpão 89: O local é pequeno mas bem gostoso. Um pouquinho longe do burburinho do centro histórico, a casa conta com diversos chopes artesanais locais e opções de petiscos. Quer sentar na parte interna, chegue cedo. Com preços mais acessíveis. Clique aqui que eu contei mais detalhes sobre o bar.
– Latitude 20º: Outro bar com cerveja artesanal própria é o Latitude 20º. É um bar supersimples, com petiscos gostosos, caseiros, e várias biqueiras com cerveja própria e convidadas. Fora a vista que é maravilhosa. Também já falei da Latitude 20 aqui. FECHADO PERMANENTE
– RePUBlica Cervejeira: Esse eu entrei bem rápido porque já estávamos cansados. Tomei uma cerveja só mas adorei o lugar. Foi inaugurado em fevereiro de 2020. É a primeira tap house multimarcas e steak bar da cidade. São 30 torneiras com chopes nacionais, principalmente, mineiros. Além de chopes e cervejas de garrafa, eles oferecem boa gastronomia e música de qualidade. Os valores variam de R$11 a R$30 (300ml e 500ml).
– Tenente Pimenta Rock Bar – O pub parece pequeno, mas, ao entrar, você percebe que é bem grande. Tem uma parte fechada e uma parte aberta. A casa conta com cervejas artesanais e petiscos variados também. Clique aqui que conto com mais detalhes!
As cervejas artesanais locais: Ouropretana, Latitude 20º, Thoruna Beer, Fuzessy Bier e Cervejaria Acadêmica.
Para almoçar:
– Bar da Nida: Antes de mais nada, só vai se reservar. Entra lá no insta deles @bardanida. Um bar com diversos ambientes, no alto da serra. Cheio de cores, flores, sons, vida e muita alegria. Possui ambiente rústico e aconchegante, com música ao vivo aos finais de semana, e várias opções de petiscos, pratos e bebidas.
– O Passo Pizza Jazz. A comida aqui é maravilhosa. Quer conhecer a culinária mineira, vai com fé. Mas, é bem salgadinho os preços dos pratos. As imagens falam mais que qualquer palavra.





Espero que tenha gostado de mais essas dicas de tudo o que fazer em mais um interior mineiro.






Isso tudo embalado pelo bom e velho rock.