Minas Gerais conquista 26 medalhas no Brasil Beer Cup 2023

No dia 26 de agosto, o concurso Brasil Beer Cup, considerado um dos mais importantes da América do Sul, anunciou, em Florianópolis, as cervejas medalhistas de sua edição de 2023.

O concurso, que é o primeiro do mundo liderado por um time de mulheres, aconteceu de 21 a 26 de agosto, e recebeu mais de 80 jurados de 16 nacionalidades para a análise das amostras de mais de 2 mil rótulos inscritos, de 11 países diferentes.

De acordo com Amanda Reitenbach, idealizadora do evento, o Brasil Beer Cup é muito mais do que uma simples competição. Seu principal objetivo é contribuir significativamente para o aprimoramento da qualidade sensorial das cervejas no mercado cervejeiro. Isso é alcançado por meio de uma avaliação minuciosa e ética das amostras recebidas, com responsabilidade e expertise.

“O Brasil Beer Cup é um evento único para celebrar a diversidade de sabores, estilos e criatividade que a cultura cervejeira tem a oferecer. Estamos unindo nossas forças para criar um espaço inclusivo e inspirador onde cervejeiros, independentemente de seu porte ou origem, possam mostrar seu talento e compartilhar suas paixões”, reforça.

Foram distribuídas 380 medalhas, sendo 119 de ouro, 129 de prata e 132 de bronze. Santa Catarina teve o maior número de premiações, com 26% do total. Minas Gerais recebeu 26 medalhas ao todo, dentre ouro, prata e bronze. Seis a mais que em 2022. Foram 16 diferentes cervejarias premiadas.

Confira as medalhistas mineiras:

Ouro

APA – APA Viela – Cervejaria Viela
Amber Lager – Caraça Amber Lager – Cervejaria Caraça
American Wheat – Lemon – Slod Cervejaria
Belgian Witber – Belgian Witte – Wäls
Belgian Special Belge – Belgian Pale Ale Naipe – Naipe Brew
Belgian Dubbel – Belgian Dubbel – Wäls
Blonde Ale – Chopp Hauk – Cervejaria Hauk
Light Lager – Alma Cevada – Cervejaria Brüder
Session IPA – De Lorean – Mills Brewery
Schwarzbier – Charlote – Cervejaria Fürst
Summer Ale – Tio San – Cervejaria Colt Brew

Prata
Amber Lager – Krug Amber Lager –  Krug Bier
Belgian Tripel – Wäls Belgian Tripel – Wäls
Dortmunder Export – Hard Industry- Jairo’s Cervejaria
Irish Red Ale – Irish Roots – Mills Brewery
Vienna Lager – Wien – Jairo’s Cervejaria

Bronze
Belgian Fruit Beer – Saison com frutas Naipe – Naipe Brew
Blonde Ale – Suça – Armadillo Brewery
Brown Ale – Thoruna Brown Ale – Cervejaria Walnut
Dark Lager – Caraça Dark Lager – Cervejaria Caraça
English Pale Ale – Albanos Pale Ale – Cervejaria Albanos
Export Ale – Billy the Kilt – Cervejaria Colt Brew
Historical Beer – Albanos 1870 – Cervejaria Albanos
IPA – IPA Viela – Cervejaria Viela
Light Lager – Life Lager – Cervejaria Albanos
Pilsen – Pilsen Musa – Musabier

Top 50

Brasil Beer Cup 2023 contou também com o selo Top 50 Best Breweries BBC 2023, concedido às 50 melhores cervejarias em pontuação no ranking do BBC 2023. Conforme a organização do concurso, essa distinção é “um reconhecimento da excelência e do destaque dessas cervejarias no cenário cervejeiro”.

Dentre essas 50, duas são mineiras: a Cervejaria Wäls, que recebeu 3 medalhas (2 de ouro e uma de prata) e a Mills Brewery, com duas medalhas (uma de ouro e uma de prata).

Abaixo, eu conto quais são as 50 Top!

Premiação Cervejaria do Ano

Prêmio oferecido para a cervejaria que apresentar maior número de pontos no cálculo de medalhas.

Para a premiação de cervejaria do ano, é considerado o volume de produção mensal:

Cervejaria de Pequeno Porte: até 30.000 litros mensais
Cervejaria de Médio Porte: de 30.001 a 200.000 litros mensais
Cervejaria de Grande Porte: a partir de 200.001 litros mensais

Na premiação de Brewpub concorreu o estabelecimento que produz e comercializa a cerveja no mesmo local.

Na premiação de Cervejaria Cigana participa a cervejaria que terceiriza a sua produção, ou seja, que aluga o local e equipamentos onde as suas cervejas são produzidas.

Cervejaria do ano de grande porte
Opa Bier (Joinville/Santa Catarina)

Cervejaria do ano de médio porte
Big Jack Cervejaria (Orleans/Santa Catarina)

Cervejaria do ano de pequeno porte
Juguetes Perdidos (Buenos Aires/Argentina) Brewpub
Brauhalle Cervejaria (Paraná/Brasil)

Cigana
Ruradélica Ales (Rio Grande do Sul/Brasil)

Cervejeira do ano
Ingrid Matos ganhou 10 medalhas com a Cervejaria Masterpiece e fez a maior pontuação como cervejeira responsável pela elaboração/criação das receitas das cervejas premiadas no Brasil Beer Cup.

Cervejeiro do ano
Marcos Paulo Divino ganhou 15 medalhas com a Cervejaria Cathedral e fez a maior pontuação como cervejeiro responsável pela elaboração/criação das receitas das cervejas premiadas no Brasil Beer Cup.

Top 50 Best Breweries BBC 2023

  • 277 Craft Beer – Parana/Brasil
  • 7 Vidas – Tacna/Peru
  • Água Do Monge Cervejaria – Paraná/Brasil
  • Alright Brewing Co. – Paraná/Brasil
  • Ambev – Rio De Janeiro/Brasil
  • Armada Cervejeira – Santa Catarina/Brasil
  • Barnia Cervejaria – Sao Paulo/Brasil
  • Big Jack Cervejaria – Santa Catarina/Brasil
  • Blauth Bier – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Bodebrown – Parana/Brasil
  • Brauhalle Cervejaria – Parana/Brasil
  • Cervecería Loa Metropolitana De Santiago – Chile
  • Cerveceria Ramuri – Baja California/Mexico
  • Cervejaria Belgard – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria Bierbaum – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria Bohemia – Rio De Janeiro/Brasil
  • Cervejaria Campinas – Sao Paulo/Brasil
  • Cervejaria Cathedral – Parana/Brasil
  • Cervejaria Demonho – Sao Paulo/Brasil
  • Cervejaria Ewam – Sao Paulo/Brasil
  • Cervejaria Farrapos Ltda – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Cervejaria Fermi – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria Karsten (Indústria E Comércio De Bebidas Jaraguá Ltda) – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria Kill Brew – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria Königs Bier – Santa Catarina/Brasil
  • Cervejaria La Birra – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Cervejaria Masterpiece – Rio De Janeiro/Brasil
  • Cervejaria Moondri – Parana/Brasil
  • Cervejaria Wäls – Minas Gerais/Brasil
  • Dama Bier – Sao Paulo/Brasil
  • Das Bock Bier – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Delta Brew Co. – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Frohenfeld Craft Brewery – Parana/Brasil
  • Genial Mexico – Mexico
  • Hank Bier- Parana/Brasil
  • Hop Bros – Alagoas/Brasil
  • Hop Capital Beer – Distrito Federal/Brasil
  • Juguetes Perdidos – Buenos Aires/Argentina
  • Lohn Bier – Santa Catarina/Brasil
  • Metzgerbier – Parana/Brasil
  • Mills Brewery – Minas Gerais/Brasil
  • Ol Beer – Parana/Brasil
  • Omas Haus Brewpub – Santa Catarina/Brasil
  • Opa Bier – Santa Catarina/Brasil
  • Ruradélica Ales – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Salva Craftbeer – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Stannis Cervejaria – Santa Catarina/Brasil
  • Suricato – Rio Grande Do Sul/Brasil
  • Tres Torres Cervejaria – Espirito Santo/Brasil
  • Viking Bier – Rio Grande Do Sul/Brasil

Dia do Sommelier: Afinal, o que um sommelier faz?

Dia 29 de agosto é comemorado o Dia do Sommelier. Essa data foi escohida por causa da regulamentação da profissão no Brasil. A profissão foi regulamentada no Brasil pela lei 12.467 em 26 de agosto de 2011, e publicada no Diário Oficial da União em 29 de agosto de 2011

A profissão de sommelier especificamente de de cerveja no Brasil é nova. A primeira turma do curso de sommelier de cerveja do Brasil se formou em 2010. O curso foi criado entre uma parceria do Instituto de Cerveja Brasil e a Associação Brasileira de Sommeliers – São Paulo.

Afinal, o que faz um Sommelier de Cerveja?

O Sommelier, em geral, é aquele profissional que “executa o serviço especializado de bebidas”. É o responsável pela beida – cervejas, destilados, vinhos, cafés, chás e até charutos – de um estabelecimento que pode ser um restaurante, loja, empório, importadora etc.  

O papel do profissional sommelier de cerveja é descobrir, interpretar e acolher os desejos do consumidor apresentando a ele todas as opções possíveis. O consumidor é sempre o foco principal do trabalho de um sommelier de cervejas. É para ele que voltamos nossa atenção. Sendo assim, é preciso despir-se de qualquer preconceito em relação a gosto, preferências, simpatias ou antipatias em relação aos variados estilos de cervejas disponíveis.

O campo de atuação de um sommelier de cervejas é amplo no que se refere às várias fases do consumo. Ele pode atuar tanto diretamente com o consumidor final quanto nos bastidores.

Atividades de um sommmelier

– Indicar e sugerir cervejas e harmonizações;
– Promover eventos de degustação e harmonização;
– Atuar em bares, restaurantes e hotéis e, desta forma:
· Elaborar cartas de cervejas de acordo com o perfil do estabelecimento;
· Cuidar do armazenamento das bebidas para manter a qualidade
· Indicar e sugerir cervejas e harmonizações;
– Exercer papel fundamental dentro de importadoras, com a ajuda de seleção de rótulos e informações técnicas sobre os produtos;
– Treinar equipes de atendimento e vendas na área cervejeira;
– Disseminar conhecimento e cultura cervejeira;
– Ensinar em cursos básicos e avançados de profissionais sommelier;
– Preparar e executar o serviço de cerveja, ou seja, servir o cliente da forma adequada. Em alguns lugares, é o próprio sommelier quem serve;
– Prestar consultoria para empresas no ramo cervejeiro;
– Fazer parte do time de desenvolvimento dentro de cervejarias, ajudando na criação de novos produtos e tendências;
– Atender e resolver reclamações de clientes, aconselhando e informando sobre as características do produto.

São muitas possibilidades não é mesmo? Por isso, para ser um Sommelier de Cerveja, é preciso estudar e ler bastante, estar sempre atento às novidades e tendências do mercado. É essencial que o repertório de conhecimento sobre a história da cerveja, escolas e estilos seja conehcido e seja constantemente renovado. O sommelier de cervejas é, antes de tudo, um contador de história e seu público deve sempre ser instigado a querer conhecer mais.

Então, se sonha em trabalhar com cerveja ou apenas ter propriedade ao falar desse assunto, entender melhor esse mundo fascinante que é o mundo cervejeiro, busque uma escola de sommelier séria, que possa te dar uma base. E, depois, é com você, nunca pare de estudar pois o mercado cervejeiro é muito dinâmico, e sempre tem algo que a gente ainda não sabe.

Informações complementares

– Em 2011, a Lei nº 12.467, regulamentou o exercício da profissão de sommelier. Porém, essa lei, cita apenas o profissional especializado em vinhos.

– Em 2021, enfim, a profissão de Sommelier de Cerveja passou a ser reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério da Economia. A CBO é o documento que centraliza, descreve e classifica todas as profissões do mercado de trabalho brasileiro.

– A titulação Sommelier de Cerveja, além de Sommelier de Cachaça e Sommelier de Saquê,foi incluída na CBO, no início de 2022. Ela entrarou no código 5134-10, na família ocupacional 5134, que trata dos trabalhadores no atendimento em estabelecimentos de serviços de alimentação, bebidas e hotelaria.

Dica de Curso de Sommelier de Cerveja em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, eu indico a Escola Mineira de Sommelieria (EMS), onde eu me formei. A Escola é comandada pela Jaqueline de Oliveira e conta com um dos cursos mais completos do mercado, com cinco meses de duração, aulas semanais com ênfase em harmonizações e degustações de cerveja. No segundo semestre de 2023, começarão as turmas de final de semana também! Busca aí no instagram @e.m.sommelieria.

Fonte:
– Site cervejaemalte.com.br;
– Wikipédia;
– Material didádico da Escola Mineira de Sommelieria, elaborado pelo professor Carlos Henrique de Faria Vasconcelos.

Antecipando o IPA Day: Curiosidades e variações da IPA

O Dia Internacional da IPA está chegando aí, então vamos falar um pouco mais sobre esse estilo que já é o preferido dos brasileiros?

Como eu sei disso?

Recentemente, foi divulgado pelo podcast Surra de Lúpulo a pesquisa Retrato dos consumidores de cervejas. Segundo os resultados, o estilo preferido dos brasileiros é a IPA. Clique aqui, pois falei mais sobre essa pesquisa.

O estilo é tão querido no mundo todo que até ganhou um dia para chamar de seu. Mas calma, que já já eu falo mais sobe isso. Antes, vou contar rapidinho como dizem que ela surgiu.

Origem da IPA

Existe uma história que conta que esse estilo de cerveja nasceu da necessidade de se transportar cervejas inglesas por longas distâncias marítimas até as respectivas colônias da Rainha Elizabeth pela Ásia, mais precisamente a Índia, durante a colonização desse país. Como demorava-se muito para chegar lá, a bebida acabava estragando. Sabendo da característica de conservação do lúpulo, passaram a adicionar uma carga maior desse ingrediente na cerveja. Assim, ela manteria a qualidade por mais tempo, consequentemente, ficou mais amarga.

Assim, surgiu o nome India Pale Ale. Ela ganhou esse nome em 1835. Antes disso, ela era conhecida apenas como “ Pale Ale as prepared for India”.

Alguns historiadores afirmam que essa história é meramente marqueteira, e que, em 1760, já se entendia que era bom negócio colocar mais lúpulo na receita exportada para países quentes. Enfim, cada um acredita no que for mais conveniente.

O Dia Internacional da IPA

O IPA Day, ou Dia da IPA, foi criado em 2011, pelo escritor e entusiasta da cerveja Ashley Rousten. O objetivo dele era promover e valorizar a cultura cervejeira local, criando um movimento universal nas redes sociais com a hashtag #IPADay.  Desde 2012, o Dia da IPA é comemorado no mundo inteiro na primeira quinta-feira do mês de agosto.

Principais características da IPA

O amargor marcante é sua principal característica. Nela, os maltes ficam bem discretos, mas têm aqui a função de contrabalancear com o lúpulo para a cerveja não ficar superamarga. Mas o lúpulo não vai dar somente o amargor, ele dita o aroma também. Uma boa IPA tem que ser aromática. Algumas, só de abrir a garrafa, já vem aquele aroma gostoso de lúpulo. Além de aromáticas e saborosas, são cervejas super refrescantes.

Sua cor deve ser de dourado a acobreado. Apresentam um teor alcoólico que vai de 4,5% a 10%.

Seu IBU padrão vai de 40 a 70. Já uma Imperial IPA pode ir até 100 IBU. A IPA tem diversas variação tanto na cor, quanto no aroma e no sabor. Já já eu falo sobre alguns deles.

Harmonizações com IPA

Apesar de ter gente que come tudo com IPA, esse estilo fica perfeito com com alguns pratos. Como ela tem o amargor como sua característica principal, é preciso saber escolher quais os melhores pratos para que esse amargor não prejudique o sabor da comida.

Comidas mais gordurosas combinam com IPA, pois a gordura é neutralizada e equilibrada pelo amargor que limpa as papilas gustativas. Exemplo: Carne vermelha mais gordurosa e costela de porco com barbecue.

 Um outro casamento que dá muito certo é IPA e hambúrguer. A gordura confronta o amargor. Além disso, o dulçor do pão ajuda a abrandar o sabor intenso do lúpulo.

Queijos mais duros e amarelos também combinam bem com o amargor da cerveja. É o caso do queijo parmesão, queijo prato e Queijo do Reino.

Copo ideal para degustar a IPA

Como eu já contei nesse post A importância do copo na degustação da cerveja, o copo que você escolhe para tomar cerveja vai influenciar na experiência gustativa que você terá. E para que possamos sentir tudo aquilo que cada estilo tem a oferecer, existem diferentes formatos de copos.

O copo ideal para tomar IPA é o Pint. Comum nos pubs ingleses e irlandeses, o nome refere-se a uma unidade de medida. Um Pint na Inglaterra equivale a 568 ml, já nos Estado Unidos, 473 ml. Comporta uma grande quantidade de cerveja, por isso, a base é estreita para diminuir a transferência do calor das mãos e para ficar mais confortável de segurar e beber em pé como é de costume por lá. Sua boca é mais larga, com isso, a área de contato do líquido com o ar é maior, assim, as notas aromáticas volatilizam mais, dando para sentir de longe o aroma da bebida.

Tem uma outra versão desse copo que é o Half Pint, que cabem 285ml. Esse, é o meu preferido! Aqui, eu falo sobre os Tipos de copos.

Variações da IPA 

Atualmente, existem inúmeras variações de IPA. Algumas reconhecidas e catalogadas, outras não. Então vamos a algumas delas:

English IPA: Tem uma característica de malte mais acentuado que a versão americana, seu aroma tem notas de biscoito e o sabor um leve caramelo. O uso dos lúpulos ingleses traz notas terrosas e herbais tanto para o aroma quanto para o sabor. É mais balanceada que os outros subestilos. Tem amargor assertivo, porém equilibrado com cerca de 50 IBUs.

American IPA:  Tem um amargor acentuado. A adição de lúpulos americanos proporciona aroma e sabor com notas cítricas e florais.

Imperial IPA ou Double IPA: É a versão mais pesada da IPA. Ela leva uma carga maior de lúpulo, o que faz com que o amargor seja ainda mais acentuado, podendo ter até 100 IBU. Além do alto amargor, ela tem o teor alcoólico elevado, que pode chegar até 10% ABV. É uma pancada! Mas, como lúpulo nunca é demais, existem variações ainda mais extremas como a Triple IPA ou Quadruppel IPA.

Session IPA: Diferente da Imperial, essa é uma IPA com baixo teor alcoólico, menos que 5%, mesmo assim, não perde as características lupuladas. É super aromática, porém, no sabor, o lúpulo é um pouco mais discreto, sendo um estilo menos amargo, tendo cerca de 40 IBUs. É uma bebida mais leve, saborosa e fácil de tomar. Indicada para quem está querendo começar a tomar cervejas mais lupuladas.  O perfil sensorial também é resinoso e frutado pelo uso de lúpulos americanos.

Black IPA: são chamadas assim pela utilização dos maltes tostados. Costumam ser robustas, com aromas trazendo notas de café, chocolate, caramelo, além do amargor comum a qualquer IPA. Não deve ter sabor de malte torrado (café ou chocolate) apenas a cor.

New England IPA  ou Juicy IPA ou Hazy IPA: Tem aparência turva (a cor lembra de um suco de manga), contém trigo, centeio ou aveia na composição. São mais encorpadas e aveludadas, bastante frutada, lembrando frutas amarelas e tropicais. Tem uma quantia significativa de lúpulo e malte. Seu amargor não é agressivo. Ou seja, o lúpulo é usado aqui para dar sabor e aroma. Pode ser chamada também de East Coast IPA.

Belgian IPA: É bem carbonatada, tem um alto teor alcoólico. Tem o sabor complexo, com notas frutadas e condimentadas da levedura belga, além do amargor e aroma cítrico dos lúpulos americanos. O amargor é alto e o final é seco a médio-seco.

Agora que você já sabe tudo sobre IPA, é só colocar a sua para gelar e abrir no Dia da IPA para comemorar esse líquido lupulado sagrado.

Saúde!

Diferença entre Malzbier e Cerveja Especial Escura

Já ouvi muitos perguntarem por aí sobre a diferença entre as Malzbier, popularmente conhecidas como cervejas pretas, e as cervejas especiais escuras (Bock, Stout, Porter…).

Tem diferença? Bora aprender mais essa!

Cerveja Brahma Malzbier Preta Lata 350ml Aroma De Caramelo | MercadoLivre

A Malzbier é uma cerveja de cor escura, doce e com baixo teor alcoólico (geralmente entre 0 – 4%).

Sua coloração escura se dá devido à adição de caramelo e xarope de açúcar. Assim, sua cor escura não vem do malte tostado, mas sim desses aditivos citados. Ou seja, ela é escurecida artificialmente.

A Malzbier não se enquadra em estilo nenhum, pois a adição de outros ingredientes para dar coloração à bebida e o uso abaixo de 20% de malte de cevada, a “desqualificam”. O Beer Judge Certification Program (BJCP) e a Brewers Association, organizações que catalogam os mais diversos tipos e estilos de cervejas, não a consideram como estilo próprio de cerveja. É considerada um tônico. 

Curiosidade

propaganda da cerveja malzbier para crianças

Segundo historiadores, antigamente, a Malzbier era produzida para reaproveitar a cerveja de início e fim da filtração e cervejas fora dos padrões que, ao adicionar o xarope de caramelo e açúcar, resultava-se nessa cerveja doce e escura e disfarçavam os defeitos. Com o passar do tempo, a cerveja foi ganhando mais qualidade, o que fez com que seu padrão fosse elevado e ela passou a ser melhor apreciada.

Na Alemanha, seu país de origem, nem é considerada cerveja e sim, bebida energética. Malzbier = Cerveja de Malte. Mas, muitas cervejarias lá, a chamam de Malztrunk = Bebida de malte

Existe a lenda que cerveja preta seria boa para gestante, lactante e até crianças, sendo usada como um suplemento alimentar. Mas isso tudo não passa de lenda, já que bebida alcoólica não é recomendada para nenhum deles.

E as cervejas especiais escuras?

Como aprendemos, a Malzbier não usa maltes tostados para ficar escura. Usa malte Pale Lager (o mais claro de todos).

maltesespeciais

Já as cervejas especiais escuras, como Porter, Stout, Dunkel e outras, têm essa cor devido ao uso dos maltes tostados. Cada tosta vai dar uma coloração, aroma e sabores diferentes. Por exemplo: Malte Chocolate dá um aroma de caramelo queimado, chocolate amargo e café. Por isso, existem cervejas de chocolate, por exemplo, que, na maioria das vezes, não são feitas com o chocolate, mas com maltes que lembram o sabor e aroma de um. O Malte Escuro dá a coloração e o aroma de café torrado e a Cevada Torrada dá o tom amargo e intenso de café. Por isso, nem sempre o amargor vem só do lúpulo, ele pode vir, também, do malte.

Existem vários estilos de cerveja especial com tonalidade escura:

– Schwarzbier: Vinda da Alemanha, é feita com malte suave. Um pouco mais seca, mas mesmo assim refrescante e leve.

– Strong Dark Ale: Ela é belga e também é escura. Com fermentação mais forte, destacando-se o malte.

– Strong Scotch Ale: tem o malte mais perceptível com características da baunilha, chocolate e é fermentada em temperaturas mais altas.

– Dunkel: Com o sabor do malte mais aguçado, seu teor alcoólico é médio.

– Porter: Com um leve sabor de café e chocolate, tem o corpo leve e pouco amargor. O teor alcoólico é de médio a alto.

– Imperial Stout: Têm o teor alcoólico bem alto, de 10% a 12%, fazendo delas quase um licor. São bastante indicadas para serem apreciadas em climas mais frios.

Esses foram alguns dos diversos estilos de cerveja especial escura.

Eu, particularmente, amo as cervejas especiais escuras, adoro o sabor de café e chocolate que os maltes inseridos nelas proporcionam! Na minha cervejeira não pode faltar!

caracu

Ahh, e a Caracu?

Ela não é uma coisa nem outra. Considerada uma Sweet Stout, a Caracu é conhecida por seu sabor encorpado e aroma de malte torrado, que lembra o do café.

Apesar de ela ter maltes torrados e lúpulo em sua composição, ela leva cereais não maltados, corante caramelo e estabilizante INS 405 como as outras cervejas de comuns. Por isso, não é uma Malzbier nem uma Stout.

Anuário da Cerveja 2022: Brasil aumenta registros de cervejarias e Minas sobe para terceiro lugar

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) divulgou, no dia 5 de julho, o “Anuário da Cerveja 2022”, principal relatório oficial com dados do setor no Brasil. Segundo o documento, foram inauguradas 180 novas fábricas no país, que chegou a 1729 cervejarias, um crescimento de 11,6% em comparação com 2021. Além disso, Minas Gerais passou a ser o terceiro estado com mais cervejarias do país.

Não é novidade que o Brasil tem se destacado no mercado cervejeiro. E a cada pesquisa é constatado esse crescimento. O país já é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv. Isso é reflexo também do aumento de registro das cervejarias brasileiras que cresceu 11,6%, em relação a 2021.

O estado de Minas Gerais tem contribuído muito com esses números. Só em 2022, foram abertas 33 novas fábricas, com isso Minas Gerais entrou em 2023 com um total de 222 cervejarias em operação. O aumento de 17,5% colocou o estado no terceiro lugar entre as unidades da federação atrás apenas de São Paulo, com 387, e Rio Grande do Sul, com 310. O estado superou Santa Catarina, que era a terceira, que com 20 novas fábricas somou 215 estabelecimentos. Não houve diminuição do número de estabelecimentos em nenhuma unidade da Federação.

Entre as 10 cidades com mais cervejarias no país, três ficam em Minas Gerais: Nova Lima, com 22 fábricas, Juiz de Fora com 20 e Belo Horizonte com 19. Uberlândia também faz parte do seleto grupo de cidades com 10 cervejarias, com 11 fábricas registradas e operando.

As cidades com mais cervejarias do país:

São Paulo-SP (59); Porto Alegre-RS (42); Curitiba-PR (26); Nova Lima-MG (22); Caxias do Sul-RS (21); Juiz de Fora -MG (20); Belo Horizonte-MG (19); Rio de Janeiro-RJ (18); Sorocaba-SP (18) e Brasília-DF (17).

Ao todo, 100 cidades mineiras já possuem produção local de cerveja. Um dos destaques é Gonçalves, na Serra da Mantiqueira, que tem a maior densidade cervejeira do estado, com um estabelecimento para cada 2.180 habitantes. O estado, como um todo possui uma cervejaria para cada 96.450 habitantes, acima da média nacional que é de 123.376. Santa Catarina é a unidade da Federação em que os habitantes estão mais bem servidos com cervejarias, alcançando a primeira posição com a marca de um estabelecimento para cada 34.132 habitantes.

“Minas Gerais colocou em prática seu potencial e é isso que queremos levar para todo o Brasil. O país tem mostrado crescimento praticamente estável em 2021 e 2022, o que também ilustra a maturidade das micro, pequenas e médias cervejarias e o poder empreendedor do cervejeiro artesanal. Seguimos crescendo, estamos cada vez mais presentes no território nacional e movimentando a economia local. A enorme quantidade de produtos e marcas também ilustram o poder de inovação deste segmento”, afirma o presidente da Abracerva – Associação Brasileira de Cerveja Artesanal, Gilberto Tarantino.

Minas Gerais também é o terceiro estado em número de registros de produtos com 6.194 cervejas diferentes, uma média de 27,9 registros por fábrica. Ao todo, o Brasil possui 42.831 produtos registrados, um aumento de 19,8% na comparação com 2021. São Paulo lidera como o estado com maior número de marcas nos registros de cerveja (16.528) e maior número de produtos registrados (12.319) e, também, como o município com maior quantidade de registro de cervejas (1.817).

Tarantino, destaca que as cervejarias micro, pequenas e médias correspondem a cerca de 3% do mercado, mas representam 97% de todas as fábricas. Sua presença nos municípios ajuda a construir uma cadeia de valor que inclui bares especializados, qualificação de mão de obra para toda a cadeia, uso de insumos locais, criação de rotas turísticas e arrecadação de impostos.

Outros dados nacionais

Segundo o levantamento, a tendência de concentração de cervejarias na região Sudeste permanece, apresentando 798 estabelecimentos registrados, o que representa 46,2% do total de cervejarias do Brasil. Já a região que teve o maior crescimento relativo no ano foi a Norte, que apesar de contar apenas com 36 estabelecimentos, apresentou 20% de aumento no número de estabelecimentos registrados em comparação a 2021.

O Acre, Amapá e Roraima seguem sendo as únicas unidades federativas que possuem apenas um município com presença de cervejaria.

O anuário aponta que houve uma pequena redução da exportação brasileira de cerveja em 2022 relativa a 2021. No ano passado, foram exportados 200.588.542 kg do produto, o que representa um decréscimo de 16,8%. Em 2022, o Brasil exportou cerveja para 79 países diferentes, igualando à maior marca do período estudado, verificada em 2020.

A América do Sul segue sendo o principal parceiro econômico na compra da cerveja brasileira, correspondendo a 98,4% das vendas, tendo o Paraguai como principal destino, seguido por Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.

A importação brasileira de cerveja segue em queda, muito provavelmente pela maior oferta de produtos nacionais. Enquanto em 2021 a quantidade importada foi de 18.406.249 kg, em 2022 a quantidade diminuiu para 14.897.234 kg, o que representa um decréscimo de cerca de 19,1%.

O setor cervejeiro no Brasil é historicamente relevante para economia nacional, gerando mais de 42 mil empregos diretos.

A região sudeste detém 57,8% dos empregos diretos, seguida das regiões Nordeste e Sul com, respectivamente, 16,8% e 14,7%. Na sequência temos o Centro-Oeste com 7,1% e a região Norte com apenas 3,7%.

Lembrando que, por não disporem da infraestrutura necessária, as cervejarias ciganas não são consideradas nessa pesquisa, visto que elas não têm registro próprio e fabricam suas cervejas em cervejarias que têm registro.

Apesar do crescimento contínuo, o Brasil ainda tem muito o que crescer nesse mercado. Países muito menores como Reino Unido e França contam com mais de 2 mil cervejarias. Já os EUA, que também possui uma extensão territorial maior, possui um número ainda maior, contabilizando mais de 9500 cervejarias, 5 vezes o número de cervejarias registradas no Brasil.

O Anuário pode ser acessado no site do MAPA, pelo endereço https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/setor-cervejeiro-segue-crescendo-a-cada-ano-aponta-anuario.

Sabia que sabor é diferente de gosto?

Você sabia que falar de gosto não é a mesma coisa que falar de sabor?

O quê???

Sim. Gosto é diferente de sabor! Se você não sabia, não esquenta, eu também só aprendi isso depois que comecei a estudar sobre cerveja e ainda vejo muita gente usando essas palavras de forma equivocada. Eu mesma, de vez em quando, dou uma escorregada.

Por que resolvi falar sobre isso? Porque a gente usa muito essas duas palavras quando vai falar de cerveja. Então, se usamos no nosso dia a dia, achei importante passar essa informação para que possamos empregá-la da forma correta?!

Então vamos lá!

Gostos existem apenas cinco: doce, salgado, azedo, amargo e umami que podem ser identificados pelo sentido do paladar. Ou seja, a responsável por sentir o GOSTO é a língua. Gosto é exatamente aquilo que sentimos quando a bebida/comida entra na boca.

Um parêntese para o Umami é um gosto difundido na cozinha oriental ele está no queijo parmesão, tomate, cogumelos e carnes em geral. As duas principais características do Umami são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento.

Voltando a falar do GOSTO, cada um é sentido em uma determinada parte da língua.

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Já o sabor é uma mistura de sensações mais complexa, pois envolve mais de um sentido. Para sentir o sabor é necessária a combinação do gosto (paladar) com o aroma (olfato) de um alimento. O sabor já começa quando sentimos o cheiro. 80% do sabor depende do seu nariz. Por isso, quando você está gripado, não consegue saborear nada com prazer.

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Alguns especialistas ainda completam dizendo que, além do aroma e do gosto, faz parte do sabor, também, a sensação, que seria o tato. A textura pode modificar a forma de sentirmos o sabor. Em uma publicação da revista britânica Nature, Berry Smith, professor da Escola de Estudos Avançados de Londres, descreve o sabor como “o resultado da integração multissensorial do olfato, tato e paladar”.

Primeiro a gente coloca a bebida/comida na boca onde nossos sensores identificam o gosto e, em seguida, enviam a informação para o cérebro para que possamos sentir o sabor. Portanto, o sabor é a interpretação que nosso cérebro faz de todas essas sensações ao mesmo tempo.

Exemplos GOSTO de cerveja: Doce e amargo

Exemplos de SABORES da cerveja: Frutado (frutas vermelhas, frutas amarelas), Caramelo, Chocolate, Toffe, Pão, Mel, Ervas, Limão, Capim e por aí vai.

Para fazer um teste simples para entender as diferenças entre sabor e gosto, especialistas indicam fazer o seguinte:

– Pegue uma bala de hortelã / Tampe o nariz / Coloque a bala na boca e permaneça com o nariz tampado.

Quando a bala é colocada na boca com o nariz tampado, é possível sentir apenas o gosto doce.

– Após alguns segundos destampe o nariz

Quando o nariz é destampado, além do gosto doce, é possível sentir o sabor da bala, neste caso de hortelã, através da interação entre o paladar e o olfato.

Então é isso, minha gente.

Gosto é gosto, sabor é sabor, aroma é aroma, cheiro é cheiro.

Não vai esquecer disso da próxima vez que for falar sobre alguma cerveja que esteja tomando, hein?!

Lager e Pilsen são a mesma coisa?

A gente vê algumas cervejarias que colocam “Lager” no rótulo, outras, colocam “Pilsen”. Mas, afinal, é tudo a mesma coisa?

A resposta é NÃO!

A confusão começa quando as cervejarias passaram a vender seus rótulos mais populares, o estilo American Lager, como Pilsen, ou tipo Pilsen. Isso porque a American Lager, quando surgiu, foi inspirada na Pilsen.

Com isso, a gente passou uma vida achando (tem gente que ainda acha) que as cervejas comuns (Skol, Brahma, Antarctica, Itaipava, Kaiser …) são Pilsen! Na verdade, essas cervejas são American Lager, rotuladas como Pilsen.

Ou seja, American Lager é um estilo de cerveja e Pilsen é outro estilo.

American Lager x Pilsen

A American Lager é um estilo de cerveja com menos sabor, menos lúpulo e menos amargor do que as tradicionais Pilsners europeias. Ela é uma cerveja clara, leve, com um perfil de sabor muito neutro e baixo amargor.

Já a Pilsen é um estilo de cerveja da cor dourada, brilhantes, que apresentam leve amargor. Para saber mais sobre a Pilsen, clique aqui.

A Pilsen pode ter um nível de amargor entre 35 a 45 IBU, já a American Lager tem entre 8 e 18. A Pilsen segue a lei da pureza (água, malte e lúpulo), já a American Lager, conta com cereais não maltados em suas receitas, os famosos milhos e arroz.

Algumas cervejarias, agora, passaram a colocar “Lager” em seus rótulos, deixando o pessoal ainda mais confuso. Como a palavra é relativamente nova no vocabulário dos cervejeiros, algumas pessoas pensam que é outro tipo de cerveja. Mas não, são as American Lager comuns. Esse “Lager” vem do estilo “American Lager”, ou porque ela pertence à família das Lagers.

Família Lager? Isso mesmo, vamos à mais um aprendizado!

Famílias de cerveja

Existem três famílias de cervejas: Lager, Ale e Lambic

A classificação de famílias se baseia no tipo de levedura utilizada no processo de fermentação. Isso mesmo, a cerveja é dividida pelo tipo de fermentação que ela recebe.

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As Lager são cervejas de baixa fermentação. As leveduras aqui trabalham com temperaturas mais baixas, por volta dos 10º C. São conhecidas como cervejas de baixa fermentação, pois as leveduras Lager se concentram no fundo do tanque

As Ale são as cervejas de alta fermentação, durante sua produção, as leveduras trabalham em temperaturas mais altas e se concentram na parte de cima do tanque.

As Lambic são de fermentação espontânea. Como na imagem abaixo.

Na família Lager existem a Pilsen, American Lager, Dunkel, Bock e diversas outras.

A Pilsen e a American lager são da mesma família. Parentes!

Ou seja, a Pilsen e a American Lager são estilos de cerveja diferentes que fazem parte da família Lager.

Por isso, toda Pilsen pode ser chamada de Lager, toda American Lager pode ser chamada de Lager. Mas, a American Lager jamais pode ser chamada de Pilsen, como a indústria cervejeira tem costume de fazer.

Resumindo
American Lager é um estilo de cerveja.
Pilsen é outro estilo de cerveja.
Lager é uma família de cerveja com diversos estilos.
Pilsen e American Lager são alguns estilos de Lager.

Com isso, podemos dizer que toda Pilsen é Lager, mas nem toda Lager é Pilsen.

Espero ter ajudado nesse dilema e que você tenha entendido de uma vez por todas que as cervejas comuns não são Pilsen!

Dia da Cerveja Brasileira: Bora comemorar!

Dia 5 de junho é comemorado o Dia da Cerveja Brasileira.

A data foi escolhida por ser o aniversário do mestre cervejeiro Rupprecht Loeffler, herdeiro da Cervejaria Canoinhense, que faleceu em 2011 aos 93 anos. Na época, ele era o cervejeiro mais antigo do Brasil em atividade.

Com isso, desde 2012, a data passou a ser comemorada para celebrar a apreciação que o brasileiro possui pela cerveja. Afinal, a cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no país.

Que tal um pouco de história?

Vamos perceber, ao longo do texto, que a história da cerveja aqui é bem recente se comparada a história da cerveja na Europa (quando ainda nem era Europa). Diferente das escolas cervejeiras clássicas (Alemã, Franco-belga e Britânica) que têm datas marcadas antes de Cristo. Só para termos ideia, enquanto nosso país estava sendo descoberto, lá do outro lado do mundo, já estavam descobrindo o lúpulo para conservação de suas cervejas. Um exemplo do quanto essa prática de beber cerveja é antiga na Europa é a cervejaria alemã Weihenstephan, a mais antiga do mundo ainda em funcionamento, foi aberta em 1.040. Sua cerveja começou a ser produzida antes ainda, em 800.

Para se ter uma ideia, há mais de 4.000 anos a.C., os babilônios já fabricavam mais de dezesseis
tipos de cerveja de cevada, trigo e mel.

Voltando para o Brasil, segundo historiadores, nos primeiros anos do século XVI (1.501 -1600), tribos indígenas, apreciavam o Cauim, um tipo de bebida fermentada à base de mandioca, milho e frutas, elaborada pelos próprios nativos. A massa da bebida era cozida, MASTIGADA (cuspida) e recozida para a fermentação, de forma que enzimas presentes na saliva quebrassem o amido em açúcares fermentáveis. É estranho, mas era assim mesmo!

Nassau - Colorado

Acredita-se que a cerveja tenha chegado no Brasil por volta de 1.637, quando o holandês Maurício de Nassau aportou em Recife e trouxe com ele o cervejeiro Dirck Dicx, que teria sido o responsável por montar a primeira cervejaria no país. Naquela época, a cerveja não era popular por aqui, já que a coroa portuguesa proibia a fabricação de produtos na colônia e forçava o consumo dos vinhos lusitanos pois o comércio internacional era exclusivo com Portugal.

Dom Pedro

Quando os holandeses saíram do Brasil, em 1654, levaram a cerveja e tudo que tinha na cervejaria. O produto sumiu do Brasil por 150 anos. Enquanto isso, era consumida apenas cervejas feitas em casa de forma artesanal. 

A comercialização de cerveja só voltou com a fuga da Família Real portuguesa para o Brasil, em 1808. Dom João consumia muito a bebida. Com isso, até 1814, mandou abrir os portos, exclusivamente, para a importações da Inglaterra. Assim, os primeiros estilos de cerveja a chegarem no Brasil foram ingleses, ou seja, as Ales (veja o post sobre a Escola Britânica).

Brahma

A partir da metade do século XIX, a fabricação de cerveja brasileira começa a tomar vulto com o aparecimento de diversas fábricas. As primeiras fábricas produziam cerveja sem marca e geralmente vendiam, em barris. Já no final do século, quando a importação voltou a crescer, a preferência passou a ser pela cerveja alemã, que era mais leve e vinha em garrafas e em caixas, ao contrário das inglesas que vinham em barris.

Com a quadriplicação dos impostos, parou-se com as importações no início do século XX. Com isso, em 1904, a produção nacional ganha força e domina o mercado, dando origem às grandes cervejarias e com produção quase exclusiva do estilo Standard Lager (as cervejas de massa que são vendidas hoje – tipo Pilsen).

Em 1994, surgiram as microcervejarias que produziam pequenas quantidades para consumo local, influenciadas pelo movimento Craft Beer dos EUA, com a proposta de cervejas saborosas e com personalidade.

A cerveja virou paixão nacional e, hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, produzindo, em 2020, de acordo com a Barth Haas 2020/2021, 151,9 milhões de hectolitros, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos.

Curiosidades sobre a cerveja no Brasil

cerveja barbante

– As cervejas fabricadas nacionalmente ficaram conhecidas como “marca barbante”. A origem da expressão está no fato que os produtores usavam barbantes para prender as rolhas das garrafas. Deste modo, se a pressão de CO² interna estivesse muito alta, a rolha não era expulsa.

– Em 1853, o alemão Heinrich Kremer fundou a Cervejaria Bohemia, na região de Petrópolis (RJ). Não foi a primeira cervejaria no Brasil, mas é considerada a cervejaria em atividade continua mais antiga do país;

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– O empresário Joaquim Salles possuía um abatedouro de porcos com uma fábrica de gelo, na época ociosa. O alemão, Luis Bucher, tinha uma pequena cervejaria em 1868 e despertou o interesse pela fábrica de gelo. Em 1888, surgia na associação entre os dois a Cervejaria Antarctica, sendo a primeira cervejaria a produzir Lager e a primeira a ter rótulo em todas as garrafas.

– Também em 1888, o engenheiro suiço, Joseph Villiger, fundou sua própria cervejaria chamada de Manufatura de Cerveja Brahma Villiger e Companhia, com 32 funcionários e uma produção de 300 mil litros/mês. Sendo então comercialmente lançada a Cerveja Brahma. Desde então a Brahma não parou de crescer. Em 1904, surgiu a Companhia Cervejeira Brahma que era uma fusão da Villiger Brahma com a cervejaria Teutônia, na cidade de Mendes (RJ).

Skol primeira cerveja em lata do Brasil

–  No início do século XX, a produção de cerveja entra em declínio no país, já que a matéria-prima vinha do Velho Mundo, que passava por um período de guerras. Mas, em 1966, a produção é retomada e surge a Cerpa. Em 1967 surge a Skol.

– Em 1971, a Skol lança a primeira cerveja em lata do Brasil. Ela era feita em folha de flandres.

– Em 1980, surge a Cervejaria Kaiser, em Divinópolis/Minas Gerais, e em 1989 a Primo Skincariol passa a produzir cerveja no interior de São Paulo.

– Em 1993, um grupo de empresários se associou e decidiu comprar algumas máquinas, equipamentos e um terreno perto da rodovia BR 040 – Km 51. Assim, surgi a Cervejaria Petrópolis.

– Em 1994, é lançada a Cerveja Itaipava. A marca também inovou ao adotar, em 2002, o selo higiênico, uma folha fina de alumínio que cobria a parte superior da lata e que tinha que ser retirada para permitir a abertura da mesma, proporcionando ao consumidor higiene e segurança contra impurezas e micro resíduos.

– Em 1999, a partir da fusão Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma, surge a Ambev – Companhia de Bebidas das Américas. A criação da AMBEV e sua posterior fusão a gigante belga Interbrew foram dois dos fatos mais marcantes da história da cerveja brasileira e mundial das últimas décadas. Com o nome de Inbev, a nova empresa mundial, a partir de 2004, tornou-se a maior produtora do mundo.

– Eisenbahn/Cervejaria Sudbrack –  Criada em 2002, surgiu devido ao descontentamento de alguns empresários do setor pela forma como estava evoluindo o mercado de cervejas do país. Surgia apenas cervejas do tipo pilsen, esquecendo-se os outros tipos tradicionais de cerveja originários da Europa. Apostando num experiente mestre cervejeiro e seguindo a Reinheitsgebot, a Lei Alemã da Pureza, criaram a Eisenbahn que, em um determinado período tinha diversos estilos como: Dunkel, Kölsch, Pale Ale, Pilsen, Pilsen Orgânica, Weihnachts Ale, Weizenbier, Weizenbock, Rauchbier, Bierlikor. Porém, hoje em dia, eles reduziram esse portfólio.

Curiosidades atuais

– Hoje, no Brasil, o setor cervejeiro está perto de atingir a meta lixo zero em seus processos produtivos. Os maiores fabricantes já registram índice de pelo menos 90% na reciclagem dos resíduos gerados pela produção.

– O Brasil se destaca como o terceiro país que mais consome a bebida, segundo estudo divulgado pelo Cupom Válido, que compilou dados de pesquisas da Credit Suisse, Euromonitor e Statista, sobre o consumo de cerveja no Brasil e no mundo, em 2021. Conforme os dados divulgados, o consumo no Brasil representa 7% do consumo mundial, ficando atrás apenas da China Estados Unidos, com 27% e 13%, respectivamente. Segundo esse mesmo estudo, o brasileiro consome, em média, seis litros de cerveja por mês

– De acordo com o estudo realizado pela Cupom Válido, as cervejas mais vendidas para os consumidores brasileiros são as nacionais: Skol, Brahma, Antarctica, Schin e Itaipava – nessa ordem. A Heineken também está entre as preferidas, mas, segundo avaliação do Credit Suisse, existe uma grande diferença entre as preferidas e as mais consumidas. Donos de distribuidoras de bebidas e bares explicam que isso se dá pela falta de estoque e valor elevado.

– A Canoinhense, localizada em Canoinhas – SC, é considerada a cervejaria artesanal mais antiga do Brasil ainda em produção. Foi fundada em 1908 por Otto Loeffler e produz sua cerveja artesanal seguindo as receitas que estão na família por 5 gerações e também de acordo com a Lei da Pureza Alemã.

– A primeira microcervejaria nacional foi a gaúcha Dado Bier.

– O primeiro estilo oficial de cerveja artesanal do Brasil é catarinense. A bebida foi criada por cervejeiros artesanais do Vale do Itajaí. Feita para viajar na diversidade de frutas do território brasileiro, o estilo foi criado de forma colaborativa entre cervejeiros caseiros de várias cidades em 2016. A Catharina Sour entrou em julho na lista oficial de estilos da Beer Jugde Certification Program (BJCP), que define as diretrizes para concursos cervejeiros no mundo inteiro.

Fontes: brejada.com/brejapedia/estudos/cervejas-especiais-nacionais/
http://www.cervejasdomundo.com/Brasil4.htm
http://cervejasecervejariasnomundo.blogspot.com/2016/05/a-historia-da-cerveja-no-brasil.html

Terroir Brasil: nossa identidade na cerveja brasileira

O que é Terroir?

Terroir (lê-se Terroá) é um termo da língua francesa que se refere a um senso de lugar. No universo das bebidas, essa expressão indica que as características do ambiente irão impactar diretamente na qualidade na bebida. Ou seja, o arranjo proporcionado pela combinação do clima, características do solo, altitude e microrganismos disponíveis localmente, de forma única na região, vai trazer atributos singulares à bebida daquele local.

Assim como as cervejas bem lupulada, lembrando frutas cítricas remetem aos lúpulos americanos; uma Lager de fermentação limpa, onde o maltado e o lúpulo floral se destacam se associa à escola alemã, o Brasil está em busca dessa identidade, ou seja, o Terroir Brasileiro. (Fonte: Clube do Malte)]

Voltando ao projeto

Para que o projeto fosse capaz de ser realizado, o Jefferson conseguiu o apoio de 19 empresas do seguimento que doaram insumos nacionais para a produção das cervejas. Ou seja, os maltes, os lúpulos, leveduras e nutrientes usados na produção são 100% brasileiros.

Esses insumos foram entregues a 32 cervejeiros para que eles pudessem produzir uma cerveja tendo como base uma BR Ale. Um estilo de cerveja com baixos teor alcoólico e baixo amargor, para que no momento da degustação seja possível sentir o sabor e a explosão de aromas de lúpulo com uso de adjuntos e algum ingrediente tipicamente brasileiros.

Os cervejeiros tiveram orientação de especialistas através de encontros virtuais com temas como água cervejeira, lupulagem, fermentação, para auxiliar na produção.

Foram 30 dias para acompanhar as brasagens.

Para avaliar a cerveja, foi realizada uma Confraria com especialistas. Nessa confraria, foram escolhidas as três melhores cervejas

Vencedores do Projeto

1º Porto Cervejaria – Thiago Porto
2º Cão de Rua Cerveja Solidária – Ricardo Fonseca
3º Cerveja feita por Vinícius de Paula

Os três vencedores vão produzir uma receita collab na planta piloto da Cervejaria Verace e o campeão do projeto ganhou uma panela Single Vessel automatizada de 10 litros fornecido pela pela Cerveja da Casa.

As cervejas produzidas durante o projeto serão vendidas e o valor arrecadado será doado para a instituição social Casa da Criança. Além disso, durante todo o projeto, foi possível ajudar fazendo doação de alimentos não perecíveis para a instituição @samaritanas_sabara.

Mais um projeto muito importante do Jefferson Brandão com o intuito de fortalecer e disseminar a cultura cervejeira em BH, além de ter um caráter solidário que o torna ainda mais especial.

O projeto em números e apoiadores

– 225 kg de malte de 4 maltarias: Agraria, Blumenau, Br malte
e Catarinense
– 9 kg de lúpulo de 4 fazendas: Brava terra, Irahops, Dalcin e
Mundo Hop
– Leveduras de 2 laboratórios: Laboratório da cerveja e Levteck
Coadjuvantes da Prodooze

Confira mais sobre o projeto e os demais apoiadores aqui: @solarbrandao

Termos cervejeiros que você precisa saber!

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A gente que acompanha perfis de Instagram e blogs especializados em cerveja sempre se depara com algumas palavras específicas do meio cervejeiro. Algumas são tão usadas que a gente acaba acostumando, assimilando e entendendo o que significa. Mas, outras, a gente tem que “dar um Google”, não é mesmo?

Para te dar uma ajudinha, trago aqui alguns termos cervejeiros e seus significados para que você possa se familiarizar e saber um pouco mais sobre cada um. Bora aprender mais um pouquinho!

ABV: sigla de Alcohol by Volume, “Álcool por Volume” em inglês. A grosso modo é o percentual de álcool que tem na cerveja. Nosso famoso Teor Alcoólico. Seu cálculo é definido como o volume em ml de álcool puro em 100 ml. Ou seja, uma cerveja com 10% de ABV contém 10 ml de álcool a cada 100 ml de cerveja. Eita!
Leia mais sobre ABV nesse post que fiz.

ADSTRINGÊNCIA – É a sensação de contração e repuxamento na boca, em especial na língua. É a mesma sensação de quando você come uma banana verde. Isso ocorre quando acontece algum erro durante a produção da cerveja.

ANTIOXIDANTE – Substância colocada na cerveja para protegê-la contra a ação do oxigênio, evitando sua oxidação.

BUQUÊ – Sensação que traduz a complexidade dos aromas de cerveja produzidos por seus ingredientes e seu processo.

BJCP – Abreviatura de Beer Judge Certification Program. É uma associação americana que padroniza os parâmetros de julgamento de cervejas nos concursos. Essa associação desenvolveu um Guia de Estilos de Cerveja, usado no mundo inteiro, para produzir e julgar as cervejas.

BRASSAGEM – É uma das fases da fabricação da cerveja. É a etapa em que macera os maltes. Momento em que que os açúcares são extraídos dos grãos através da atuação de diferentes enzimas ativadas pelo aquecimento da água em diferentes temperaturas.

No meio cervejeiro, costuma-se usar a palavra “Brassagem” para falar que vai fazer cerveja. “Vou fazer uma brasagem hoje” = “Vou fazer cerveja hoje”.

CARBONATAÇÃO – É o teor de gás carbônico (dióxido de carbono – CO²) presente na cerveja. São bolhinhas que ajudam na formação da espuma. Se a cerveja estiver com muita espuma, ela estará muito carbonatada. Leia mais sobre a Espuma aqui.

CERVEJARIA CIGANA – Cervejaria que não tem fábrica própria, ou seja, terceiriza sua produção na fábrica de outra cervejaria.

CORPO – É a sensação que temos da cerveja na boca quando bebemos, ou seja, é o peso que a bebida faz na língua. Quando sente ela leve na língua, tem um corpo baixo. Quando sente pesada, tem um corpo alto.
Saiba mais sobre o corpo da cerveja aqui.

DRINKABILITY – É um conceito subjetivo que mede o quanto a cerveja é bebível ou agradável. Uma cerveja com alta drinkability é uma cerveja fácil e leve de beber. Cervejas com baixa drinkability, são cervejas pesadas que não se consegue beber muito.

EBC ou SRM – São escalas utilizadas para medir a cor das cervejas. Quanto maior o número, mais escura é a cerveja. Leis mais sobre EBC aqui.

FERMENTAÇÃO – Processo gerado pela levedura, no qual ocorre a conversão de açúcares do mosto em álcool e CO², transformando o líquido em cerveja.

GROWLER – Garrafa avulsa para transporte de cerveja. Pode ser feita de cerâmica, de vidro, de inox ou de plástico e ter diversas capacidades, normalmente, entre 1 a 3 litros.

IBU: Abreviatura de International Bitterness Units (IBU) é a Escala Internacional de Unidade de Amargor. Essa medida aponta o nível de amargor de uma cerveja. Quanto maior o número, mais alto é o amargor dessa cerveja. Leia mais IBU aqui.

LÚPULO – É uma flor responsável por fornecer o amargor para a cerveja. Também oferece sabores e aromas variados, dependendo do perfil do lúpulo. Além disso, ele tem a função de conservar a cerveja por mais tempo. Leia mais Lúpulo aqui

LEVEDURA – Grupos de micro-organismos usados para realizar a fermentação a partir do açúcar e produzir álcool e CO² (dióxido de carbono). Na verdade, é ela quem faz a cerveja! Leia mais sobre Levedura aqui.

LEI DA PUREZA – Em alemão, Reinheitsgebot. Lei estabelecida em 1516, pelos duques Wilhelm IV e Ludwing X, para regular a produção de cerveja na época. A partir de então, só foi permitida a fabricação de cervejas que utilizassem malte de cevada, água e lúpulo (fermento e fermentação eram desconhecidos). Em 1906, a Lei foi modificada para acrescentar o fermento (levedura) e admitir o trigo como adjunto. Mesmo ela não estando em vigor mais, seguir a Lei da Pureza é ter uma referência de qualidade em todo o mundo. Leia mais sobre Lei da Pureza aqui.

MALTE – Cereal que passou pelo processo de germinação e secagem para transformação do amido em açúcar fermentável. Ele que dá o aroma e o sabor às cervejas. Leia mais sobre malte aqui.

MOSTO/MOSTURA – Caldo resultante da mistura fervida de malte e água, rico em açúcares fermentáveis. Esse caldo será filtrado, para receber o lúpulo e o fermento e ser transformado em álcool e gás carbônico. Enfim, em cerveja.

PINT – modelo de copo tradicionalmente utilizado em pubs ingleses e, posteriormente, bares norte-americanos. Os pints ingleses, chamados de Nonic Pint, tem capacidade de 568 ml, enquanto os pints americanos, chamados de Shaker Pint, tem capacidade de 473 ml. Leia mais sobre Tipos Copos aqui.

OFF-FLAVOR – Qualquer aroma desagradável ou indesejado percebido na cerveja. Pode ser causado por problemas de oxidação, falta de higiene, ingredientes deteriorados ou transporte/ armazenagem inadequados. Leia mais sobre off-flavor aqui.

PICÂNCIA – Sabor como o da pimenta, que estimula, excita ou irrita o paladar.

RETROGOSTO – Sensação que permanece após a degustação e a ingestão da cerveja. Por exemplo: Uma IPA costuma ter um retrogosto amargo.

TURBIDEZ – Redução da transparência de um líquido. Quando a cerveja fica turva, opaca. Nas cervejas é comum encontrar turbidez devido a presença de leveduras (por não serem filtradas) e partículas de lúpulo (geralmente quando emprega-se a técnica de dry hopping) em suspensão.