#TBT: Amber Lager Patagonia – La Bombonera (Buenos Aires)

tbt patagoniaO #tbt de hoje é com uma cerveja que tomei na casa do Boca Juniors, em Buenos Aires: a Patagônia Amber Lager, fácil de achar no Brasil, já que é da Ambev.

Seu sabor é equilibrado entre o malte e lúpulo. Os maltes tostados a deixam com um aroma sutil de caramelo. É uma cerveja bem leve de tomar, com um amargor bem suave no final. Mas, atenção, contém cereais não maltados (famigerados milhos).

Sobre a Patagônia eu já falei nesse post.


empanada

Prato do dia não poderia ser diferente. Uma empanada que comi no mesmo estádio. Legítima empanada argentina, deliciosa e bem recheada. Lá, o bar fica aberto para comer e beber cerveja sem frescura.


O ponto turístico é claro que é um dos principais e mais visitados de Buenos Aires a La Bombonera, estádio onde um dos principais times da Argentina, o Boca Junior, joga e onde a sua torcida faz seu espetáculo à parte.

20180413_121615

Por fora não dá para ter ideia do que é o estádio. Realmente, como o apelido carinhoso diz: é uma caixa de bombom a “La Bombonera”.

la bomboneraÉ claro que fui com meu manto lindo e sagrado do Cruzeiro!

O Estádio do Boca Juniors foi inaugurado em 1940, no bairro La Boca, daí vem o nome do time. Foi construído em uma área pequena, com isso, o projeto foi feito para que o estádio crescesse pra cima, com arquibancadas bem altas e íngremes, que fazem um D em volta do campo.

20180413_135829

Esse formato faz com que, em dias de jogos, o estádio vire um caldeirão. Jogadores que passam por lá dizem ser ensurdecedor. Não dá para ouvir nada a não ser a torcida deles, que viram a camisa 12, um jogador a mais. Por isso, é muito difícil ganhar do Boca lá. A capacidade é para 49.000 torcedores.

20180413_130448

20180413_130524

Durante a visita a gente tem acesso às arquibancadas que ficam embaixo, pertinho do campo. Creio que eu não ia querer ir nas de cima. Olha a altura!

20180413_132535

O guia nos leva, também, onde fica a ‘geral’ e a famosa “La 12”, uma das mais temidas torcidas organizadas do mundo.

20180413_131618

Quando sai um gol, todos da torcida correm em direção ao campo, formando a famosa avalanche. Essa parte fica bem colada no gramado. Jogadores adversários devem sofrer nesse estádio.

Enquanto caminhamos, o guia vai contado, com muito orgulho, a história do time e mostra o camarote do Maradona. Sim, ele é torcedor fanático do time e é proprietário vitalício de um camarote. Por isso, nem vem com essa história de Maradona x Pelé que lá não cola.

20180413_135702

Depois de visitar o campo e a arquibancada, a gente passa pelos vestiários.

A parte dos donos da casa é puro luxo. Grama sintética para aquecimento, sala de massagem, Gatorade à vontade etc.

Já o vestiário dos visitantes, não tem nada.

20180413_133040

E eles ainda são obrigados a passarem por um corredor cheio de frases de impacto, de jogadores como: Pelé, Zico, Romário, Messi e Iniesta.

20180413_132807

Detalhe que o vestiário fica exatamente em baixo daquela parte onde falei que fica a “geral”, que pula e grita o tempo todo. A acústica do estádio dobra o volume. Imagina o inferno. Eu nem entraria em campo. “Cagada”! Bem inteligente da parte deles colocar torcida mais barulhenta em cima da cabeça do time adversário. Já a torcida visitante fica lá no alto, bem distante do campo, para que suas vozes não cheguem lá embaixo. Eita, povo esperto!

Amo futebol, se deixar, falarei sobre esse passeio por horas.

20180413_134754

Depois desse tour, você pode se dirigir para a lanchonete do estádio.

20180413_140253

cerveza

Ou pode voltar para o Museu da Paixão Boquense, onde conta a vitoriosa história de mais de 100 anos do time, com destaque para seus títulos e principais jogadores, taças e exposição de peças e vestuários antigos.

Sem Título-2

O que mais gostei do museu foi a sala de cinema de 360 graus. Ele simula como se você fosse um jogador do Boca. A câmera faz você se sentir entrando em campo, aparecem vários fotógrafos, e te coloca dentro do campo. A torcida começa a cantar, na mesma altura de um dia de jogo. É ensurdecedor mesmo. Mostra a torcida enlouquecida, depois conta um pouco sobre o que é ser boquense ou xeneize (como se apelidaram). É de arrepiar e encher os olhos d’água vendo aquilo tudo. É muito bom!

Amei cada canto. Só pedem para ter cuidado no entorno do estádio, pois o bairro é de periferia. Então câmeras e celulares devem estar sempre guardados. Não vi nada diferente. Mas tomei cuidado!

20180413_135439Eles têm tanto orgulho de suas origens que tem uma maquete em miniatura do bairro.

Lá fora tem uma loja de souvenir do Boca e, na porta, têm estátuas do Maradona (já falei da ligação dele com o Boca) com Palermo (maior goleador da história xeneize com 235 gol. Aposentou em 2010).

20180413_145633

20180413_145728

Além de Tevez e Riquelme, que têm o Boca como time do coração e são ídolos por lá – o 1º ainda joga pelo Boca, o 2º aposentou em 2015 no Argentinos Jr., clube onde começou.  E tem a estátua do Messi (que não tem ligação nenhuma com o Boca. Mas é ídolo na Argentina.

estaruas jogadores

Experiência incrível do início ao fim. Goste ou não de futebol, conheça essa história e essa paixão dos hermanos. É muito interessante e apaixonante. Porém, eu continuo Cruzeiro. 🙂

#TBT: Chela Brandon – Estadio Centenario (Montevidéu)

O #TBT de hoje é com mais uma cria de Montevideo (Uruguai): a Chela Brandon20180406_112037.jpg

Essa é a Blond Ale deles. Uma cerveja que segue as características belgas. Apresentou uma coloração clara e o aroma acompanha o sabor: frutados. Sente-se também um leve dulçor do malte. Bem suave, achei uma delícia para tomar várias. Adorei!

logo_chelaA Cerveza Chela Brandon é uma cervejaria familiar que começou em 2011 com o seu primeiro trabalho experimental. Consolidou-se em 2013, com o objetivo de recuperar a tradição artesanal e produtos naturais das diversas gerações da família. Todos os envolvidos primam pela qualidade dos produtos que entregam.

Hoje eles produzem 6 rótulos, porém a família ainda quer ampliar ainda mais esse leque. Os estilos são: Blonde Ale, English Pale Ale, Honey Ale, Porter, Belgian Brown Ale e Belgian Blonde Ale.

rotulos chela

Adoro os rótulos deles.


O ponto turístico é um lugar conhecido pelos amantes do futebol mundial: O Estádio Centanário.

20180406_114446.jpg

Localizado em Montevideu, no Uruguai, ele foi construído, em 1930, para sediar a primeira Copa do Mundo de Futebol. Devido às chuvas de julho, foi inaugurado com atraso. O nome deve-se à celebração do 100º Aniversário da Primeira Constituição do Uruguai.

O estádio tem capacidade para 65 mil pessoas. Naquele ano, a final da copa foi entre o Uruguai e a favorita Argentina e o estádio recebeu 93 mil torcedores, quando o Uruguai ganhou por 4×2 e se sagrou o 1º campeão do mundo.

O estádio parece que não teve muita mudança desde 1930. Ele é um estádio raiz, com muito cimento e as cadeiras das antigas. Se bem que os torcedores de hoje merecem essas cadeiras antigas, pode subir à vontade que não quebram por nada.

Ele é pintado de azul para lembrar a seleção uruguaia, conhecida como Celeste devido à cor do uniforme.

Foi eleito patrimônio cultural da humanidade. Um estádio velho que lembra o passado do futebol mundial. Achei ele bem abandonado, é capaz de ser esquecido com o tempo. Tanto que, quando fomos, eram poucos os visitantes. Diferente de quando fomos no La Bombonera, que também não é tão moderno, mas tem como atrativo o valor que o Boca o fez ter.

Veja mais detalhes nas fotos:

Dentro do estádio há um Museu do Futebol, com histórias sobre sua construção e grandes clássicos realizados. Lá encontramos camisas de seleções, artigos usados em cada época no futebol, réplicas de salas de reunião, troféus, algumas lembranças de libertadores ganhadas por times do Uruguai, lembranças de partidas históricas como o inesquecível Maracanazo…aff.

O Maracanazo, quando o Uruguai foi campeão mundial no Maracanã em cima do Brasil, em 1950, é muito valorizado até hoje, inclusive tem um quadro gigante desse dia no meio do museu.

Lá você entra em um túnel do tempo. Em alguns momentos, cheguei a arrepiar com narrações e reprises de lances históricos.

Ah. Tem até lembrança do Cruzeirão Cabuloso (o único time brasileiro por ali)! Kkkk. O marketing do Cruzeiro está de parabéns! No cantinho do Cruzeiro, tem a campanha que o time fez quando foi campeão da Taça Brasil de 1966 (Campeonato Brasileiro da época), porém com um uniforme de um ano que não serviu de nada para gente, 2012, e uma mini taça da Libertadores, com menção às duas taças conquistadas pelo Cruzeiro, em 1976 e 1997. Mistureba!

Para quem gosta de futebol, recomendo a visita. É um mergulho na história do futebol mundial!