O outono é aquela estação de transição: os dias ainda podem ser agradáveis, mas as noites começam a pedir algo mais encorpado e aconchegante. Assim como trocamos roupas mais leves por peças mais quentinhas, as escolhas de cerveja também podem mudar.
Se no verão as cervejas leves e refrescantes dominam, o outono traz uma oportunidade perfeita para explorar estilos com um pouco mais de corpo, notas maltadas e sabores que harmonizam com a atmosfera da estação. Mas quais são as melhores opções? Vamos conferir!
O que o Outono pede?
Com temperaturas mais amenas, as cervejas do outono tendem a ser medianamente encorpadas, trazendo dulçor equilibrado e aromas que remetem ao caramelo, tostado e até mesmo frutas secas. Isso não significa que devam ser extremamente alcoólicas ou pesadas, mas sim que oferecem uma experiência sensorial mais rica, combinando perfeitamente com o clima.
Estilos de Cerveja Ideais para o Outono
– Amber Ale: Equilíbrio entre malte e lúpulo
A Amber Ale é uma excelente escolha para essa estação, pois combina um corpo médio com notas caramelizadas e um leve toque tostado. O amargor do lúpulo equilibra o dulçor do malte, tornando-a uma cerveja versátil e fácil de beber.
🔹 Harmoniza com: Carnes grelhadas, hambúrgueres e queijos semicurados.
– Marzen (Oktoberfest): A cerveja do outono por excelência
Esse clássico alemão, tradicionalmente produzido para os festivais de Oktoberfest, ou seja, produzidas para serem tomadas no outono alemão, tem um perfil maltado e levemente tostado. Seu corpo médio e sabor adocicado fazem dela uma ótima opção para as noites mais frescas da estação.
🔹 Harmoniza com: Salsichas alemãs, pretzels e pratos à base de carne de porco.
– Dubbel: Notas de frutas secas e toffee
Direto da Bélgica, a Dubbel é uma cerveja de coloração acastanhada, com aromas complexos que remetem a frutas secas, toffee e especiarias. Seu perfil levemente adocicado e o teor alcoólico um pouco mais elevado fazem dela uma ótima escolha para os dias mais fresquinhos.
🔹 Harmoniza com: Ensopados, queijos azuis e sobremesas à base de chocolate.
– Bock: Encorpada e maltada na medida certa
A Bock é uma cerveja alemã com destaque para o dulçor do malte, trazendo notas de caramelo e um toque sutil de torrefação. Com teor alcoólico um pouco mais alto, é uma opção reconfortante para a estação.
🔹 Harmoniza com: Carnes assadas, queijos curados e castanhas.
– Porter: Chocolate e café no copo
Se as noites começarem a esfriar mais, a Porter é uma excelente pedida. Esse estilo inglês traz notas marcantes de chocolate, café e um leve tostado, mas sem ser excessivamente pesada.
🔹 Harmoniza com: Churrasco e sobremesas com café.
O outono é uma estação perfeita para explorar novas cervejas, buscando equilíbrio entre refrescância e complexidade. Se você ainda não experimentou alguns desses estilos, essa pode ser a oportunidade ideal para ampliar o paladar e descobrir novos favoritos.
A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida do mundo. Para agradar a todos os paladares, existem mais de 150 estilos de cerveja disponíveis. Mas, com tantas opções, a gente acaba escolhendo alguns como preferidos. Claro que, em cada região desse planeta, existem estilos que se sobressaem. Afinal, cada pessoa tem seu gosto e cada país tem sua tradição e costumes que acabam tornando aquele estilo o mais consumido naquele país.
Com tantas opções de cerveja, você sabe quais são os estilos mais populares do mundo?
O Taste Atlas, um site colaborativo, divulgou, em agosto o ranking com as cervejas mais populares do mundo e as que foram melhores avaliadas pelo público em geral. Antes de falar qual foi esse ranking é preciso explicar como é feita essa lista.
O site permite que os usuários registrem suas experiências com restaurantes, pratos e bebidas típicas, além de polos gastronômicos. A plataforma funciona de forma a criar um mapa interativo que mostra as comidas e produtos típicos de diversos países. As avaliações que são colocadas ali não são profissionais, qualquer usuário pode entrar e dar notas de 0,5 a 5 para determinados pratos ou bebidas. A partir disso, o site reúne a média anual e divulga ao público as mais populares e as que tiveram melhores notas.
Nem sempre seus resultados são vistos como positivos e costumam gerar polêmicas. Mas, como já foi citado, eles apenas reúnem a média das notas que foram dadas pelo público. Então, o resultado vai depender do público que o acessa.
Agora, veja abaixo a lista com os 10 estilos mais populares do mundo de 2024 segundo o Taste Atlas e tire suas próprias conclusões.
1 – American Lager: no site cita apenas Lager, mas, Lager não é um estilo. Acredito que eles devam ter tido muitos votos para “Lager”, considerando “American Lager”. Estou supondo isso porque muitos rótulos não especificam o “American”, colocam apenas “Lager”. Esse, sim, queira você ou não queira é, sem dúvida, o estilo mais consumido no mundo. Que são, na maioria das vezes, os estilos das cervejas industrializada, ou as cervejas comuns, como queira chamar. São leves e refrescantes, com sabor suave e aroma discreto. No Brasil, muitas ainda colocam o nome de “tipo Pilsen”. Ou seja, eu estou falando da Brahma, Skol, Antarctica etc. É oou não é a mais consumida do público geral?!
2 – Pilsen: Essa, sim, é a Pilsen de verdade. Chamada de Pilsner ou Pils é um estilo criado na República Tcheca. Conhecida por sua cor clara, sabor suave e aroma de lúpulo.
O amargor está bem presente no seu retrogosto. Nada parecida com as nossas “tipo Pilsen”.
3 – Pale Ale: Neste caso, eles também não especificaram qual Pale Ale, já que existem outras categorias como English Pale Ale, American Pale Ale e Belgian Pale Ale, que são um pouco diferentes umas das outras. Vou considerar o estilo clássico que é o English Pale Ale, que tem o sabor de malte equilibrado e amargor moderado resultante da adição de lúpulos. É conhecida por seu aroma e sabor distinto de lúpulo, que pode variar entre cítrico, herbal e resinoso.
4 – Stout: é uma cerveja escura, intensa e versátil, com sabor forte, aroma complexo, amargor equilibrado, notas de café, chocolate e malte torrado. Também possui vários sub-estilos como a Irish Dry Stout, Russian Imperial Stout, Oatmeal Stout.
No meu ranking, ela está em primeiro.
5 – Brown Ale: é uma cerveja de cor marrom escura, com sabor suave e maltado e aroma de nozes, caramelo e baunilha. Ela tem teor alcoólico moderado e é caracterizada por seu amargor equilibrado, que é combinado com notas de malte torrado e caramelo.
É frequentemente considerada uma cerveja de transição para aqueles que estão começando a explorar cervejas mais escuras e intensas.
6 – Munich Helles: é uma cerveja da escola alemã, conhecida por sua cor clara e sabor suave e equilibrado. Tem baixo amargor e aroma discreto.
Me surpreendeu esse estilo estar entre os 10 mais populares. Ela é muito consumida na Alemanha, mas será que é assim no mundo? Acredito que a plataforma tenha bastante usuário alemão..rs
7- IPA: é uma cerveja amarga e com aroma de lúpulo, com sub-estilos que variam em teor alcoólico, amargor e aroma. Ela é apreciada por aqueles que gostam de cervejas com amargor intenso.
Se esse ranking tivesse sido feito no Brasil, entre os consumidores de cerveja artesanal, sem sombra de dúvidas, ela estaria em primeiro lugar, como aconteceu em um ranking divulgado em 2022. Clique aqui para ver.
8 – Lambic: é uma cerveja da escola belga, produzida por fermentação espontânea com leveduras e bactérias do ar local. Tem sabor ácido e complexo com notas de frutas cítricas, mel, cevada torrada e acidez. Pode ser envelhecida em barris de madeira e resultar em sabores adicionais de vinho ou whisky.
Sinceramente, no dia que Lambic for popular, acaba o mundo.
9 – Weissbier: é uma cerveja da escola alemã, feita com trigo, conhecida por sua cor dourada e seu sabor e aroma com notas de banana e cravo. É uma cerveja refrescante e fácil de beber.
Olha aí os usuários alemães fazendo a diferença mais uma vez..rs
10 – Kölsch: é conhecida por seu sabor suave e refrescante, com pouco amargor e aroma discreto.
Mais um estilo da escola alemã no top 10. Na verdade, a 10 da lista era a Guinness. Como essa é uma marca de cerveja e não um estilo, considerei o estilo que veio depois dela.
Percebeu como essa lista é bem polêmica?
Além dessa lista, eles também divulgaram o ranking com os 96 estilos de cerveja mais bem avaliados do mundo, que causou ainda mais reboliço no meio cervejeiro. Mas, esse reboliço, na minha opinião, foi por pura falta de interpretação do público.
Muitos entenderam que, naquela lista, estariam os top estilos de cerveja do mundo. Considerando a Tripel o melhor estilo do mundo. Mas, não é isso! Pelo meu entendimento, das cervejas que foram avaliadas na plataforma, eles selecionaram as que tiveram melhor pontuação dos usuários. Das Tripel avaliadas, a maioria teve ótimas notas, chegando à melhor média, 4,3 pontos.
Confira os 10 estilos que tiveram as melhores notas:
1 – Tripel; 2- Dubel; 3- Weissbier; 4 – Lambic; 5 – Chodské pivô (nunca ouvi falar, mas pesquisei e é uma cerveja da República Tcheca. Não acredito que seja um estilo); 6- Imperial Stout; 7 – Helles; 8 – Belgian Blond Ale; 9- Pilsner; 10 – Witbier.
Uma observação para os ipeiros de plantão: os únicos estilos de IPA que apareceram foi a New England IPA em 33º lugar e a Black IPA em 69º lugar.
Com essa lista aí dá pra desconfiar que a maior parte do público do site sejam belgas e alemães, afinal, dos 10 melhores, cinco são do estilo belga e 3 da escola alemã.
Não concorda com essa lista? Então, vai no post do meu insta e me conta qual é seu estilo preferido e vamos fazer nosso próprio ranking.:) Clique aqui para ir para o post.
Para conferir as listas completas, acesse os links abaixo.
No #tbt de hoje, a gente vai passar na terra da Pilsen, onde tudo começou e onde eu tomei a melhor cerveja da minha vida. Eu estou falando da cidade de Pilsen, que fica na República Tcheca. Por lá, eu fui no Museu da Cerveja, andei pela cidade subterrânea e fui conhecer a fábrica da cerveja Pilsner Urquell, a primeira Pilsen do mundo!
Onde ir
A cidade de Pilsen fica a 100km de Praga. Por isso, quando estávamos em Praga, optamos por fazer um bate e volta para Pilsen. Foi um passeio de um dia inteiro que vale cada segundo.
Museu da Cerveja
Primeiro, começamos o dia no Museu da Cerveja, que fica no centro histórico de Pilsen e funciona em uma antiga fábrica de cerveja dos anos 1400. O passeio é gerido pela Pilsner Urquell. Aliás, nós compramos o ingresso conjugado para esses três passeios que vou falar aqui.
No museu, a gente encontra muita história da cerveja, tem simulação de como eram os pubs de Pilsen, tem um forno de malte, um laboratório, tem diversos utensílio e roupas que eram usadas antigamente, além de outras curiosidades sobre cerveja.
Tem até um modelo de cervejaria a vapor que dizem que ainda funciona e é capaz de produzir trinta litros de cerveja de uma só vez.
No final, tem uma lojinha cheia de cervejas Tchecas dos mais variados estilos.
É um passeio muito gostoso e curioso. Esse tour você faz sozinho.
Cidade Subterrânea
Bem ali pertinho começa o tour da cidade subterrânea. Esse, tem que ser acompanhado, tem que usar equipamentos de segurança, é bom ir com blusa de frio porque, independente do calor lá fora, pode fazer até 6° lá embaixo, além de ser bastante úmido, tem até algumas partes bem molhadas. O passeio não é recomendado para quem tem claustrofobia. Eu tenho, mas eu vi que que os corredores não eram tão apertados assim e segui o passeio, tinham uns muito largos inclusive. Para quem já entrou nas minas de Ouro Preto, os corredores da cidade subterrânea era gingantes…rs!
São 800m de passeio, apesar desse núcleo histórico subterrâneo de Pilsen abranger uma extensão total de cerca de 19 km, a uma profundidade de 9 a 12 metros abaixo da superfície.
Essa cidade subterrânea foi construída no século 14 que tinha a função de esconder de comida a cerveja e também possuía estabelecimentos artesanais. A visita nos faz ter uma ideia de como era o dia-a-dia de uma cidade medieval.
É um passeio muito interessante e intrigante. Como constroem uma cidade debaixo de outra cidade?
Por falar em Pilsen, como já tínhamos os ingressos comprados com horário, não deu tempo de conhecer a cidade que parece linda!
Onde beber
Pilsner Urquell
Enfim, chegamos na nossa última e tão esperada parada em Pilsen, na fábrica da Pilsner Urquell. A cervejaria tem um tour que faz você viajar no tempo, mostra desde os maquinários antigos até os moderníssimos utilizados hoje.
Só pra contextualizar a importância da Pilsner Urquell. Lá em 1839, a maioria das cervejas produzidas na Boêmia, região da atual República Tcheca, eram de alta fermentação (Ales), de cor escura e turvas, padrão de sabor e qualidade muito irregular, o que causava insatisfação dos consumidores locais. Foi então que nesta época, se fundou na cidade de Plzen (Pilsen), na província da Boêmia, a “Bürger Brauerei” (cervejaria dos cidadãos).
Em 1842, a Bürger Brauerei contratou o conhecido cervejeiro Josef Groll, alemão, para produzir a primeira leva de uma cerveja que daria início a um novo estilo. Esta cerveja foi a Pilsner Urquell, uma cerveja de cor dourada, límpida e brilhante. Nasceu, então, a primeira Pilsen do mundo revolucionando a história da cerveja e da humanidade, afinal, é o estilo mais consumido do mundo. Aliás, “Urquell” significa Original, Pilsen Original.
Está entendendo o quanto a Pilsner Urqell é importante para a história da cerveja?
Hoje, quem produz a Urquell é a Plzenky Prazdroj, a maior cervejaria da República Tcheca. Produz várias marcas de cerveja, mas, o seu carro-chefe é a queridinha Pilsner Urquell.
A entrada da fábrica da cervejaria Plzenky Prazdroj já é histórica. Foi inaugurado em 1892 e, hoje, é a imagem que vemos na tampinha da garrafa e no selo que eles usam como marca.
O espaço é muito grande. Ali fica o museu da Urquell, a fábrica de diversas cervejas, uma loja de souvenir e cervejas e um bar.
O tour começa no museu, por onde um guia leva você para ver apresentações modernas com cinema panorâmico mostrando todo o processo de fabricação de cerveja. É contada a história da Pilsner Urquell e de Josef Groll.
Em seguida, passa pelas instalações originais de 1842. Incrível como, naquela época, já era tudo muito grande. Eles mantém como era!
Tanque de fermentação
Em seguida, passa pelas instalações atuais que, inclusive, está com a produção ativa, com funcionários trabalhando. É de cair o queixo aqueles tanques de cobre e de aço inoxidável gigantes e tudo perfeito, organizado e limpinho!
E, enfim, chega a melhor parte: um paraíso para qualquer cervejeiro. As galerias subterrâneas da fábrica, onde a gente anda por túneis cobertos de gelo, muito úmido e frio!
Por ali, a Pilsner Urquell fica maturando dentro de enormes barris de carvalho revestidos internamente com piche, em temperaturas bem baixas, assim com ela era feita antes.
A gente recebe um copo lindo por sinal, que não pode ser levado (vi brasileiro levando). Eles servem a cerveja não filtrada e não pasteurizada, geladinha, direto do barril para o nosso copo.
Essa é a melhor cerveja que já tomei na vida. Perfeita! E detalhe, é o único lugar no mundo onde você pode tomar essa cerveja assim. Você pode até comprar a garrafa da Urquell, que também é maravilhosa! Mas, experimentar essa cerveja com os sabores e aromas que sentimos, só indo em Pilsen.
Depois de servido, a gente é levada para uma caverna que fica ao lado dos barris, com mesas para podermos degustar com calma essa preciosidade. O lugar é tão frio que a cerveja se mantem geladinha até a última gota!
E pra finalizar, somos deixados na loja com muitas tentações da marca.
Como ganhamos um chope na Urquell por ter comprado o ingresso da cidade subterrânea, paramos no restaurante da Urquell, uma espécie de biergarten da fábrica e aproveitamos para tomar mais Urquell.
Uma Pilsen perfeita que não dá vontade de parar de tomar. Até a espuma é perfeita.
Para comer
Na correria, só deu tempo para parar em uma lanchonete e pegar um Pretzel recheado que eu amo!
Para quem não conhece, Pretzel ou Bretzel é um tipo de pão muito popular entre as populações de língua alemã, sendo portanto bastante difundido na Alemanha, Áustria e outras regiões. Em forma de nó, ele é assado assado e costuma ser crocante por fora e macio por dentro. É muito saboroso. Pode ser doce ou salgado. Na maioria das vezes que comi, foi puro. Mas, na lanchonete que passamos tinha recheado.
Para pegar e sair andando e comendo pelas ruas de Pilsen, porque nosso tempo estava contado, eu escolhi o recheado de muçarela e peito de peru. Tava bom!
Que passeio meus amigos! Tudo que eu amo, história, cerveja boa e pretzeeeeel! Espero que tenha viajado junto comigo nessa.
Até o próximo #TBT! Vou tirar umas férias dessa coluna, mas volto. Um spoiler? No próximo #TBT, vamos passear por Bratislava (Eslováquia). Uma cidade com muita cerveja boa e bem curiosa!
No #TBT desta semana nós vamos ter um combo: a cidade de Praga vista do alto, um relógio secular, cerveja local muito gostosa e um doce típico da cidade.
Onde ir
O ponto turístico deste #TBT deve ser um dos mais observados de Praga: o Orloj, que é um relógio astronômico medieval, feito em 1410, que fica no prédio da prefeitura de Praga, localizado na Praça da Cidade Velha.
A função do Orloj era medir as horas e ao mesmo tempo mostrar a posição dos astros celestes no contexto do sistema solar de Ptolomeu, pois em sua composição contém no centro o Sol e não a terra. A ordem dos mostradores capta o sol a nascer e a se pôr, o movimento da lua, o tempo aproximado no calendário e a posição do sol no zodíaco.
Há três círculos no mostrador, que mostram o tempo diferente. O círculo externo com algarismos Schwabacher mostra a antiga hora Tcheca. Já o círculo com números romanos, mostra a hora da Europa Central. Assim como, o círculo interno com algarismos arábicos mostra o “tempo babilônico”. Além disso, a pequena estrela no anel do zodíaco mostra o tempo sideral. É bem complexo entender esse relógio. Mas, fica esse resumo aí.
Existe uma lenda que conta que o mestre-relojoeiro foi cegado pelos vereadores da época para que ele não pudesse mais construir outro relógio parecido com esse.
Eu falei que ele é um dos pontos mais observados de Praga porque quando muda a hora do relógio, acontece um desfile dos doze apóstolos. Esse desfile se produz nas janelas superiores do Relógio Astronômico. Além dos apóstolos, outros quatro personagens aparecem: o Turco, a Avareza, a Vaidade e a Morte, um esqueleto que marca o início do desfile ao puxar uma corda.
Quando começa o desfile a praça fica lotada de turistas só para ver esse movimento que acontece nas janelas próximas ao relógio.
Outro atrativo ali é subir na torre do relógio ou torre da prefeitura. De lá é possível ter uma vista linda da praça da Cidade Velha e outros pontos turísticos da cidade.
Cerveja da rodada
Uma das cervejas que tomei pelas ruas de Praga foi a Red IPA da Sněžka. Uma cerveja bem saborosa. Os sabores e aromas de lúpulo são intensos com notas frutadas. O malte traz notas de caramelo, pão tostado e toffee. Seu amargor é moderado para alto, mas bem equilibrado e em harmonia com o dulçor dos maltes. Álcool: 6,2% e Amargor: 35 IBU
A cervejaria Sněžka é da cidade que leva o mesmo nome. Conhecida por ter a montanha mais alta da república Tcheca. Além da fábrica, onde eles fazem tour guiado, o espaço também conta com um pub e um spa com banheira de cerveja. Deve ser bem bacana!
Eles fabricam oito diferentes estilos de cerveja: Light Lager, Chope Light Lager, Dark Lager, IPA, APA, NEIPA, Red IPA e Trigo
Prato do dia
O Trdelník é um doce típico da República Tcheca. Por onde você passa em Praga, vai ter uma loja fabricando o doce na hora. E fica a rua toda com cheiro do doce.
É um doce assado em espiral, feito a partir de uma massa de farinha, água, levedura e sal. Após ser preparada, a massa é enrolada em torno de um cilindro e é assada até ficar dourada e crocante por fora, mantendo uma textura macia por dentro. O trdelník é muitas vezes polvilhado com açúcar e canela, e pode conter recheios diferentes, como frutas, chantilly, sorvete, doce de leite ou Nutella.
Eu achei gostoso, porém, grande demais. Nuh!
Espero que tenha gostado desse combo de Praga com ponto turístico, cerveja local e prato típico. Tá acabando!
O #TBTemPraga, desta vez, tem polêmica trazendo a história da Budweiser original, que não é a americana, e também tem um prédio muito maluco.
O que beber
A dica que dou para beber em Praga é a Budweiser Budvar, ou Czechvar, uma autentica Bohemian Pilsener. Dourada, brilhante, traz aromas de maltes, como cascas de pão e biscoito, e de lúpulo herbáceo e condimentado. Na boca, o amargor é médio, repetindo os aromas, com corpo médio e final levemente adocicado. Muito fácil de achar por lá!
Essa, nós tomamos no Dante’s Bitro e Bar, que fica bem próximo ao ponto turístico desse #TBT. Fizemos um pit stop lá e aproveitamos para harmonizar essa bela cerveja com uma tábua, a Mix Grill, com carne de boi, frango, porco, batatas rústicas e salada com queijo.
A tal polêmica do nome Budweiser
A Budweiser da República Tcheca travou um duelo há tempos com Anheuser-Busch (hoje, Inbev), que produz a Budweiser americana, já que ambas as cervejas têm o mesmo nome.
A cidade de Budweis, que fica na República Tcheca, produzia cervejas desde o ano de 1265 e desde o século XV era onde se fabricava a cerveja da Corte Real do Reino da Bohemia, e por isso a produção daquele local tinha o título de “Cerveja dos Reis”. Também desde o século XIII as cervejas produzidas na cidade eram conhecidas popularmente como Budweiser, seguindo um pouco da tradição desses países de nomear as cervejas com o nome do lugar. Em 1895, a cervejaria Budvar resolveu criar uma cerveja inspirada na nova invenção da cidade de Pilsen, e batizou sua novidade com o nome de Budweiser Budvar, então, pela primeira vez, a cidade tinha oficialmente uma cerveja com o nome local. Porém, somente em 1930, a cervejaria registrou sua marca Budvar.
Já a história da Budweiser americana começou quando o Sr. Busch se casou com a filha de Anheuser’s, e se juntou ao sogro para abrir uma cervejaria. Próximo dos anos 1870, antes da criação da Budweiser Budvar, Busch viajou para República Tcheca para estudar técnicas e melhorar a qualidade da sua cerveja. Durante essa visita, ele ouviu falar da cidade de Budweis e que as cervejas de várias fábricas vindas do lugar eram popularmente chamadas de Budweiser.
Depois de visitar a cidade, ele aproveitou desta ideia do nome e, inspirado pelas boas cervejas experimentadas, o cervejeiro americano criou a Budweiser nos Estados Unidos no ano de 1876. Além de usar e registar o nome para si, Busch também registrou o slogan “King of Beers”, “Rei das Cervejas”, muito semelhante ao slogan Tcheco “Cerveja dos Reis”.
Foi após os anos de 1980, quando a empresa dos Estados Unidos já era uma produtora gigante, que essa disputa ficou acirrada: a cervejaria americana reclama a marca pela antecedência do registro e a empresa Tcheca diz ter direito com base nos critérios de nomenclatura que existem desde o século XIII.
Hoje, existem centenas de processos entre as duas empresas, em diversos países. A Budweiser Budvar tem o registro para a República Tcheca, toda a Europae outros continentes fora as Américas. Em função disso, a Budweiser americana é vendida na Europa como “Bud”. Já a Budweiser americana registrou para todas as Américas, por isso, a Budweiser Budvar é encontrada aqui nas Américas com o nome de Czechvar.
Outro fato interessante é que além dessas duas cervejarias que disputam o nome, existe uma outra, a Budejovicky Mestansky, que produz desde 1795 uma cerveja que também reclama pelo nome de Budweiser. Apesar de estar na briga essa terceira empresa só pode ser vendida com os nomes 1795 ou Boheme 1795 nos rótulos.
Acredito que não haverá um desfecho para isso. Enquanto isso, a gente vai bebendo. Eu já tomei todas essas, a Bud Tcheca, a Bud Americana e a 1795. Não tem como compará-las, já que a Tcheca e a 1795 são Bohemian Pilsener e a Americana é uma American Standard Lager (não é Pilsen). Sem sombra de dúvidas, o sabor das europeias é outro. Uma delícia! Mas, cada um tem seu paladar. Só experimentando para escolher qual a sua preferida.
Onde ir
A dica de ponto turístico deste #tbt é a Casa Dançante, em checo Tančící dům. Um prédio de escritórios no centro de Praga. Ela foi construída em uma área ribeirinha, na época, vazia na qual havia um prédio que foi destruído durante o Bombardeio de Praga, em 1945. A construção iniciou em 1994 e terminou em 1996.
Entorno do prédioEm frente ao prédio
O objetivo, na época, era que o prédio se tornasse um centro cultural. Porém, não vingou e, hoje, é um prédio comercial, além de um hotel e um restaurante francês na cobertura com vista da cidade.
O edifício possui “dois corpos”, um com 99 painéis de concreto, recoberto por vidro temperado e o segundo corpo parece envolver o primeiro, o que inspirou o apelido do prédio de “Fred & Ginger”, em referência a Fred Astaire e Ginger Rogers, um casal da Era de Ouro de Hollywood que estrelou uma dezena de filmes musicais entre 1933 e 1949.
No caminho de volta para o hotel, ainda nos deparamos com uma escultura de um homem pendurado em um guarda-chuva. Praga é cheia de esculturas meio doidas assim. Essa, foi criada pelo artista Michal Trpák, nascido na República Tcheca. Faz parte do projeto “Slight Uncertainty” ou “Leve Incerteza”. “Leve” pela aparente leveza de voar e “Incerto” pela segurança desconhecida da aterrisagem. Talvez uma paráfrase a crise econômica segundo o site do artista.
Espero que tenha gostado de mais um passeio em Praga!
O #TBTemPraga desta semana aterrissa em um dos pubs mais assustadores que já fui. Aliás, como já falei, essa cidade tem muita coisa diferente quando o assunto é “tomar umas”. Já o ponto turístico é bemmm grande e histórico!
Onde beber em Praga
O Nightmare Horror Bar é uma casa temática, dedicada a filmes de terror. Quem gosta e quem já viu todos das décadas passadas, vai amar cada canto desse lugar. Já quem não curte, eu recomendo ir pois é bem legal. Mas, já aviso que vai ver personagens assustadores, tripas e sangue a mostra e outras coisas que todo filme de terror tem.
Começando pela entrada escura. Se não tivesse lido sobre a casa antes, não entraria.
Ao abrir a porta, ela dá aquela rangida de porta de filme de terror. Para chegar ao pub, tem que descer uma escada em formato de espiral, escura, com uma iluminação vermelha e uma outra piscando, com as paredes cheia de pôster de filmes clássicos de terror e com uma música de suspense. Dá medo. Mas, seguimos!
O bar é escuro e com luzes vermelhas para manter o suspense.
Em todo canto que você olha tem algum adereço como mãos sangrando, “pedaços de corpos”, quadro com pôster de filme de terror e personagens de filmes em tamanho real Até o banheiro é cabuloso. Pode tirar foto de tudo, só não pode mexer.
Mas, atenção! Nada de flash ou luz, senão, será chamado atenção como eu fui. Mas, precisava tirar foto e fazer vídeo e, alguns lugares, não tinha condições nenhuma para mostrar o que vi sem flash…rs. Valeu a pena ter sido chamada atenção.
São diversas salas, cada uma mais assustadora que a outra. Tem uma que é ainda mais sombria, com telão exibindo clipes, propagandas e trailers dos melhores filmes de terror. O som que sai de lá é assustador.
Sala de jogosGremmilin preso
Ah, e a música lá é só rock metal. Ou você esperava outra coisa? Até os atendentes se vestem na vibe do pub.
Alguns dos melhores filmes e livros de terror que você encontrará por lá incluem Jogos Mortais, O Exorcista, Uma noite alucinante, O massacre da Serra Elétrica, Gremlins, Sexta-feira 13, Invocação do Mal, A Freira, Brinquedo Assassino e, é claro, A Hora do Pesadelo (Nightmare on Elm Street), que inspirou o nome do pub.
Para beber
O pub conta com algumas cervejas artesanais. Alguns chopes locais e outros mais conhecidos como Blue Moon e Corona. Mas, o forte deles mesmo são os drinks. Não tem como contar, é uma quantidade gigantesca de opção, como shots, coquetéis, misturas, licores todos eles com nomes fazendo trocadilhos entre os filmes e as bebidas. Além de diversas bebidas de dose.
Para comer
Não sei se foi a hora que chegamos, mas, não tinha nada para comer, apenas pacote de batata chips e amendoim. Então teve que ser isso mesmo.
Que experiência legal!!! Os amantes de filme de terror com certeza vão adora. Até quem não é tão fã, vai gostar também, porque muitos personagens que estão ali são icônicos, difícil de não conhecer.
Onde ir
O ponto turístico deste TBT é o Museu Nacional de Praga (Národní Muzeum), o museu mais importante da capital tcheca.
O edifício foi construído entre 1885 e 1891. Além das exposições temporais, o Museu Nacional tem as seguintes coleções permanentes: Pré-história da Boêmia, Morávia e Eslováquia; Exibição mineralógica e litológica; Paleontologia, Osteologia e Antropologia; Zoologia; Condecoração e medalhas de países europeus.
O museu é grandioso, cheio de detalhes daquela época. É muito bonito e vale a pena a visita. Nós pegamos só a visita principal. Porém, não tirei fotos internas, pois não era permitido. Para tirar foto tinha que pagar. Preferi guardar esses euros e gastar em cerveja.
Gostou de dar mais essa voltinha comigo? Espero que sim. Até a próxima!
No dia 6 de março de 2024, o Concurso Brasileiro de Cerveja (CBC) entregou a premiação para as cervejarias vencedoras do torneio, considerado o maior concurso cervejeiro da América Latina e o maior concurso de cervejarias independentes do planeta, o CBC figura entre os três maiores do mundo.
Foram 408 cervejas premiadas, entre 4.147 amostras de 567 cervejarias de 21 Estados. A 12ª edição do CBC contou com mais de 100 jurados, de 21 países – escolhidos pela sua reconhecida experiência em avaliar a bebida. No total foram entregues 127 medalhas de ouro, 141 de prata e 140 de bronze.
Dessas 408 medalhas, 22 vieram para o estado de Minas Gerais.
Confira as medalhistas:
* Cervejaria Alta Minas = Cervejaria Funil.
Um destaque para a Cervejaria Funi (Cervejaria Alta Minas) e para a a Dakza Brewing que foram as que recebram mais medalhas. Cada uma recebeu três, uma de ouro e duas de prata.
Além da premiação ouro, prata e bronze em cada estilo, o CBC também premiou as Melhores Cervejarias do Ano, reconhecendo aquelas que se destacaram pela qualidade e inovação de seus produtos. Os resultados deste ano foram os seguintes:
1º Sabores do Malte 2º Cervejaria Leopoldina 3º Big Jack Cervejaria 4º Alem Bier 5º Opa Bier
Outro destaque foi Prêmio Mestre Cervejeiro do Ano, uma honra concedida aos profissionais que se destacaram por sua maestria na arte da fabricação de cerveja. Os vencedores deste ano foram:
1º Carlo Mioranza da Alem Bier 2º Marcos Schiavoni da Sabores do Malte 3º Rodrigo Veronese da Cervejaria Leopoldina
E a novidade deste ano ficou por conta da Nota Comercial a cada cerveja, fato inédito nas Américas. Sobre a Nota Comercial, Develon da Rocha, presidente da Semana da Cerveja Brasileira, explica que a pontuação já é adotada no vinho em todo o mundo e, a partir dessa premiação, uma revolução na avaliação das cervejas pelo público: “Ao fim do concurso, as cervejarias agraciadas poderão exibir em seus rótulos o selo de sua pontuação. Assim terão como inserir em seus rótulos esta importante informação de qualidade e prestígio aos consumidores”, conta.
O objetivo da competição, além de premiar os melhores rótulos, é entregar aos participantes um parecer técnico sobre as amostras dos produtos inscritos, possibilitando às cervejarias utilizarem estas informações para a melhora do processo de fabricação e à evolução das características de seus rótulos.
Acesse aqui o arquivo com a premiação de 2024, divulgada pela organização.
O TBT desta semana aterrissa em uma taverna que foi umas das experiências mais incríveisque tive em Praga. Aliás, Praga foi a cidade onde tive as melhores experiências cervejeiras, com os bares mais legais que fui durante essa viagem pelo Leste Europeu. E é até difícil escolher o melhor.
O local é facilmente dois em um nesse formato que criei para falar sobre as cidades que passei. Ele pode ser o “Onde ir” e o “Onde Beber” em Praga. Mas, vou deixá-lo no “Onde beber” e passar rapidamente em um ponto turístico de Praga.
Onde Beber
A Taverna Medieval U Krále Brabantského é sem dúvida uma experiência que te faz viajar no tempo. É o pub mais antigos de Praga aberto initerruptamente. Inaugurado em 1.375, situado bem perto do Castelo de Praga, ele conta com muitos mitos e lendas. Segundo o próprio pub, Mozart bebia ali.
No labirinto subterrâneo, a casa proporciona uma experiência autêntica de festa medieval com música, dança e show de malabaristas. Essa apresentação acontece em alguns dias da semana. Dizem que é muito legal. Não tivemos a oportunidade de assistir, pois, na “agenda” que fiz, só dava para ir lá no almoço, pois as noites já estavam preenchidas com lugares que só abriam à noite.
Foto e uma apresentação. Foto: Divulgação
O local
Pensa em uma taverna de um filme medieval. É exatamente o que vimos lá. Já começando pela porta, onde fica um boneco, numa espécie de porão com o braço na rua, parecendo pedir ajuda.
É um local escuro, com iluminação baixa, com as paredes feitas de pedra ou cimentadas. Com decoração cheia de coisas antigas como correntes, rodas, caixotes e cordas.
Eu fui conhecer o térreo e tive um pouco de medo. Além de escuro, durante o trajeto me deparei com um boneco estranho. Cheguei em uma sala, a Sala das Caveiras, que tinham várias caveiras cravadas na parede e no teto. Na verdade, nem sei se eu poderia estar ali, mas, essas coisas a gente não pergunta se pode, só vai.
Na parte principal, são diversas salas pequenas, com mesas de madeira com aspecto bem antigo e com vela em cima, é com essa vela que você consegue enxergar melhor o cardápio.
A atmosfera toda ali conspira para que você se transporte para outro século! Todos os garçons estão vestidos a caráter e, para servir, é igual na era medieval mesmo. O primeiro chope que você pede, o garçom vem trazer a caneca e joga com força na sua mesa, como se estivesse com raiva. Eu levei um susto! A garçonete deu uma risadinha, deve ser para eu entender que aquilo fazia parte da experiência. Os demais chopes eles traziam e batiam na mesa e viravam as costas sem tanta violência…rs. Foi divertido!
Para beber
Por falar em chope, a casa conta com dois chopes próprios o que eles chamam de Cerveja leve sem filtro, que eu acredito ser um Red Ale, e a Cerveja escura do amor, Black Lager que não pode faltar em nenhum bar de Praga. Além desses dois, lá tem a Pilsner Urquell.
Pilsner UrquellRed AleBlack Lager
Para comer
Os pratos são variados, a maioria inspirados em pratos típicos do país. Nós pedimos costela de porco defumada com mostarda e raiz forte, que veio acompanhada de pimenta, tomatinho e picles (que aparece em todos os pratos típicos de lá). É farto, o suficiente para dois.
Um detalhe? Não tem talher. Tem que comer com as mãos mesmo, sem frescura como antigamente. Mas, como eu não aguento, peguei um guardanapo. 🙂
Que experiência incrível! Voltaria lá quantas vezes precisasse. Cerveja boa, comida saborosa, atendentes alegres e atmosfera surpreendente. Eu falei no início do texto que era uma experiência completa. Tá vendo porque eu não queria colocar nenhum ponto turístico como dica de Onde ir? Mas, vamos lá.
Onde ir
A dica de onde ir desta vez é só se você tiver com tempo sobrando mesmo para ir. Antes de ir, eu li sobre, achei legal. E, se eu coloco no roteiro, acabou! Eu tenho que ir. Vou te contar o que tem lá, se achar que vale a pena, anota aí.
Eu falo da Torre Petřín (Petřínská rozhledna), conhecida como a Torre Eiffel de Praga. É o mirante mais elevado de Praga. Do seu terraço superior, a 51 metros de altura, você estará a 200 metros de altitude do rio Moldava.
A semelhança entre a Torre de Petřín e o mais importante monumento parisiense não é casual. A Torre Petřín foi construída dois anos depois que a Torre Eiffel, em 1891, inspirada na Eiffel, para a Exposição Nacional de Praga.
A Torre fica no alto do Morro Petřín, para chegar até seu topo é preciso andar por uma trilha (segura), por cerca de meia hora. É uma subida pesadinha. Diz que um funicular leva até ela. Não vi nada passando.
Ao chegar lá você se depara com um espaço tranquilo, arborizado para descansar.
No pé da torre, tem uma loja de presentes e uma cafeteria. Para subir, são 299 degraus. Estávamos tão cansados, que não tivemos animo para subir. Tiramos algumas fotos e descemos. A descida foi rápida, óbvio!
Talvez meu desanimo com o lugar foi por ter sido o último lugar do dia que visitamos. Foi um dia longo, andamos muito. E, para chegar lá, tem que andar mais ainda, só subida! Tem inclusive uma foto que tirei quando cheguei no hotel. Neste dia, andamos 20km. É trem demais. Mas, fica a dica caso esteja com tempo e disposto a subir um morro.
O #TBTemPraga de hoje vai aterrizar em um dos pontos mais famosos de Praga e é claro que não pode faltar cerveja, porém, desta vez, vai ser um pouquinho diferente e polêmica. Então, vem comigo!
Onde ir
O ponto turístico deste TBT é, também, um dos pontos turísticos mais visitados de Praga: a Charles Bridge (Ponte Carlos ou Karlův Most – em Tcheco), a ponte mais antiga de Praga e a segunda mais antiga da República Tcheca.
Charles Bridge – Parece até uma pintura
Enquanto ainda está claro, por lá, se concentra uma verdadeira multidão. Impossível conseguir tirar foto ali sem pessoas passando o tempo todo. Além de histórica e bonita, a sua vista é maravilhosa. Ali, você pode ver o Rio Maldova (em tcheco Vltava), a outra ponte e pontos turísticos como o Castelo de Praga.
A ponte liga a Cidade Velha (Staré Město) à Cidade Pequena (Malá Strana). Portanto, é certo que pelo menos uma vez você vai passar sobre ela.
Com mais de 500 metros de comprimento e 10 de largura, a Ponte Carlos é uma construção gótica e recebeu esse nome em 1870, em homenagem ao seu criador, o Rei Carlos IV, que colocou a primeira pedra em 1357. Sua construção demorou 45 anos, tanto que nem o Rei Carlos nem seu arquiteto a viram pronta.
Estátua São J. Nepomuceno
Desde 1965, a ponte é exclusiva para pedestres. Ao longo a da ponte, é possível encontrar 30 estátuas construídas no início do século XVII, muitas delas são cópias, já que as originais estão no Museu Nacional de Praga e em Vyšehrad. Quase todas representam santos e patronos venerados da época.
A estátua de São João Nepomuceno é a mais procurada e fotografada na ponte, pois, há uma lenda que diz que a pessoa que colocar a palma da mão na cruz de madeira e que cada dedo toque uma das estrelas, terá seus desejos realizados. Onde fica a estátua é o ponto de onde o então bispo de Praga foi jogado como punição por não querer revelar a confissão da Rainha Sofia.
Ao andar pela ponte, além das estátuas, é possível ver artistas de rua dos mais diferentes segmentos, como pintores, músicos, vendedores entre outros.
Uma curiosidade é que cenas dos filmes Missão Impossível (1996), com Tom Cruise, e Homem Aranha longe de casa, estrelado por Tom Holland, foram feitas na ponte.
Cena do filme Homem Aranha na Ponte Charles Bridge
Não precisa nem falar como ela fica linda à noite, né?! Além de ter menos movimento, a vista do Castelo de Praga é de tirar o fôlego!
Vista do Castelo de Praga à noite
Ali, também fica a famosa Torre da Cidade Velha que já falei aqui. Clique aqui para ver!
Cerveja da Rodada
A cerveja que levei para apreciar a ponte foi a Desperados Original – Tequila, muito comum nas vendinhas de Praga.
A Desperados Original é uma Lager clara com um toque de tequila. É uma cerveja diferente, só tomando mesmo para saber. Sente-se a tequila bem de leve tanto no sabor quanto no aroma, onde também se sente frutas cítricas e notas de limão. Seu ABV é de 5,9% e leva em sua composição: água, malte de cevada, lúpulo, levedura, açúcar, ácido cítrico, extrato de lúpulo e compostos aromáticos (75% Tequila).
A cerveja foi criada e produzida pela cervejaria francesa Fischer Brewery mas, agora, é produzida pela Zlatý Bažant Brewery (Eslováquia), uma subsidiária da Heineken.
Por falar nisso, a Heineken chegou a vendê-la no Brasil, em 2012, porém, sua venda foi descontinuada. Eu lembro de ter tomado, mas não lembro se gostei da versão dela pra cá. E, na época, como não lia rótulo, eu jurava que era cerveja mexicana.
Outra curiosidade sobre ela é que, em 2017, a Heineken foi ameaçada de ser processada no México por vender uma cerveja com sabor de tequila. O Conselho Regulador de Tequila do país entendia que era publicidade enganosa, já que a cerveja é feita em barris embebidos na tequila, e não contém quantidades suficientes para ser chamada de tal, conforme legislação local.
Algumas das cervejas que a Desperados já teve ou tem: Desperados Mojitos, com tequiça e enriquecida com o sabor dos elementos mojito: cal e menta refrescante; Desperados Lima, com sabor de tequila e o frescor do cacto e da lima; Desperados Sangue, com tequila e aroma de uva vermelha, com notas refrescantes de sangria.
Espero que tenha gostado de mais um passeio comigo em Praga com cerveja e suas curiosidades. Semana que vem tem mais!
Ôoo como eu estava com saudades dos meus #tbt’s pela Europa. Com ele, além de mostrar as belezas lá de fora, dar dicas de locais para visitar e para beber, eu aproveito para matar a saudade dessas viagens.
Essa temporada, eu vou relembrar a viagem que eu fiz, em 2022, para o Leste Europeu, onde passei por Praga e Pilsen (República Tcheca), Bratislava (Eslováquia), Viena (Áustria) e Budapeste (Hungria). Vou seguir a mesma sequência por países que passei. Assim, se quiser usar como roteiro, fique à vontade!
Então, que tal estacionarmos em Praga por algumas semanas?
Já adianto aos cervejeiros de plantão que das quatro capitais por onde passei, Praga é sem sombra de dúvidas a melhor. São vários os fatores: Cervejas mais baratas, lojinhas para comprar cerveja “fria” (lá não tem cerveja gelada) até altas horas e os locais onde bebemos foram os melhores no sentido de bom mesmo e excêntricos! Acompanhe que me entenderão!
Outro detalhe: O consumo de cerveja na República Tcheca é o maior do mundo. O país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo da bebida com uma média de 142 litros de cerveja per capita por ano.
O #TBTemPraga começa com um ícone cervejeiro de Praga.
Onde beber
Pivovar U Fleků
A cervejaria U Fleků e a única cervejaria da Europa Central com produção contínua há mais de 500 anos. Ou seja, sobreviveu a guerras, nazismo e comunismo. A cervejaria ganhou a fama graças a sua especialidade em fabricar cerveja Lager preta, não filtrada e não pasteurizada, conhecida por lá como Flekovský ležák 13º. Ela tem um alto grau de vitamina B e pode ser armazenada por, no máximo, três semanas. Por isso, é uma cerveja única, que não pode ser encontrada em nenhum outro lugar.
O local
Do lado de fora, você já observa o quão é antiga a casa, datada de 1499, com um relógio antigão também.
Ao entrar, você se sente não, você está em uma taverna medieval com algumas decorações da época e bem espaçosa.
São oito salas temáticas, com 1.200 lugares. Como as portas estavam todas fechadas e sempre tinha alguém observando, eu não me atrevi a entrar em nenhuma sala para ver. Fomos direto para a parte externa, como se fosse um varandão com muitas árvores e com mesas e bancos compartilhados.
Além do ambiente agradável, fica um músico tocando acordeom com músicas típicas e caminhando entre as mesas e de um ambiente para outro. O garçom fica de olho no seu copo. Acabou o último gole, ele já repõe. Então, se não quiser beber muito, fica esperto! Além disso, passa garçons o tempo todo oferecendo um licor, que dizem ser fortíssimo, chamado schnaps. Não quis provar.
A produção da cerveja é feita ali mesmo, no andar de cima. Recomendo assistir a esse vídeo para ver como funciona a produção lá. Louco por viagem em na UFleku
Para beber
Como falei, a casa se destaca por produzir, exclusivamente, sua cerveja escura. Então, não pense que vai chegar lá e ver muitas opções.
Apesar de ler muito que lá só tinha a cerveja escura, quando cheguei, tinha a clara também. Ou seja, são somente duas opções de cerveja a Lager Escura/Dunkel, que é uma Dark Lager e a Lager clara/Helles, que é uma Light Lager. Qualquer uma custa 69 Coroas Tchecas, o que equivale, hoje, a R$15, 500ml.
Aliás, em qualquer lugar que você for em Praga vai ter a tal Dark Lager (você vai perceber isso durante meus #TBTem Praga! Eu adoro, não achei ruim.
A Flekovský ležák 13ºé bem gostosa e leve. É uma Dunkel, bem fácil de tomar. No aroma, sente-se notas de nozes, café e chocolate. E no sabor, é possível sentir um maltado, caramelo e chocolate, e um final levemente tostado. O amargor é bem leve.
Ambas são servidas bem frescas, já que saem dali mesmo a produção e são sempre servidas em chope.
Para comer
O restaurante também é reconhecido pela renomeada cozinha da Boêmia antiga, com pratos típicos tchecos e algumas opções vegetarianas. A comida é servida super rápido e é muito gostosa! Nós pedimos pescoço de porco defumado, com salpicão, mostarda, um molho de raiz-forte, cebola em conserva e pão. E pedimos babata frita a parte.
Estava tudo muito gostoso, ambiente agradável, cerveja boa e comida saborosa! Recomendo demais e voltaria fácil!
Onde ir
Os pontos turísticos deste #TBTemPraga vai ser alguns lugares que passamos na volta do restaurante. Mas só passamos mesmo e tiramos fotos, pois já estávamos cansados.
Fonte Kranner (Krannerova kašna)
Monumento neo-gótico criado por Josef Kranner. Bem detalhado, o monumento tem a forma de um tanque poligonal com dezesseis figuras das regiões tchecas em seus pilares.
Teatro Nacional (Národní divadlo)
Teatro nacional que exibe conjuntos artísticos como ópera, balé e teatro. Seu prédio possui uma arquitetura bem detalhada por fora que chama atenção. Para informações de visitas e programações, acesse o site da National Theatre.