O #tbt de hoje é de um lugar que conheci em Buenos Aires e que achei massa demais: a Buller Brewing Co., uma das pioneiras da cerveja artesanal na Argentina.
Eles têm duas casas em Buenos Aires, mais a cervejaria que fica afastada da cidade.
Fui na que fica em Recoleta, que existe desde 1999 e é referência entre os bebedores de cerveja artesanal em Buenos Aires.
Achei muito lindo por dentro. Dá a impressão de estarmos em um container.
Do lado de fora, o ambiente é mais gostoso ainda.
As torneiras personalizadas são de dar inveja em qualquer pub.
E os canos de inox, atrás das torneiras (lindos), indicam que o chope é tirado na hora, fresquinho.
Por falar em chope, a variedade da Buller é bem grande. São diversos estilos. Cada um mais gostoso que o outro e muito bem feitos. Qualidade boa. Quando fui, estavam engatados: Golden, Hefe Weizen, Honey, Amber Ale, IPA, Irish Red, Nitro Irish, Session IPA e Stout.
Além dos chopes próprios, tinham chopes da Warsteiner (Alemanha) e Grolsch (Holanda). Todos os chopes são servidos em temperatura ambiente.
Eles têm um cardápio cheio de petiscos. Mas estávamos sem fome.
Fomos só para tomar alguns chopes, para dar uma refrescada. Afinal, tínhamos acabado de rodar por horas pelo Cemitério da Recoleta.
Falando nele, esse será o ponto turístico desse #tbt.
A princípio achei meio estranho um cemitério ser um dos principais pontos turísticos de uma cidade. Mas, quando cheguei lá, entendi. Alguns túmulos são verdadeiras obras primas, outros são medonhos e alguns bem grandes.
Ele é um dos cemitérios mais visitados do mundo, ao lado do parisiense Pere-Lachaise.
Sua fama é justamente pelo luxo das lápides e da ostentação dos túmulos, retrato do bom momento econômico vivido pela Argentina no início do século XIX. Atualmente acontecem poucos enterros no local devido ao pouco espaço livre disponível e o alto preço do terreno.
Cada proprietário deve pagar uma taxa mensal de administração. O metro quadrado mais caro da cidade está localizado dentro do Cemitério da Recoleta. Que coisa, não?!
A cidade de mortos dentro de uma cidade foi construída em 1822, como o primeiro cemitério público da cidade. Porém, com o tempo, o bairro começou a tornar-se de “classe alta”, e o cemitério converteu-se no local preferido para enterros das famílias com mais posses.
Encontram-se túmulos de personalidade que participaram da história argentina, como importantes políticos (Evita Perón), escritores (Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares), médicos, artistas, prêmios Nobel (Carlos Saavedra Lamas e Luis Federico Leloir), esportistas e empresários.
No total, são mais de 4.000 abóbadas e mausoléus de mármore decorados com estátuas e outros detalhes, que se encontram em ruas estreitas, nos dão a impressão de estarmos em uma cidade (sombria).
O cemitério fica cheio de gente transitando para conhecer aquela ostentação. Todos procuram pelo túmulo da Evita. Não existem placas indicando. Tem que dar sorte de achar. Achei, e não tem nada demais nele. É de granito e está cheio de flores e placas de homenagem.
O que achei mais cabuloso foi o túmulo de Liliana Crociati. Li que ela morreu numa avalanche durante sua lua de mel na Áustria. No mesmo dia, separado por mais de 14 mil quilômetros de distância, seu cachorro Sabú também faleceu. Seu pai fez um mausoléu que imita o quarto que Liliana tinha em vida. Sua escultura é a única do cemitério acompanhada por um cachorro.
Aiêê! Eu não gostaria de ver essa estatua de alguém da minha família assim.
Se deixar, conto história aqui até amanhã!
Espero que tenha gostado!