#TBTemPilsen: Fábrica da Pilsner Urquell, a melhor cerveja que eu já tomei na minha vida!

No #tbt de hoje, a gente vai passar na terra da Pilsen, onde tudo começou e onde eu tomei a melhor cerveja da minha vida. Eu estou falando da cidade de Pilsen, que fica na República Tcheca. Por lá, eu fui no Museu da Cerveja, andei pela cidade subterrânea e fui conhecer a fábrica da cerveja Pilsner Urquell, a primeira Pilsen do mundo!

A cidade de Pilsen fica a 100km de Praga. Por isso, quando estávamos em Praga, optamos por fazer um bate e volta para Pilsen. Foi um passeio de um dia inteiro que vale cada segundo.

Museu da Cerveja

Primeiro, começamos o dia no Museu da Cerveja, que fica no centro histórico de Pilsen e funciona em uma antiga fábrica de cerveja dos anos 1400. O passeio é gerido pela Pilsner Urquell. Aliás, nós compramos o ingresso conjugado para esses três passeios que vou falar aqui.

No museu, a gente encontra muita história da cerveja, tem simulação de como eram os pubs de Pilsen, tem um forno de malte, um laboratório, tem diversos utensílio e roupas que eram usadas antigamente, além de outras curiosidades sobre cerveja.

Tem até um modelo de cervejaria a vapor que dizem que ainda funciona e é capaz de produzir trinta litros de cerveja de uma só vez.

No final, tem uma lojinha cheia de cervejas Tchecas dos mais variados estilos.

É um passeio muito gostoso e curioso. Esse tour você faz sozinho.

Cidade Subterrânea

Bem ali pertinho começa o tour da cidade subterrânea. Esse, tem que ser acompanhado, tem que usar equipamentos de segurança, é bom ir com blusa de frio porque, independente do calor lá fora, pode fazer até 6° lá embaixo, além de ser bastante úmido, tem até algumas partes bem molhadas. O passeio não é recomendado para quem tem claustrofobia. Eu tenho, mas eu vi que que os corredores não eram tão apertados assim e segui o passeio, tinham uns muito largos inclusive. Para quem já entrou nas minas de Ouro Preto, os corredores da cidade subterrânea era gingantes…rs!

São 800m de passeio, apesar desse núcleo histórico subterrâneo de Pilsen abranger uma extensão total de cerca de 19 km, a uma profundidade de 9 a 12 metros abaixo da superfície.

Essa cidade subterrânea foi construída no século 14 que tinha a função de esconder de comida a cerveja e também possuía estabelecimentos artesanais. A visita nos faz ter uma ideia de como era o dia-a-dia de uma cidade medieval.

É um passeio muito interessante e intrigante. Como constroem uma cidade debaixo de outra cidade?

Por falar em Pilsen, como já tínhamos os ingressos comprados com horário, não deu tempo de conhecer a cidade que parece linda!

Pilsner Urquell

Enfim, chegamos na nossa última e tão esperada parada em Pilsen, na fábrica da Pilsner Urquell. A cervejaria tem um tour que faz você viajar no tempo, mostra desde os maquinários antigos até os moderníssimos utilizados hoje.

Só pra contextualizar a importância da Pilsner Urquell. Lá em 1839, a maioria das cervejas produzidas na Boêmia, região da atual República Tcheca, eram de alta fermentação (Ales), de cor escura e turvas, padrão de sabor e qualidade muito irregular, o que causava insatisfação dos consumidores locais. Foi então que nesta época, se fundou na cidade de Plzen (Pilsen), na província da Boêmia, a “Bürger Brauerei” (cervejaria dos cidadãos).

Em 1842, a Bürger Brauerei contratou o conhecido cervejeiro Josef Groll, alemão, para produzir a primeira leva de uma cerveja que daria início a um novo estilo. Esta cerveja foi a Pilsner Urquell, uma cerveja de cor dourada, límpida e brilhante. Nasceu, então, a primeira Pilsen do mundo revolucionando a história da cerveja e da humanidade, afinal, é o estilo mais consumido do mundo. Aliás, “Urquell” significa Original, Pilsen Original.

Está entendendo o quanto a Pilsner Urqell é importante para a história da cerveja?

Hoje, quem produz a Urquell é a Plzenky Prazdroj, a maior cervejaria da República Tcheca. Produz várias marcas de cerveja, mas, o seu carro-chefe é a queridinha Pilsner Urquell.

A entrada da fábrica da cervejaria Plzenky Prazdroj já é histórica. Foi inaugurado em 1892 e, hoje, é a imagem que vemos na tampinha da garrafa e no selo que eles usam como marca.

O espaço é muito grande. Ali fica o museu da Urquell, a fábrica de diversas cervejas, uma loja de souvenir e cervejas e um bar.

O tour começa no museu, por onde um guia leva você para ver apresentações modernas com cinema panorâmico mostrando todo o processo de fabricação de cerveja. É contada a história da Pilsner Urquell e de Josef Groll.

Em seguida, passa pelas instalações originais de 1842. Incrível como, naquela época, já era tudo muito grande. Eles mantém como era!

Tanque de fermentação

Em seguida, passa pelas instalações atuais que, inclusive, está com a produção ativa, com funcionários trabalhando. É de cair o queixo aqueles tanques de cobre e de aço inoxidável gigantes e tudo perfeito, organizado e limpinho!

E, enfim, chega a melhor parte: um paraíso para qualquer cervejeiro. As galerias subterrâneas da fábrica, onde a gente anda por túneis cobertos de gelo, muito úmido e frio!

Por ali, a Pilsner Urquell fica maturando dentro de enormes barris de carvalho revestidos internamente com piche, em temperaturas bem baixas, assim com ela era feita antes.

A gente recebe um copo lindo por sinal, que não pode ser levado (vi brasileiro levando). Eles servem a cerveja não filtrada e não pasteurizada, geladinha, direto do barril para o nosso copo. 

Essa é a melhor cerveja que já tomei na vida. Perfeita! E detalhe, é o único lugar no mundo onde você pode tomar essa cerveja assim. Você pode até comprar a garrafa da Urquell, que também é maravilhosa! Mas, experimentar essa cerveja com os sabores e aromas que sentimos, só indo em Pilsen.

Depois de servido, a gente é levada para uma caverna que fica ao lado dos barris, com mesas para podermos degustar com calma essa preciosidade. O lugar é tão frio que a cerveja se mantem geladinha até a última gota!

E pra finalizar, somos deixados na loja com muitas tentações da marca.

Como ganhamos um chope na Urquell por ter comprado o ingresso da cidade subterrânea, paramos no restaurante da Urquell, uma espécie de biergarten da fábrica e aproveitamos para tomar mais Urquell.

Uma Pilsen perfeita que não dá vontade de parar de tomar. Até a espuma é perfeita.

Na correria, só deu tempo para parar em uma lanchonete e pegar um Pretzel recheado que eu amo!

Para quem não conhece, Pretzel ou Bretzel é um tipo de pão muito popular entre as populações de língua alemã, sendo portanto bastante difundido na Alemanha, Áustria e outras regiões. Em forma de nó, ele é assado assado e costuma ser crocante por fora e macio por dentro. É muito saboroso. Pode ser doce ou salgado. Na maioria das vezes que comi, foi puro. Mas, na lanchonete que passamos tinha recheado.

Para pegar e sair andando e comendo pelas ruas de Pilsen, porque nosso tempo estava contado, eu escolhi o recheado de muçarela e peito de peru. Tava bom!

Que passeio meus amigos! Tudo que eu amo, história, cerveja boa e pretzeeeeel! Espero que tenha viajado junto comigo nessa.

Até o próximo #TBT! Vou tirar umas férias dessa coluna, mas volto. Um spoiler? No próximo #TBT, vamos passear por Bratislava (Eslováquia). Uma cidade com muita cerveja boa e bem curiosa!

#TBTemPraga: Saideira em uma balada na cervejaria e Portão da Pólvora

O último #TBTemPraga vai fechar com chave de ouro nossa passagem por essa cidade que eu tanto amei conhecer. Como já disse antes, Praga foi a cidade do Leste Europeu que tive mais experiência diferentes, passamos por Bratislava- Eslováquia, Viena- Áustria e Budapeste -Hungria. E para terminar, porque não uma balada a noite em uma fábrica de cerveja em funcionamento? Ahh, Praga! E vamos passar também por um ponto turístico bem simbólico da cidade que é a Torre ou Portão de Pólvora.

Onde beber

Se eu te falasse que existe uma fábrica de cerveja em funcionamento que produz cerveja de dia e de noite, ainda com a produção em andamento, abre as portas para virar uma balada e os chopes são tirados direto do fermentador? Sim esse lugar existe, fica em Praga e chama DVA Kohouti.

Quando eu vi que existia um bar dentro de uma fábrica de cerveja, logo me animei. Mas isso, é comum por aqui no Brasil. Os nossos famosos Brewpubs, onde a fábrica fica no mesmo espaço do bar. Mas, normalmente, aqui, as cervejas são tiradas dos fermentadores, passadas para um barril, que ficam na câmara fria para serem servidos em uma torneira separada. E os locais onde bebemos é um bar ou restaurante, mais de boa, e sem muita aproximação dos tanques.

Esse foi o primeiro detalhe que notei. As torneiras dos chopes que ficam na bancada estão conectadas diretamente nos tanques da fábrica. Além disso, alguns chopes são tirados diretos dos fermentadores que ficam posicionados estrategicamente onde o atendente pode tirá-lo direto para o seu copo.

Ou seja, todos os chopes são servidos muito frescos, em sua forma mais pura, sem nenhuma “viagem”, sem passar por barris, indo do tanque para a sua caneca. E como eles tomam em temperatura ambiente, eles não veem a necessidade de deixar o chope em um barril, numa câmara fria!

Um outro detalhe, esse foi o que mais surpreendeu, não é simplesmente uma fábrica com um bar. É uma fábrica com balada! A medida que as pessoas vão bebendo e ficando mais animadas, elas levantam e ficam todas de pé, conversando, dançando, algumas sobem em cima das mesas, dos bancos, enlouquecidas, com o dj mais doido que os clientes mandando ver no som altão. Aliás, o Dj fica entre dois tanques que fazem parte da fábrica…rs

Aqui, as pessoas ainda estavam de boa!

E eu fiquei só imaginando as leveduras tendo que trabalhar nessa confusão toda. Isso é um trabalho insalubre…rs

E dá para ver que a fábrica está a todo vapor, com as luzes do painel de comando todas acesas. Para separar as pessoas dos tanques de produção, colocaram apenas um cano passando na horizontal. Dá para ver que é tudo muito limpo no espaço da fábrica e todos respeitam o limite.

Aqui, no Brasil, já sabe né? Fora que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), responsável pela fiscalização desses estabelecimentos, jamais permitiria que uma fábrica funcionasse assim.

Do lado de fora da fábrica boate tem algumas mesas e cadeiras em um jardim supertranquilo a céu aberto. Você não imagina o que está rolando lá dentro. A acústica é muito boa. Enquanto isso, lá dentro, nas mesonas compartilhadas, o pau tá quebrando.

Por lá, são oferecidos 10 diferentes chopes. Tem para todos os gostos: Lager, Sour, APA, Schwarzbier, IPA, Pale Ale, etc. Experimentamos alguns e gostamos de todos que bebemos. 

O esquema para pegar o chope não é muito organizado, mas, funciona. Entra na fila e paga, entra em outra fila e pega seu chope, tudo no mesmo espaço. E a fila oscila bem. Tinha hora que estava vazio, outra hora cheio, com gente dançando, gente passando e gente na fila, tudo no mesmo espaço.

Não vi cardápio de comida lá. Mas, do lado de fora, no mesmo pátio, tinha uma hamburgueria onde comemos antes de entrar. Parece que é parceira da fábrica.

Que experiência! A energia do lugar é sensacional. Percebe-se que a maioria ali é de moradores locais, não fica em bairro comum para turista. Acho que por isso, estão mais à vontade. Eu só achei esse lugar porque pesquise antes. Nós gostamos tanto que, para variar, só saímos quando já estavam passando a vassoura.


Para fechar essa passagem em Praga, eu não poderia deixar de falar das famosas lanchonetes turcas (Kebabs) que nos salvaram em algumas noites. Tem de tudo, sanduiche, prato pronto, hamburguer e os Kebabs.

Como a gente andava muito durante o dia, até anoitecer, e como anoitecia muito tarde, lá pelas 21h, perdíamos a noção de tempo. Pegamos a cozinha fechada algumas vezes ou não tinha muita opção mesmo. A gente acabava em alguma lanchonete dessas, forrando o estômago com uns Kebabs muito saborosos. Nós escolhíamos os de caixa, bem saudáveis, com salada a nossa escolha, carne e molhos. E claro, com a cervejinha de alguma vendinha de chinês que persistia até alta madrugada.

Aliás, das quatro cidades (quatro países diferentes) que passamos, Praga foi a única que conseguíamos ficar madrugada a dentro na rua, tomando umas cervejas das vendihas e vendo o movimento passar. Muitos jovens zanzando pela rua também. A noite de Praga foi a mais agitada!

Aí vão algumas das cervejas que tomamos nessas madrugadas. Tudo temperatura ambiente, apesar de tirarmos do freezer.


Onde ir

Torre da Pólvora ou Portão da Pólvora (Prasna Brána) é uma torre gótica que fica em Praga. É uma das portas originais da cidade.

A torre foi construída em 1.475, como uma das 13 portas da muralha fortificada que davam acesso à cidade. Em 1.571 foi destruída por um devastador incêndio, mas em pouco tempo foi reconstruída. Anos mais tarde, durante o século XVII, a torre começou a ser usada como local de armazenamento de pólvora, o que acabou lhe rendendo o nome pelo qual é conhecida até hoje.

Para os mais curiosos como eu, é possível entrar na torre e subir até seu topo e contemplar a “Cidade das Cem Torres”

No seu interior, você poderá ver uma exposição sobre a história de Praga e suas torres. Hoje, a Torre da Pólvora é um dos mais valiosos monumentos arquitetônicos de Praga.

#TBTemPraga: Muro em homenagem a John Lennon e taverna medieval com pratos típicos e cerveja local

O #TBTemPraga desta semana é só para fãs: fãs de Beatles e de restaurante temático com comidas típicas e cerveja local. Eu estou falando do Lennon Wall (Muro de Lennon) e da famosa taverna medieval U Pavouka em Praga.

Onde beber

A dica de onde beber cerveja especial em Praga desta vez é em mais uma taverna medieval: a U Pavouka (A Aranha).

Sua entrada fica em uma galeria, mas tem uma plaquinha na porta que dá para saber que é ali que o restaurante fica.

Ao entrar, você já sente a atmosfera do local, com a decoração totalmente medieval, tanques de cerveja antigos feitos de cobre e músicas daquela época.

A casa conta com dois ambientes. Tem o externo que não tem nada demais, com várias mesas espalhadas em um espaço aberto com vista para a calçada que é passagem comum de pedestres. Eles chamam de jardim de verão.

Já a parte interna, é o charme da casa. Com a decoração 100% medieval preparada para receber os shows medievais. Não participamos do show, por causa do horário, preferimos bater perna até tarde, mas conseguimos acesso a esse espaço pois é passagem para o banheiro. Acredito que, quando há shows, deve ter que usar outro banheiro. Vejas as fotos que legal!

A apresentação acontece todos os dias, duas vezes no dia e conta com espadachins, malabaristas e dançarinas do ventre, acompanhados de música contemporânea, vinho, cerveja e pratos típicos que te fazem entrar no espírito da época, já que têm que ser comidos com as mãos.

Para beber

São quatro opções de chopes locais da Staropramen: Lager não filtrada (observe como ela é opaca), Light Lager, Dark Lager e Sem Álcool. Servidas em canecas de 300ml, 500ml ou 1 litro. Experimentei a Lager e a Dark Lager (pra variar…rs). Todas bem frescas e servidas em temperatura ambiente como de costume.

Curiosidade: A Cervejaria Staropramen (Pivovary Staropramen) nasceu no distrito de Smíchov, em Praga, em 1869. É a segunda maior cervejaria da República Tcheca. A marca Staropramen, que significa literalmente “primavera velha”, foi registada em 1911. É propriedade da Molson Coors e os seus produtos são exportados para 37 países, principalmente na Europa e América do Norte.

Hoje, ela conta com sete diferentes estilos: Light Lager, Light Lager não Filtrada, Semi-dark Lager, Dark Lager, Pilsen, Sem Álcool e Light sem álcool.

Para comer

Voltando no U Pavouka, o cardápio conta com refeições tradicionais tchecas como goulash de carne ou de javali, joelho de porco assado, pato assado com couve e bolinhos e muito mais. Pedimos de entrada o Roast sausages on black beer (salsichas assadas na cerveja preta) e os pratos principais foram Beef goulash adorned with vienesse onions, bread dumplings (Goulash de carne adornado com cebolas vienesse, bolinhos de pão) e 1/4 duck baked with apple-flavoured red cabbage, mixed dumplings (1/4 pato assado com repolho roxo com sabor de maçã, bolinhos mistos). Esses bolinhos são bem comuns nos pratos tchecos.

Uma experiência tcheca deliciosa e bem completa!

Onde ir

O ponto turístico deste tbt é o Lennon Wall (Muro de Lennon).

Um muro cheio de grafites coloridos, imagens e mensagens de paz, amor e liberdade, no centro de Praga. O primeiro desenho do muro surgiu logo após o assassinato do ex-beatle, em 1980, e se tornou um símbolo de liberdade durante o regime comunista. Era uma imagem do Beatle-ícone-hippie, o que a polícia comunista logo entendeu como uma forma de protesto e vandalismo.

Em pouco tempo o desenho já estava coberto de tinta cinza. O que a polícia não esperava era que outras pessoas começassem a ir lá e pintar o retrato dele de novo. A cada vez que o governo mandava limpar o muro, um novo desenho de Lennon voltava a aparecer. Artista, hippie, ícone da paz, ele simbolizava a liberdade de expressão que os tchecos há mais de 30 anos já não tinham.

Imagem da internet

E logo começaram a se acumular mensagens de resistência ao regime, palavras de paz e esperança. No fim daquela década, quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, a República Tcheca teve o fim da ditadura comunista também, mas a Lennon Wall continuou.

Mais de 30 anos depois, aquela parede rabiscada ainda está lá, não só como um memorial ao Beatle e seus ideais de paz, mas também como uma manifestação pela liberdade de expressão. Como está aberta a intervenções, a Lennon Wall nunca é a mesma. Há sempre novas pinturas e rabiscos surgindo na parede. Mas, entre vários recadinhos e frases, ainda se vê o rosto de John Lennon em algum canto. Como símbolo de liberdade de expressão, o Muro é monitorado por câmeras e pela polícia para evitar vandalismo e pinturas obscenas.

Durante a pandemia

O muro está sempre cheio. Mas tem uma certa educação dos presentes para proporcionar que pessoas tirem foto sem uma multidão aparecendo. Pelo menos, quando estivemos lá, as pessoas esperavam antes do muro a outra para tirar fotos.

Quando estivemos lá, a guerra entre Rússia e Ucrânia tinha começado recentemente. Por isso, estava acontecendo uma exposição em forma de varal coberto de poesia escrita para apoiar a Ucrânia. As obras foram feitas por escritores de todo o mundo enviado para uma plataforma de poesia online Poetizer, com sede em Praga, que foram impressas e penduradas lá.

Por falar nisso, onde íamos em Praga, tinha uma bandeirinha da Ucrânia em solidariedade àquele país.

Fonte: www.vontadedeviajar.com

#TBTemPraga com a polêmica da Budweiser original e tem Casa Dançante

O #TBTemPraga, desta vez, tem polêmica trazendo a história da Budweiser original, que não é a americana, e também tem um prédio muito maluco.

O que beber

A dica que dou para beber em Praga é a Budweiser Budvar, ou Czechvar, uma autentica Bohemian Pilsener. Dourada, brilhante, traz aromas de maltes, como cascas de pão e biscoito, e de lúpulo herbáceo e condimentado. Na boca, o amargor é médio, repetindo os aromas, com corpo médio e final levemente adocicado. Muito fácil de achar por lá!

Essa, nós tomamos no Dante’s Bitro e Bar, que fica bem próximo ao ponto turístico desse #TBT. Fizemos um pit stop lá e aproveitamos para harmonizar essa bela cerveja com uma tábua, a Mix Grill, com carne de boi, frango, porco, batatas rústicas e salada com queijo.

A tal polêmica do nome Budweiser

A Budweiser da República Tcheca travou um duelo há tempos com Anheuser-Busch (hoje, Inbev), que produz a Budweiser americana, já que ambas as cervejas têm o mesmo nome.

A cidade de Budweis, que fica na República Tcheca, produzia cervejas desde o ano de 1265 e desde o século XV era onde se fabricava a cerveja da Corte Real do Reino da Bohemia, e por isso a produção daquele local tinha o título de “Cerveja dos Reis”. Também desde o século XIII as cervejas produzidas na cidade eram conhecidas popularmente como Budweiser, seguindo um pouco da tradição desses países de nomear as cervejas com o nome do lugar. Em 1895, a cervejaria Budvar resolveu criar uma cerveja inspirada na nova invenção da cidade de Pilsen, e batizou sua novidade com o nome de Budweiser Budvar, então, pela primeira vez, a cidade tinha oficialmente uma cerveja com o nome local. Porém, somente em 1930, a cervejaria registrou sua marca Budvar.

Já a história da Budweiser americana começou quando o Sr. Busch se casou com a filha de Anheuser’s, e se juntou ao sogro para abrir uma cervejaria. Próximo dos anos 1870, antes da criação da Budweiser Budvar, Busch viajou para República Tcheca para estudar técnicas e melhorar a qualidade da sua cerveja. Durante essa visita, ele ouviu falar da cidade de Budweis e que as cervejas de várias fábricas vindas do lugar eram popularmente chamadas de Budweiser.

Depois de visitar a cidade, ele aproveitou desta ideia do nome e, inspirado pelas boas cervejas experimentadas, o cervejeiro americano criou a Budweiser nos Estados Unidos no ano de 1876. Além de usar e registar o nome para si, Busch também registrou o slogan “King of Beers”, “Rei das Cervejas”, muito semelhante ao slogan Tcheco “Cerveja dos Reis”.

Foi após os anos de 1980, quando a empresa dos Estados Unidos já era uma produtora gigante, que essa disputa ficou acirrada: a cervejaria americana reclama a marca pela antecedência do registro e a empresa Tcheca diz ter direito com base nos critérios de nomenclatura que existem desde o século XIII.

Hoje, existem centenas de processos entre as duas empresas, em diversos países. A Budweiser Budvar tem o registro para a República Tcheca, toda a Europa e outros continentes fora as Américas. Em função disso, a Budweiser americana é vendida na Europa como “Bud”. Já a Budweiser americana registrou para todas as Américas, por isso, a Budweiser Budvar é encontrada aqui nas Américas com o nome de Czechvar. 

Outro fato interessante é que além dessas duas cervejarias que disputam o nome, existe uma outra, a Budejovicky Mestansky, que produz desde 1795 uma cerveja que também reclama pelo nome de Budweiser. Apesar de estar na briga essa terceira empresa só pode ser vendida com os nomes 1795 ou Boheme 1795 nos rótulos.

Acredito que não haverá um desfecho para isso. Enquanto isso, a gente vai bebendo. Eu já tomei todas essas, a Bud Tcheca, a Bud Americana e a 1795. Não tem como compará-las, já que a Tcheca e a 1795 são Bohemian Pilsener e a Americana é uma American Standard Lager (não é Pilsen). Sem sombra de dúvidas, o sabor das europeias é outro. Uma delícia! Mas, cada um tem seu paladar. Só experimentando para escolher qual a sua preferida.


A dica de ponto turístico deste #tbt é a Casa Dançante, em checo Tančící dům. Um prédio de escritórios no centro de Praga. Ela foi construída em uma área ribeirinha, na época, vazia na qual havia um prédio que foi destruído durante o Bombardeio de Praga, em 1945. A construção iniciou em 1994 e terminou em 1996.

O objetivo, na época, era que o prédio se tornasse um centro cultural. Porém, não vingou e, hoje, é um prédio comercial, além de um hotel e um restaurante francês na cobertura com vista da cidade.

O edifício possui “dois corpos”, um com 99 painéis de concreto, recoberto por vidro temperado e o segundo corpo parece envolver o primeiro, o que inspirou o apelido do prédio de “Fred & Ginger”, em referência a Fred Astaire e Ginger Rogers, um casal da Era de Ouro de Hollywood que estrelou uma dezena de filmes musicais entre 1933 e 1949.

praga-fred-e-ginger-o-casal-que-inspirou-o-predio-dancante

No caminho de volta para o hotel, ainda nos deparamos com uma escultura de um homem pendurado em um guarda-chuva. Praga é cheia de esculturas meio doidas assim. Essa, foi criada pelo artista Michal Trpák, nascido na República Tcheca. Faz parte do projeto “Slight Uncertainty” ou “Leve Incerteza”. “Leve” pela aparente leveza de voar e “Incerto” pela segurança desconhecida da aterrisagem. Talvez uma paráfrase a crise econômica segundo o site do artista.  

Espero que tenha gostado de mais um passeio em Praga!

Fonte: 98live.com.br, Viaje24h.com e Wikipédia

#TBTemPraga: O maior castelo do mundo e uma cerveja super populares da República Tcheca

O #TBTemPraga desta semana aterriza no maior castelo antigo do mundo! E para não perder o costume, vai ter dica de uma cerveja popular na República Tcheca.

A dica de onde ir é o Castelo de Praga (Pražský hrad), uma das construções mais importantes da cidade. Foi fundado em 880 e atualmente serve como a residência presidencial, antigamente habitado pelos reis da Boêmia. Em seu interior encontra-se Catedral de S. Vito, Palácio Real do Castelo de Praga, Torre Dalibor, Convento de São Jorge e a Viela Dourada.

É tudo muito grande por lá, gastamos uma parte da manhã inteira na visita e ainda não fomos em tudo. Toda área do castelo ocupa uma área superior a 72,5 mil m². Por causa disso é considerado, conforme o Guinness World Records Book, o maior castelo do mundo. Já seus mais de 1.000 anos de história o garantiram o título de Patrimônio da Humanidade.

Como é muito grande, não dá para render muito nos edifícios. São diversos edifícios históricos, palácios, escritórios, jardins, pátios e igrejas, de vários estilos arquitetônicos. Aí vão alguns que visitamos:

Catedral de São Vito (St. Vitus): é a atração número 1 do castelo e é a maior igreja da República Tcheca. Sua construção levou quase 600 anos. Ela abriga as joias da Coroa Tcheca e também as tumbas de santos e antigos reis.

Antigo Palácio Real: Desde sua fundação, o Castelo de Praga foi a residência dos governantes da região.

– Salões do Castelo de Praga: A gente tem acesso a alguns salões do castelo. Gigantescos! Hoje, são usados para jantares de gala e eventos políticos importantes.

Basílica de São Jorge: já foi vários estilos, romano do século 10, gótico do século 14 etc. Hoje, é a mais bem preservada igreja romanesca de Praga, datada de 920, mas ganhou uma fachada barroca 5 séculos depois – o estilo romanesco ficou só no interior. A igreja apresenta concertos de música clássica quase todos os dias.

Troca da Guarda no Castelo de Praga:  o Castelo de Praga tem uma cerimônia de troca da guarda. Acontece diariamente ao meio-dia, com direito banda e bandeira, em frente ao portão principal, no primeiro pátio do castelo. De hora em hora também tem a troca de turno dos guardinhas que ficam nos portões.

– Jardins do Castelo de Praga: São todos muito lindos e bem cuidados.

Golden Lane: uma ruazinha supersimpática, cheia de casinhas coloridas, bem era medieval. É possível entrar nas casinhas que são coladas umas nas outras e com um teto bem baixo. Todas as casas estão decoradas de acordo com o indivíduo que viveram ali. O primeiro andar das casas da Golden Lane são interligadas e abrigam, atualmente, uma espécie de museu medieval, com a exposição de vários tipos de armas e armaduras da época. 

Torre Daliborka: Famosa prisão da cidade que no início abrigava os membros da nobreza, mas que mais tarde se tornou uma prisão comum.  Hoje, é possível ver alguns objetos de tortura expostos. Bem pesado de ver.

– Vista do alto: Como o Castelo de Praga fica no alto de uma colina, a partir dele é possível ter uma vista incrível da cidade de Praga. Ainda assim, se quiser subir mais na torre da igreja, a vista é ainda mais linda.


A cerveja desse TBT foi uma que achamos numa vendinha à noite. Aliás, era uma noite bem fria, aí que fui entender o por que de eles não gelarem as cervejas nas vendas. Essa, estava um pouco geladinha, o suficiente para deixa minha mão roxa de frio.

A cerveja é Krušovice Ležák 12º, muito popular na República Tcheca. Com seus 5% de ABV, é uma Pilsner leve e equilibrada. Tanto no aroma quanto no sabor, sente-se um delicado dulçor dos maltes e seu leve amargor no final equilibra bem a cerveja. Bem fácil de tomar!

A cerveja é fabricada pela Krušovice Pivovar, uma marca de cerveja tcheca extremamente popular. Sua história começou em 1581, na cidade de Krušovice. Ela já pertenceu a imperador, em 1945 passou a ser uma empresa estatal, já em 1993 foi privatizada e passou a exportar para os Estados Unidos e Reino Unido. A empresa foi adquirida pela Heineken N.V. em 2007.

Bônus: Sobre o grau do 12º, não significa teor alcoólico

As cervejas na República Tcheca são definidas por Grau Plato, ou seja, 10°, 11°, 12° e assim por diante. Apesar de ter relação direta com a graduação alcóolica, esses números não indicam a porcentagem de álcool.

Grau Plato é a porcentagem de açúcar presente no mosto ao final da brassagem, antes de começar a fermentação. Esse açúcar vai ser transformado em álcool, gás carbônico e outros sub-produtos em menor escala. Por exemplo, a cerveja 12° é uma cerveja que tinha 12% de açúcar no mosto antes de fermentar. Entre diferentes produtos e sub-produtos da fermentação, isso vai resultar em aproximadamente 4,8% a 5,0% de álcool.

#TBTemPraga: Taverna Medieval U Krále Brabantského com Torre Eiffel de Praga

O TBT desta semana aterrissa em uma taverna que foi umas das experiências mais incríveis que tive em Praga. Aliás, Praga foi a cidade onde tive as melhores experiências cervejeiras, com os bares mais legais que fui durante essa viagem pelo Leste Europeu. E é até difícil escolher o melhor.

O local é facilmente dois em um nesse formato que criei para falar sobre as cidades que passei. Ele pode ser o “Onde ir” e o “Onde Beber” em Praga. Mas, vou deixá-lo no “Onde beber” e passar rapidamente em um ponto turístico de Praga.

Onde Beber

A Taverna Medieval U Krále Brabantského é sem dúvida uma experiência que te faz viajar no tempo. É o pub mais antigos de Praga aberto initerruptamente. Inaugurado em 1.375, situado bem perto do Castelo de Praga, ele conta com muitos mitos e lendas. Segundo o próprio pub, Mozart bebia ali.

No labirinto subterrâneo, a casa proporciona uma experiência autêntica de festa medieval com música, dança e show de malabaristas. Essa apresentação acontece em alguns dias da semana. Dizem que é muito legal. Não tivemos a oportunidade de assistir, pois, na “agenda” que fiz, só dava para ir lá no almoço, pois as noites já estavam preenchidas com lugares que só abriam à noite.

Foto e uma apresentação. Foto: Divulgação

Pensa em uma taverna de um filme medieval. É exatamente o que vimos lá. Já começando pela porta, onde fica um boneco, numa espécie de porão com o braço na rua, parecendo pedir ajuda.

É um local escuro, com iluminação baixa, com as paredes feitas de pedra ou cimentadas. Com decoração cheia de coisas antigas como correntes, rodas, caixotes e cordas.

Eu fui conhecer o térreo e tive um pouco de medo. Além de escuro, durante o trajeto me deparei com um boneco estranho. Cheguei em uma sala, a Sala das Caveiras, que tinham várias caveiras cravadas na parede e no teto. Na verdade, nem sei se eu poderia estar ali, mas, essas coisas a gente não pergunta se pode, só vai.

Na parte principal, são diversas salas pequenas, com mesas de madeira com aspecto bem antigo e com vela em cima, é com essa vela que você consegue enxergar melhor o cardápio.

A atmosfera toda ali conspira para que você se transporte para outro século! Todos os garçons estão vestidos a caráter e, para servir, é igual na era medieval mesmo. O primeiro chope que você pede, o garçom vem trazer a caneca e joga com força na sua mesa, como se estivesse com raiva. Eu levei um susto! A garçonete deu uma risadinha, deve ser para eu entender que aquilo fazia parte da experiência. Os demais chopes eles traziam e batiam na mesa e viravam as costas sem tanta violência…rs. Foi divertido!

Por falar em chope, a casa conta com dois chopes próprios o que eles chamam de Cerveja leve sem filtro, que eu acredito ser um Red Ale, e a Cerveja escura do amor, Black Lager que não pode faltar em nenhum bar de Praga. Além desses dois, lá tem a Pilsner Urquell.

Os pratos são variados, a maioria inspirados em pratos típicos do país. Nós pedimos costela de porco defumada com mostarda e raiz forte, que veio acompanhada de pimenta, tomatinho e picles (que aparece em todos os pratos típicos de lá). É farto, o suficiente para dois.

Um detalhe? Não tem talher. Tem que comer com as mãos mesmo, sem frescura como antigamente. Mas, como eu não aguento, peguei um guardanapo. 🙂

Que experiência incrível! Voltaria lá quantas vezes precisasse. Cerveja boa, comida saborosa, atendentes alegres e atmosfera surpreendente. Eu falei no início do texto que era uma experiência completa. Tá vendo porque eu não queria colocar nenhum ponto turístico como dica de Onde ir? Mas, vamos lá.


Onde ir

A dica de onde ir desta vez é só se você tiver com tempo sobrando mesmo para ir. Antes de ir, eu li sobre, achei legal. E, se eu coloco no roteiro, acabou! Eu tenho que ir. Vou te contar o que tem lá, se achar que vale a pena, anota aí.

Eu falo da Torre Petřín (Petřínská rozhledna), conhecida como a Torre Eiffel de Praga. É o mirante mais elevado de Praga. Do seu terraço superior, a 51 metros de altura, você estará a 200 metros de altitude do rio Moldava.

A semelhança entre a Torre de Petřín e o mais importante monumento parisiense não é casual. A Torre Petřín foi construída dois anos depois que a Torre Eiffel, em 1891, inspirada na Eiffel, para a Exposição Nacional de Praga.

A Torre fica no alto do Morro Petřín, para chegar até seu topo é preciso andar por uma trilha (segura), por cerca de meia hora. É uma subida pesadinha. Diz que um funicular leva até ela. Não vi nada passando.

Ao chegar lá você se depara com um espaço tranquilo, arborizado para descansar.

No pé da torre, tem uma loja de presentes e uma cafeteria. Para subir, são 299 degraus. Estávamos tão cansados, que não tivemos animo para subir. Tiramos algumas fotos e descemos. A descida foi rápida, óbvio!

Talvez meu desanimo com o lugar foi por ter sido o último lugar do dia que visitamos. Foi um dia longo, andamos muito. E, para chegar lá, tem que andar mais ainda, só subida! Tem inclusive uma foto que tirei quando cheguei no hotel. Neste dia, andamos 20km. É trem demais. Mas, fica a dica caso esteja com tempo e disposto a subir um morro.

#TBTemPraga: Praça da Cidade Velha e Pub Prague Beer Museum

No #TBTemPraga de hoje nós vamos aterrissar na praça principal de Praga, encantadora e cheia, tanto de dia quanto de noite. Além disso, que tal parar para tomar uma em um museu da cerveja? Bora!

Onde ir

O Ponto Turístico deste #TBT é a Praça da Cidade Velha, Staroměstské náměstí (em tcheco). É uma praça histórica no quarteirão da Cidade Velha bem no centro de Praga.

A praça, além de histórica para os tchecos, é rodeada de ruazinhas interessantes e é repleta de monumentos. Por isso, não é à toa que ela só fica cheia e de noite.

Anota essa dica: Passe pela praça na transição do dia para a noite, o céu é simplesmente maravilhoso!

Por ali, é possível encontrar prédios em vários estilos arquitetônicos, como a Igreja de Nossa Senhora de Týn, de estilo gótico, considerada um dos templos mais bonitos de Praga, e a Igreja de São Nicolau, em estilo barroco.

Igreja de Nossa Senhora de Týn

Outras grandes atrações da praça são a estátua de Jan Hus e o Relógio Astronômico que fica na torre gótica da Prefeitura.

Além dessas atrações, a praça é rodeada de restaurantes, bares e barraquinhas que vendem comida, cerveja local e souvenirs. Amo!


Se você gosta de muita opção de chope local, esse é o lugar certo o Prague Beer Museum.

O local é o primeiro pub-museu da cerveja com 30 chopes tchecos, servidos apenas na torneira, não pasteurizados e frescos.

Existem quatro unidades em Praga, eu fui na que fica próxima à Ponte Charles (Smetanovo Nabrezi, 205 – Staré Město).

A casa fica em um prédio lindo, bem antigo. Tem mesas do lado de fora e de dentro.

A parte interna é bem a cara de pub mesmo, um pouco escuro com luzes amareladas, com dois ambientes e banquetas no balcão. Não é tão grande e fica cheio.

Ao entrar, você já dá de cara com o balcão ostentando 30 torneiras de chope locais enfileiradas. É até difícil tirar foto de todas. Imagina a dificuldade para escolher, então!

Segundo o pub, é feita uma seleção das 30 melhores cervejas da República Tcheca, tanto as pequenas quanto as grandes, cervejas mais fáceis de serem encontradas como a Pilsner Urquell e cervejas difíceis de serem encontradas também tem. Mesmo oferecendo uma grande quantidade de cerveja, eles não correm o risco de servir cerveja velha devido à alta demanda. O tempo máximo de duração de um barril é de três dias.

Nós experimentamos alguns estilos de diferentes cervejarias. Todas fresquinhas e excelentes!

O pub oferece petiscos típicos da República Tcheca e hambúrgueres. Tem opções como legumes em conserva, anéis de cebola fritos, nuggets, frango assado, tiras de frango, batata frita, salsicha, ensopado, costelinha de porco, joelho etc.

Mais um local em Praga jorrando artesanal, com excelente serviço, funcionários simpáticos e clientes animados.

Um detalhe legal da casa é que tem um teste alcoólico para você ver qual nível alcoólico você chegou. Passei bem longe dessa máquina!

Espero que tenha gostado dessas dicas de hoje. Com muita artesanal no pub e beleza na praça!

#TBTemPraga: Cervejaria histórica U Fleků com pontos turísticos no caminho

Ôoo como eu estava com saudades dos meus #tbt’s pela Europa. Com ele, além de mostrar as belezas lá de fora, dar dicas de locais para visitar e para beber, eu aproveito para matar a saudade dessas viagens.

Essa temporada, eu vou relembrar a viagem que eu fiz, em 2022, para o Leste Europeu, onde passei por Praga e Pilsen (República Tcheca), Bratislava (Eslováquia), Viena (Áustria) e Budapeste (Hungria). Vou seguir a mesma sequência por países que passei. Assim, se quiser usar como roteiro, fique à vontade!

Então, que tal estacionarmos em Praga por algumas semanas?

Já adianto aos cervejeiros de plantão que das quatro capitais por onde passei, Praga é sem sombra de dúvidas a melhor. São vários os fatores: Cervejas mais baratas, lojinhas para comprar cerveja “fria” (lá não tem cerveja gelada) até altas horas e os locais onde bebemos foram os melhores no sentido de bom mesmo e excêntricos! Acompanhe que me entenderão!

Outro detalhe: O consumo de cerveja na República Tcheca é o maior do mundo. O país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo da bebida com uma média de 142 litros de cerveja per capita por ano.

Palavras que serão vistas constantemente: Pivovar = Cervejaria / Pivo = Cerveja

O #TBTemPraga começa com um ícone cervejeiro de Praga.

Pivovar U Fleků

A cervejaria U Fleků e a única cervejaria da Europa Central com produção contínua há mais de 500 anos. Ou seja, sobreviveu a guerras, nazismo e comunismo.  A cervejaria ganhou a fama graças a sua especialidade em fabricar cerveja Lager preta, não filtrada e não pasteurizada, conhecida por lá como Flekovský ležák 13º. Ela tem um alto grau de vitamina B e pode ser armazenada por, no máximo, três semanas. Por isso, é uma cerveja única, que não pode ser encontrada em nenhum outro lugar.

Do lado de fora, você já observa o quão é antiga a casa, datada de 1499, com um relógio antigão também.

Ao entrar, você se sente não, você está em uma taverna medieval com algumas decorações da época e bem espaçosa.

São oito salas temáticas, com 1.200 lugares. Como as portas estavam todas fechadas e sempre tinha alguém observando, eu não me atrevi a entrar em nenhuma sala para ver. Fomos direto para a parte externa, como se fosse um varandão com muitas árvores e com mesas e bancos compartilhados.

Além do ambiente agradável, fica um músico tocando acordeom com músicas típicas e caminhando entre as mesas e de um ambiente para outro. O garçom fica de olho no seu copo. Acabou o último gole, ele já repõe. Então, se não quiser beber muito, fica esperto! Além disso, passa garçons o tempo todo oferecendo um licor, que dizem ser fortíssimo, chamado schnaps. Não quis provar.

A produção da cerveja é feita ali mesmo, no andar de cima. Recomendo assistir a esse vídeo para ver como funciona a produção lá. Louco por viagem em na UFleku

Como falei, a casa se destaca por produzir, exclusivamente, sua cerveja escura. Então, não pense que vai chegar lá e ver muitas opções.

Apesar de ler muito que lá só tinha a cerveja escura, quando cheguei, tinha a clara também. Ou seja, são somente duas opções de cerveja a Lager Escura/Dunkel, que é uma Dark Lager e a Lager clara/Helles, que é uma Light Lager. Qualquer uma custa 69 Coroas Tchecas, o que equivale, hoje, a R$15, 500ml.

Aliás, em qualquer lugar que você for em Praga vai ter a tal Dark Lager (você vai perceber isso durante meus #TBTem Praga! Eu adoro, não achei ruim.

A Flekovský ležák 13º é bem gostosa e leve. É uma Dunkel, bem fácil de tomar. No aroma, sente-se notas de nozes, café e chocolate. E no sabor, é possível sentir um maltado, caramelo e chocolate, e um final levemente tostado. O amargor é bem leve.

Ambas são servidas bem frescas, já que saem dali mesmo a produção e são sempre servidas em chope.

O restaurante também é reconhecido pela renomeada cozinha da Boêmia antiga, com pratos típicos tchecos e algumas opções vegetarianas. A comida é servida super rápido e é muito gostosa! Nós pedimos pescoço de porco defumado, com salpicão, mostarda, um molho de raiz-forte, cebola em conserva e pão. E pedimos babata frita a parte. 

Estava tudo muito gostoso, ambiente agradável, cerveja boa e comida saborosa! Recomendo demais e voltaria fácil!

Os pontos turísticos deste #TBTemPraga vai ser alguns lugares que passamos na volta do restaurante. Mas só passamos mesmo e tiramos fotos, pois já estávamos cansados.

Fonte Kranner (Krannerova kašna)

Monumento neo-gótico criado por Josef Kranner. Bem detalhado, o monumento tem a forma de um tanque poligonal com dezesseis figuras das regiões tchecas em seus pilares.

Teatro Nacional (Národní divadlo)

Teatro nacional que exibe conjuntos artísticos como ópera, balé e teatro. Seu prédio possui uma arquitetura bem detalhada por fora que chama atenção. Para informações de visitas e programações, acesse o site da National Theatre.